22 de Maio de 2019 (10:00)

Publicação: COMPUTERWORLD

Veracel transforma infraestrutura de TI com Pure Storage

A Pure Storage, fornecedora de plataforma de dados totalmente flash para a era da nuvem, anuncia que a Veracel, uma joint venture das duas maiores produtoras de papel e celulose do mundo, escolheu a Pure Storage para impulsionar seu projeto de transformação digital, que mira manter a excelência operacional com baixo custo de produção e maior qualidade, para entregar o produto com o preço mais acessível do mercado.

A cadeia produtiva de papel e celulose faz parte do setor de base florestal, que engloba desde a produção de madeira até a de artefatos de papel. Somente no primeiro semestre de 2018, a indústria cresceu 34%, atingindo a marca de US$ 5,5 bilhões em exportação. Desse resultado, 45,9% ficou por conta do comércio de celulose e 5,7% de papel. A Veracel foi fundada em 1991, em Eunápolis, região sul da Bahia, e iniciou a produção de celulose em 2005, contribuindo também com a qualidade de vida local, a partir do apoio e do desenvolvimento de ações culturais, sociais e econômicas que beneficiam a região.

Com cerca de 3500 funcionários e uma operação contínua 24x7 em 200 mil hectares de terra, a empresa sentiu a necessidade de equipamentos mais robustos, redução de latência e aumento de desempenho para apoiar esse processo de cadeia produtiva. Após um histórico de quase 30 anos com infraestrutura tradicional de armazenamento, adotou Tecnologia de Automação e de Informação (TAI) para criar sinergia entre as áreas e modernizar o ambiente tecnológico.

Atualmente com infraestrutura convergente baseada na solução FlashStack da Pure e servidores Cisco, a empresa possui um ambiente 100% virtualizado, com todas as cargas de trabalho em execução na Pure, incluindo equipamentos críticos para automação industrial, desde a planta até o core corporativo - SAP, com configurações adequadas para cada departamento.

“Nossa preocupação é ter a melhor base para sustentar toda a transformação digital da empresa. Para isso, buscamos fornecedores de infraestrutura de TI para nos prover a melhor tecnologia para produção de celulose, e nos ajudar nessa evolução sem causar riscos à operação - já que qualquer erro impacta diretamente a produção", explica Rodrigo Gonçalves, gerente de Tecnologia da Informação na Veracel.

O principal objetivo do projeto foi alcançado: manter dois data centers ativos, sem qualquer risco de interrupção na fábrica. Além disso, houve eliminação de custos de manutenção de migração homogênea do SAP, de equipamentos e de certificação periódica. O processo de migração das máquinas físicas foi apoiado pela parceira Business Solutions for Information Technology.

Entre os resultados do impacto já analisado pela Veracel, é possível destacar a redução da latência de 100 ms para 1 ms, que resultou numa agilidade muito superior em processos mais complexos e demorados; processamento de dados 700 vezes mais rápido (comparado em soluções de Mapas e Querys); e espaço de armazenamento reduzido em 400%, com apenas um rack em cada data center.

Com o ganho de 30% em desempenho, para os usuários o impacto em qualidade e velocidade é altamente significativo, sem a necessidade de paradas para manutenção. Houve redução também de 90% no tempo de resposta das principais aplicações. Ainda falando de performance, o tempo de fornecimento de relatórios e sistemas críticos reduziu expressivamente de duas horas para uma média de 8 segundos. Além disso, em um mês de uso houve a redução de 5 para 3.3 TB em compactação de massa de dados da produção.

“O grande ganho que tivemos com a Pure, além de ter um excelente equipamento, é o tipo de garantia e de suporte com o Evergreen, que atualmente não se encontra em nenhum outro fornecedor. Isso nos oferece segurança funcional e contratual, sabendo que nosso storage nunca vai ficar obsoleto e não teremos surpresas com custos no meio do caminho", explica Gonçalves.

StorageVeracel

21 de Maio de 2019

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Latampaper 2019 promove debate sobre os principais desafios da indústria do papel e celulose

A edição de 2019 da Latampaper, maior conferência no segmento da indústria de papel e celulose da América Latina, será realizada no Brasil. De 29 a 31 de maio, o Hotel Transamérica São Paulo receberá fornecedores do setor e clientes que poderão trocar informações com os fabricantes mundiais, promovendo a melhoria de tecnologias e serviços na área.

A Valmet, líder mundial no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, realizará palestras sobre tecnologias que garantem redução do consumo de energia em máquinas e de perdas na produção de papel e tissue.

Hugo Ramon, engenheiro de vendas de papel e tissue da Valmet, vai proferir a palestra “Tecnologias para redução de refugo e economia de energia". O profissional vai apresentar as vantagens do estudo energético da secagem da máquina de papel, que avalia as condições atuais do equipamento e identifica oportunidades de melhorias, e equipamentos e tecnologias da Valmet como o AirDyer e o iRoll (Intelligent Roll).

Já o gerente de vendas da Valmet, Sérgio Vargas, vai realizar a palestra “Tecnologias e serviços para a produção sustentável de Tissue", onde apresentará as soluções híbridas da Valmet Advantage NTT, QRT e eTAD para a produção de papéis premium e ultra premium com baixo consumo de energia e fibras, entre outros produtos.

21 de Maio de 2019

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Valmet assina contrato com Klabin para fornecimento de alta tecnologia de produção de celulose e papel embalagem

Valor do investimento está entre 260 e 290 milhões de euros

A Valmet assinou contrato para o fornecimento de um grande projeto de tecnologia de produção de papel embalagem e celulose com a Klabin S.A. no Brasil. A venda consiste em uma máquina kraftliner PM27, uma nova linha de fibras, um sistema de cozimento Compact Cooking G3™ e a reforma da linha de secagem de celulose. Além disso, as duas empresas assinaram uma Carta de Intenção (LOI) para a entrega de uma segunda máquina de papel kraftliner PM28, um segundo sistema de cozimento e de linha de fibras, nos quais se espera que os acordos finais sejam assinados e o fornecimento se inicie em maio de 2021.

A venda da PM27, da nova linha de fibras, do novo sistema de cozimento G3™ e a reforma da linha de secagem estão incluídos nas ordens recebidas no segundo trimestre de 2019 pela Valmet. O valor do investimento está entre 260 e 290 milhões de euros.

O acordo de entrega da linha de produção de kraftliner é a primeira grande venda na área de tecnologia de papel embalagem da Valmet no Brasil, e significa um avanço importante para o mercado da indústria brasileira de papel para a multinacional finlandesa. “Essa solução será a primeira linha para produção de kraftliner do mundo a partir de 100% de celulose de eucalipto. Fizemos vários desenvolvimentos conceituais e de engenharia ao longo dos anos junto à Valmet para poder entregar ao mercado uma solução inovadora e de alta performance", destaca o diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade, Projetos e Celulose da Klabin, Francisco Razzolini.

“Este primeiro grande projeto de tecnologia de papel embalagem reforça a posição da Valmet no mercado brasileiro, no qual, até agora, somos reconhecidos como um grande parceiro para os produtores de celulose", reforça o presidente da divisão de Papel da Valmet, Jari Vähäpesola.

A entrega da tecnologia de celulose, por sua vez, representa a primeira referência para o novo sistema de cozimento contínuo da Valmet, o CompactCooking G3™, lançado em 2018. Além disso, a reforma das linhas de secagem de celulose aumentará a atual capacidade das máquinas entregues pela Valmet em 2016.

“A Klabin queria uma solução com alta qualidade de celulose para atender aos requisitos desafiadores do produto final de alta disponibilidade e decidiu confiar na Valmet para isso. Este é um projeto significativo para o nosso negócio de celulose na América do Sul e comprova a competitividade de nossas inovações em tecnologia de cozimento e linha de fibras", ressalta o presidente da divisão de Celulose e Energia da Valmet, Bertel Karlstedt.

O impacto na geração de empregos para a entrega da máquina krafliner PM27 é de mais de 200 homens-ano, principalmente na Europa, Brasil e na China, e das entregas da tecnologia de celulose é de quase 500 homens-ano, principalmente no Brasil, Suécia e Finlândia.

Importância estratégica

Os contratos com a Klabin nestes fornecimentos de alta tecnologia de produção de celulose e papel embalagem consolidam a expansão da Valmet no segmento de Papel na América do Sul, além de representar a primeira referência para o recém-lançado sistema de cozimento contínuo G3™, contando ainda com soluções de Internet Industrial que materializam alguns dos principais focos estratégicos da empresa para a área.

Detalhes técnicos da entrega

A Valmet fornecerá uma linha completa de produção de papel kraftliner com um escopo de fornecimento de suprimentos estendido, incluindo um pacote completo de engenharia de implantação. O fornecimento consiste em um sistema de equipamentos de preparação de massa e sistema de circuito de aproximação, bem como uma máquina completa de kraftliner (PM 27) da caixa de entrada até a rebobinadeira, seguida de um sistema automático de rolos jumbos até a rebobinadeira e de um sistemas de transporte de bobinas. O fornecimento também inclui sistemas de ventilação e exaustão de ar da máquina e do prédio, assim como um sistema químico para a parte úmida e preparação de amido para aplicação de cola na superfície do papel.

O fornecimento na área de automação inclui o Sistema de Automação Valmet DNA para o controle de processo e da máquina, e a solução para controle da Qualidade Valmet IQ. Um amplo pacote do Valmet Industrial Internet, com sistema de controle da produção, o Manufacturing Execution System (MES), está incluído no fornecimento, assim como o pacote de vestimentas Valmet Paper Machine Clothing para start-up em todas as posições de vestimentas da máquina.

A máquina de papel embalagem de 9,000 mm de largura produzirá kraftliner e papel com cobertura branca de alta qualidade, com uma faixa de gramatura de projeto de 80-200 g /m². A velocidade da máquina será de 1.200 m/min e a capacidade diária de 1.555 toneladas. A entrega da linha de fibras e cozimento inclui uma planta completa com capacidade de 2.000 ADt por dia. As características da planta de cozimento possuem a tecnologia de cozimento contínuo de última geração da Valmet, o CompactCooking G3™, e inclui a tecnologia ImpBin para vaporização e impregnação dos cavacos de madeira. Este sistema de dois vasos proporciona excelente qualidade de polpa com baixo teor de rejeitos.

A linha de fibras e cozimento é comprovadamente de fácil manutenção e oferece alto rendimento, baixo consumo de energia e alta disponibilidade. Os novos recursos de cozimento melhoram a flexibilidade e proporcionam excelente branqueabilidade, especialmente para a produção de madeira de fibra curta (Hard wood) com base em eucalipto.

A modernização das linhas de secagem de celulose inclui uma nova linha de enfardamento, dispositivos automáticos de passagem de ponta, equipamentos de processo para aumento de produção e individualização das linhas de embalagem de bobinas de celulose fluff. Essas modernizações permitirão o aumento desejado de capacidade, tanto de celulose de mercado e quanto de celulose fluff, além de melhorar a segurança pessoal e operacional.

20 de Maio de 2019

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Eldorado Brasil tem lucro de R$ 247 milhões no 1º trimestre de 2019 e consolida desempenho diferenciado no setor

Os resultados operacionais e financeiros da Eldorado Brasil no primeiro trimestre de 2019 consolidaram seu desempenho altamente competitivo no setor de celulose. As vendas, a margem líquida e EBITDA e a redução do endividamento foram os destaques da companhia no trimestre.

O lucro líquido no 1º trimestre de 2019 atingiu R$ 247 milhões, 95% acima do trimestre anterior, com receita líquida de R$ 1,2 bilhão (14% superior ao 4º trimestre de 2018) e produção de 421 mil toneladas, em linha com o 1º trimestre de 2018.

Mesmo com a sazonalidade do período e uma conjuntura político-econômica mais desafiadora, a Eldorado Brasil continua entregando um dos menores custo caixa do mundo, de R$ 578/tonelada (ou USD 153/tonelada) no 1º trimestre, consolidando-se como uma das mais eficientes e rentáveis produtoras de celulose do mundo.

“A Eldorado Brasil segue sua trajetória de excelentes resultados operacionais. Temos uma base florestal com alta produtividade, uma eficiência industrial de mais de 94% e uma base sólida de clientes", afirma Rodrigo Libaber, diretor Comercial e de Relações com Investidores. “Esse é o resultado do foco de toda a equipe na constante melhoria dos nossos resultados", avalia.

A estratégia de redução e alongamento da dívida é e continuará sendo uma prioridade, o que resultou em uma diminuição de R$ 841 milhões na dívida líquida, na comparação com o 1º trimestre de 2018. A alavancagem (dívida líquida/EBITDA) segue em queda, para 2,01x em reais, ante 2,08x no trimestre anterior e 3,09x no 1º trimestre de 2018.

O EBITDA da companhia atingiu R$ 752 milhões no trimestre, 11% acima do trimestre anterior e 3% acima do 1º trimestre de 2018, com uma margem EBITDA de 63,8%. “Diante desta performance, obtivemos o recente upgrade por parte das agências de rating Moody's para Ba3 e Fitch para BB- com perspectiva positiva", afirma.

A normalização do volume de vendas contribuiu para o desempenho no trimestre. As vendas atingiram 475 mil toneladas no 1T19, 65% acima do 4T18 (288 mil t). Os fundamentos da indústria de papel e celulose continuam sólidos para os próximos anos, com pouco incremento da capacidade produtiva de celulose e uma demanda crescente, fruto do aumento da capacidade de produção de papel ao redor do mundo, sobretudo na China.

17 de Maio de 2019

Publicação: Celulose OnLine - Notícias

Brasil e China devem tratar de certificados de produtos florestais em reunião do Brics

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reuniu-se nesta quarta-feira (15), em Pequim, com empresários chineses e brasileiros do setor de florestas plantadas e celulose. No encontro, os representantes da China solicitaram a uniformização dos certificados fitossanitários para o comércio dos produtos.

Tereza Cristina sugeriu aos chineses, maiores importadores mundiais de celulose, que as conversas sobre o tema ocorram durante reunião do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul), que será realizada no Brasil, em novembro deste ano.

A ministra destacou alto uso de tecnologia no setor, que tem crescido dentro da economia brasileira, e a busca por ampliar os negócios com a China. “É um setor que teve um desenvolvimento pujante nos últimos anos, extremamente organizado. Eu me orgulho muito de ser de um estado que resolveu parte dos seus problemas quando trouxe essa atividade florestal como uma das principais, o Mato Grosso do Sul", disse.

Atualmente, o Brasil tem 10 milhões de hectares de árvores plantadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Área que corresponde a 1% do território nacional, mas é responsável por 91% de toda a madeira para fins industriais. Desse total, 5,8 milhões de hectares têm algum tipo de certificação florestal, com indicadores reconhecidos internacionalmente que garantem sustentabilidade dos produtos, conforme dados do ministério.

As florestas plantadas estão localizadas principalmente em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

De acordo com o diretor Jurídico e de Relações Institucionais da Suzano, Pablo Machado, as exportações do setor chegam a US$ 12,5 bilhões. A China, conforme o executivo, respondeu por 42,7% das vendas no ano passado e 40%, em 2017. “Brasil é um parceiro confiável e tem capacidade de ofertar mais celulose à China. Gostaríamos de continuar e ampliar em longo prazo essas parcerias". Suzano lidera o segmento de celulose de eucalipto no Brasil.

Em 2017, o setor respondeu por 5% das exportações brasileiras e 10% das exportações do agronegócio. A produção florestal ocupa o quarto lugar, ficando atrás apenas da soja, das carnes e do setor sucroalcooleiro.

Já José Carlos da Fonseca Junior, diretor de Relações Institucionais da Ibá, propôs que áreas degradadas no Brasil sejam usadas para florestas plantadas, o que renderia mais de US$ 6 bilhões de investimentos nos próximos anos. “Brasil pode expandir as capacidades e suprir as necessidades crescentes da China". Segundo os produtores, o país lidera o ranking global de produtividade florestal, com uma média de 35,7 m³/ha/ano para o plantio de eucalipto e 30,5 m³/ha/ano para pinus, o que representa quase duas vezes mais a produtividade dos países do Hemisfério Norte.

No ano passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas - PlantarFlorestas, que prevê aumentar em 2 milhões de hectares a área de cultivos comerciais até 2030.

Sinochem

Tereza Cristina reuniu-se também com o Frank Ning, CEO da ChemChina e da Sinochem, empresas chinesas que atuam nos setores de agroquímicos e energia. Na reunião, Ning disse que com a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China os chineses “cada vez mais terão de diversificar a busca por alimentos e comprar mais do Brasil".

Tereza Cristina vem ressaltando que a disputa pode ser uma oportunidade para os exportadores brasileiros aumentarem a participação no mercado chinês, maior importador de soja e carnes.

A ministra destacou que, no último dia 11 em Niigata (Japão), os Líderes de Agricultura do Hemisfério Ocidental assumiram o compromisso de trabalhar em conjunto “em defesa da segurança alimentar global e do comércio agrícola, com base em princípios científicos e de análises de risco", o que pode estimular as relações com os chineses. Tema abordado na apresentação do CEO da Companhia das Cooperativas Agrícolas do Brasil (CCAB), Jones Yasuda, que destacou o papel do Brasil na nutrição e segurança alimentar global nas próximas décadas.

Ning informou ainda que as empresas do grupo são sustentáveis e não haverá problemas para o fornecimento de produtos aos clientes, incluindo os produtores brasileiros.

O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Alceu Moreira (MDB-RS), que integra a comitiva, tratou da importância de o Congresso Nacional concluir a votação da proposta que altera a legislação sobre agroquímicos. Os parlamentares da comitiva acompanharam as duas reuniões desta quarta-feira.

17 de Maio de 2019

Publicação: Notícias - SC

Faturamento do setor florestal catarinense passa de R$ 1,38 bilhão em 2018

Conhecido pela força do agronegócio, Santa Catarina se destaca também na produção de madeira. No último ano, o Valor Bruto da Produção Agropecuária da silvicultura fechou em R$ 1,38 bilhão, sem contar o faturamento dos outros elos da cadeia produtiva. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 16, em Lages, durante o lançamento da terceira edição do Anuário Estatístico de Base Florestal para o estado de Santa Catarina.

Segundo os dados da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), a área de florestas plantadas em Santa Catarina é de 828,9 mil hectares, sendo 67% ocupada com pinus e cerca de 33% com eucalipto. Os resultados econômicos da silvicultura também chamam a atenção: no último ano, o Valor Bruto da Produção Agropecuária fechou em R$ 1,38 bilhão, sem contar o faturamento dos outros elos da cadeia produtiva. Atualmente são 5,6 mil empresas relacionadas ao setor, que geram mais 90 mil empregos diretos em Santa Catarina.

A região serrana responde por 40% das toras da silvicultura do estado, se tornando uma grande produtora de papel, embalagens e de madeira de pinus. O secretário adjunto da Agricultura e da Pesca, Ricardo Miotto, participou do lançamento do Anuário Estatístico e destacou a importância do setor florestal para a economia catarinense: Quero reforçar aqui o nosso compromisso de juntos buscarmos melhores condições para este setor, que tanto contribui para Santa Catarina.

Empossado como novo presidente da ACR, Alex Wellington dos Santos falou sobre o comprometimento da entidade em levar mais inovação e rentabilidade para as pequenas propriedades de Santa Catarina. Estamos em uma nova era, mais rápida, mais imediata, que exige muito de nós. Assim levantaremos alguns pilares para esta nova gestão: inovação, rentabilidade nas pequenas propriedades, integração de práticas socioambientais, expansão com maior produtividade, experimentos de novas espécies. Sempre buscado o fortalecimento do nosso setor, disse o novo presidente.

Exportações

O setor florestal tem um papel importante nas exportações catarinenses. Em 2018, os embarques de produtos de madeira, papel e celulose tiveram um crescimento de 15,5% em comparação ao ano anterior, gerando receitas de US$ 1,4 bilhão. O setor florestal respondeu por 16,6% de toda exportação catarinense no último ano.

Floresta Nativa Um estudo realizado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), comparando os números do Censo Agropecuário de 1980 e 2017, demonstrou as mudanças que ocorreram na área agrícola do estado em quase 40 anos. Hoje, a mata nativa ocupa 26,2% da área das propriedades rurais catarinenses, o maior índice desde 1970, início da série histórica e quando começou a expansão agrícola no estado.

Segundo análise da Epagri/Cepa, houve uma redução na área total de lavouras e pastagens nas últimas décadas em Santa Catarina. Ao mesmo passo que as terras ocupadas com matas nativas e plantadas vêm aumentando ao longo do tempo. Hoje, Santa Catarina tem uma cobertura 20% maior de mata nativa do que nos anos 80, com 278,8 mil hectares a mais de vegetação natural.

20 de maio de 2019

Publicação: Valor Econômico

Fibria salva 1º trimestre da Votorantim

Por Ivo Ribeiro | De São Paulo

A venda da fabricante de celulose Fibria ao grupo Suzano no ano passado, operação concluída em 14 de janeiro, garantiu ao grupo Votorantim um desempenho financeiro positivo na última linha do balanço do primeiro trimestre de 2019. O conglomerado reportou na sexta-feira lucro líquido de R$ 4,39 bilhões, ante os R$ 150 milhões registrados um ano atrás.

O negócio, que envolveu dinheiro e ações, foi de R$ 11 bilhões e gerou um ganho financeiro líquido de R$ 4,46 bilhões para a Votorantim (VSA), holding dos negócios da família Ermírio de Moraes. O grupo ficou com 5,6% da Suzano. A companhia explicou que esse resultado compensou o desempenho operacional consolidado negativo das empresas controladas e investidas.

O grupo é controlador da Votorantim Cimentos, Nexa Resouces, CBA, duas empresas de aços longos fora do Brasil e Votorantim Energia, que co-controla a joint venture dona da Cesp e parques eólicos. Em Citrosuco e Banco Votorantim, o resultado é gerado por equivalência patrimonial.

Sérgio Malacrida, diretor financeiro e de RI da VSA, afirmou que, tradicionalmente, o primeiro trimestre é o mais fraco no grupo. A VC, carro-chefe, teve impacto do período de chuvas no Brasil, aliado à demanda abaixo do esperado por cimento no país, e pelos efeitos do inverno nos EUA, em especial nas regiões dos Grandes Lagos, onde estão suas operações. A CBA sofreu com o câmbio e menor demanda da construção civil. A Nexa padeceu com aumento de custos e queda de preços do zinco e outros metais e a VE teve o resultado afetado na comercialização e na Cesp, que reportou perda alta devido ao plano de desligamento de pessoal.

A receita da VSA subiu 5%, para R$ 6,7 bilhões no trimestre, ante igual período de 2018. Contribuiram melhores resultados do negócio de cimento no Brasil e América Latina, maior volume de vendas de alumínio e efeito da desvalorização cambial na consolidação de operações no exterior.

Segundo a companhia, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi beneficiado pelo reconhecimento de créditos tributários na VC, relativos à exclusão de ICMS sobre a base de cálculo de PIS e Cofins, bem como outros fatores. O Ebitda subiu 8% no trimestre, para R$ 1,2 bilhão, em base anual.

Com dinheiro embolsado da venda da Fibria, a VSA reforçou o caixa e pré-pagou dívidas mais caras, principalmente da VC. Assim, encerrou o trimestre com um corte de 17% na dívida bruta consolidada, em R$ 20,3 bilhões, comparado com o fim de 2018, e de 23% na dívida líquida - R$ 10,2 bilhões. O grupo injetou R$ 2 bilhões na empresa de cimento via aumento de capital em janeiro e ainda pagou cerca de R$ 850 milhões referente a sua parte na aquisição da Cesp. No fim de março tinha caixa de R$ 10,7 bilhões.

A alavancagem financeira da VSA, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda anualizado, caiu de 1,91 vez no fim de dezembro para 1,46 vez. Segundo a companhia, é seu menor patamar de alavancagem desde 2008.

"Todas as nossas empresas atingiram níveis confortáveis de alavancagem e estão preparadas para os desafios estratégicos que estão por vir", disse João Miranda, presidente da VSA. Malacrida, diretor financeiro da holding, acrescentou que a gestão financeira do grupo continuará a ser conduzida com prudência.

Os investimentos totalizaram R$ 462 milhões, alta de 34%. Projetos de expansão representaram 23% (em zinco e na área de cimento). O grupo tem plano de voltar ao patamar de R$ 3,5 bilhões anuais, reduzido nos últimos dois anos no país, com a crise, e no exterior.

19 de maio de 2019

Publicação: Valor Econômico

Proposta quer trocar crédito de ICMS por título

Por Raquel Landim, Folhapress | Valor

SÃO PAULO - Circula entre empresários e advogados tributaristas uma proposta para acabar com o acúmulo de créditos de ICMS pelos exportadores e quitar os antigos débitos dos Estados — uma conta que já ultrapassa os R$ 60 bilhões. A ideia é que o governo federal assuma as obrigações devidas pelos Estados e securitize essa dívida, entregando aos exportadores títulos com vencimento em dez anos.

A proposta foi formulada por Roberto Giannetti da Fonseca, ex-secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), a pedido dos exportadores. Diferentes setores seriam beneficiados, como celulose, siderurgia, suco de laranja e automotivo.

Segundo o economista, a troca de créditos de ICMS devido pelos Estados em títulos de dívida do governo federal seria benéfica para as empresas, que poderiam repassar os papéis no mercado, melhorando a liquidez de seus balanços.

Em 2018, o crédito de ICMS a recuperar na Fibria, por exemplo, chegou a R$ 1,2 bilhão. O valor estava em R$ 420 milhões na Natura, em R$ 711 milhões na Oxiteno Nordeste e em R$ 2,6 bilhões na JBS.

Para resolver a questão, contudo, não basta apenas solucionar o passivo. Também é importante que deixe de haver o acúmulo desses créditos, gerados quando uma empresa compra insumos no mercado interno e depois exporta.

A lei prevê que as vendas para o exterior sejam isentas de tributos para aumentar a competitividade do produto nacional. Em razão disso, as empresas deveriam receber o ICMS pago na compra do insumo quando exportam.

O problema é que, muitas vezes, o tributo é pago onde o insumo é comprado, e o crédito deve ser ressarcido pelo Estado por onde o item é exportado.

Para acabar como acúmulo de crédito, Giannetti da Fonseca sugere que o ICMS seja inserido no chamado drawback integrado. O ICMS é o único imposto relevante que não faz parte desse sistema.

O drawback integrado suspende a cobrança de IPI, PIS e Cofins sobre os insumos comprados pelas empresas quando o produto final é destinado ao mercado externo. Se o imposto não é pago, também não é gerado o crédito.

“A proposta é um importante estímulo para a exportação”, diz José Augusto de Castro, presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). Segundo apurou a reportagem, o projeto foi apresentado a Paulo Guedes (Economia) e ao governador João Doria (PSDB-SP), mas está sob análise para verificar a viabilidade.

Para incluir o ICMS no drawback integrado, é preciso aprovar, por unanimidade, uma resolução do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), composto pelos secretários de Fazenda estaduais. Conseguir esse aval pode ser bastante complicado, porque os Estados que recolhem o ICMS tendem a resistir.

Também não será fácil convencer o governo federal a securitizar a dívida dos Estados, dada a situação fiscal ruim.

17 de maio de 2019

Publicação: Valor Econômico

Para Eldorado, mercado começa a reagir a partir do 2º semestre

Por Stella Fontes | De São Paulo

Após retomar os volumes normais de venda à China, a Eldorado Brasil conseguiu contornar a turbulência que atingiu o mercado global de celulose e encerrou o primeiro trimestre com forte melhora dos resultados operacionais. Para a companhia, a recuperação dos negócios da indústria deve ganhar tração, de fato, a partir do segundo semestre. "Não vemos mudança no sentimento no segundo trimestre, mas sim para o terceiro trimestre e, mais ainda, para o quarto trimestre, que começa a respirar os ares de 2020", diz o diretor de Relações com Investidores da companhia, Rodrigo Libaber.

Para 2020 e 2021, a expectativa entre os produtores de celulose é de desempenho positivo, já que não haverá oferta adicional da matéria-prima e a demanda deve manter o ritmo de crescimento, de 1,4 milhão a 1,5 milhão de toneladas por ano. Desde o fim de 2018, a desaceleração de compra por parte dos chineses e, mais recentemente, a freada na demanda da Europa pressionaram as cotações da fibra e levaram os produtores a adotar diferentes estratégias para contornar o cenário mais ácido.

Na Eldorado, a estratégia foi reduzir as vendas no quarto trimestre, quando as condições se deterioraram no mercado chinês, e retomar os volumes ao longo do primeiro trimestre - em fevereiro, as vendas para a China já começaram a se normalizar -, acompanhando os preços praticados na região. Com isso, a companhia vendeu 475 mil toneladas (acima das 421 mil toneladas produzidas), ante 288 mil toneladas no quarto trimestre e 425 mil toneladas um ano antes, ao preço médio líquido de US$ 683 por tonelada.

A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 1,18 bilhão, com alta de 6% na comparação anual e de 14% em relação aos três últimos meses de 2018. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou a R$ 752 milhões, com crescimento de 3% ante o apurado um ano antes. Frente ao quarto trimestre, a alta foi de 11%, com margem Ebitda da ordem de 64%. O custo caixa de produção manteve-se no piso da indústria, em R$ 578 por tonelada, com alta de apenas R$ 6 decorrente sobretudo da variação do preço dos insumos.

O planejamento estratégico da Eldorado para 2019 prevê maior alocação de celulose na China, diante da expectativa de recuperação mais rápida naquele mercado e dos sinais de incerteza na Europa, segundo maior mercado mundial para a fibra brasileira.

Do lado financeiro, a Eldorado encerrou o trimestre com lucro líquido de R$ 247,2 milhões, quase o dobro do registrado no quarto trimestre, mas abaixo dos R$ 335,5 milhões do primeiro trimestre de 2018, diante do aumento das despesas financeiras líquidas. A dívida líquida estava em R$ 6,3 bilhões em março, com redução de mais de R$ 840 milhões em 12 meses. A posição de caixa, por sua vez, estava em cerca de R$ 1 bilhão.

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