Conjuntura do Agronegócio

1. Pecuária puxa o VBP

A melhora das perspectivas para os mercados de soja e carnes levou o Ministério da Agricultura a elevar de forma expressiva sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2020. Segundo levantamento divulgado ontem, o VBP total deverá alcançar o recorde de R$ 635,2 bilhões, quase R$ 30 bilhões a mais que o projetado em novembro e montante 3% superior ao calculado para 2019.

O aumento será puxado pela pecuária. Para as cinco principais cadeias do segmento, a Pasta passou a projetar VBP conjunto de R$ 228,4 bilhões, R$ 16,1 bilhões acima da estimativa de novembro e valor 6,9% maior que o de 2019 (R$ 213,7 bilhões, 7,8% mais que em 2018). Tendo em vista a demanda aquecida por carnes sobretudo no exterior, o salto será determinado por recordes previstos bovinos, suínos e frango.

Para os bovinos, o ministério agora prevê VBP de R$ 96 bilhões, um incremento de 12,1% ante 2019; para o frango, o montante previsto para 2020 chega a R$ 66,1 bilhões, avanço de mais 3,9%; e para os suínos o aumento em 2020 poderá chegar 15,7%, para R$ 19,3 bilhões.

Para as 21 principais lavouras cultivadas no país, a Pasta passou a calcular um VBP total recorde de R$ 406,8 bilhões, 0,9% mais que em 2019. E o destaque nessa frente será a soja, cujo VBP deverá se recuperar e crescer 15,1%, para R$ 155,3 bilhões.

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Fonte: Valor Econômico

2. Renda no campo deve atingir recorde de R$ 635,2 bi em 2020

As projeções iniciais da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (SPA/Mapa) indicam que o valor bruto da produção agropecuária deve atingir o valor recorde de R$ 635,2 bilhões em 2020. A expectativa é de aumento de 2,96% na renda no campo, dentro da porteira, em relação ao faturamento de R$ 616,9 bilhões estimados para este ano, o equivalente a mais R$ 18,2 bilhões.

O principal destaque positivo é o aumento previsto de 15,1% (mais R$ 20,3 bilhões) no faturamento dos produtores de soja, que deve somar R$ 155,3 bilhões em 2020. A maior perda projetada é para os citricultores, cuja renda deve encolher 23% (R$ 3,099 bilhões) para R$ 10,3 bilhões.

A perspectiva de aumento das exportações brasileira para o mercado chinês, por causa da disputa comercial do país com os Estados Unidos, que levou à restrição às compras de produtos norte-americanos, além do abate de porcos devido à peste suína africana, impulsiona a renda do setor de carnes.

Pelos cálculos da SPA/Mapa o valor bruto do setor de proteínas animais deve crescer 6,9% (mais 14,6 bilhões) para o recorde histórico de R$ 228,3 bilhões. A principal contribuição vem da pecuária de corte, cuja renda deve aumentar 12,1% (mais R$ 10,3 bilhões) para R$ 96 bilhões. No frango o aumento esperado é de 3,9% para R$ 66,1 bilhões, e nos suínos crescimento de 15,7% para R$ 19,2 bilhões.

No caso dos produtos agrícolas, a expectativa é de recuperação da renda, com aumento previsto de 0,9% (mais R$ 3,6 bilhões) para R$ 406,8 bilhões, o segundo maior valor da série histórica. O expressivo aumento no faturamento da soja deve compensar as quedas de renda de produtos importantes como o milho (menos 3,5% para R$ 59,8 bilhões); batata inglesa (menos 40% para R$ 4,9 bilhões); tomate (menos 37,4% para R$ 6,5 bilhões; e algodão (menos 6% para R$ 39,4 bilhões)

Outros dois produtos importantes que devem apresentar retração na renda são café e cana-de-açúcar. No caso do café a queda esperada é de 9,8% (menos 1,8 bilhão) para R$ 21,1 bilhão. Na cana a perda seria de 2,8% (menos R$ 1,6 bilhão) para R$ 56,7 bilhões.

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Fonte: Revista Globo Rural

3. ‘Acordo de Paris passa a vigorar em 2020 e gera oportunidade para o Brasil’

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou um relatório com perspectivas para as pautas comuns entre a agropecuária e o meio ambiente em 2020. Segundo a entidade, o ponto principal é o Acordo de Paris, que entrará em vigor, gerando oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo a sustentabilidade da produção nacional.

“Mesmo com todo esse potencial, o Brasil poderá enfrentar restrições não tarifárias junto aos mercados internacionais. Por isso, o setor deverá intensificar as campanhas de comunicação, internas e externas, demonstrando os atributos da produção agropecuária sustentável”, aconselha a CNA.

De acordo com a confederação, as reduções de emissão de gases de efeito estufas (GEEs) do setor agropecuário prometidas pelo Brasil se baseiam na implantação das tecnologias de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) e no cumprimento do novo Código Florestal.

“O Sistema CNA seguirá apoiando a implantação das tecnologias ABC por meio do fortalecimento do Programa ABC e das ações de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), visando ao cumprimento das metas brasileiras no Acordo de Paris por meio da correta aplicação das tecnologias aliadas à melhoria da rentabilidade das propriedades rurais”, destaca, no documento.

A CNA reforça que a aprovação do projeto de lei do Licenciamento Ambiental será fundamental para que as metas sejam alcançadas, pois trará segurança jurídica ao setor. “O PL, que deve ser aprovado no primeiro semestre de 2020, adequa o processo de licenciamento ambiental às dinâmicas das atividades agropecuárias, facilita e agiliza a obtenção das licenças ambientais por parte dos produtores rurais”, diz.

Outro ponto de adequação das propriedades rurais que ganhará nova dinâmica em 2020 é a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo a entidade, o sistema de análise automatizado deve ser implantado pelos governos estaduais, e os eventuais passivos serão corrigidos pelos Programas de Regularização Ambiental (PRAs).

“A CNA apoiará essas iniciativas por meio do PRA Simplificado, uma ferramenta que elenca alternativas de regularização ambiental baseadas na viabilidade técnica, ambiental e econômica e foi desenvolvida em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) durante os últimos dez anos”, comunica.

Segundo a entidade, também será observada maior agilidade nos processos governamentais devido à diminuição no número de representantes de vários conselhos. “Impactará positivamente o setor agropecuário que demanda alteração nas regulamentações de meio ambiente, responsabilidade do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e de recursos hídricos, responsabilidade do Conselho Nacional dos Recursos Hídricos (CNRH)”.

A condução da Política Nacional de Irrigação também foi alterada e passou a ser dividida entre os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Regional. “Com isso, houve o fortalecimento das equipes técnicas que atuarão na promoção do aumento da área irrigada no país. A agilidade nos processos de outorga deverá ser o primeiro gargalo do setor a ter melhorias em 2020. A automatização dos sistemas de emissão de outorgas, que será implementada em vários estados, deverá ter grande impacto no aumento da área irrigada”, finaliza.

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Fonte: Canal Rural

Insumos

4. Ministério quer realocar R$ 1 bi do Pronaf para investimentos

O Ministério da Agricultura quer direcionar mais R$ 1 bilhão para investimentos para os pequenos produtores que acessam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A ideia é que esses recursos sejam liberados entre fevereiro e junho do ano que vem.

O tema foi debatido em reunião nesta terça-feira entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Os recursos sairiam dos 30% dos depósitos à vista que o BC direciona para o crédito rural. Em vez de ser usado para custeio, esse R$ 1 bilhão seria remanejado para investimentos dos pequenos produtores.

Matéria publicada na semana passada pelo Valor mostrou que as linhas tanto de custeio quanto de investimentos do Pronaf da safra 2019/2020 já estavam no fim. "É um bom sinal, de que a demanda está forte", diz uma fonte.

Além da ministra e do presidente do BC, estiveram presentes na reunião técnicos do Ministério da Agricultura. De acordo com uma fonte, a equipe do ministério saiu otimista do encontro.

A quantidade de recursos que vai para cada segmento do crédito rural é decidida anualmente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), grupo que inclui o BC e o Ministério da Economia e se reúne mensalmente.

A reunião de dezembro será realizada amanhã (quinta-feira), mas essa fonte não soube afirmar se o tema será tratado já nesse encontro.

Na reunião entre Tereza e Campos Neto, também foi discutida a possibilidade de transferência do seguro público do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) do BC para o ministério.

O seguro é responsabilidade da autoridade monetária desde os anos 70. A avaliação, entretanto, é que essa não é uma transferência simples, já que seria necessária a realização de uma auditoria, por exemplo. Uma fonte destacou que o processo seria semelhante ao do Garantia-Safra, que era da alçada do BC antes de ser transferido para Agricultura.

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Fonte: Valor Econômico

5. Embrapa fortalece a aposta em parcerias

Prestes a completar 25 anos de trabalho na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os últimos cinco meses como presidente interino, o pesquisador paulista e doutor em produção vegetal Celso Luiz Moretti tem um receituário pronto para “repotencializar” a estatal, como querem o presidente Jair Bolsonaro e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, mesmo em tempos de restrições de orçamento.

Moretti quer jogar as fichas em projetos nas áreas de bioeconomia, conectividade, sustentabilidade e edição genômica, a partir dos quais acredita que é possível gerar “trilhões de dólares” para o país e garantir retorno para a empresa, sobretudo por meio da ampliação de parcerias com o setor privado. Cotado para ser efetivado no comando da Embrapa, ele não concorda que, apesar da escassez de recursos, tenha parado no tempo. Mas reconhece as dificuldades de trabalhar com um orçamento que foi de R$ 3,6 bilhões em 2019 e ficará em R$ 3,8 em 2020, mais de 80% comprometidos com o pagamento de pessoal.

Em entrevista ao Valor, Moretti, como seus antecessores, defendeu a necessidade modernizar a estrutura e a forma de atuação da Embrapa. “Temos que ser uma metamorfose ambulante. Trabalhar para aumentar potencialidades e diminuir fragilidades”, afirmou. Por ora afastada, a possibilidade de privatização da estatal, já aventada pelo governo, é considerada por ele “um erro grave”. Mas, nada nostálgico, troca o apego aos anos dourados das décadas de 1970 e 1980, quando a Embrapa foi fundamental para a conquista do Cerrado, por pragmatismo.

Nesse sentido, uma das prioridades é reduzir custos, com a reavaliação do número de unidades existentes e de cargos comissionados. E, diferentemente do ex- presidente Sebastião Barbosa, exonerado em julho, Moretti está aberto à contratação de uma consultoria para auxiliar a Embrapa nesse processo, que por enquanto permanece no terreno das intenções.

Sobre a aposta em bioeconomia, a intenção é desvendar a sequência de genes de animais, plantas e microorganismos. “Menos de 2% das espécies são catalogadas com genoma definido. Imagine quando chegarmos a 10% das espécies de animais, plantas e microorganismos?”

A Embrapa tem o quinto maior banco genético do país, com 120 mil amostras, e tem potencial, segundo Moretti, para chegar a 700 mil. Ele diz que, a partir do patrimônio existente, é possível buscar novas variedades ou genes resistentes a pragas e doenças - entre as pesquisas nessa frente, Moretti destaca a produção de morfina a partir da casca do café.

Em todos os campos, ele diz que é preciso utilizar melhor a “grife” Embrapa, de forma a ampliar um retorno financeiro que já existe, “mas em valores muito menores do que a gente pode fazer”. Moretti lembra, por exemplo, que no passado diversas cultivares foram lançadas e não foram “adequadamente protegidas”. “Hoje elas fazem um sucesso tremendo e a Embrapa não recebe nada por isso”, afirma. Nesse contexto, modernizar a imagem da empresa junto ao setor produtivo também faz parte da estratégia.

“Nosso papel é funcionar como uma locomotiva limpa-trilho. Vamos limpando o trilho e atrás vem o setor privado gerando emprego e renda e pagando impostos - e esses impostos vão sendo revertidos para nossos pesquisas”. Nessa mesma lógica, diz Moretti, a Embrapa também precisa se aproximar do que ele chama de “urbanoides”, a população das cidades influenciada pelas redes sociais e pela opinião de celebridades que distorcem a realidade do agronegócio e da pesquisa nacional. “Temos que nos comunicar mais e melhor”, diz ele, destacando que essa é outra prioridade para 2020.

Conforme Moretti, a Embrapa também está atenta às mudanças nos hábitos do consumo de alimentos e a novas ondas como a que move o avanço das proteínas vegetais. Nessa frente, a estatal assinou contratos com as empresas Marfrig e Sottile Alimentos para a comercialização de hambúrgueres à base de fibra de caju e nuggets de siri desenvolvidos por suas unidades no Ceará e no Rio de Janeiro. “É um mercado que já movimenta cerca de US$ 7 bilhões por ano e pode chegar a US$ 120 bilhões em 2030”.

Para Moretti, com essas e outras ações, inclusive a expansão da presença na África, a Embrapa será capaz de ajudar o país a suprir metade da demanda por alimentos no mundo até 2030. “Não tenho dúvidas de que o Brasil poderá alimentar metade da população global, de 8,5 bilhões de pessoas até lá, se quiser e tiver espaço”, vislumbra - tudo isso, claro, “sem cortar nenhuma árvore de nenhum bioma”, afirma.

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Fonte: Valor Econômico

6. Meta é que 40% dos projetos da estatal sejam feitos com iniciativa privada

Ao sentar na frente da ministra Tereza Cristina em julho, para ser comunicado de que substituiria interinamente o ex-presidente Sebastião Barbosa no comando da Embrapa e acumularia o cargo de diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da estatal, Celso Moretti recebeu a seguinte orientação: “Põe ordem na casa, organiza os processos, dá andamento naquilo que é importante, não deixa a empresa parar e retoma coisas que estão paradas”.

De lá para cá, diz ele, o ambiente na empresa, que era “complexo”, melhorou, pesquisas que estavam em curso tiveram prosseguimento e novas tecnologias importantes foram entregues. Segundo ele, também houve avanços na pesquisa contra a ferrugem asiática da soja e foi lançado o bioinsumo BiomaPhos, inoculante formulado a partir de duas bactérias capaz de ativar o fósforo depositado no solo e gerar aumento de até 10% na produtividade de lavouras de milho testadas.

Ele calcula que a reserva subterrânea de fósforo vale US$ 40 bilhões no país. Como o Brasil depende de importação de fertilizantes fosfatados - o volume chega a 5,5 milhões de toneladas por ano -, a novidade pode reduzir os custos dos produtores. “Há uma lenda que diz que a Embrapa está parada. A empresa continua entregando muito”, afirma Moretti.

O estudo do BiomaPhos, que durou 17 anos, foi feito em parceria com uma empresa privada. Estratégia que deverá se tornar cada vez mais comum caso Moretti seja mesmo escolhido para assumir a presidência da Embrapa em caráter definitivo. Hoje, metade dos 850 projetos de pesquisa da empresa são financiados com recursos privados. São 400 contratos assinados por ano, fundamentais tendo em vista que apenas R$ 500 milhões dos R$ 3,7 bilhões do orçamento da empresa são investidos em pesquisas e na manutenção de centros. O restante é destinado ao pagamento de salários.

Mesmo assim, Moretti vê avanços. O Congresso aprovou uma ressalva ao Orçamento de 2020 e garantiu que R$ 350 milhões destinados às pesquisas da Embrapa não serão contingenciados. O desligamento previsto de 1,3 mil funcionários pelo Plano de Demissão Voluntária - 10% são pesquisadores - também deverá aliviar as contas. Hoje são 9.450 funcionários no total.

A meta é que 40% dos projetos tocados pela Embrapa sejam feitos em parceria com o setor privado até 2022, ante 17% atualmente. Segundo Moretti, a proximidade com a iniciativa privada também traz ganhos de qualidade e liberdade à pesquisa, segurança para captar e gerir os recursos e aproxima os pesquisadores da realidade do agronegócio.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Embaré investe em queijos e prevê avanço em 2020

Diante do ano difícil para os laticínios, a Embaré não deverá alcançar neste ano o crescimento de 10% em receita, para R$ 1,5 bilhão, projetado no primeiro semestre. De acordo com Alexandre Antunes, diretor presidente da empresa, o faturamento deverá alcançar R$ 1,38 bilhão.

“Foi um ano bem difícil, mas conseguimos manter o volume estável”, afirmou o executivo, referindo-se à dificuldade de repasse do aumento dos preços do leite ao consumidor no primeiro semestre, quando a economia estava mais fraca, o que achatou as margens das indústrias do ramo.

Antunes afirma estar otimista para o ano que vem, com a possibilidade de aumentar o volume de vendas diante da expectativa de aquecimento da economia e do lançamento de novos produtos. “Nossa expectativa para 2020 é alcançar uma receita próxima da meta que tínhamos para 2019, ou até maior”, disse ele.

A Embaré anunciou neste mês investimento de R$ 25 milhões, em sua unidade em Lagoa da Prata (MG), no desenvolvimento, maquinário e tecnologia para dar início à produção do queijo fresco da marca Camponesa que será vendido em caixinhas, o primeiro neste formato no país.

Foi o segundo aporte na empresa no segmento de queijos neste ano, já que tinha feito investimentos de aproximadamente R$ 15 milhões para construir uma nova unidade em Santo Antônio do Monte (MG) dedicada ao segmento. A empresa começou neste ano a produzir queijo minas padrão, meia cura, mussarela; em 2017, havia começado a produção de queijo parmesão ralado e de requeijão.

A nova embalagem do queijo fresco Camponesa foi desenvolvida em parceria com a Tetra Pak e amplia o tempo de prateleira do produto de aproximadamente dez dias para três meses. “Vendemos mais de 1 bilhão de embalagens para esse segmento de queijo em caixinha no mundo e vemos muito potencial para esse segmento no mercado brasileiro”, afirmou Vivian Haag Leite, diretora de marketing da Tetra Pak.

O produto começou a ser vendido no começo do mês em Minas Gerais e, em janeiro, chegará ao mercado no restante do país.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Marfrig diz que nova tarifa Argentina “não terá impacto material” em seus resultados

A brasileira Marfrig informou, em comunicado a acionistas e ao mercado, que alteração nas taxas de exportação na Argentina legislação tributária de exportação na Argentina, que no caso da carne bovina passou de 3 pesos para cada dólar exportado para uma taxa única de 9%, “não terá impacto material na geração de resultado da companhia”.

Segundo a Marfrig, sua receita líquida no país vizinho representou 3,6% do total nos nove primeiros meses deste ano, e do montante registrado cerca de 50% proveniente de vendas no mercado doméstico, onde a companhia é líder na produção e comercialização de hambúrgueres.

“Vale destacar também que aproximadamente 60% das receitas de exportações de carne bovina da Marfrig na Argentina foi para China, um dos destinos mais rentáveis do mundo dado o novo cenário global de proteínas”, informou a empresa.

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Fonte: Valor Econômico

9. Pescadores de áreas atingidas por óleo receberão bolsa a partir de segunda

O auxílio emergencial concedido a 65.983 pescadores profissionais artesanais de áreas afetadas pela mancha de óleo no litoral brasileiro começará a ser pago na próxima segunda-feira, indo até 23 de dezembro.

O auxílio emergencial foi criado pela Medida Provisória nº 908/2019 e beneficia pescadores que atuam em municípios dos nove estados do Nordeste, do Rio de Janeiro e Espírito Santo atingidos pelo vazamento de óleo.

O auxílio total é de R$ 1.996, e será pago em duas parcelas de R$ 998. Esse benefício não interfere no recebimento do seguro-defeso pelos pescadores.

São considerados profissionais da pesca artesanal as pessoas físicas que exercem a pesca com fins comerciais de forma autônoma ou em regime de economia familiar. Para receber o auxílio, o profissional precisa estar inscrito no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), em situação ativa nas categorias peixes, crustáceos, moluscos e outros, que atuam em área estuarina ou marinha.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Tereza Cristina vai à Índia em janeiro em busca de parcerias em bioenergia

Com viagem prevista para janeiro de 2020 à Índia, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve apresentar tecnologias de produção de bioenergia do Brasil e propor parcerias com os indianos. O tema tem sido tratado com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e estará em pauta novamente esta tarde.

“Estamos indo para Índia em janeiro e um dos pedidos deles foi para tratar de bioenergia. Estamos falando de etanol, de resíduos da agricultura. E a Índia um é grande produtor, são pequenos produtores, mas um volume enorme. Eles gostariam de conversar, fazer parcerias para fazer o que o Brasil já faz com setor sucroalcooleiro. É uma prévia do que vamos levar para eles”.

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Fonte: Valor Econômico

11. Cofco, Amaggi e Raízen avaliam investir em etanol de milho

A trading chinesa Cofco, a brasileira Amaggi e a Raízen, joint-venture entre Shell e Cosan, avaliam construir unidades de etanol de milho no Brasil, disseram à Reuters quatro pessoas familiarizadas com o assunto. O interesse reforça o bom momento do biocombustível no país, maior produtor global de etanol de cana.

O impacto nos mercados de commodities pode ser abrangente, já que as novas usinas deverão disputar mercado com o etanol dos EUA no Norte e no Nordeste do Brasil. Além disso, as exportações brasileiras de milho, que quadruplicaram nos últimos anos, podem ser afetadas pela maior demanda interna.

Já há no país oito fábricas que convertem o grão no biocombustível, além de outras seis em construção e pelo menos sete em fase de projeto. Embora algumas usinas sucroalcooleiras tradicionais tenham respondido à tendência com ceticismo, algumas desenvolveram projetos “flex”, usando tanto milho quanto cana como matéria-prima, a depender da época do ano, com benefícios financeiros e ambientais.

As novas usinas de etanol também visam um uso mais lucrativo da produção de milho do Brasil, que aumentou conforme os agricultores aprenderam a gerar uma safra de soja e outra do cereal nos mesmos campos em um único ano.

Na semana passada, os preços do etanol atingiram recorde nominal nas usinas de São Paulo, superando os R$ 2 por litro pela primeira vez na história (na usina, antes de impostos), e o novo programa federal de estímulo ao mercado de biocombustíveis, o RenovaBio, entrará em vigor no fim do mês.

É nesse contexto que um engenheiro que trabalha para a Cofco em uma grande fábrica de etanol de milho em Zhaodong, na China, com capacidade produtiva de 1,2 bilhão de litros por ano, disse que a trading, que já opera quatro usinas de açúcar e de etanol de cana no Brasil, está analisando o cenário do etanol de milho em Mato Grosso. Outra fonte disse que a diretoria da gigante chinesa quer construir uma fábrica de etanol de milho perto da processadora de soja que mantém em Rondonópolis (MT).

Essa instalação da Cofco tem acesso a ferrovia, que poderia servir no futuro para levar o combustível ao Sudeste, maior mercado consumidor do Brasil. “Infelizmente, ainda não podemos comentar nenhuma iniciativa”, disse um porta-voz da Cofco quando questionado.

A Raízen também mantém conversas com fornecedores de equipamentos para avaliar um investimento, segundo uma fonte. “Encontramos com eles quatro vezes, mas eles ainda não se decidiram”, afirmou Peter McGenity, diretor de vendas da construtora de plantas de etanol americana Lucas E3.

Inicialmente, a Raízen negou ter planos para a produzir etanol de milho no Brasil. Quando questionado sobre as reuniões com os fornecedores, no entanto, um representante da empresa disse que a empresa “está alinhada às tendências do mercado para investimentos em energia renovável que atendam às necessidades ambientais de longo prazo”.

Uma outra fonte, que trabalha para uma empresa europeia que oferece serviços de engenharia para unidades de processamento de grãos, disse que a Amaggi também está trabalhando em um projeto de etanol de milho. Maior trading brasileira de grãos, com três plantas de processamento de soja, a Amaggi disse que não pode fazer comentários no momento sobre um possível projeto em etanol de milho.

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Fonte: Valor Econômico

12. Novo plano a caminho

As assembleias de credores das empresas da Atvos, braço sucroalcooleiro da Odebrecht, foram instaladas ontem, mas suspensas para 28 de janeiro de 2020, a pedido da companhia. A empresa pretende apresentar um novo plano após conversas que ocorrerão com os principais credores, afirmou Eduardo Munhoz , advogado da Atvos.

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Fonte: Valor Econômico

Grãos e Grandes Culturas

13. Falta de café de qualidade motiva forte alta de preço

Depois de quase três anos de preços em queda, os produtores brasileiros de café finalmente têm motivos para comemorar. Com a oferta de produtos de qualidade minguando no mercado brasileiro nesta safra 2019/20, os preços subiram no mercado internacional e no país, aliviando um pouco o cenário de margens curtas ou negativas para quem tem oferta para negociar.

No mercado interno, a escalada chegou com força ao indicador Cepea/Esalq, que começou o ano a R$ 407,80 por saca de 60 quilos e chegou a R$ 571,63 na última segunda-feira, maior valor desde novembro de 2016. Para o produtor que tem café de qualidade colhido na safra 2019/20 ainda à disposição, é uma boa hora para vender. Mas, segundo analistas, também pode ser um momento propício para fixar preços do grão que será colhido na próxima temporada.

José Marcos Magalhães, presidente da Minasul diz que, no começo do rally, alguns contratos foram firmados pela cooperativa mineira com sede em Varginha com o rescaldo da oferta de 2019/20, mas que, de fato, os associados já tinham vendido a maior parte da safra e os compradores se afastaram do mercado à medida que os preços continuaram subindo. Ele afirma que de 15% a 20% da produção foi destinada a operações de barter (troca de insumos pela colheita futura) para custear o ciclo 2020/21, por valores em baixos patamares.

A Minasul deverá encerrar o ano com 420 mil sacas exportadas, 68% mais que em 2018 e volume acima da previsão inicial de 300 mil sacas. Outras 600 mil sacas das safras 2020/21 e 2021/22 foram vendidas antecipadamente, com preço médio de R$ 540 por saca - os negócios oscilaram de R$ 440 a R$ 600.

“Quem está investindo no mercado futuro está conseguindo aproveitar uma parte dessa valorização”, afirma Magalhães. Neste momento em que a próxima safra ainda não está definida, os cafeicultores costumam comprometer até 30% da produção esperada com vendas antecipadas. “Depois de janeiro, esse percentual pode subir para até 50%”.

Embora suas cotações estejam descoladas da bolsa de Nova York, os cafés especiais - que têm acima de 85 pontos na avaliação da BSCA, entidade que representa o segmento - também se beneficiaram com a valorização das cotações no cenário de oferta restrita devido a problemas climáticos no Brasil. “Quando passa muito tempo com uma crise de baixa, o teto dos preços dos cafés especiais fica limitado. Esse limite começou a se soltar outra vez”, diz Vanusia Nogueira, diretora-executiva da BSCA.

No segundo ano que trabalha com especiais, Marcelo Thezolin, do Sítio Benedito, de Divinolândia (SP), está entre os que encontraram o bilhete premiado. “Estamos conseguindo aproveitar esse aumento de preços porque seguramos café [de melhor qualidade] para vender, por causa da participação no concurso dos melhores de São Paulo”, revela.

Valeu a pena. A amostra inscrita por Thezolin foi a primeira colocada na categoria “naturais” no 18º Concurso de Qualidade do Café de São Paulo. O lote vencedor foi vendido por R$ 1,5 mil a saca, quase três vezes acima do valor recebido pelos demais lotes negociados pela propriedade. O Sítio Benedito destina 9,68 hectares para a cultura e espera repetir, no ciclo 2020/21, a colheita de 120 sacas.

A oferta restrita, porém, também se traduziu em dificuldades para o cumprimento de contratos para entrega neste segundo semestre. “Estamos tendo problemas pela falta de oferta em grande quantidade, o que está levando a ajustes. Mas é uma questão de atraso, não de rompimento de contrato”, diz a diretora da BSCA. “Apesar da diferença de preços, não tenho notícias de contratos desfeitos”.

Se, para o produtor, o impacto da saca de café nas alturas deve ser limitado, para o consumidor a conta vai chegar nas próximas semanas, estima o presidente do Sindicato da Indústria do Café de São Paulo, Nathan Herszkowicz. “Os compradores imediatamente começam a pagar mais, e a indústria já sentiu esse aumento de R$ 30 a R$ 40 por saca há algumas semanas”, diz. “Mantido esse nível, ou se a escalada continuar, o repasse deverá chegar ao consumidor em duas ou três semanas, no máximo”.

Se a estimativa de confirmar, o movimento irá na contramão do que o consumidor viu até agora em 2019. No Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) o café moído recuou 7,39% até novembro, enquanto o solúvel caiu 2,89%. No varejo, o cafezinho aumentou 7,59%. Para Nogueira, da BSCA, nesse cenário há espaço para que os preços dos cafés de maior qualidade sejam reajustados nas cafeterias. “É algo que pretendemos trabalhar no próximo ano”, afirma.

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Fonte: Valor Econômico

14. Exportações de suco de laranja cresceram 54% de janeiro a dezembro

As exportações brasileiras de suco de laranja cresceram 54% nos cinco primeiros meses deste safra 2019/20 (julho a novembro) em relação o mesmo período do ano passado, para 535,7 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ) - o volume também inclui as vendas de suco pronto para beber (NFC). Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), a receita com os embarques alcançou US$ 921 milhões, alta de 39% na comparação.

“Com um volume grande de laranja para processar é natural que nesta época do ano haja movimentação de estoques do Brasil para os destinos finais, para ter o produto disponível para a venda e para liberar espaço nas unidades brasileiras”, explica, o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, em nota. O Fundecitrus estimou a produção de laranja na temporada 2019/20 em 385 milhões de caixas, uma das maiores dos últimos dez anos.

Segundo Netto, ainda não é possível saber quanto desse aumento das exportações está relacionado à movimentação de estoques ou a um possível aumento de demanda. “Teremos que esperar os próximos meses para ver como as exportações se comportam para ter uma ideia melhor do que está acontecendo”, avalia.

Os embarques de suco de laranja para a União Europeia, principal destino do produto, totalizaram 365,9 mil toneladas equivalentes ao FCOJ, 59% acima do volume embarcado na safra anterior. O faturamento somou US$ 637,7 milhões, 45% a mais que em 2018/19. Segundo principal destino do suco de laranja brasileiro, os Estados Unidos importaram 92,37 mil toneladas no período, 36% a mais que entre julho e novembro do ano passado. Em faturamento, os embarques para os Estados Unidos somaram US$ 149,5 milhões, um aumento de 16%.

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Fonte: Valor Econômico

15. Batata, cebola e banana ficaram mais baratas no atacado, diz Conab

As frutas e hortaliças mais consumidas pelos brasileiros e vendidas nas principais Ceasas do país ficaram mais baratas para os consumidores em novembro, apontou relatório mensal divulgado na segunda-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Entre as hortaliças, batata e cebola registraram queda de preços. No caso das frutas, a banana foi o destaque, com desvalorização na maioria das centrais do país.

No caso da batata, os preços caíram em todas as casas de abastecimento. De acordo com a Conab, o movimento reflete a menor qualidade do tubérculo. Na Ceasa de Vitória, no Espírito Santo, os preços de novembro ficaram 27,89% abaixo dos praticados em outubro de 2019. Na Ceagesp, de São Paulo, os preços recuaram 1,37%.

No mercado de cebola, os preços também caíram em quase todas as Ceasas pesquisadas. O destaque foi em Recife (PE), onde os preços do tubérculo ficaram 25% mais baratos.

A queda nos preços da cebola recuaram na esteira do fim da produção em Goiás e Minas Gerais. A partir de agora, a oferta de cebola terá origem apenas na região Sul do país. Nesse cenário, a Conab avalia que os preços podem passar a subir, puxados pela demanda.

Entre as frutas, a banana foi uma das que mais caíram. Em Curitiba (PR), o recuo de preços foi de 16,41%, enquanto na CEASAMINAS, de Belo Horizonte, a queda nos preços chegou a 11,35%. Esse quadro está associado à queda da oferta, tanto para a espécie nanica quanto para a prata.

Mas a tendência é que o movimento de queda dos preços da fruta seja revertido neste mês. Segundo o boletim da Conab, boa parte da fruta foi direcionada ao mercado externo, e essa restrição de oferta começa a ser sentida com mais força em dezembro.

Altas expressivas

No boletim mensal da Conab, alface e melancia foram os destaques de alta nos preços em novembro, na comparação com o mês anterior.

Alface teve alta expressiva em Recife (PE) de 41,36% em relação a outubro. Na Ceagesp, os preços subiram 26,73%.

No caso da melancia, a alta nos preços é decorrente do fim da produção goiana, quadro que deve se inverter nos próximos meses com a chegada das melancias do sul do país e da produção de outras regiões de São Paulo e da Bahia.

Em novembro, os preços da melancia subiram 44,47% na Ceasa de Belo Horizonte e 36,79% na Ceasa de Brasília. Na Ceagesp, a alta foi de 27,67%.

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Fonte: Valor Econômico

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