Conjuntura do Agronegócio

1. Agronegócio responde por 84% do faturamento de cooperativas no Paraná

As 215 cooperativas registradas pelo Sistema Ocepar, no Paraná, faturaram R$ 83,7 bilhões em 2018, 19,5% mais que no ano anterior. Deste valor, 84,3% foram responsabilidade das 61 cooperativas do setor agropecuário.

As sobras (lucro das empresas) destas cooperativas cresceram 10,1% e chegaram a R$ 3,1 bilhões. Somente as empresas do agronegócio tiveram sobras de R$ 1,9 bilhão, informou o sistema.

O número total de associados cresceu 14,5% e chegou a 1,77 milhão de cooperados, enquanto o volume de empregados subiu 8,8%, para 101,23 mil pessoas. O cooperativismo paranaense também cresceu 11,4% em ativos, 10,1% em imobilizados e 10% em patrimônio líquido.

Além da presença grande no agronegócio, as cooperativas do Paraná atuam em saúde (7,6%) e crédito (7,4%).

O ramo agropecuário destaca-se ainda em exportações. Em 2018, o saldo da balança comercial das cooperativas foi positivo e atingiu US$ 3,5 bilhões.

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Fonte: Valor Econômico

2. Por que o Brasil precisa ter uma conversa “olho no olho” com os árabes

Nos últimos dias, embaixadores brasileiros de diversos países árabes têm se reunido para programar a visita do presidente Bolsonaro à região, prevista para os próximos meses. A agenda deve incluir os Emirados Árabes Unidos, considerado o maior hub comercial do Oriente Médio. Outros países, como a Arábia Saudita, também podem entrar na programação.

A Câmara Árabe-Brasileira, que reúne empresas brasileiras exportadoras para os países árabes, abriu em Dubai, nos Emirados Árabes seu primeiro escritório fora do Brasil, em fevereiro. “Queremos dar mais visibilidade aos produtos brasileiros, e os Emirados representam uma importante vitrine na região, diz Rubens Hannun, presidente da Câmara.

O aceno feito pelo governo brasileiro à região tem sido visto como uma iniciativa para contrabalançar a visita presidencial à Israel. “Os árabes, de uma forma geral, dão muita importância à conversa olho no olho, por isso os encontros são essenciais”, diz Hannun.

A agenda nos países árabes teria também o efeito de afastar qualquer possível mal-estar causado pela missão oficial à Israel e a promessa, feita durante a campanha eleitoral, da transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém.

O governo brasileiro se limitou a anunciar a abertura de um escritório comercial em Jerusalém durante a visita presidencial à Israel. Diante de conversas com exportadores de carne e possíveis repercussões negativas entre os compradores árabes, o vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a declarar, em fevereiro, que a realocação da embaixada não deverá acontecer.

No próximo dia 10, está programado um jantar na sede da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, para os embaixadores dos países árabes no país. O encontro deverá contar com a presença de representantes do Ministério da Agricultura. A intenção é reforçar os laços do agronegócio brasileiro com o mundo árabe. Nos últimos dez anos, as exportações para os países da região cresceram expressivamente.

Mercado de US$ 8 bilhões

No ano passado, o Brasil comercializou cerca de U$ 8,1 bilhões em produtos do agronegócio para o mundo árabe. As vendas para a Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes, os principais importadores, somaram mais US$ 4,3 bilhões. Em janeiro deste ano, as vendas aumentaram 18% em relação ao mesmo período do ano passado, puxadas pelas importações pelos países do Golfo.

“A viagem ao Oriente Médio tem também o potencial de impulsionar mais investimentos diretos para o Brasil”, diz Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e sócio da consultoria Barral MJorge. Os fundos soberanos dos Emirados Árabes já investiram US$ 5 bilhões em setores como infraestrutura e imóveis.

Segundo ele, o fundo Mubadala é um dos que mais têm feito aportes diretos no Brasil. O Mubadala foi um dos três grupos que fizeram ofertas para a compra da Transportadora Associada de Gás (TAG), unidade de gasodutos da Petrobras, vendida na semana passada por US$ 8,6 bilhões para o fundo canadense Caisse de Depot et Placement du Québec.

“Há mais oportunidades de investimentos dos Emirados e outros países do Golfo Pérsico no Brasil”, diz Barral. “Além disso, os Emirados são uma importante porta de entrada de produtos do agronegócio brasileiro no Oriente Médio, por sua logística de distribuição”, complementa.

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Fonte: Revista Globo Rural

3. Exportações do agronegócio mineiro crescem no primeiro trimestre

As exportações do agronegócio mineiro alcançam US$ 1,75 bilhão no primeiro trimestre do ano (janeiro até março) e registram crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao total de exportações do Estado, o agronegócio respondeu por 30,4% de toda a pauta mineira comercializada.

Em relação ao saldo da balança comercial, que é a diferença entre o valor das exportações e importações, o setor contribuiu com 44%, evidenciando a importância do agronegócio para a economia mineira. A informação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com base em dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo o Subsecretário de Política e Economia Agrícola da secretaria de Agricultura, João Ricardo Albanez, a recuperação da receita e do volume de café exportado foi preponderante para o resultado positivo das exportações do agronegócio no trimestre. O café, principal produto da pauta de exportações do setor, representou 56,9% do total comercializado. O valor alcançado foi de US$ 995 milhões, indicando aumento de aproximadamente 22% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 5,4 milhões de sacas, com aumento de quase 44% no volume. Esse foi o melhor desempenho do segmento cafeeiro desde 2017.

Na avaliação do assessor especial de cafeicultura, Niwton Moraes, esse movimento indica a recuperação do país no mercado mundial. “Desde 2014, o Brasil vinha perdendo parcelas de mercado, porque outros países estavam ofertando a preços menores. Mais recentemente, voltou a recuperar a participação, motivado, também, pela supersafra do ano passado”, explica o assessor.

O algodão mineiro mantém o ritmo de crescimento das exportações, confirmando o cenário favorável para a cultura. No acumulado do trimestre, o valor exportado alcançou US$ 26,2 milhões, com crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado, e o volume atingiu 11,2 mil toneladas (+92%).

Também merece destaque a inclusão de novos produtos na pauta de exportação mineira. Pela primeira vez, esse primeiro trimestre registrou a comercialização de milho doce, enviado exclusivamente para a Argentina, filés de peixe, comercializados com o Vietnã e pimentões vermelhos enviados para a Alemanha. “É muito importante a inserção de novos produtos na pauta das exportações, uma vez que 95% da receita gerada vêm do café, complexo soja, produtos florestais, carnes e complexo sucroalcooleiro”, destaca o subsecretário João Albanez.

As exportações do agronegócio mineiro alcançam US$ 1,75 bilhão no primeiro trimestre do ano (janeiro até março) e registram crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao total de exportações do Estado, o agronegócio respondeu por 30,4% de toda a pauta mineira comercializada.

Em relação ao saldo da balança comercial, que é a diferença entre o valor das exportações e importações, o setor contribuiu com 44%, evidenciando a importância do agronegócio para a economia mineira. A informação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com base em dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo o Subsecretário de Política e Economia Agrícola da secretaria de Agricultura, João Ricardo Albanez, a recuperação da receita e do volume de café exportado foi preponderante para o resultado positivo das exportações do agronegócio no trimestre. O café, principal produto da pauta de exportações do setor, representou 56,9% do total comercializado. O valor alcançado foi de US$ 995 milhões, indicando aumento de aproximadamente 22% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 5,4 milhões de sacas, com aumento de quase 44% no volume. Esse foi o melhor desempenho do segmento cafeeiro desde 2017.

Na avaliação do assessor especial de cafeicultura, Niwton Moraes, esse movimento indica a recuperação do país no mercado mundial. “Desde 2014, o Brasil vinha perdendo parcelas de mercado, porque outros países estavam ofertando a preços menores. Mais recentemente, voltou a recuperar a participação, motivado, também, pela supersafra do ano passado”, explica o assessor.

O algodão mineiro mantém o ritmo de crescimento das exportações, confirmando o cenário favorável para a cultura. No acumulado do trimestre, o valor exportado alcançou US$ 26,2 milhões, com crescimento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado, e o volume atingiu 11,2 mil toneladas (+92%).

Também merece destaque a inclusão de novos produtos na pauta de exportação mineira. Pela primeira vez, esse primeiro trimestre registrou a comercialização de milho doce, enviado exclusivamente para a Argentina, filés de peixe, comercializados com o Vietnã e pimentões vermelhos enviados para a Alemanha. “É muito importante a inserção de novos produtos na pauta das exportações, uma vez que 95% da receita gerada vêm do café, complexo soja, produtos florestais, carnes e complexo sucroalcooleiro”, destaca o subsecretário João Albanez.

Em relação às carnes (bovina, frango e suína), o faturamento registrado foi US$ 196 milhões, praticamente o mesmo valor alcançado em relação ao primeiro trimestre de 2018. Os produtos florestais (Celulose, madeira e papel) somaram US$ 204 milhões, com a comercialização de 342 mil toneladas.

As exportações dos produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) alcançaram US$ 146 milhões, com redução no volume e no valor. Na avaliação do subsecretário João Ricardo Albanez, as incertezas que rondam as negociações entre os Estados Unidos e China deixaram o mercado instável e contribuíram para a redução do valor da tonelada. Além disso, a China, um dos principais mercados importadores de commodities, reduziu em 17% o volume das importações da soja mineira. Os estoques americanos estão com volume expressivo estocado, aguardando as negociações, pressionando negativamente os preços.

Os produtos do agronegócio mineiro foram enviados para 144 países. Os principais importadores, no primeiro trimestre, foram China (16,5%), Estados Unidos (12,8%), Alemanha (11,7%), Japão (8,1%) e Itália (7,9%).

Exportações do Agronegócio – 1º Trimestre 2019

Café – US$ 995milhões (56,9% do valor exportado)

Produtos Florestais – US$ 204 milhões (11,7%)

Carnes – US$ 196 milhões (11,2%)

Complexo Soja – US$ 146 milhões (8,4%)

Complexo Sucroalcooleiro – US$ 112 milhões (6,4%)

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Fonte: SEAPA/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Fim dos juros controlados para o pré-custeio da safra

Principal agente financiador do agronegócio nacional, o Banco do Brasil deu largada ontem à oferta de crédito rural para o pré-custeio da próxima safra (2019/20), que começa oficialmente em 1º de julho. Diferentemente de outras ocasiões, desta vez não haverá recursos a juros controlados, o que reforça a política do governo federal de reduzir a oferta de crédito subsidiado no próximo Plano Safra.

O anúncio de que o banco estatal já está oferecendo recursos para o précusteio - basicamente, para a antecipação da compra de insumos como defensivos agrícolas e fertilizantes - foi feito ontem, em cerimônia em Brasília, pelo vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, o executivo Ivandré Montiel.

Ao contrário dos últimos anos, em que o banco reservava mais de R$ 10 bilhões a juros controlados, neste ano o banco estatal não reservou um montante específico de financiamentos para o pré-custeio. A mudança também se refletiu na cerimônia, que foi mais modesta se comparada à dos anos anteriores, que contava com o presidente da República.

"A partir de hoje, vocês podem procurar nas suas agências pelos recursos do pré-custeio, e este ano com uma novidade: não há limite de financiamento. Normalmente o limite era de R$ 3 milhões [por produtor]", afirmou Montiel para uma plateia de 110 produtores.

O executivo ressaltou que, na atual safra (2018/19), o banco já concedeu R$ 64 bilhões em crédito rural. O Banco do Brasil tem uma fatia de mais de 60% na oferta desse crédito, de acordo com dados compilados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Apesar de agora só oferecer recursos de pré-custeio com juros livres, o Banco do Brasil reduziu a taxa mínima para esse tipo de financiamento, de 9,75% por ano para 8,75% por ano. No entanto, a depender do risco de crédito do produtor, a taxa pode ser maior.

O movimento do Banco do Brasil de ofertar mais financiamentos ao agronegócio com juros livres é um sinal da nova política desenhada pela equipe econômica e se deve à escassez de recursos em algumas das principais linhas de financiamento do Plano Safra 2018/19, que contam com taxas de juros mais baixas.

Diante desse cenário, que se deve a mudanças regulatórias do governo anterior e à forte demanda por empréstimos no setor rural, a atual equipe econômica chegou a remanejar recursos de linhas menos procuradas e mexeu nas regras do crédito rural, o que permitiu uma oferta adicional de R$ 6 bilhões a juros controlados para produtores de pequeno e médio porte.

O esforço do governo, no entanto, não contemplou os grandes produtores e desagradou ao fabricantes de máquinas, que contavam com a ampliação da oferta de crédito para o Moderfrota, linha voltada para a financiamento da compra de máquinas e implementos agrícolas.

A avaliação do setor privado é que, sem um aporte adicional do governo, os recursos do Moderfrota podem se esgotar ainda antes da Agrishow, principal feira agropecuária do país, que acontecerá em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril a 3 de maio. A feira é um dos principais eventos para as vendas de máquinas agrícolas.

No acumulado da safra 2018]19, que começou em julho do ano passado, até 31 de março, os produtores rurais já tomaram R$ 7 bilhões em crédito por meio do Moderfrota, um expressivo crescimento de 34,6% na comparação com o total liberado no mesmo período do ano passado, segundo dados do Banco Central.

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Fonte: Valor Econômico

5. Governo pediu para Congresso votar fim do passivo do Funrural, diz FPA

O governo pediu para colocar em votação o projeto de lei que extingue o passivo do Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural), disse, nesta terça-feira (9/4), o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA). Moreira afirmou ter recebido essa informação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que participou da reunião semanal da bancada ruralista, em Brasília (DF).

"O presidente Bolsonaro disse para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é para colocar o projeto do Funrural em votação na Câmara dos Deputados. Não sei qual é o projeto que ele está colocando, tem mais de um lá. Mas , de qualquer maneira, o que ele está colocando é que ele quer honrar com o compromisso que ele estabeleceu", afirmou o parlamentar.

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto (PL 9252/2017) do deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) que, na prática, elimina o passivo do Funrural, livrando o setor agropecuário do pagamento da dívida, estimada em R$ 17 bilhões. Baseado em uma resolução do Senado, o texto se baseia em decisões anteriores do próprio Supremo, que haviam considerado o passivo inconstitucional.

O vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR) avaliou que a informação transmitida pela ministra Tereza Cristina sinaliza um alinhamento do governo com a pauta do agronegócio. Sobre a eventual renúncia fiscal com a extinção do passivo do Funrural, Souza disse acreditar que o Executivo fez as contas antes de pedir a apreciação da proposta.

"Ele (Bolsonaro) sinalizar que o governo vê isso com bons olhos, provavelmente o governo fez as contas e deve tirar isso de algum outro lugar para que não haja renúncia fiscal", afirmou o deputado.

Regularização Ambiental

Outro assunto discutido na reunião da bancada ruralista foi a Medida Provisória 867, que prorroga o prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), previsto no Código Florestal, da qual o próprio Sérgio Souza é o relator. Segundo ele, foi instalada uma Comissão Mista do Congresso, que discutirá o assunto em audiências públicas. Uma delas já nesta quarta-feira (10/4). Os parlamentares têm até o início de junho para converter a MP em lei, prazo considerado curto pelo deputado.

"Acreditamos que depois da semana da Páscoa a gente consiga apresentar uma minuta de relatório para que a comissão possa debater e votar isso até o final do mês. Porque ainda teremos o Plenário da Câmara e do Senado até o final de maio com dois feriados nesse percurso", disse ele.

A Medida Provisória prevê a prorrogação do prazo do PRA por um ano, que pode ser estendido por mais um por decreto. O que a Frente Parlamentar defende que é que essa prorrogação possa ser "perene", explicou Souza. A ideia é que haja um data limite para a entrega do plano, mas que o proprietário rural não seja penalizado até que as informações sejam analisadas. O parlamentar disse que pretende incluir o mesmo mecanismo para o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

"O CAR não está na Medida Provisória, mas sua prorrogação tem que ser perene. Imagine uma propriedade subdividida, uma herança, dois filhos. Vão dividir a propriedade. Passará a ter dois CAR. Não pode ter fim do prazo para fazer o Cadastro Ambiental Rural", defendeu o parlamentar.

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Fonte: Revista Globo Rural

6. Crédito rural: Aval Cruzado será criado por MP, diz Moreira

O presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), disse nesta terça-feira (9/4), que o governo editará uma Medida Provisória para viabilizar o chamado aval cruzado para o produtor rural. A ideia é criar um sistema que viabilize a renegociação de dívidas de produtores rurais que sofram prejuízos e lhes possibilite ter condições de acesso ao crédito para viabilizar à continuidade da produção. O assunto foi discutido na reunião semanal da bancada ruralista, em Brasília (DF).

Moreira informou que a proposta chegou a ser estudada pelos parlamentares ligados ao agronegócio junto com o Ministério da Economia. No entanto, chegou a ser retirada depois que o Conselho Monetário Nacional (CMN) questionou sua funcionalidade. Agora, a proposta voltará na forma de Medida Provisória, entrando em vigor de forma imediata, mas tem uma validade determinada, até que seja aprovada pelo Congresso Nacional.

Usando o exemplo da produção de arroz, o deputado afirmou que há produtores que "quebram com o silo cheio" porque conseguem colher com a máxima produtividade, mas o valor praticado no mercado está abaixo do custo de produção. A situação deixa esse produtor insolvente, não conseguindo quitar seus débitos com a instituição financeira ou a indústria com quem negociou. O chamado Fundo de Aval Cruzado seria o mecanismo para não deixá-lo de fora do processo produtivo.

A ferramenta funcionaria da seguinte forma, explicou o parlamentar: um grupo de produtores faz um fundo e avalizam-se entre si. Em seguida, o grupo é avalizado pelos bancos e indústrias credoras e pelo Tesouro Nacional. "O produtor que está fora do processo, mas tem grande capacidade produtiva pode voltar a acessar o sistema de financiamento normal. À medida que ele adere ao fundo, vai ter direito de novo ao crédito do qual estava afastado há bastante tempo", explicou o parlamentar.

Alceu Moreira defendeu a ideia, dizendo que ela cria solidariedade entre os produtores e os aproxima mais do mercado. E acrescentou que pode ser estabelecida uma modalidade especial de financiamento para o produtor que aderir ao Fundo de Aval Cruzado, seja do Banco do Brasil, seja do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O deputado ponderou, entretanto, que é condição importante para a sobrevivência do sistema a garantia de renda do produtor.

"Tem que ter renda. O fato de estar no aval cruzado não diminui o custo de produção do arroz. Vai baixar os juros que ele está pagando, Em um conjunto de produtores, eles se ajudam entre si e baixa o custo de produção, mas não é suficiente", afirmou o parlamentar.

Seguro Rural

A reunião da Frente Parlamentar Agropecuária teve a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Entre os assuntos da pauta, de acordo com Alceu Moreira, estava o Plano Agrícola e Pecuário para o ciclo 2019/2020. Em conversa com jornalistas, o presidente do colegiado destacou a intenção do governo de disponibilizar cerca de R$ 1 bilhão para o programa de subvenção ao seguro rural, pelo qual o governo custeia parte das apólices.

Na visão do deputado, ampliar o acesso ao seguro rural é importante para tornar mais barato o acesso ao crédito pelo produtor rural. Ele explica que, se a base coberta pelo seguro for mais ampla, muda a percepção de risco da produção e os juros bancários tendem a cair.

"Se aumentarmos o seguro para R$ 1 bilhão, aumenta enormemente o lastro, mas, mais do que isso, precisamos criar uma cultura de que seguro agrícola faz parte da estrutura de custos da lavoura. É investimento. Se todos constituírem um seguro junto com o seguro público, nós teremos condição de assegurar 80% a 90% da lavoura", afirmou.

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Fonte: Revista Globo Rural

Proteína Animal

7. Reabertura da UE a pescados fica para o segundo semestre

Um ano depois do embargo da União Europeia (UE), o Ministério da Agricultura ainda tenta reabrir o mercado do bloco para as exportações brasileiras de pescados. Os europeus decidiram proibir as compras dos produtos brasileiros após uma missão técnica realizada em 2017 detectar irregularidades sanitárias em embarcações.

O fim do embargo depende da aprovação pelos europeus de um plano de ação, uma espécie de roteiro com as garantias sanitárias que o Ministério Agricultura do Brasil se compromete a entregar para reconquistar aquele mercado -- o documento já foi entregue por duas vezes ainda no ano no passado, mas Bruxelas exigiu ajustes em 2019. Há uma semana, o ministério encaminhou a nova resposta.

A fim de que as companhias brasileiras retomem as exportações de pescados, a União Europeia também precisa enviar técnicos de seu serviço sanitário para inspecionar embarcações e fábricas brasileiras. No fim do ano passado, houve essa sinalização, mas até agora não há uma data prevista para essa missão técnica.

"O assunto está bem encaminhado e maduro para caso os europeus queiram levantar as barreiras", afirmou, em entrevista ao Valor o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Ribeiro.

Apesar dos movimentos do governo brasileiro para retirar o embargo, a indústria de pescados acredita que, na melhor das hipóteses, a retomada das vendas ao bloco europeu ocorrerá no segundo semestre deste ano.

O longo período sem exportar vem provocando prejuízos, disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Eduardo Lobo. Segundo ele, mesmo após o embargo as indústrias mantiveram as compras de matéria-prima, destinando um maior volume de pescados para o mercado interno. A esperança era que o veto europeu duraria, no máximo, seis meses.

"Só que por conta do embargo, 400 embarcações de atum no Nordeste ficarão paradas nos próximos 60 dias e isso significa 2 mil empregos desativados", disse Lobo. "O Ministério tem feito auditorias frequentes, preparando as indústrias para uma auditoria europeia, mas o primeiro semestre já está perdido", disse.

As vendas para a União Europeia são de extrema importância. Os embarques para o bloco -- em torno de US$ 40 milhões em 2017 --já chegaram a representar cerca de 30% de todas as exportações brasileiras de pescado.

Do lado do Ministério da Agricultura, os esforços para reabrir o mercado europeu podem incluir uma viagem da ministra Tereza Cristina a Bruxelas ainda neste mês para tratar do assunto, de acordo com fontes. A ministra poderia antecipar a viagem que realizará ao Oriente Médio e Ásia para incluir a Europa na agenda.

Uma viagem da ministra sinalizaria uma evolução na relação com os europeus, que foi muito abalada nos últimos anos, sobretudo após a Operação Carne Fraca, que colocou em xeque a credibilidade do sistema sanitário brasileiro. O embargo aos pescados, aliás, se deu após a Trapaça, terceira fase da Carne Fraca que ocorreu em março de 2018.

Antes da Trapaça, o Ministério da Agricultura vinha tomando medidas para evitar o embargo aos pescados. Em janeiro do ano passado, o órgão chegou a suspender, por precaução, as exportações de pescado depois de vários alertas europeus questionando a falta de cuidados sanitários em embarcações brasileiras. Em junho, no entanto, a Comissão Europeia declarou o embargo às 59 plantas que estavam aptas a exportar pescados ao bloco.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. JBS faz recall de carne moída nos EUA por contaminação por plástico

A JBS está fazendo recall de 21 toneladas de carne moída nos Estados Unidos, pela possibilidade de contaminação com pedaços de material estranho, como plástico duro, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

O recall envolve 43.292 libras de carne bovina moída produzidas em 20 de março na unidade da JBS em Plainwell, no Estado do Michigan. A carne foi comercializada para varejistas de Michigan e Wisconsin.

Segundo a agência, o problema foi descoberto pela JBS por meio da reclamação de dois consumidores, que constataram a presença de plástico duro verde no produto. O USDA relatou, ainda, que não houve relatos confirmados de reações adversas por causa do consumo desses produtos.

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Fonte: Valor Econômico

9. Minerva obtém sinal verde para IPO da Athena Foods na bolsa do Chile

A brasileira Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, obteve a aprovação do órgão regulador do mercado de capitais do Chile para fazer a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores de Santiago.

Conforme apurou o Valor, Athena recebeu o aval da Comisión para el Mercado Financiero (CMF) para que a empresa seja uma Sociedade Anônima (S/A) e emita suas ações na bolsa. A intenção da Minerva, conforme já indicado, é levantar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão com a venda de até 33% do capital da Athena.

A Athena reúne as operações da Minerva na Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia. Em 2018, a Athena faturou R$ 6,9 bilhões, o que representa 40% das vendas da companhia brasileira.

Com o aval do órgão que regula o mercado de capitais do Chile, a Minerva não tem mais qualquer empecilho burocrático para realizar a operação.

Nos últimos dias, a empresa brasileira também conseguiu a aprovação da maior parte dos detentores de bônus no exterior para que a Athena Foods não seja garantidora das dívidas da Minerva.

Para obter o aval dos bondholders, a Minerva pagará US$ 7,5 para cada US$ 1 mil em bônus. Na prática, a Minerva pagará cerca de US$ 10 milhões. A empresa tem US$ 1,7 bilhão em bônus.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Produção de açúcar recua 26%

A safra sucroalcooleira 2018/19 do Centro-Sul do Brasil terminou com o menor volume de açúcar produzido das últimas 12 temporadas. Em contrapartida, a fabricação de etanol seguiu no caminho contrário e bateu o recorde histórico.

Foram produzidas 26,5 milhões de toneladas de açúcar, o menor volume deste 2006/07, quando a região produziu 25,8 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados ontem pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica). Ante a safra anterior, que bateu recorde de produção da commodity, a diminuição foi de 26,5%.

Essa redução refletiu basicamente o direcionamento da matéria-prima para a produção de etanol, já que o preço do açúcar manteve-se pressionado e, para muitas usinas, abaixo do custo de produção. Como reflexo, a produção de etanol alcançou 30,9 bilhões de litros, puxada pelo aumento de 39% da produção de etanol hidratado, que somou 21,8 bilhões de litros.

A quantidade de cana processada caiu 3,9%, para 573,1 milhões de toneladas, enquanto o teor de sacarose (ATR) subiu 0,94%, a 137,87 quilos por tonelada. Do total do caldo disponível, 64,8% foi transformado em etanol, superando o último "mix" mais alcooleiro da série, de 60,3% em 2008/09.

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Fonte: A quantidade de cana processada caiu 3,9%, para 573,1 milhões de toneladas, enquanto o teor de sacarose (ATR) subiu 0,94%, a 137,87 quilos por tonelada. Do total do caldo disponível, 64,8% foi transformado em etanol, superando o último "mix" mais alcooleiro da série, de 60,3% em 2008/09.

11. EUA têm conversas “positivas” sobre corte de tarifa chinesa ao etanol, diz secretário

O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, disse nesta terça-feira que Washington está em negociações com a China a respeito da redução das tarifas do país asiático sobre o etanol norte-americano, e que as discussões foram “positivas”.

“Houve conversas com a China sobre a redução da tarifa do etanol, o que obviamente seria bom para nossa indústria doméstica de milho”, disse Perdue a repórteres. “Embora as coisas pareçam positivas, com os chineses o jogo só acaba quando termina.”

No último verão do Hemisfério Norte, Pequim impôs tarifas retaliatórias de até 70 por cento sobre os embarques de etanol dos EUA, o que tornou antieconômicas as exportações para o importante mercado.

EUA e China estão em uma disputa tarifária desde julho de 2018, prejudicando mercados financeiros globais e cadeias de suprimentos, e custando às duas maiores economias do mundo bilhões de dólares.

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Fonte: Reuters/Nova Cana

12. Dreyfus anuncia novo chairman para Biosev e outras mudanças administrativas

A Louis Dreyfus Company (LDC) anunciou nesta terça-feira um novo presidente para sua deficitária subsidiária brasileira de açúcar e etanol Biosev, que provocou outras mudanças administrativas no grupo.

Adrian Isman assumirá o cargo de presidente do conselho de administração da Biosev, com efeito imediato, substituindo Patrick Treuer, que permanecerá no colegiado do grupo sucroenergético como vice-presidente, enquanto se concentra em seu papel como diretor de estratégia da LDC, disse o grupo.

A Biosev, detida majoritariamente pela holding da LDC, está reorganizando suas operações enquanto tenta se recuperar de uma queda na indústria açucareira.

No ano passado, passou por uma reestruturação da dívida que levou a uma injeção de capital de 1 bilhão de dólares, contribuindo para o aumento da dívida do grupo de commodities.

A nomeação de Isman como presidente do conselho da Biosev “reforça o compromisso contínuo do grupo com nossa empresa-irmã”, disse o presidente-executivo da LDC, Ian McIntosh, em um comunicado.

Isman manterá suas funções como chefe da América do Norte na LDC e presidente da Calyx Agro, uma operadora de terras agrícolas parcialmente pertencente à LDC.

Ao mesmo tempo, Anthony Tancredi substituirá Isman como chefe da Plataforma de Grãos da LDC. Enrico Biancheri, anteriormente chefe de operações de açúcar, assumirá o papel atual de Tancredi como chefe da Plataforma de Açúcar.

As mudanças gerenciais seguem a indicação do ano passado de McIntosh como presidente-executivo.

A mudança do CEO, que coincidiu com a substituição do chefe de finanças do grupo, pegou o mercado de surpresa e levantou questões sobre as tensões no grupo durante um período difícil nos mercados agrícolas.

A LDC, desde então, apontou para lucros mais altos em 2018 e a conclusão de uma compra de participações de minoritários pela principal acionista Margarita Louis-Dreyfus como sinais de progresso.

Isman liderou o setor de grãos por um ano e meio, tendo assumido o cargo em uma reforma administrativa anterior, após a saída de vários traders de grãos da Europa.

Tancredi, por sua vez, trabalhou notavelmente nos negócios de algodão da LDC, inclusive como chefe de plataforma, antes de se tornar chefe de açúcar em 2016.

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Fonte: Reuters/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. USDA vê oferta global de milho ainda mais confortável

Com a safra americana de 2018/19 já encerrada, as novas projeções de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não trouxeram grandes surpresas ontem, confirmando um cenário mais confortável para a oferta de milho.

O USDA elevou em 6,2 milhões de toneladas a estimativa para a produção global de milho, para 1,107 bilhão de toneladas. O aumento reflete, principalmente, a maior produção calculada para o Brasil - cuja estimativa subiu em 1,5 milhão, para 96 milhões de toneladas - e a Argentina - estimada em 47 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas a mais do que previsto em março. Na Argentina, a colheita do cereal ainda engatinha, enquanto, no Brasil, a safra de inverno acabou de ser semeada.

A perspectiva para o consumo global de milho permaneceu praticamente estável, em 1,1 bilhão de toneladas, e a estimativa para os estoques finais aumentou 5,5 milhões, a 314 milhões de toneladas. A relação entre estoques e consumo de milho está estimada em 27,7% ao fim de 2018/19. Na safra 2017/18, a relação estava em 31,3%.

Embora a relação entre estoque e consumo de milho no mundo esteja caindo, resultado de consumo maior, os números confirmaram o que já está sendo notado na bolsa de Chicago: a competição ficou mais acirrada para o exportador de milho americano. Os EUA, maior produtor mundial do cereal, têm enfrentado uma forte rivalidade com a produção vinda da América do Sul e da Ucrânia.

A estimativa combinada de exportação da Argentina, Brasil e Ucrânia representa 54% das exportações esperadas para a temporada 2018/19. Na safra 2017/18, a proporção desses países era de 44%.

E essa competição tem pressionado as cotações em Chicago. No ano, segundo o Valor Data, os contratos de segunda posição acumulam queda de 3,8%.

O USDA não trouxe alterações significativas para a soja. Analistas esperavam um aumento nos estoques americanos, mas o órgão ajustou para baixo a estimativa, que passou de 24,49 milhões para 24,37 milhões de toneladas. Para o Brasil, segundo maior produtor e maior exportador da oleaginosa, o USDA projetou safra de 117 milhões de toneladas, 500 mil toneladas a mais do que em março.

Para o trigo, o USDA surpreendeu com um corte de 2,94 milhões de toneladas na projeção para a demanda mundial. O número projetado para a temporada agora é de 739,15 milhões de toneladas. Segundo o USDA, a queda no consumo ocorrerá, principalmente, no Irã e na União Europeia, em virtude da queda das cotações do milho - matéria-prima concorrente na produção de ração animal.

As previsões de oferta e demanda de algodão nos EUA em 2018/19 também surpreenderam, mostrando menor consumo e estoques finais maiores em relação às estimativas de março. Com 674 mil toneladas estimadas, o consumo americano de algodão deve atingir o menor nível em muitas décadas. Os estoques finais agora estão previstos em 958 mil toneladas, aumento de 2,3% frente a projeção anterior.

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Fonte: Valor Econômico

14. Terra Santa reestrutura dívida e propõe aumento de capital

A Terra Santa, uma das maiores empresas produtoras de grãos e fibras do país, informou hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que concluiu o processo de renegociação de dívidas com o Itaú BBA e a o Bradesco.

Os dois bancos respondem por cerca de 60% das dívidas da companhia. Com a renegociação, o prazo de pagamento das dívidas da Terra Santa foi estendido para sete anos — a maior parte das dívidas da companhia agora vence em 2025. A Terra Santa deve cerca de R$ 500 milhões.

Além das renegociação com Itaú e Bradesco, o conselho de administração da Terra Santa aprovou a convocação de uma assembleia extraordinária de acionistas para propor um aumento de capital privado de R$ 50 milhões.

O objetivo do aumento de capital é angariar recursos para reduzir os índices de endividamento e reforçar o capital de giro da companhia.

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Fonte: Valor Econômico

15. Preços do café ficam abaixo do custo de produção no Brasil

A queda contínua dos futuros de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) levou os preços da commodity para níveis abaixo do custo de produção no Brasil, o maior produtor mundial.

O vencimento maio fechou em 93,20 cents por libra-peso nesta sexta-feira e acumula perda de quase 14% nos últimos dois meses, com a perspectiva de ampla oferta mundial. Os preços vêm recuando gradualmente desde 2014, quando uma alta acentuada motivada pelo clima seco no Brasil levou o arábica para perto de 300 cents/lb.

Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o custo de produção é de 95 cents/lb no Brasil. A última vez que os preços ficaram abaixo desse nível foi em setembro de 2005, quando atingiram 86 cents/lb.

O problema é acentuado pelo desempenho do dólar, que acumula valorização de quase 16% ante o real no último ano. Isso tende a estimular as exportações brasileiras, o que pode resultar em maior oferta no mercado internacional e preços mais baixos.

Para outros produtores latino-americanos, a situação é ainda mais complicada. Muitos desses países fazem parte de acordos de comércio justo, que estabelecem preço mínimo de 140 cents/lb. "Quase todos os produtores estão sofrendo com os níveis atuais", disse o diretor executivo da Federação Colombiana de Produtores de Café, ou FNC.

Sob esses acordos de comércio justo, compradores pagam preços mais altos por produtos para ajudar a melhorar as condições sociais e ambientais em países em desenvolvimento. No entanto, se há excesso de oferta do produto em questão, como no caso do café, manter os preços elevados fica cada vez mais difícil. Além disso, a previsão é de um El Niño fraco este ano, o que não deve afetar a produção global.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

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