Cedoc News Indústria de Papel e Celulose | 15 a 21 de março
- Por: Juliane
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21 de Março de 2019 (13:15)
Publicação: Agência CMA - Notícias
PAPEL E CELULOSE: Moody´s muda perspectiva do setor para negativa
São Paulo, 21 de março de 2019 - A agência de classificação de riscos Moodys mudou para "negativa" a perspectiva para o setor de papel e celulose. Segundo a agência, a receita operacional global diminuirá nos próximos 12 a 18 meses, à medida que os preços de produtos de madeira e celulose diminuírem com os picos recentes. "A perspectiva negativa para o setor de papel reflete um declínio de 2% a 4% na receita operacional da indústria no próximo ano", disse Ed Sustar, vice-presidente sênior da Moody's. "O aumento dos preços das embalagens de papel e a demanda por embalagens e celulose de papel compensarão apenas parcialmente os crescentes custos dos insumos, a queda na demanda por papel e ospreços mais baixos dos produtos de madeira e celulose de mercado", complementou. Ainda de acordo com a Moodys, as perspectivas para o segmento de embalagens de papel e tecidos continuam estáveis. A maioria das empresas de papéis e produtos florestais deverão gerar ganhos operacionais modestamente mais fortes este ano, a medida que a demanda crescente e os preços mais altos em vários substratos compensam os crescentes custos com mão-de-obra e frete. "O fornecimento de celulose mais alto que o normal no início de 2019 levou a quedas de preço na maioria das classes, embora o crescimento limitado da capacidade de celulose neste ano possa reverter parcialmente os declínios de preços durante o ano. o segundo semestre do ano", completou o relatório. Allan Ravagnani / Agência CMA
18 de Março de 2019 (14:45)
Publicação: Portal Nacional Segs - Notícias
Valmet assina acordo de fornecimento de planta piloto para projeto de extração de lignina na Klabin
A fim de realizar testes com os variados tipos de ligninas, a Klabin decidiu implementar uma planta piloto Valmet Lignoboost em seu centro de tecnologia em Monte Alegre, no Paraná
A tecnologia de extração de lignina da Valmet, conhecida por LignoBoost, será pioneira na América do Sul, a ser utilizada no centro de tecnologia da Klabin em Monte Alegre, no Paraná. A previsão é que as operações se iniciem ainda este ano.
A Valmet desenvolveu um conceito específico para a Klabin, o qual contempla a planta inteira dentro de um skid de estruturas metálicas. Este conceito foi desenvolvido após inúmeras reuniões técnicas, onde o time da Klabin esclareceu todas as suas necessidades. O conceito foi desenvolvido de tal maneira que a Valmet poderá comercializar, em um futuro próximo, o mesmo projeto da planta para diferentes clientes, diz Felipe Rosa, gerente de vendas da Valmet.
A Klabin possui uma variedade de madeiras processadas em suas fábricas (eucalipto, pínus e diferentes espécies de ambos). Diferentes tipos de madeira geram diferentes tipos de licor negro que, por sua vez, produzem variados tipos de lignina.
"A Klabin é um empresa que tem forte atuação em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, principalmente em seus produtos principais - madeira, celulose e papéis para embalagem, mas que tem aumentado a busca por novas rotas de tecnologia que utilizem os componentes da madeira na fabricação de produtos renováveis e sustentáveis, como por exemplo, a lignina - que hoje é separada no processo de produção de celulose e utilizada apenas para a geração de energia em nossas fábricas, afirma Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Negócio de Celulose da Klabin.
Esta lignina também pode ser uma base importante para a substituição de produtos químicos que tem origem fóssil. Essa rota de pesquisa tem sido bastante explorada por nós, com trabalhos em laboratórios, mas agora precisaremos de volumes maiores de lignina para desenvolver testes de aplicação junto a alguns clientes. A Valmet é uma companhia com bastante tecnologia e experiência e se apresentou como a melhor opção para nos auxiliar a desenvolver esse novo estágio do processo de desenvolvimento, que contempla uma planta em escala piloto para extração de lignina e que será instalada junto ao nosso Centro de Tecnologia", explica Razzolini.
A tecnologia lançada em 2008 pela Valmet possui um conceito consolidado e com referências globais de sucesso nos Estados Unidos e na Finlândia.
Sobre a Valmet
A Valmet é líder mundial no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, com mais de 220 anos de história e 12.000 funcionários. No Brasil, a Valmet está presente com três unidades. A gestão da Valmet na América do Sul está concentrada na unidade de Araucária-PR, com o suporte das unidades de Sorocaba-SP, Belo Horizonte-MG, Santiago e Concepción, as duas últimas no Chile. Mais informações em: https://www.valmet.com.br
Sobre a KlabinA Klabin é a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, única companhia do país a oferecer ao mercado uma solução em celuloses de fibra curta, fibra longa e fluff, e líder nos mercados de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais. Fundada em 1899, possui 17 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina.
Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável, buscando crescimento integrado e responsável, que une rentabilidade, desenvolvimento social e compromisso ambiental. A Klabin integra, desde 2014, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3. Também é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, buscando fornecedores e parceiros de negócio que sigam os mesmos valores de ética, transparência e respeito aos princípios de sustentabilidade.
Saiba mais: www.klabin.com.br
18 de Março de 2019 (12:34)
Publicação: Money Times - Notícias
Terra Investimentos troca Usiminas por Klabin em carteira recomendada desta semana
Ações da Klabin têm um potencial muito grande para seu investidor, diz corretora
A Terra Investimentos divulgou na última sexta-feira (15) suas recomendações para a carteira desta semana, anunciando a saída da Usiminas (USIM5) e a entrada da Klabin (KLBN11) na composição.
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“A Klabin tem apresentado desempenho acima do setor, o que se explica pelo diversificado portfólio, vendas em sua maior parte direcionada a grandes clientes de segmentos de bens não duráveis e flexibilidade para, ora elevar as exportações, ora aproveitar oportunidades no mercado interno", afirma a corretora em seu relatório. “Acreditamos que as ações têm um potencial muito grande para seu investidor. Os últimos dados mostraram que o setor de Papel e Celulose tem aumentado a demanda com suporte a preços".
18 de Março de 2019
Publicação: Celulose OnLine - Notícias
Com aumento expressivo da produção de celulose, eucalipto passa a contribuir com Fundersul
O transporte de eucalipto passa a contribuir com o Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundersul). A informação está publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nº 9.859, por meio do decreto nº 15.185, de 11 de março de 2019. O projeto de autoria do Executivo foi enviado à Assembleia Legislativa no dia 11 de dezembro de 2018 e aprovado pela Casa de Leis no dia 19 de dezembro do mesmo ano.
De acordo com a publicação, o pagamento será devido para as operações internas realizadas por produtor com o produto madeira em tora, inclusive de eucalipto. O diferimento do lançamento e do pagamento do ICMS fica condicionado ao pagamento da contribuição ao Fundersul, sem prejuízo do cumprimento das demais exigências fiscais previstas na legislação.
A opção pelo pagamento da contribuição deverá ser feita no momento da emissão da nota fiscal, para acobertar a operação, quando o produtor remetente optar por natureza de operação relativa a diferimento do lançamento e do pagamento do ICMS.
O documento aponta ainda estão dispensadas do recolhimento da contribuição as saídas internas do produto madeira em tora, inclusive de eucalipto, quando destinadas a estabelecimento do mesmo produtor ou dos mesmos condôminos, exceto nos casos de transferência do estabelecimento produtor para o estabelecimento industrial do mesmo titular; decorrentes da partilha de bens, do espólio para os herdeiros e o cônjuge meeiro; decorrentes de integralização de capital em sociedade de que faça ou da qual venha a fazer parte o remetente, bem como o respectivo retorno em razão da retirada ou da redução da participação do remetente na sociedade, no limite integralizado.
O percentual cobrado dos empresários rurais não será de 7,2% do valor de uma Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms) como foi sugerido no projeto inicial que chegou à Assembleia. O decreto aponta o pagamento em duas etapas, sendo 3,9% da Uferms por metro cúbico em 2019 e 5,4% da Uferms por metro cúbico em 2020. Os produtores de florestas plantadas do Estado têm até o dia 20 deste mês para recolher a contribuição, referente ao período de 28 de dezembro a 28 de fevereiro.
Conforme dados da Superintendência de Administração Tributária (SAT) a previsão de incremento à Receita Estadual com a inclusão do setor florestal no Fundersul é de R$ 9 milhões por ano.
Aumento expressivo da celulose
De acordo com as informações da ferramenta de informações da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e do Sistema Famasul, em 2018 a área de plantio de eucalipto era de 1,09 milhão de hectares, sendo a segunda maior área do Brasil. Conforme o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, o setor tem apresentado elevações nas exportações de produtos florestais, com um crescimento de 52% em 2018.
O Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-MS) aponta que no Mato Grosso do Sul a área plantada com eucalipto ultrapassou 1,1 milhão de hectares, superando em 11% o total verificado em 2017, de 998 mil hectares.
Informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), dão conta de que em 2018 as vendas externas do setor somaram aproximadamente 4 milhões de toneladas, contra 2,6 milhões de toneladas em 2017. As receitas subiram 78% saindo de US$ 1 bilhão para cerca de US$ 1,9 bilhão. Apenas em janeiro deste ano os embarques atingiram 390 mil toneladas.
Dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), revelam que o principal destino dos produtos florestais sul-mato-grossense é a China, representando em jan-fev de 2019 cerca de 29,32% do valor total das exportações. Os países com maior aumento na participação foram Reino Unido (310,65%) e Estados Unidos (228,83%).
Já o principal município exportador do Mato Grosso do Sul em janeiro e fevereiro de 2019 foi Três Lagoas, com cerca de 60% dos valores exportados, com composição baseada sobretudo nas exportações na indústria de Papel e Celulose.
Diana Gaúna - Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz)
14 de Março de 2019
Publicação: Celulose OnLine - Notícias
Barreiras não tarifárias dificultam o comércio e a preservação ambiental, afirma Tereza Cristina
Em palestra sobre segurança alimentar e meio ambiente no Congresso realizado durante a Anufood, em São Paulo, nesta terça-feira (12), a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), afirmou que restrições ao comércio internacional conflitam com interesses ambientais, “já que a maior parte da população mundial se concentra em regiões do planeta onde recursos naturais estão se exaurindo". Segundo a ministra “segurança alimentar não é sinônimo de autossuficiência e é um tema que não pode se limitar às fronteiras nacionais. Ao fazê-lo, os países condenam os seus consumidores a comprar produtos mais caros".
Tereza Cristina enfatizou que “infelizmente, na agricultura ainda persistem restrições significativas ao comércio exterior, na forma de tarifas, subsídios e toda a sorte de barreiras não tarifárias". E lembrou que “no caso da pauta exportadora do Brasil, produtos básicos como soja, milho, café verde, celulose e algodão circulam com facilidade no mundo". Mas, que “produtos mais processados, como óleo de soja, açúcar, etanol, carnes, laticínios, papel e café solúvel enfrentam maiores barreiras".
Para a ministra, “não há como solucionar os desafios globais de segurança alimentar, inocuidade do alimento e sustentabilidade mantendo pesadas restrições ao comércio". É muito difícil, afirmou, “garantir ao mesmo tempo volume, preço baixo, qualidade, sanidade do alimento que chega aos consumidores, mantendo fronteiras fechadas ao comércio. O mesmo vale para a sustentabilidade dos sistemas de produção. As restrições ao comércio estimulam a produção onde, às vezes, não é eficiente produzir e isso sobrecarrega o meio ambiente".
Carros, produtos eletrônicos, celulares e a grande maioria dos bens de consumo que chegam aos consumidores globais circulam com menores restrições do que produtos agropecuários e alimentos, observou. “Portanto, é fundamental que a busca de padrão de comércio agrícola mais aberto e equilibrado deveria ser parte central da agenda de cooperação agrícola internacional".
A globalização também foi tema do discurso. “À medida em que as economias se globalizam e os métodos de detecção são aperfeiçoados, há uma progressiva elevação de barreiras não-tarifárias, particularmente barreiras técnicas ao comércio de produtos alimentícios em todo o mundo e principalmente por parte dos países mais ricos e que desejam importar alimentos que colocam restrições como forma de proteger seus mercados".
Papel do Brasil na preservação
O cuidado com o meio ambiente teve destaque no discurso, assim como o papel do Brasil na preservação. “A experiência brasileira mostra que é possível uma relação harmoniosa e complementar entre a produção agropecuária e a preservação ambiental, entre o aumento da produtividade e a proteção da fauna e da flora, entre o interesse público e o privado e, por que não, entre o lucro do produtor e a qualidade de vida da população".
Além de divulgar dados de preservação de 66,3% das matas nativas do país, “que se mantém intocáveis", a ministra lembrou o compromisso brasileiro de reduzir em 40% suas emissões de carbono até 2030, “sendo que 80% desses com promissos estão ancorados da agricultura". É o caso de ações como a integração lavoura, pecuária e floresta, ampliação de florestas plantadas e nativas e da matriz energética de base renováveis.
“Integra-se a isso, nossa capacidade única de respeitar os povos tradicionais e buscar soluções para o convívio harmônico entre as diversas culturas e formas de produção que existe no país hoje"., afirmou, acrescentando que, atualmente 13% do território é destinado aos povos tradicionais.