Cedoc News Indústria Automotiva | 28 e 29 de maio
- Por: Juliane
- Acessos: 1507
29 de maio de 2019
Publicação: OESP, p. B-9
Sete meses após abrir 3º turno, Toyota demite 340 em Sorocaba.
Principal motivo é queda nas exportações para a Argentina, mas empresa também negocia cortes em salários e benefícios.
Sete meses após abrir o terceiro turno de trabalho na fábrica de Sorocaba (SP), a Toyota anuncia que vai cortar 340 postos de trabalho na unidade que produz os modelos Etios e Yaris. O principal motivo é a queda das exportações para a Argentina, problema que também afeta outras montadoras do País.
O corte equivale a quase metade das 740 vagas criadas para o terceiro turno, em outubro. A Toyota diz que será aberto um programa de demissão voluntária. Se as adesões não atingirem a meta, parte desse pessoal (que tem contrato temporário) será demitida. A fábrica emprega 2,8 mil funcionários. Com o terceiro turno, a capacidade produtiva foi ampliada de 108 mil para 160 mil veículos. Neste ano, até abril, foram produzidas 50 mil unidades, das quais quase 30% foram exportadas, a maioria para a Argentina, que reduziu pedidos em razão da crise.
Para reduzir custos, a Toyota também propôs corte de benefícios para os trabalhadores de Sorocaba e das outras fábricas em São Bernardo do Campo, Indaiatuba e Porto Feliz, todas em São Paulo. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Leandro Soares, entre as medidas está a suspensão de aumento real de salários até 2021.
Pela proposta, neste ano não haverá repasse da inflação. Em 2020, seria aplicado 50% da inflação e, no ano seguinte, 100%. "Além disso, a empresa quer reduzir participação nos lucros e coparticipação dos trabalhadores no plano de saúde", diz Soares. "Os trabalhadores entendem a situação da empresa, mas não podem abrir mão de salários e ao mesmo tempo arcar com custos extras."
O anúncio de cortes ocorre num período em que a Toyota avalia aderir ao programa estadual IncentivAuto para ter direito a desconto de ICMS em novo investimento. Entre as exigências do programa está a criação de ao menos 400 vagas. Também em razão da queda do mercado argentino, a Volkswagen anunciou férias coletivas em São Bernardo e em Taubaté e a Nissan adiou plano de um terceiro turno em Resende (RJ).
29 de maio de 2019
Publicação: Valor Econômico, p. B-4
Chefes da Fiat e Renault desenharam fusão.
O plano para unir duas das maiores gigantes europeias do setor automobilístico - e o futuro do próprio setor - foi forjado em uma série de reuniões secretas nas residências dos industriais John Elkann e Jean-Dominique Senard.
Elkann, presidente do conselho de administração da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e herdeiro da dinastia italiana Agnelli, que fundou a Fiat em 1899, foi o anfitrião em sua casa de Torino. Seu colega na Renault, Senard, ex-presidente-executivo da Michelin, que caiu de paraquedas na Renault em janeiro para estabilizá-la, fez o mesmo em Paris. O ajuste, segundo disse um consultor, "permitiu aos líderes pensar grande".
As reuniões foram se tornando mais frequentes e urgentes, segundo fontes a par da situação, com as discussões avançando da ideia de uma parceria informal a uma fusão plena entre a FCA e a Renault. Nas duas últimas semanas, várias dessas reuniões foram realizadas.
O sigilo e a informalidade foram vitais, segundo assessores, dadas as sensibilidades fortes que cercam a aliança de 20 anos da Renault com a Nissan e a queda de seu principal arquiteto, Carlos Ghosn. Foi sua súbita ausência e a promoção de Senard que tornaram a fusão Renault-FCA possível.
Ghosn continua em Tóquio, sob condições de fiança rígidas, enquanto aguarda julgamento por acusações de má gestão financeira, o que ele nega categoricamente. Mas sua sombra sobre as discussões de fusão entre a Renault e a FCA permaneceu constante. Uma fusão entre as duas companhias escapou dele e do antecessor de Elkann na FCA, Sergio Marchionne.
Apesar da reputação dos dois de gerentes habilidosos, eles não conseguiram chegar a uma fórmula para navegar por entre as rivalidades setoriais, governos, acionistas e sindicatos que se interpunham a um acordo. Marchionne passou seus anos finais de vida pedindo uma consolidação entre as montadoras, acreditando que a sobrevivência delas dependia disso. Fontes próximas da administração da FCA disseram que Ghosn pode nunca ter comprado para valer a ideia.
Onde eles falharam, as negociações reservadas e discretas de Elkann e Senard parecem ter sido bem-sucedidas: na segunda-feira, a FCA propôs uma fusão com a Renault, numa operação envolvendo apenas ações, que dará aos respectivos acionistas de cada empresa uma participação de 50% no entidade resultante da fusão. A Renault recebeu bem a proposta "amigável", depois de uma reunião do conselho de administração, afirmando que iria analisá-la.
"Elkann e Senard tiveram a visão e o pragmatismo para fazer isso acontecer", afirmou uma fonte. "Quando você tinha os dois figurões lá [Ghosn e Marchionne], a execução desse acordo era mais difícil por causa de suas personalidades", disse. Os investidores comemoraram, levando a uma alta de 12% no preço da ação da Renault e de 8% na da FCA. Elkann descreveu o fato como "um dia inimaginável", ao falar na Universidade Bocconi de Milão, o mesmo lugar que ele esteve há uma década quando a Fiat uniu-se à Chrysler. O veículo de investimentos da sua família, a Exor, que controla 29% da FCA, será o maior acionista do grupo resultante da fusão.
A transação criará a terceira maior montadora do mundo - atrás da Volkswagen e da Toyota -, responsável pela produção de 8,7 milhões de veículos por ano, com vendas de € 170 bilhões e lucros de € 8 bilhões. A companhia resultante da fusão terá um valor de mercado de mais de € 35 bilhões, com base nos preços das ações na segunda-feira.
Uma fusão passou a ser considerada apenas nas últimas semanas, quando Elkann descobriu que a Renault havia desistido de seu esforço de fusão com a Nissan, e telefonou para Senard.
Durante suas conversas, Senard deixou claro para Elkann que um acordo com a Nissan, que controla 15% da Renault e na qual a montadora francesa detém uma participação de 43%, seria quase que impossível, segundo conta uma fonte próxima do grupo.
"Tem sido muito difícil conversar com nossos colegas japoneses... eles vêm sendo completamente irracionais", disse uma fonte próxima da Renault, referindo-se ao presidente-executivo da Nissan, Hiroto Saikawa.
A abertura permitiu a Elkann assumir o papel de negociador, instruindo sua equipe a trabalhar sob o codinome "Fermi" no projeto "Newton", para montar um acordo para "Rutherford". São todas referências a físicos famosos.
As reuniões foram se tornando mais frequentes e urgentes e avançaram de parceria informal a fusão plena
Elkann encontrou-se com Emmanuel Macron, o presidente da França, que tem uma participação de 15% na Renault, para assegurar ao líder francês que a transação criaria uma campeã europeia capaz de enfrentar as montadoras americanas e asiáticas.
A FCA entrou em pânico quando as negociações foram reveladas pelo "Financial Times" no sábado, segundo afirma uma fonte próxima da Renault. Isso levou a uma correria para a elaboração da proposta anunciada na segunda-feira, que não forneceu muitos detalhes.
Foi uma relação que data de quando Senard comandou a Michelin que preparou o terreno para o acordo. Os dois industriais, que compartilham de modos gentis, em contraste com seus ex-executivos dominadores, conversaram em francês, idioma em que Elkann é fluente por ter estudado em uma escola secundária de elite de Paris, para definir os termos.
"Houve uma relação quase paternal entre os dois", disse uma fonte a par das discussões. "A cultura da Michelin é quase a de uma empresa familiar... eles não estão distantes culturalmente."
Agora os dois, Elkann como futuro presidente do conselho de administração, e Senard como presidente-executivo do grupo resultante da fusão, precisarão concluir um acordo que promete resultar em economias de € 5 bilhões e provar que a escala pode compensar as forças da ruptura tecnológica e reduzir os custos que estão abalando as montadoras.
Além de contornar as preocupações das autoridades que regulam a competição, eles também terão de avançar com um acordo que poderá inflamar as tensões já grandes entre a França e a Itália, ao mesmo tempo em que a Nissan, parceira na aliança e acionista da Renault, vai querer impor sua voz.
"Quando você tem tantas partes envolvidas, além do governo, você simplesmente não sabe. Do ponto de vista do mercado, faz sentido. Mas há muitas vozes a serem consideradas", disse uma fonte que trabalha no acordo.
A FCA prometeu que não haverá fechamento de fábricas, fator fundamental para aprovação dos franceses
Os governos francês e italiano deram o sinal verde para as negociações, com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, dizendo a jornalistas que a "ampliação da Fiat Chrysler é uma boa notícia para a Itália", classificando o negócios como uma "operação brilhante que preserva todos os empregos, ao mesmo tempo em que cria uma gigante automobilística europeia".
A FCA prometeu que não haverá fechamento de fábricas como parte do acordo, um elemento crucial à aprovação pelo Estado francês - a perda de empregos seria politicamente intragável para um governo já pressionado. "Essa operação será viável se tiver um impacto positivo sobre o emprego na França", disse uma autoridade do alto escalão do governo francês, com os sindicatos já manifestando sua desaprovação.
Um complicador para o negócio é a presença da Nissan, parceira de longa data da Renault. No longo prazo, a FCA e a Renault estão abertas à ideia de uma fusão de três vias que inclua a montadora japonesa, disseram fontes próximas das montadoras europeias. Mas por enquanto a possibilidade de a Nissan, que rejeitou a proposta de fusão da Renault na metade de abril, unir-se à FCA e à montadora francesa é pequena.
A Nissan e autoridades do governo japonês reagiram com cautela as negociações, das quais eles só tomaram conhecimento no fim de semana. As contrapartes japonesas foram deliberadamente mantidas fora das conversas para evitar vazamentos, segundo disse uma fonte próxima da Renault, pois temia-se que a Nissan pudesse tentar arruinar qualquer acordo em potencial.
À primeira vista, a estrutura da proposta da FCA deverá interessar à Nissan. Sob uma nova companhia holding holandesa, a montadora japonesa terá direitos de voto sobre sua participação no grupo resultante da fusão e um assento no conselho de administração. A Renault também vai engavetar, temporariamente, os planos de uma fusão integral com a Nissan, o que permitirá a Saikawa se concentrar na reconstrução dos problemáticos negócios da companhia nos EUA.
Na segunda-feira, Saikawa disse a jornalistas reunidos do lado de fora de sua casa, ao ser perguntado sobre as negociações com a FCA, que estava "totalmente aberto a discussões construtivas" para o fortalecimento de sua aliança com a Renault.
Uma pessoa a par da maneira de pensar do governo japonês, disse que é prematuro discutir a possibilidade de a Nissan vir a integrar o novo grupo só nesses termos. "Aderir a uma aliança ampliada é uma possibilidade, mas uma fusão é uma história completamente diferente", disse outra pessoa próxima do conselho da Nissan.
E embora muitos analistas tenham aplaudido o negócio, alguns assumiram um tom mais cauteloso: "Isso parece fundamentado na visão de que a escala será cada vez mais importante para a sobrevivência da indústria automobilística. Isso faz sentido no PowerPoint, mas raramente funciona no mundo real. A escala regional é mais importante do que a escala global", disse Max Warburton da Bernstein.
Mas se o negócio for bem-sucedido, será um triunfo para Elkann. Uma pessoa envolvida disse: "Marchionne e Ghosn tinham uma visão de que você precisa produzir e vender 5, 6, 7 milhões de carros para ser relevante. Para Marchionne, é triste porque ele teria ficado orgulhoso disso".
29 de Maio de 2019 (11:54)
Publicação: Maxpress - Releases
NGK é premiada pela Moto Honda da Amazônia
A NGK, empresa que está completando 60 anos de operação no Brasil, está entre as melhores fornecedoras da Moto Honda da Amazônia. A empresa, especialista em sistemas de ignição, foi premiada na categoria “Excelência em Qualidade e Entrega", durante o Encontro de Fornecedores, realizado em Manaus (AM).
O evento premiou os fornecedores que mais se destacaram em 2018 em suas áreas de atuação, reconhecendo os parceiros com base no cumprimento das metas anuais e estimulando-os a aprimorar os bons resultados.
“É uma grande satisfação para a NGK receber mais uma vez este prêmio de uma empresa parceira, com quem possuímos uma relação longa e próspera. Este reconhecimento comprova nosso esforço em fornecer produtos da mais alta qualidade para o setor automobilístico", afirma Celio Takata, diretor de Vendas OEM da NGK do Brasil.
A NGK é parceira da Moto Honda da Amazônia há mais de 40 anos, fornecendo para a montadora todo o portfólio destinado ao segmento de duas rodas, que inclui velas de ignição, terminais supressivos e sensores de oxigênio.
Sobre a NGK
A NGK, referência mundial nos setores automotivo e de revestimentos porcelanizados, completará 60 anos de atuação no Brasil em 1º agosto de 2019. Detentora das marcas NGK (Componentes Automotivos), NTK (Sensores e Ferramentas de Corte) e Belamari e Super NGK (Revestimentos Porcelanizados), a empresa conta com um quadro de mais de 1.300 colaboradores e sua fábrica está sediada na região de Mogi das Cruzes (SP), em uma área de 625 mil metros quadrados.
Fundada em 1936, em Nagoya, no Japão, a NGK é considerada a maior fabricante e especialista em velas de ignição e possui forte presença em todos os continentes. Mais informações em www.ngkntk.com.br. A página também disponibiliza dezenas de opções de cursos o nline para mecânicos e aplicadores.
29 de Maio de 2019 (01:01)
Publicação: Notícias - MS
Decreto concede benefício fiscal para compra de carros elétricos em MS
Campo Grande (MS) - A partir desta quarta-feira (29.5) ficou mais fácil adquirir um carro elétrico ou híbrido em Mato Grosso do Sul. O governador Reinaldo Azambuja assinou e publicou no Diário Oficial do Estado um decreto reduzindo a base de cálculo de ICMS desses veículos, de forma que a carga tributária fique em 12% sobre o valor da operação. O documento também leva a assinatura do secretário de Estado de Fazenda, Felipe Mattos.
Além de reduzir a carga tributária, o decreto incentiva a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera. O benefício foi concedido com base em um convênio do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que permite a adesão de um estado a benefícios concedidos ou prorrogados por outro. No caso, Mato Grosso do Sul está “pegando carona" no benefício concedido pelo Estado de Goiás.
Em relação ao decreto goiano, o de Mato Grosso do Sul engloba uma quantidade menor de modelos para não desrespeitar uma norma estadual já vigente, o Decreto nº 11.089, de 31 de janeiro de 2003, que dispõe sobre a redução de base de cálculo do ICMS nas operações com veículos automotores novos. Paulo Fernandes - Subsecretaria de Comunicação
29 de Maio de 2019
Publicação: Logweb - Notícias
Mercado de distribuição de autopeças cresce 7% em 2018
De olho na expansão global, e especialmente no crescimento em regiões estratégicas no mundo, o The NPD Group (www.npd.com) inicia este ano seu monitoramento do mercado de distribuição de autopeças no Brasil. O serviço já monitora as vendas das principais empresas distribuidoras do país, que representam aproximadamente 20% do faturamento do setor, e o painel que fornece dados de vendas em 14 categorias e 81 sub-categorias, totalizando mais de 400 marcas e 160 mil SKUs. Esse é o primeiro serviço que monitora o mercado de reposição de peças no segmento B2B no Brasil, destaca José P. Guedes, presidente do The NPD Group no Brasil. Até agora, não havia nenhuma fonte de informações disponíveis sobre o tamanho, o crescimento ou a participação de mercado. Todos esses dados são fundamentais para que fabricantes, distribuidores e varejistas tomem decisões de forma mais assertiva em seus de negócios, completa.
O monitoramento inédito Painel de Distribuidores de Autopeças NPD aponta que as principais empresas do setor faturaram no ano passado R$ 1.942 bilhão, o que representa uma alta de 7,3% em relação a 2017, quando fechou em R$ 1,81 bilhão. O ranking das peças mais vendidas é liderado pela categoria de transmissão (28,9%), seguida por freios e suspensão (13,6%) e peças e componentes de motor (13,23%). O ranking ainda informa o crescimento das categorias de filtros (9,75%) e arrefecimento (8,2%).
Em valores, a categoria de transmissão representou R$ 562,3 milhões do faturamento do setor, seguida por freios (R$ 264,3 milhões) e peças de motor e componentes (R$ 263,8 milhões), que tiveram alta, respectivamente, de 5,7%, 9,4% e 13,4% em relação a 2017. As categorias que tiveram as maiores altas de preços foram os elétricos rotativos (16%), transmissão (14,7%), químicos de desempenho (11%), freios (10,5%), juntas (9,4%) e peças e componentes de motor (8,8%). Somente as categorias de suspensão e direção tiveram redução nos preços em 2018, respectivamente, de -0,6% e -2%, segundo o monitoramento mensal do The NPD Group no Brasil.
O ritmo de crescimento no primeiro bimestre de 2019 foi mantido, chegando a 9,6% (R$ 345 milhões em 2019, contra R$ 314 milhões em 2018), com destaque para as categorias de transmissão e suspensão, que tiveram um aumento nas vendas de, respectivamente, de 8,3% (R$ 97,6 milhões) e 14,6% (R$ 49,6 milhões). Em unidades, as vendas em janeiro e fevereiro últimos tiveram um incremento de 2,6% sobre o mesmo período de 2018 (passando de 8.691 para 8.916). No ano passado, o desempenho do bimestre havia registrado um saldo negativo de -0,4% (de 52.443 para 52.658).
29 de Maio de 2019
Publicação: Logweb - Notícias
Vendas de pneus de carga crescem 32% para montadoras
As vendas de pneus de carga para as montadoras no primeiro quadrimestre deste ano cresceram 32%, para 596 mil unidades, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já, no mercado de reposição, houve queda de 2,2%, totalizando 1,86 milhão de pneus.
De forma geral, as vendas de pneus de todas as categorias preocupam a Associação Nacional de Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
Os negócios da indústria de pneus desaceleraram no mês passado e o setor apresenta resultado negativo no acumulado do ano. As vendas no setor caíram 4,8% em abril no comparativo com o mesmo mês de 2018, baixando de 4,98 milhões de unidades para 4,74 milhões. Em relação a março, quando foram negociados 5 milhões de pneus, o decréscimo é de 5,2%.
Com o resultado de abril, a indústria acumulou vendas de 19 milhões de pneus no primeiro quadrimestre, com queda de 2,7% sobre as 19,6 milhões de unidades comercializadas em idêntico período do ano passado. O que está impedido um desempenho ainda pior do setor são as vendas para as montadoras, que cresceram 1,5% no período, enquanto as realizadas no mercado de reposição caíram 4,8%.
Os números do quadrimestre nos preocupam, a ponto de questionarmos as previsões de crescimento para o País, comentou Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneus. Esperamos que a confiança do mercado seja logo restabelecida para, assim, voltarmos a crescer.
O executivo disse ainda que o setor segue na expectativa de ações concretas do novo governo, para garantir a viabilidade não só dos benefícios futuros, como também possibilitar a retomada da confiança dos investidores e, assim, fomentar o crescimento econômico do País.
No comparativo de abril deste ano com o mesmo mês de 2018, as vendas para o mercado de reposição caíram 7,2%, enquanto as entregas para as montadoras cresceram 1,5%.
29 de Maio de 2019
Publicação: Diario ABC - Economia
GM investe R$ 150 mil em sala verde que terá oficinas gratuitas
A GM inaugurou ontem uma sala verde, a primeira do tipo em uma montadora e na cidade de São Caetano. Foram investidos cerca de R$ 150 mil para tirar do papel a iniciativa que oferecerá oficinas voltadas a disseminar práticas de sustentabilidade e meio ambiente de forma gratuita e aberta à comunidade.
Revitalizado, o espaço que hoje abriga a sala verde, até então, era inutilizado. Todos os móveis, bancos, vidros e tintas foram reaproveitados de assentos, rodas, blocos de motor e carretéis da linha de produção de veículos. O projeto, instalado na planta de polímeros, no bairro Prosperidade, ocorre em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e o apoio da Prefeitura de São Caetano. A pasta federal contribui com acesso ao material didático e, o Paço, com a divulgação dos cursos.
A ideia é ampliar o conhecimento de educação ambiental de crianças, adolescentes, donas de casa, escolas e funcionários da montadora. Enfim, o espaço é aberto a toda a população. Basta demonstrar interesse em participar das oficinas, sem pagar nada por isso, afirma Tatiana Gil, supervisora ambiental da GM em São Caetano e uma das idealizadoras do projeto. Ela exemplifica que, uma das aulas, por exemplo, pode ensinar a não descartar borra de café, que pode virar até cosmético. As pessoas também têm muitas dúvidas sobre o que é reciclável ou reutilizável, e queremos contribuir para esclarecer essas questões.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de São Caetano, Fernando Trincado, a iniciativa vai proporcionar um retorno à sala de aula ou um complemento dela, com ensinamentos de ciências. As oficinas vão proporcionar estudos que nos permitirão aprender mais sobre economia circular e projetos sustentáveis, assinalou.
Queremos tornar uma fábrica de quase 100 anos (89) o mais longeva possível. Trata-se de uma planta que tem tudo para ser brownfield (antiga), mas que estamos no caminho para torná-la goldenfield (com custos competitivos, como se fosse nova) e, hoje (ontem), demos mais um passo para isso, disse o diretor de manufatura da GM em São Caetano, Andreieli Pinto. Além disso, temos 25% de água de reúso e 98% dos nossos resíduos são recicláveis, sendo os 2% restantes coprocessados, o que permite o reaproveitamento de energia. Quatro anos atrás, todos os resíduos iam para aterro sanitário, hoje, nada mais vai. Os custos da unidade são 50% menores do que há quatro anos e, nos próximos três, vamos diminuir mais 20%. Queremos deixar essa fábrica mais atualizada do que nunca, sentenciou.
28 de Maio de 2019 (20:07)
Publicação: Abril - Revista Exame.COM
Este carro elétrico brasileiro roda 200 km com apenas R$ 8 de energia
São Paulo - Uma nova empresa brasileira chamada Gaia Electric Motors anunciou, em exclusividade a EXAME, um carro elétrico que promete ter 200 km de autonomia. O custo estimado pela companhia para a recarga da sua bateria é de 8 reais energia elétrica (sendo 20 vezes mais eficiente do que um carro movido à gasolina) e são necessárias 8 horas para que ela atinja uma carga completa.
O carro, também chamado Gaia, tem três rodas e requer que o usuário tenha habilitação para conduzir motocicletas. O foco inicial de vendas do veículo é para o mercado corporativo. A venda para consumidores não está descartada, mas ainda não tem data para acontecer.
O veículo não possui chave. O desbloqueio acontece por meio do smartphone. Graças a um chip de internet móvel, o Gaia está sempre conectado e pode ser usado por empresas para criar um serviço transporte com carros elétricos. A ideia é ir atrás de mercados onde aplicativos de transporte individual, como Uber, 99 e Cabify, não tenham motoristas o suficiente para atender plenamente a demanda da população.
A Gaia não informa o preço exato do produto, diz apenas que ele custa na faixa de 80 mil reais. Os carros 100% elétricos que serão vendidos no Brasil neste ano, como o Nissan Leaf, o Chevrolet Bolt, o Jac E40 e o Renault Zoe, terão preços sugeridos de 130 a 180 mil reais.
“Não quero posicionar a Gaia como uma montadora. Somos uma empresa de tecnologia. As montadoras abonaram o público jovem no Brasil. As multinacionais querem ver os resultados em dólar, não consideram alto custo que é repassado ao consumidor brasileiro", Ivan Gorski, fundador e presidente da Gaia, em entrevista a EXAME.
Com 18 meses de fundação e linha de montagem em Manaus (AM), a Gaia afirma ter valor de mercado de 10 milhões de reais atualmente.
28 de Maio de 2019 (13:21)
Publicação: Zero Hora - Economia
FCA-Renault seria maior montadora do Brasil e deve precisar de aval do Cade
FCA-Renault seria maior montadora do Brasil e deve precisar de aval do Cade
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A fusão da FCA (Fiat Chrysler) e da Renault pode criar a maior montadora do Brasil e deve precisar de aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para vigorar no país, segundo pessoas a par das negociações.
O acordo entre as montadoras, anunciado oficialmente nesta segunda-feira (27), ainda deve demorar para ser finalizado -um prazo considerado rápido seria algo entre um e dois meses.
Apenas após a consolidação do acordo pelas matrizes das empresas é que o plano seria apresentado à autoridade da concorrência brasileira.
A Fiat, da FCA, é a terceira colocada em vendas no Brasil de automóveis e comerciais leves, segundo os dados fechados de 2018 da Fenabrave (associação das revendedoras), com 13,18% de participação de mercado.
Considerando ainda Jeep e RAM, que também fazem parte da FCA, o grupo seria o primeiro colocado, com 17,69% do mercado, praticamente empatado com a GM (17,58% de participação).
Caso a fusão ocorra, o grupo lideraria com folga no Brasil, com pouco mais de um quarto das vendas, ainda considerando os dados de 2018; teria 26,39% do mercado. Hoje a Renault, é quinta do ranking (8,7%) nacional.
No mundo, o novo grupo seria o terceiro maior, atrás de Volkswagen e Toyota.
O mercado ficaria ainda mais concentrado caso Nissan e Mitsubishi (9,95% e 0,9%, respectivamente) aderissem ao acordo. Nesse caso, o grupo resultante dominaria pouco mais de 31% de todas as vendas no Brasil.
Um acordo que englobasse Nissan e Mitsubishi, porém, é mais difícil de ocorrer.
Embora oficialmente a Nissan tenha dito nesta segunda que está "aberta a qualquer discussão que fortaleça" a parceria já existente, a perspectiva de uma junção de forças com a FCA não entusiasma a japonesa, que vê mais concorrência do que complementaridade com a FCA.
Além disso, os japoneses afirmam que as redundâncias na operação europeia da trinca forçariam fechamento de fábricas e de vagas para evitar perdas financeiras, medidas que seriam rechaçadas pelos governos de França e Itália.
Mas, acima de tudo, acham que a proposta da FCA é uma estratégia dos ítalo-americanos para entrar no maior mercado do mundo, o mercado chinês -e, de forma mais difusa, no circuito asiático como um todo.
28 de Maio de 2019 (10:00)
Publicação: Agência AutoData - Notícias
Magneti Marelli Cofap tem novidades para a reposição
São Paulo - A Marelli colocou no mercado novos amortecedores, juntas homocinéticas, semieixos e trizetas Magneti Marelli Cofap Aftermarket para a linha de reposição. Hyundai Creta e Santa Fé, Ford EcoSport e Fusion, Renault Sandero, Citroën C3, C4, ZX, Xantia e Xsara, Peugeot 306, 308, 405 e Partner e Mitsubishi L200 são alguns dos modelos contemplados.
28 de Maio de 2019 (10:00)
Publicação: Agência AutoData - Notícias
Mercedes-Benz simplifica Accelo e mira clientes Ford
Barueri, SP - A Mercedes-Benz executa planejamento para conquistar o espaço no mercado que será deixado pela Ford Caminhões, que decidiu encerrar suas atividades na América do Sul até o final do ano. A empresa anunciou na terça-feira, 28, três novas versões de entrada do caminhão leve Accelo para atacar o nicho que era cativo da montadora com os Ford Cargo de oito a doze toneladas.
De acordo com Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda, as primeiras unidades estão sendo produzidas em São Bernardo do Campo, SP, e devem chegar à rede M-B em breve. Enquanto isso, a equipe de vendas da companhia busca ganhar espaço com os clientes Ford Caminhões.
“Estamos falando de um mercado importante, uma fatia de 12% que, no ano passado, representou mais de 11 mil unidades. É um trabalho que demanda planejamento porque vamos nos deparar com um tipo de cliente cativo que encontrou uma realidade nova, com novas marcas chegando".
A nova versão de entrada foi simplificada, segundo Leoncini, para que o caminhão chegue ao mercado com um preço próximo ao que era praticado pela Ford Caminhões. Nas três versões - 815, 1016 e 1316 - a cabine, para dois ocupantes, será mais curta, a coluna de direção, fixa, e o banco do motorista, por fim, estático.
Tudo muito diferente das demais versões do Accelo, como a topo de linha equipada com câmbio automatizado Eaton de seis marchas, assistentes de direção, tração, assentos com regulagem pneumática, dentre outras características que a Mercedes-Benz reuniu em um mesmo termo comercial, o car like, ou seja, quando o caminhão é desenvolvido para que seu design interno seja similar aos dos automóveis.
Segundo Leoncini, as versões mais enxutas estão alinhadas com as necessidades dos clientes que a Ford Caminhões deixará de atender, um público que define compra em função do preço final do veículo. Essa parcela, seguiu o executivo, representou 40% dos pedidos da Ford até o ano passado. A fatia restante, 60%, corresponde às demandas das licitações.
Esta faixa do mercado é considerada ponto sensível dentro das pretensões da M-B em ocupar o espaço deixado pela fabricante que é vizinha ao seu terreno no ABC paulista. Isso porque, nas projeções da Mercedes-Benz para o mercado em 2019, consta queda nos volumes pedidos pelo Estado:
“O número de licitações neste ano será menor. Assim, no final do ano, a fatia que era da Ford será menor, deixará de ser 12%. Há também outra questão, que é a ligada à resposta do varejo. Acredito que clientes Ford, diante das mudanças, poderão postergar as compras para momentos futuros".
Caso avancem as pretensões da M-B no mercado de leves, a companhia poderá chegar ao final do ano com força extra para encerrar o período como líder de vendas no segmento, o que aconteceu no primeiro quadrimestre. No volume acumulado até abril, foram emplacadas 1 mil 270 unidades, o que resulta em aproximadamente 36% de participação de mercado. O Accelo 1016, com 723 unidades, foi o modelo leve mais vendido até abril. Já o Accelo 815 teve 493 veículos emplacados nos quatro primeiros meses, segundo dados da Fenabrave.
28 de Maio de 2019 (10:00)
Publicação: Agência AutoData - Notícias
Ford aposta no motor 1.0 para o Ka Freestyle
Salvador, BA - A receita de personalização que nasceu como série especial em 2006 tem dado tão certo que além do EcoSport -- o pioneiro -- a Ford levou para a linha Ka a configuração Freestyle. Na linha 2020, a grande novidade é o Ka Freestyle com motor 1.0 de três cilindros.
Itens de aparência como rodas com desenho exclusivo e uma série de pequenas alterações no visual, além do posicionamento de preço, fizeram do EcoSport Freestyle o mais vendido dentre suas versões. Em 2016, 60% das vendas do SUV foram da Freestyle. No ano seguinte, com a opção da transmissão automática, a preferência do consumidor subiu a 70%.
"O cliente chega na revenda pedindo o Freestyle, não diz o nome do modelo, tamanha a identificação com a proposta dessa versão" diz a gerente de produto Adriana Carradori.
No caso do Ka Freestyle foram adotadas outras soluções além das mudanças exclusivas no visual externo. A altura livre do solo aumentou para 188 mm -- um truque da engenharia e do marketing para enquadrar o hatch na categoria SUV, de acordo com a legislação brasileira -- pneus 185/60, rodas de liga leve de 15 polegadas, ajustes na suspensão, coxins e barra estabilizadora, controle de estabilidade e tração, dentre outras mudanças.
Outro trunfo desta versão, segundo a Ford, é o preço: R$ 56,7 mil. "Nesta faixa de preço não há oferta com as características do Freestyle" afirma Carradori.
No ano passado, quando passou a ser ofertado, o Ka Freestyle com motor 1.5 respondeu por 10% das vendas do modelo -- a versão com essa motorização foi descontinuada na linha 2020. Como é praxe, a Ford não divulga sua expectativa de vendas do Ka Freestyle 1.0 de 85 cv.
Eco 2020
-- Assim como o Ka, o EcoSport é temporão: a versão Freestyle modelo 2020 começa a ser vendida em junho. O SUV incorpora o visual diferenciado com peças da carroceria pintadas de preto. A maior novidade do modelo 2020 é o teto também pintado de preto.
Preço sugerido: R$ 87,3 mil na opção com transmissão manual e R$ 93,3 mil com caixa de marchas automática. Fotos: Divulgação.
28 de Maio de 2019
Publicação: Agência Estado Conjuntura e Finanças
No Brasil, fusão entre Fiat Chrysler e Renault coloca empresa no topo do mercado
A FCA Fiat Chrysler propôs na segunda-feira, 27, à Renault uma fusão de participações igualitárias (50% cada) que, se aprovada pela marca francesa criará o terceiro maior grupo automotivo do mundo, com vendas de 8,7 milhões de veículos, conforme resultados de 2018. No Brasil, a parceria coloca a nova empresa no topo do mercado, com vendas de 646 mil unidades, muito superior ao volume da atual líder General Motors.
Segundo a FCA, a junção resultaria em mais de ¤ 5 bilhões de ganhos por ano em sinergias e não haverá fechamento de nenhuma fábrica. O grupo ítalo-americano tem 102 fábricas no mundo e o francês, 34. Juntos, empregam quase 380 mil funcionários.
Se Nissan e Mitsubishi, que já formam uma aliança global com a Renault - hoje abalada após a prisão do líder Carlos Ghosn, por suspeitas de fraudes -, também participarem da fusão com a FCA, a nova companhia seria praticamente imbatível no mercado, com vendas superiores a 15 milhões de veículos. A Volkswagen, maior grupo automotivo no ano passado, vendeu 10,6 milhões de veículos.
A Renault informou que vai "estudar com interesse a oportunidade de uma aproximação", mas não deu prazo para a decisão. A parceria, tendência global que vem sendo avaliada por todas as marcas, "faz todo sentido pois não há dinheiro que chegue para atender o novo mercado", afirma Paulo Cardamone, presidente da Bright Consulting, referindo-se ao novo papel das montadoras com a chegada de veículos com elevado índice tecnológico, conectados, elétricos e autônomos.
Beneficiado
Cardamone acredita que o Brasil será um dos grandes beneficiados. "O novo grupo passaria a ter importante escala de produção e seria líder, com quase 30% do mercado". Segundo ele, "só a consolidação de áreas como financeira, contábil e de recursos humanos resultaria em corte absurdo de custos".
Para a Fiat Chrysler, a parceria daria acesso a novas tecnologias, como a de carros elétricos, segmento que a marca francesa lidera na Europa. Já a Renault poderia entrar no gigante mercado norte-americano.
Dona de marcas de automóveis que incluem as luxuosas Maserati e Alfa Romeo, a FCA cita grandes economias em compras, eficiências em pesquisa e desenvolvimento, em manufatura e ferramental, redução de número de plataformas de veículos e de motores.
Os resultados já seriam positivos a partir do segundo ano de sinergia, prevê a FCA. Pelos cálculos da empresa, os rendimentos combinados chegariam a € 170 bilhões, com lucro líquido de mais de € 8 bilhões.
O ex-presidente da FCA, Sergio Marchionne, morto em 2018 e responsável pela compra da americana Chrsyler pela italiana Fiat, vinha negociando parcerias há vários anos. Houve discussões com Volkswagen, GM e PSA Peugeot Citroën, sem sucesso. Foi ele quem começou as conversas com a Renault.
Em visita ao Brasil na semana passada para anunciar a nova fábrica de motores em Betim (MG), o presidente mundial da FCA, Mike Manley, confirmou que o grupo "sempre busca fortalecer sua posição e continuará fazendo isso." Outra recente parceria global é a da Ford e Volkswagen, inicialmente para a área de picapes e vans. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
28 de Maio de 2019
Publicação: Proxxima On-line
Fusão de empresas gera Driven CX, consultoria focada na economia digital
As empresas de consultoria e soluções digitais TopperMinds, Profite e BlueFoot anunciam fusão e criam a Driven CX (customer experience), que passa a ser uma das destacadas agências consultivas digitais do segmento e a única nativa digital, integrando soluções desde a modelagem de negócios e estruturação operacional até a gestão performance digital do negócio.
A Driven CX é criada com o slogan “Digital Empowerment" para definir seu conceito: oferecer eficazes soluções para o empoderamento digital das empresas que buscam aperfeiçoar seu desempenho, através de uma evolução digital da experiência dos seus clientes.
O grupo Driven CX integrou as equipes das três empresas e passa a ter 150 colaboradores especializados, 120 clientes e previsão de faturamento de R$ 26 milhões em 2019, com meta de crescimento de 20% para 2020.
A Driven passa a ter em sua carteira de clientes: Volkswagen, Movida, 3 Corações, Bancoob, Swift, Tramontina, Bradesco Cartões, Tok Stock, Drogaria Araujo, Havaianas entre outras empresas nacionais do varejo e indústria.
Seus profissionais são especialistas em suas cadeiras de atuação, que incluem desde cientistas do consumo à analistas de inteligência de mercado, passando por designers de interface, especialistas de performance e desenvolvedores e arquitetos de sistema.
“Temos marcas estratégicas com potencial e vocação digital para estabelecer liderança em sua categoria. Esse é o cliente Driven, uma jornada completa e de olhar holístico para as demandas de soluções digitais, partindo da modelagem na consultoria, desenhando a melhor estratégia de jornada de consumo e produzindo performance com os mais eficazes dispositivos de mídia e relacionamento suportados por ferramentas tecnológicas", explica Fabrizzio Topper, fundador da Driven Cx.
A Driven CX se qualifica como a primeira consultoria nativa digital.
O Grupo passa a atuar em três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba; e tem planos de expansão para Brasil e internacional.
“A grande força da nossa fusão é que juntos somos uma consultoria pronta para acelerar o crescimento digital de empresas. Nos reunimos e criamos uma metodologia que inicia na modelagem de negócios e avança como nossa equipe de engenheiros de experiência em soluções tecnológicas para os pontos de contato entre marcas e pessoas. Ao passo que cuidamos da experiência de compra, também aceleramos a performance em digital das marcas tornado consumidores em clientes, focando em criar relacionamentos de longo prazo. Vamos pensar de forma crítica e coletiva para criar as soluções para o mercado, e agora nossos clientes contam com uma equipe que os ajudará a acelerar suas decisões no digital e a gerar maiores e melhores resultados para suas operações", enfatiza Pablo Canano, CEO da Profite e fundador do Grupo Driven.
Jornada do consumidor
A jornada do consumidor é um dos maiores desafios para as empresas terem relevância e fidelidade com o cliente. Essa missão é a sustentação da estratégia que a Driven CX vai acompanhar com olhar integrado de toda equipe para otimizar e aprimorar de forma contínua à jornada do cliente.
“Gerir uma operação de varejo no Brasil não é desafio para qualquer um. Além dos diversos desafios fiscais, tributários e jurídicos, o consumidor informado e digitalizado exige cada vez mais experiências incluída na jornada de consumo. Estamos em um tempo em que a tecnologia permite, através de informações de geolocalização, interações digitais e físicas, saber profundamente os gostos e preferências de cada consumidor. Nosso diferencial competitivo está justamente em acionar da melhor forma estas tecnologias em prol da experiência do cliente. Estas passam a ser as estratégias prioritárias para negócios de varejo. Estamos prontos para oferecer soluções para alcançar metas", destaca Emilio Silva, CEO da BlueFoot e fundador da Driven CX.
Metodologia: busca de diferencial
O Grupo Driven desenvolveu metodologia autoral, que busca assegurar resultados sustentáveis na relação com os clientes e consumidores. A metodologia Driven CX integra a modelagem do negócio a construção da jornada ideal de cada marca, sem perder foco na recomposição da margem financeira e na extensão do ciclo de vida dos clientes.
Explora ainda análise de dados e automação de esforços de marketing digital de alta performance para gerir e otimizar a relação comercial com os clientes.
O Grupo Driven CX se propõe a estar pronto para a nova economia de compartilhamento. “Talvez não pareça tão complexo, mas eliminar a fricção sem perder o controle é uma arte, que até para a economia digital é bastante desafiadora, quanto mais fazer isto ao mesmo tempo que se cria modelos sustentáveis e escaláveis de experiência em que o ciclo de encantamento precisa ser efetivo e rentável, com real condições de gerar valor percebido pelo consumidor e ainda preservar as margens comerciais. Por estas razões, acredito que os próximos anos serão dominados por aqueles que colocarem seus serviços de inteligência, criação, curadoria para criar ambientes de negócio flexíveis, encantadores, fáceis e eficientes, que sustentam a margem financeira na gestão cuidadosa entre o valor gerado e o percebido" é a concepção dos três fundadores.
27 de Maio de 2019 (16:12)
Publicação: Zero Hora - Economia
Nissan sinaliza interesse em aliança Renault-Fiat Chrysler, mas desconfia de italiana
Nissan sinaliza interesse em aliança Renault-Fiat Chrysler, mas desconfia de italiana
PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - A montadora japonesa Nissan, que tem uma aliança com a Renault, se disse nesta segunda (27) "aberta a qualquer discussão que fortaleça" a parceria. Foi uma reação polida, mas lacônica ao anúncio do começo das conversas entre a francesa e a ítalo-americana Fiat-Chrysler (FCA) com vistas a uma fusão.
A firma asiática é controlada pela Renault (que detém 43% das ações daquela). No sentido inverso, possui 15% do capital da empresa europeia, mas sem direito a voto na assembleia-geral desta, o que sempre crispou a relação entre Paris e Yokohama.
A operação desenhada pela FCA dá voz à Nissan no conselho de administração da hipotética übermontadora, que seria a terceira do mundo, com produção anual de 8,7 milhões de veículos, atrás apenas de Volkswagen e Toyota.
Se as duas japonesas se somassem à empreitada, a capacidade de entrega chegaria a 15 milhões de unidades, sem paralelo no mundo.
Além do direito a voto, que a Nissan espera desde 2002, a possível sociedade Renault-FCA tem outro atrativo para Yokohama, como destaca o jornal econômico Les Échos: enfraquece a influência, na companhia, do Estado francês, a quem os japoneses atribuem uma operação de bastidor para tentar controlá-los.
Hoje, 15% da empresa asiática estão nas mãos do governo da França. Caso a fusão Renault-FCA se concretize, a fatia cairia para 7,5% -já que o que se propõe é um acerto com 50% de capital de cada lado.
O comunicado em que a Fiat-Chrysler anuncia as negociações menciona uma economia de 1 bilhão de euros na operação de Nissan e Mitsubishi, caso a união entre as europeias vingue. A poupança seria ainda maior se as duas últimas se implicassem ativamente na parceria.
Apesar dos aparentes estímulos, a perspectiva de uma junção de forças com a FCA não entusiasma ardorosamente a Nissan.
Aos Echos, fontes da empresa dizem ver mais concorrência do que complementaridade nas atividades das duas firmas. Por exemplo, ambas têm no mercado americano um pilar -o que não é o caso da Renault.
Além disso, os japoneses afirmam que as redundâncias na operação europeia da trinca forçariam cortes (fechamento de fábricas e redução de postos) para evitar perdas financeiras, medidas que seriam rechaçadas pelos governos de França e Itália.
Mas, acima de tudo, acham que a proposta da FCA é um estratagema dos italianos para adentrar o mercado chinês -o maior do mundo, onde a Nissan vai de vento em popa- e, de forma mais difusa, o circuito asiático como um todo.
A firma de Yokohama também acredita estar à frente do consórcio Fiat-Renault nas pesquisas e no desenvolvimento de modelos elétricos e autônomos, próxima fronteira da indústria.
Seja como for, a hipotética aliança será discutida nesta quarta, no Japão, em encontro do conselho da já existente parceria Renault-Nissan-Mitsubishi, em ponto morto há seis meses.
Foi quando estourou o quiproquó envolvendo o todo-poderoso chefe do grupo, Carlos Ghosn, preso sob as acusações de não declarar parte de seus vencimentos e de usar dinheiro da corporação para compensar perdas com investimentos particulares.
28 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Vendas de automóveis para negócios é maior só no Sudeste
Segundo a Jato Dynamics, o Brasil sem o Sudeste tem 79% de vendas para uso privado
SERGIO QUINTANILHA, PARA AB
As vendas de automóveis de passeio para uso em negócios crescem como nunca e requerem acompanhamento detalhado para entender o fenômeno. Essa foi a tônica da apresentação feita por Vitor Klizas, presidente da Jato Dynamics, durante apresentação no Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo. Ao explicar o crescimento das chamadas vendas diretas, Klizas disse que “é necessário olhar para o mercado não de forma superficial, mas sim indo ao detalhe técnico para entendê-lo”.
Foi o que ele fez, para o público presente no ABX19, na palestra “Os segmentos que ganham força no mercado de veículos”. Segundo a Jato Dynamics, as vendas de automóveis de passeio para uso em negócios somam 39% no Brasil, enquanto as vendas para uso privado são de 61%. “Se você acreditar que o Brasil inteiro é assim, estará equivocado”, disse Klizas. De acordo com as pesquisas da Jato Dynamics, num hipotético “Brasil sem o Sudeste” a proporção de vendas para uso em negócios cai para 79/21%. Ou seja: existe muito campo a ser explorado nas vendas para uso privado e isso está fora do fenômeno do crescimento das vendas diretas.
É importante destacar que na pesquisa feita pela Jato foram considerados de uso privado os carros para uso pessoal e PcDs. Os carros comprados para aplicativos foram considerados como uso para negócios. Essa classificação é diferente da usada pela Fenabrave para classificar as vendas de varejo e as vendas diretas. Fazendo a proporção de vendas para uso privado/negócios, o panorama nacional de 61/39% muda radicalmente. Em quatro regiões a proporção a favor do uso privado é maior do que a média nacional: Norte (77/23%), Nordeste (76/24%), Centro-Oeste (81/19%) e Sul (83/27%). Portanto, o potencial de vendas particulares no Sul supera bastante o do Brasil como um todo. Já no Sudeste, a proporção é de 49/51%, a favor das vendas para uso em negócios.
Klizas também mostrou o exemplo de específico de Minas Gerais, onde somente 20% das vendas são para uso privado e 80% são para negócios. Na Grande Belo Horizonte, o fenômeno é ainda maior, com 92% de vendas diretas. Trata-se de efeito óbvio das compras de locadoras como Localiza e Unidas, que emplacam toda sua frota nacional na capital mineira.
Mas a complexidade do mercado não se relaciona apenas com a modalidade de vendas. “O comportamento do mercado de veículos leves é extremamente dinâmico e requer acompanhamento diário”, explicou o presidente da Jato Dynamics, empresa que atua na inteligência da indústria automobilística em 52 mercados mundiais e está no Brasil há 22 anos.
Para Klizas, o chamado downsing de motores “simplesmente não aconteceu no Brasil”. É uma afirmação surpreendente, mas baseada em dados. “Não houve downsizing no Brasil porque os veículos com motor 2.0 representam 81% do mercado”, explicou Klizas.
Porém, ao apontar que os motores turbinados passaram de 7% em 2012 para 18% em 2018, a Jato também identificou que a busca por maior eficiência energética, apesar de ter acontecido com maior velocidade entre os SUVs, não diminuiu o desafio de melhorar ainda mais as emissões desse segmento, que continua sendo maior do que a de outros tipos de carros.
De detalhe em detalhe, a Jato Dynamics consegue analisar todos os fenômenos que ocorrem no mercado. Entre os carros com motor até 2000 cm3 de cilindrada, a adoção de motores turbo aumentaram 12 vezes em sete anos. “Não é tendência, é realidade do mercado”, disse Klizas. Isso explica, por exemplo, por que a FCA anunciou recentemente que vai investir em nova linha de motores turbinados 1.0 e 1.3.
28 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Para PSA, Brasil pode ocupar posição de vanguarda na revolução automotiva
Vice-presidente da montadora acredita que o país pode se destacar em conectividade e no comportamento do consumidor
WILSON TOUME, PARA AB
De acordo com Pablo Averame, vice-presidente de marketing, produto, mobilidade e serviços conectados na América Latina do Grupo PSA, a empresa trabalha com sete megatendências que darão forma ao futuro da indústria automotiva:
Divergência de Mercado, Sharing (compartilhamento), Energia e Meio Ambiente, Veículos Autônomos, Digitalização, Comportamento do Cliente e Conectividade. E para o executivo, o Brasil já possui papel de destaque nos últimos quatro quesitos, ou seja, Conectividade, Comportamento do Cliente, Digitalização e Veículos Autônomos. Essa avaliação foi feita durante a apresentação de Averame no Automotive Business Experience, ABX19, realizado na segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
O executivo lembrou, por exemplo, que de acordo com dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 49% dos internautas brasileiros usam apenas smartphones para acessar a rede – número superior ao de usuários que combinam smartphones e computadores (47%). Além disso, o brasileiro é o terceiro povo que permanece mais tempo conectado (mais de nove horas por dia, em média), perdendo apenas para os tailandeses e filipinos.
O desafio, de acordo com Pablo Averame, é estender a experiência com a qual o consumidor brasileiro já está acostumado ao interior do automóvel. Experiência para isso o País já possui, como atestam as soluções desenvolvidas por aqui, como sistemas de pagamento de pedágio, estacionamento e combustível, que utilizam tanto etiquetas eletrônicas, como aplicativos.
Por conta dessa facilidade que o brasileiro tem em aceitar novas tecnologias – principalmente as digitais –, Averame também destaca o comportamento do consumidor. Como exemplo, ele mencionou um novo seguro disponibilizado para o Citroën C4 Cactus, por meio do qual o cliente pode obter desconto de até 20%, em função do uso do veículo. Ou seja, a tecnologia pode trazer comodidade, agilidade e outros benefícios para o cliente, motivando-o ainda mais a adotar novos sistemas.
Já no quesito Digitalização, Pablo Averame lembrou que a indústria automotiva tem um histórico ruim, de demora nas respostas e adoção de soluções caras. Hoje, porém, ele acredita que todas as montadoras já têm consciência de que precisam ter agilidade para continuarem competitivas. “O tamanho da empresa já pode não ser fator preponderante, mas a agilidade e a velocidade sim, porque serão exigências impostas a nós. Na realidade, o tamanho pode até impedir que as montadoras se adaptem no ritmo adequado”, alertou.
Por fim, Averame explicou que, embora o consumidor brasileiro seja receptivo às novas tecnologias, o automóvel autônomo ainda está distante do País por conta de restrições de infraestrutura e legislação – ambas sob responsabilidade do governo. Veículos com níveis menores de condução autônoma (frenagem automática ou controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo) já estão disponíveis por aqui, mas é preciso resolver os problemas básicos (sinalização das vias, por exemplo) para passar aos níveis superiores, disse.
O vice-presidente do Grupo PSA encerrou sua apresentação afirmando que as empresas do setor precisam ser ágeis, inovadoras e entregar soluções alinhadas às necessidades de seus consumidores. “Somente os players que, além de enxergarem esse movimento, conseguirem colocá-los em prática, vão sobreviver e se sobressair nos próximos anos”, declarou. “E no Grupo PSA, acreditamos que quem não se adequar rapidamente, será extinto, ‘engolido’ pelos concorrentes”, finalizou.
INCENTIVOS À INOVAÇÃO
Se o executivo do Grupo PSA enfatizou a necessidade de inovar, Adriana Martin, diretora de políticas de incentivo à inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), explicou em sua apresentação no evento que o contingenciamento de verbas promovido pelo atual governo atingiu todos os ministérios, mas não interrompeu nenhum processo. “As políticas de estímulo à inovação seguem sem alterações”, afirmou Adriana, que ainda fez questão de explicar: “Hoje, não falamos mais em incentivo, mas sim em estímulo à inovação.”
A diretora do MCTIC observou ainda que o Programa Rota 2030 não foi prejudicado pelo contingenciamento, pois as Proposições de Programas Prioritários (PPPs) ainda estão sendo analisadas. Além disso, afirmou que o assunto, atualmente, são programas e não projetos isolados. Adriana Martin lembrou que existem diversas opções de financiamento (Lei do Bem, Processo Produtivo Básico etc.) e que as empresas devem pesquisar e conhecer essas alternativas, a fim de verificar como cada uma pode ser utilizada. Para a dirigente, é até possível que uma empresa utilize diversos planos de incentivo.
José Maria de Almeida Medeiros Filho, gerente substituto do Departamento de Engenharia, Metal Mecânica, Equipamentos, Transporte e Serviços (DMES), vinculado à diretoria de inovação na Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), empresa pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação, afirmou que, apesar do contingenciamento, a Finep não teve sua atuação prejudicada, pois possui reservas próprias para seguir com suas operações. “Mas seguimos analisando a importância e o peso dos projetos com muito critério e rigor”, garantiu.
Indagado se o Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) não atrapalha muitas empresas, já que impede a concessão de créditos a empresas em débito com a União, mesmo no caso de pequenas multas, Medeiros Filho foi direto: “O Cadin é um filtro que todo ente público possui e que deve ser respeitado. Por meio de nossos canais de comunicação, a gente procura alertar todas as empresas que evitem problemas. Resumindo: não sejam multados”, disse.
29 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Concessionárias ainda são instrumento fundamental de venda
Para especialistas, meios digitais sozinhos não são suficientes para levar o consumidor às compras
ALEXANDRE AKASHI, PARA AB
Conquistar novos clientes e fidelizá-lo é um desafio que todos os setores da economia têm de enfrentar. No automotivo, as concessionárias ainda são importantes instrumentos de vendas e desempenham importante papel nesse cenário. Como obter sucesso nas lojas de veículos novos foi o tema de debate do painel A construção de redes de distribuição, realizado na segunda-feira, 27, no São Paulo Expo, durante o Automotive Business Experience, ABX19.
Francisco Trivellato, consultor da Trivellato Informações e Estratégias, afirmou que a base do sucesso depende da montadora.
“O negócio é simples: me dá o carro que o consumidor quer e pronto!”, disse Francisco Trivellato.
Bom exemplo é o Jeep Renegade, um sucesso de vendas que, juntamente com outro modelo, o Jeep Compass, tem permitido à marca do Grupo FCA multiplicar o número de concessionárias, que em 2015 era de 45 e hoje quadruplicou, somando quase 200 pontos de vendas, segundo Tânia Silvestri, diretora comercial da FCA responsável pela marca Jeep.
Mas quem não dispõe de um modelo best seller como a Jeep precisa trabalhar muito. A fórmula, segundo Trivellato, é investir na competência. “Hoje, o capital mais escasso é de concessionários com competência”, provocou. Este não é o caso da Jeep. Segundo Tânia, a marca trabalha as ações a quatro mãos, juntamente com a rede. “Juntos, garantimos que a visão dos consumidores esteja conectada com as concessionárias, para oferecer experiências adequadas e plenas”, afirmou.
DIGITALIZAÇÃO E RENTABILIDADE
A presença dos concessionários no meio digital também foi assunto de debate. Polêmico, Trivillato enfatizou que não acredita em mudança no comportamento de compra do consumidor. “Sem marketing, sem ações de vendas, a concessionária quebra, mesmo estando presente no digital”, disse.
Outro tema de debate foi a rentabilidade das redes concessionárias. Na opinião do consultor, é preciso “seguir o dinheiro” que, segundo Trivillato, está na diversificação, como a comercialização de veículos usados, e venda de peças e serviços.
28 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
App do Itaú e iCarros facilita financiamento de veículos
Ferramenta ganhou recursos de biometria facial e outras inovações para tornar aprovação de crédito mais ágil
EDILEUZA SOARES, PARA AB
O reconhecimento facial por biometria é uma das novas tecnologias adotadas pelo Itaú e iCarros para financiamento de veículos, com mais rapidez e segurança aos consumidores conectados. A inovação integra o app Credilene 2.0, aplicativo para smartphone apresentado durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado na segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
A biometria faz parte das novidades implementadas pelo portal iCarros e Itaú para facilitar as vendas de veículos, diminuir fraudes, melhorar a experiência do consumidor conectado e a eficiência do setor automotivo.
"A aprovação de crédito mais ágil é essencial para o fechamento da compra", afirmou Ricardo Bonzo, CEO do iCarros.
Ele participou do painel "Como nos preparamos para o novo contexto da mobilidade e transformação digital no setor automotivo?" Bonzo relatou que o iCarros analisou toda a jornada do cliente para entender seu comportamento de compras. O trabalho constatou que a demora no preenchimento da proposta de financiamento de veículos era algo que frustrava o consumidor.
Antes ele tinha de comparecer à concessionária para concluir a documentação. Com a digitalização de processo, o executivo conta que essa etapa foi eliminada, pois entende que o papel da loja agora é de encantar o comprador e não de resolver fases que podem ser concluídas pela internet com segurança.
"Ao compreender a jornada do cliente, percebemos que era importante diminuir a burocracia da aprovação de crédito para o dealer", complementa Paulo André Domingos, superintendente de produtos, planejamento e digital do Itaú Unibanco.
De acordo com ele, o aplicativo de crédito automotivo passou por renovação e agora funciona integrado com as concessionárias. A nova plataforma está baseada no conceito omnichannel, que interliga os diferentes canais da cadeia automotiva, sejam on-line ou off-line, com o objetivo de estreitar a relação com o cliente e melhorar sua experiência com as marcas.
O aplicativo Crediline 2.0 ganhou também um assistente digital, ou seja, um atendente virtual com inteligência artificial para ajudar os clientes no preenchimento da proposta de crédito para compra de carros. Para o CEO do iCarros, essa tecnologia facilita o trabalho das concessionárias, pois funciona 24 horas aos sete dias da semana. Ele esclarece que a ferramenta não tem o objetivo de substituir o vendedor humano, que continuará com o papel de oferecer atendimento personalizado ao cliente nas lojas físicas.
Com acompanhamento de perto da jornada do consumidor, o iCarros aumentou de 60 mil para 1,2 milhão o número de capturas mensais de clientes interessados na compra de veículos, de acordo com dados apresentados por Bonzo. Esses números, segundo ele, demonstram a importância de investimentos em transformação digital para melhorar a experiência do cliente conectado.
O CEO do iCarros observa que muitos compradores querem ir até a concessionária para ver e sentir o cheiro do carro novo na hora de pegar as chaves. Já a nova geração se comporta de forma diferente e poderá preferir fazer todo o processo de compra on-line pelo celular, com opção de receber seu carro novo em casa.
As mudanças do perfil do consumidor, segundo Bonzo, sinalizam que o setor automotivo precisa se preparar para as novas tendências com a implementação de tecnologias que facilitem a vida do consumidor da era digital.
29 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
GM descarta híbridos e investirá mundialmente nos carros elétricos
Montadora trabalha ainda em serviços que atenuam o trânsito nos grandes centros urbanos
REDAÇÃO AB
O processo de eletrificação dos automóveis da General Motors não contempla modelos híbridos. Em palestra no Automotive Business Experience, ABX19, realizado na segunda-feira, 27, no São Paulo Expo, Hermann Mahnke, diretor de marketing da GM Mercosul, assegurou que a montadora investirá integralmente em modelos totalmente elétricos.
A estratégia difere do caminho adotado pela maioria dos fabricantes, que entendem que a hibridização serve como um degrau intermediário, em especial em termos de custo, para consolidação dos veículos 100% elétricos.
“Os elétricos terão manutenção menos complicada e mais barata no futuro”, afirma o executivo, que relaciona também o anseio dos consumidores por carros não poluentes como outra importante razão dessa estratégia.
O diretor da GM lembra que 84% da população mundial vivem em centros urbanos. É um público que demanda não só menos emissões, mas também menos trânsito. “Hoje um paulistano inala quantidade de poluentes equivalente a quatro cigarros por dia e, em média, perde 2h43 em deslocamentos pela cidade”, ilustra.
O carro elétrico resolveria a primeira parte. A segunda – o trânsito caótico –, a GM pretende atacar por meio do casamento de serviços de compartilhamento de veículos com a condução autônoma. “Essa é a equação que pretendemos resolver. A GM busca um futuro zero-zero-zero: zero acidente, zero emissão, zero congestionamento.”
Mahnke enfatiza que essa realidade está bem mais próxima do que a maioria das pessoas imagina: “Estamos a alguns meses do lançamento de um modelo autônomo, os serviços de compartilhamentos já existem e muitos outros surgirão, e o carro elétrico está aí já.”
O primeiro veículo elétrico da GM no Brasil, inclusive, estava exposto no espaço do ABX19 e chega às revendas da marca já em outubro. O Chevrolet Bolt EV tem preço sugerido de R$ 175 mil, desenvolve potência de 203 cv, acelera de zero a 100 km/h em 6,5 segundos e pode percorrer, segundo normas norte-americanas, até 383 quilômetros com uma única carga de bateria.
“O Bolt EV é o primeiro veículo 100% elétrico que combina preço e autonomia semelhantes ao de um carro médio de combustão interna bem equipado.”
O diretor de marketing afirma que, ainda que priorize o carro elétrico, a GM entende que outras alternativas podem prevalecer ou conviver em diferentes mercados mesmo no futuro. O etanol no Brasil é um exemplo. “O mercado brasileiro é grande e não precisa pensar em uma ou outra tecnologia. Tem espaço para todas.”
28 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Transformação digital exige capacitação de talentos
Montadoras sentem dificuldade para encontrar pessoas com conhecimento técnico e das plataformas digitais
EDILEUZA SOARES, PARA AB
A transformação digital e as mudanças pelas quais o setor automotivo está passando exigem capacitação. A dificuldade para achar essa mão de obra qualificada foi um dos temas abordados por representantes da indústria durante o Automotive Business Experience, ABX19,, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
“Antes buscávamos especialistas e hoje procuramos pessoas que entendam não apenas de produtos”, disse Emílio Paganoni, gerente sênior de treinamento da BMW.
Ele foi um dos participantes do painel “Do analógico para o digital: a mudança do modelo de negócio do setor automotivo”, mediado por Márcio Kauffmann, sócio-diretor da consultoria EY.
Segundo Paganoni, existe uma carência por profissionais que tenham bagagem técnica e que também conheçam as plataformas de serviços e os negócios realizados pela montadora. Luciano Driemeier, gerente de estratégia de produto da Ford, acrescentou que o engenheiro sempre pensou em produto para dentro da fábrica. “Agora o desafio é como ele olha para fora da indústria”, afirma ele, uma vez que o consumidor está mais participativo e dizendo o que quer.
Os executivos constatam que alguns dos profissionais que precisam estão trabalhando em empresas de tecnologia como o Google. Mas que as montadoras precisam saber como atrair esses talentos da era digital, pois eles podem se sentir estimulados a participar de uma indústria que está passando por uma grande revolução.
Além do desafio para ter talentos para ajudar no seu processo de transformação digital, executivos do setor automotivo apontaram as barreiras que enfrentam para resolver problemas do dia a dia da operação e inovar na mesma velocidade que os negócios estão pedindo.
Fábio Rabelo, líder de digitalização e novos modelos de negócios da Volkswagen, disse que leva vantagem por ter liberdade para criar produtos digitais no Brasil pensando no cliente local.
“Sabemos que o consumidor da América Latina é diferente dos da Europa, Estados Unidos e Ásia”, afirma Rabelo.
Por ter essa flexibilidade, Rabelo diz que a VW tem avançado na transformação digital. Ele cita como exemplo a criação do selo digital, que substitui o método tradicional das revisões e o livro de bordo baseado em inteligência artificial, que ajuda os motoristas a esclarecerem dúvidas sem que precisem buscar informações em manuais impressos. “São inovações que podemos fazer localmente”, afirmou. Ele sabe que se não agir rápido, seu concorrente sairá na frente.
28 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Veículos eletrificados já são realidade no Brasil; Caoa Chery lançará Arrizo elétrico
Executivos de BMW, Caoa Chery, Toyota e Gaia destacam caminho sem volta para o carro elétrico e a importância de redução de custos
LEANDRO ÁLVARES, PARA AB
O futuro da mobilidade e os veículos eletrificados já são realidade no Brasil. Esta afirmação foi senso comum nos painéis sobre veículos elétricos durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo. Além de falar sobre tecnologia, executivos de BMW, Caoa Chery, Toyota e Gaia Electric destacaram os caminhos que suas marcas estão seguindo para a eletrificação da frota.
“Vivemos a etapa de trazer a tecnologia para o País. O próximo passo é ver como vai se refletir na produção de elétricos e híbridos localmente para viabilizar a redução de custos”, disse Gleide Souza, diretora de assuntos governamentais da BMW.
“O carro elétrico já foi visto em vários momentos da história automotiva, mas nunca como um produto de fabricação em larga escala. Estamos vivendo uma grande transição tecnológica, em que as metas de eficiência energética estão cada vez mais elevadas e a maneira de alcançá-las está na eletrificação”, afirmou o CEO da Caoa Chery, Márcio Alfonso. A fabricante, segundo ele, começa a testar em setembro uma frota de 100 carros elétricos no Brasil, já vislumbrando as vendas para o consumidor final.
“Faremos testes de eficiência e em diversas condições para oferecer a melhor relação custo-benefício para os brasileiros. O sedã Arrizo 5 será o nosso primeiro carro elétrico à venda e devemos tê-lo nas lojas entre outubro e novembro”, destacou Alfonso.
Outro modelo que começará a ser produzido nesse período é o Toyota Corolla híbrido. A nova geração do sedã médio vai ser fabricada em Indaiatuba (SP) a partir de outubro, com a expectativa de ser o primeiro híbrido da marca com grande volume de vendas. “Eletrificar não é só investir no carro puramente elétrico. Para a indústria brasileira, nossa visão é o híbrido bicombustível por considerarmos a melhor combinação de matriz energética [etanol e eletricidade]”, ressaltou o vice-presidente executivo da Toyota, Miguel Fonseca.
O fabricante japonês, assim como a BMW, aponta o ano de 2025 como limite para uma considerável eletrificação de seus produtos. Até lá a Toyota promete ter 40% de seu volume de vendas eletrificado. Já a BMW fala em 25 produtos movidos a eletricidade no Brasil. Proposta de baixo custo é o que tem feito a Gaia chamar a atenção no mercado. A startup brasileira desenvolveu um triciclo elétrico com autonomia de 200 quilômetros capaz de rodar até nas estradas. “Ele vai custar até R$ 60 mil e sua recarga completa sairá por R$ 8. Inclusive pode servir como fonte de renda para o proprietário por meio de compartilhamento”, disse o CEO da Gaia Eletric, Ivan Gorski.
Embora BMW, Caoa Chery, Toyota e Gaia tenham perfis de consumidores bem distintos, todas concordam que o caminho da eletrificação no Brasil passa pelo uso das matrizes energéticas de forma mais inteligente possível. “Popularizar a tecnologia vai ser o mais difícil por causa dos custos elevados. Mas trabalhamos para isso por meio de parcerias com empresas de mobilidade, startups e incentivos governamentais”, destacou Miguel Fonseca, da Toyota. “A tecnologia vai emplacar quando o consumidor sentir também os incentivos, tanto no preço como em benefícios como a redução no valor do IPVA, liberação do rodízio de veículos e permissão de trafegar com o veículo elétrico na faixa de ônibus”, completou Gleide.
28 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Volkswagen Caminhões e Ônibus lidera vendas no Grupo Traton
Plano de expansão internacional e do portfólio sustentam estratégia para aumentar os volumes
REDAÇÃO AB
A operação da Volkswangen Caminhões e Ônibus lidera a participação de vendas do Grupo Traton, com 39% dos veículos negociados globalmente. A fatia se mostra ainda mais relevante quando colocada diante dos 32% que a corporação tem na Europa. O presidente e CEO da VWCO, Roberto Cortes, no entanto, quer mais. Persegue meta de aumento de volumes, como foi apontado durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo.
“Nosso objetivo é aumentar a importância da operação da Volkswagen Caminhões e Ônibus no Grupo Traton. A estratégia de crescimento se alinha com a que se atribui a cada uma das marcas, de fazer mais e melhor”, disse Roberto Cortes, presidente e CEO da VWCO.
Por mais e melhor, Cortes revela que tem pela frente fatores a contar e planos determinados. Uma das chaves para o crescimento nos volumes de vendas, por exemplo, está na continuidade da recuperação do mercado de caminhões. “As vendas atuais não estão nem perto do potencial como sabemos”, diz Cortes para justificar suas expectativas.
Depois, por uma segunda frente de ação, a fabricante reforça estratégia de internacionalização. “Aprendemos que devemos depender menos de um único mercado. Já atuamos em 30 países, mas ainda há oportunidades de crescimento de participação da Volkswagen Caminhões e Ônibus na América do Sul, México, África e Oriente Médio”, revela o executivo.
Expansão de porfólio de produtos e de serviços empacotam a estratégia da marca para obter mais desempenho. No caso de veículos, Cortes revela interesse em particular nos extrapesados, categoria na qual a marca tem menos representação, e no que diz respeito a serviços adianta o lançamento da plataforma RIO para os próximos meses.
28 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Financiamento de pesados terá tecnologia a seu favor
Itaú prepara concessão de crédito com ajuda de inteligência artificial
LEO DOCA, PARA AB
O financiamento é a principal porta de entrada de novos veículos pesados para os frotistas. Durante o Automotive Business Experience, ABX19, realizado segunda-feira, 27, no São Paulo Expo, a diretora de crédito e cobrança para pequenas e médias empresas do Itaú Unibanco, Cíntia Camargo, traçou um panorama deste tema e contou como os novos negócios devem seguir em tempos de mundo digital.
De acordo com a executiva do banco, a concessão de crédito para a compra de caminhões pesados é extremamente sensível aos movimentos da economia. No último ano, a produção e as vendas de caminhões aumentaram cerca de 50% e a concessão de crédito acompanhou este movimento.
"Hoje, temos um cenário de crescimento controlado e baixa inadimplência. Neste segmento, como o ticket alto e a tomada de decisão precisa de muito embasamento, temos consciência de que precisamos entender o momento em que o cliente vai fazer a troca da frota, utilizando os dados digitais que captamos e aliando essas informações com a atuação do nosso time. É um casamento entre tecnologia e tato humano", diz Cintia.
BIG DATA COM TOQUE DE HUMANIDADE
Hoje, empresas que lidam com o público e que contam com plataformas digitais geram bilhões de bytes em dados todos os dias e precisam utilizar e filtrar esses dados para obter melhores resultados em seus negócios. Um bom exemplo é o Netflix, maior plataforma de distribuição de vídeos em streaming, que aproveita os dados de comportamento do usuário para sugerir títulos, elencar os filmes e séries mais vistos, descobrir quais são as preferências do público.
"Na concessão de crédito para o comprador de caminhões também é assim. Trabalhamos com análise de big data para termos o máximo de informações sobre a empresa, os sócios, a frota, as operações, os dados de pagamento, os clientes e os fornecedores. Combinamos esta grande quantidade de dados para chegarmos a resultados como um crédito pré-aprovado com precisão, uma análise automática para antecipar a renovação de sua frota e diversos outros serviços ao cliente", diz a diretora do banco.
Combinar modelos sob medida com dados e técnicas, capturando informações automaticamente e as qualificando por meio de suas equipes para gerar rápidas e precisas tomadas de decisão, é a tendência da atual concessão de crédito para a compra de caminhões.
"Neste mercado, a experiência humana é crucial para traduzir as necessidades dos clientes e entender as nuances de cada um. Contamos com isso para atender bem os clientes e suas necessidades, evitar fraudes e gerar um fluxo adequado para os negócios. Hoje, 100% das liberações de crédito são feitas no mesmo dia e 75% em até quatro horas", explica Cíntia.
Além disso, os dados e a tecnologia também são utilizados nas outras etapas do negócio: para fazer monitoria do crédito, para analisar os pagamentos, para verificar as conversões e acompanhar a jornada das empresas, fazendo a precificação correta, de acordo com o risco apresentado pelos dados e chegar ao melhor preço.
A tecnologia também chegou para facilitar a vida do transportador no âmbito da compra de caminhões a crédito. E isso é só o começo.