Impulsionada pelos avanços tecnológicos e pelas necessidades dos usuários, a associada da Camarbra, Veritran lista as tendências de digital banking mais importantes para os próximos cinco anos no setor financeiro

O ano de 2023 está sendo decisivo para acelerar a digitalização no Brasil graças à integração e a consolidação de novas tecnologias. No momento, já ocorre um grande avanço na implantação do Open Finance e um crescimento sólido do Pix, sem contar a adesão às soluções inovadoras como o onboarding digital com biometria, o uso de inteligência artificial e a priorização da cibersegurança.

Especificamente para os bancos, a cada dia surgem diferentes produtos, aplicações e processos no quesito inovação. Por isso, a Veritran, empresa global de tecnologia, pioneira no desenvolvimento de soluções digitais para o setor financeiro, antecipa as cinco tendências de digital banking que, impulsionadas pelos atuais avanços tecnológicos e pelas necessidades dos usuários, prevalecerão no setor financeiro brasileiro nos próximos cinco anos.

  1. Open Finance

O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional são os responsáveis por regular o ambiente brasileiro para o Open Finance. São eles os responsáveis por gerir questões como a troca de dados, produtos e serviços entre as entidades reguladas (instituições financeiras, instituições de pagamento e outras entidades autorizadas pelo BCB) e definir os critérios no que diz respeito dos dados pessoais dos clientes.

Após dois anos de operação no Brasil, o Open Finance registrou 17,3 milhões de consentimentos de clientes para compartilhar seus dados pessoais e bancários entre as instituições financeiras participantes, segundo dados da FEBRABAN. Essas informações são usadas para oferecer ao consumidor melhores ofertas de produtos e serviços personalizados, com melhores custos. No mesmo período, também foram registradas 10,8 bilhões de comunicações bem-sucedidas entre as instituições que compõem o sistema de troca de informações.

Nesse modelo, o Brasil está na vanguarda da América Latina, sendo um dos países mais avançados da região na implementação do Open Finance. Atualmente, também está em andamento a implementação do Open Insurance, por meio de um plano faseado que será interoperável com o Open Finance pela Superintendência de Seguros Privados.

“O Open Finance traz várias vantagens para o cliente em termos de uma melhor experiência. Reduzir o atrito do usuário já é um benefício. Às vezes, uma usabilidade mais simples para a mesma coisa já é um benefício. Os bancos que primeiro demonstrarem as vantagens serão os primeiros escolhidos e conseguirão muitos clientes”, afirma Wagner Martin, Vice-presidente de Negócios da Veritran.

  1. Pix

A pandemia, a criação do Pix e o forte investimento dos bancos em seus aplicativos contribuíram para um aumento explosivo das transações financeiras por meio do mobile banking. O Pix se tornou o método mais popular no Brasil para transferências diárias de dinheiro, superando o número de operações com cartões de crédito e débito desde o ano passado.

 

Segundo dados da FEBRABAN, o Pix foi e continua sendo uma ferramenta fundamental para impulsionar o acesso bancário e a inclusão financeira no país e, desde o seu lançamento, tem sido uma importante ferramenta para a redução da necessidade de usar dinheiro físico em transações e da diminuição dos altos custos de transporte e logística de passagens, que somam cerca de R$ 10 bilhões por ano, no Brasil.

O Pix fechou o ano passado com um volume negociado de R$ 16 bilhões acumulado desde sua implantação. Nos próximos anos, o Pix continuará expandindo sua usabilidade e os bancos que melhor se adaptarem às inovações serão os que liderarão o negócio.

Tamanho é o sucesso que países como Colômbia e Canadá manifestaram no ano passado o interesse em replicar a experiência brasileira de pagamentos instantâneos em seus mercados, e os Estados Unidos anunciou seu sistema de pagamentos instantâneos para meados deste ano.

O Banco Central do Brasil já divulgou também o lançamento do novo serviço de transferência bancária instantânea, o Pix Crédito, previsto para o segundo semestre de 2023, operação que oferece ao consumidor a oportunidade de parcelar suas compras sem usar nenhum tipo de cartão.

Outra novidade será o breve lançamento do Pix Internacional, que objetiva conectar os mercados de aproximadamente 60 países, solucionando dificuldades como a conversão de diferentes taxas de câmbio, além de criar regras de segurança que impedirão utilizações ilegais e permitirão o uso de um idioma único para diferentes sistemas de pagamento em todos os países.

  1. Onboarding digital com biometria

“Com o crescimento das transações por mobile banking, o onboarding com biometria também vem ganhando importância. E quando falamos em segurança no banco digital, essa tecnologia ganha cada vez mais destaque”, ressalta Martin.

Para se ter uma ideia do crescimento das transações digitais, basta observar os números do Banco do Brasil, a maior instituição financeira do país. A proporção de clientes que utilizam canais digitais (internet e mobile banking) atingiu 92,7% no terceiro trimestre de 2022, ante 90,7% no mesmo período de 2021. Até setembro do mesmo ano, 26,9 milhões de usuários eram considerados clientes ativos nas plataformas digitais.

De acordo com o estudo global da Accenture Payments gets personal — strategies to stay relevant, espera-se uma maior adesão dos pagamentos biométricos. 42% dos entrevistados acreditam que a biometria provavelmente será amplamente utilizada até 2025.

54% dos latinos priorizam a segurança ao decidir qual método de pagamento usar, eles também buscam velocidade na tecnologia financeira, de acordo com o estudo New Payments Index, realizado pela Mastercard no ano passado.

A biometria está surgindo como uma opção para encontrar o equilíbrio entre conveniência e segurança. Assim, três em cada quatro latinos dizem que o uso de tecnologias biométricas para identidade e pagamentos é mais seguro do que um PIN, senha ou outra forma de identificação, de acordo com a investigação da Mastercard.

  1. Machine learning & AI

De acordo com uma pesquisa anual sobre tecnologia bancária realizada pela Deloitte para a FEBRABAN, o setor bancário brasileiro investiu R$ 35,5 bilhões (US$ 6,68 bilhões) em tecnologia somente no ano passado.

Todos esses investimentos foram focados em nuvem, inteligência artificial, automação de processos robóticos (RPA ou chatbots) e IoT (internet das coisas). Essa tendência deve crescer ainda mais nos próximos anos.

Ainda de acordo com a FEBRABAN, os bancos representam 14% dos investimentos em tecnologia no Brasil, perdendo apenas para o governo, que detém 15%.

Este crescente interesse dos bancos em machine learning e inteligência artificial responde à capacidade que estas tecnologias têm de coletar e gerir dados, que serão cada vez mais tratados como um produto valioso, segundo um estudo da Accenture sobre as principais tendências bancárias para 2023.

O estudo atesta, ainda, que os dados devem ser tratados pelos bancos como o oxigênio que alimenta cada uma de suas ações. Cabe a eles identificarem e definirem os casos de uso, além de estabelecerem as APIs e estruturas que permitirão que diferentes equipes e sistemas, em todas as partes do banco, possam acessá-los. Somente sob este parâmetro será possível atingir o máximo potencial dos dados como insumo bancário.

  1. Cibersegurança

Os bancos brasileiros estão, cada vez mais, priorizando a segurança cibernética e essa tendência só aumentará nos próximos anos. FEBRABAN e entidades associadas priorizam a segurança de seus clientes e investem cerca de 3 bilhões de reais por ano em cibersegurança para aprimorar e tornar mais seguras as transações financeiras dos usuários.

Com o desenvolvimento do Open Finance e a abertura dos dados, a segurança terá um papel cada vez mais importante. Por outro lado, a disseminação do Pix representa um desafio para os bancos, pois as fraudes associadas ao seu uso aumentaram. Com mais funcionalidades prestes a chegar ao mercado, será necessário redobrar ainda mais os esforços em termos de cibersegurança.

O Banco Central anunciou o início de um projeto piloto de moeda digital, com o objetivo de replicar o sucesso de seu sistema de pagamento instantâneo Pix para popularizar os serviços financeiros no país. Esta iniciativa implica também um enorme desafio em termos de segurança, que deve ser enfrentado não só pelo Estado, mas também por toda a indústria financeira.

Os bancos vão se concentrar cada vez mais em mensagens criptografadas, autenticação biométrica e tokenização, usando tecnologias como big data, analytics e inteligência artificial nos processos de prevenção de riscos.

Vale ressaltar também que, segundo a Fortinet, o Brasil foi o segundo país da América Latina mais afetado por ciberataques em 2022, com 103 bilhões de tentativas, 16% a mais que em 2021.

Os relatórios de respostas a incidentes do FortiGuard Labs atestam que o maior volume de incidentes na segunda metade do ano passado foi motivado por ganhos financeiros (73%). O distante segundo lugar ficou para a espionagem (13%).

“Considerando esses dados, somados à migração para a nuvem, ao desenvolvimento do Open Finance e à multiplicação de inovações em torno do Pix, será fundamental que os bancos brasileiros deem atenção especial à segurança cibernética nos próximos anos, além de incorporem ferramentas para o aumento da segurança dos seus canais digitais, mas sem comprometer a experiência do usuário”, concluiu Martin.

 

Sobre a Veritran 

Somos uma empresa global de tecnologia dedicada a simplificar as experiências bancárias. Por meio de nossas soluções de negócios, inspiramos as instituições financeiras a elevar sua digitalização para o próximo nível. Temos orgulho de ser o parceiro estratégico essencial de clientes renomados na América Latina, América do Norte e Europa, para ajudá-los a se tornarem os bancos preferidos de seus clientes. Criamos produtos inovadores com foco no cliente final, permitindo que mais de 50 mil pessoas façam a autogestão de suas finanças.

Para mais informações, visite www.veritran.com 

 

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