Conjuntura do Agronegócio

1. Brasil deve construir relação de longo prazo com a China, dizem executivos

Com uma população de mais de um bilhão de pessoas e menos de 10% de terra agricultável em seu território, a China tem uma preocupação constante com segurança alimentar. E, com todo o potencial de aumentar ainda mais sua produção agropecuária, o Brasil pode ser um fornecedor cada vez mais importante e de longo prazo. É a avaliação de executivos de grandes empresas do setor.

“A China está procurando parceiros sólidos porque a segurança alimentar é muito importante para eles”, disse, nesta terça-feira (11/6), o CEO Global da Syngenta, Erik Frywald, durante painel de debates no evento One Agro, promovido pela empresa a qual preside.

A própria compra da Syngenta pela chinesa ChemChina é um sinal dessa busca por meios de suprir a demanda, diz Fyrwald. Para ele, o negócio, concluído em 2017 por US$ 43 bilhões, visa assegurar que agricultores em escala global possam ter acesso à tecnologia para a produção de alimentos para todo o mundo, incluindo os próprios chineses.

“No que diz respeito ao Brasil, esta é a melhor oportunidade dentro do segmento de agricultura”, disse o CEO da Syngenta, reforçando a posição do mercado brasileiro como prioritário nos investimentos da companhia.

CEO da Continental Grain Company, Paul Fribourg, ressaltou que a China tem falta de água, de terra para plantio e depende de alimentos importados. Com a economia crescendo, mesmo em um ritmo menor que em anos anteriores, e uma classe média em expansão, a demanda por importados tende a ser cada vez maior. Situação agravada pela epidemia de peste suína africana no país.

De acordo com Fribourg, estimativas conservadoras apontam que a doença deve causar a morte de pelo menos 25% do plantel suíno chinês. O impacto no quadro de oferta e demanda local deve durar anos, oportunidade única para o Brasil. Para ele, o agro brasileiro é mais eficiente do que em outros países e o local mais lógico para criar relacionamentos duradouros. “A China vai ser obrigada a importar mais comida”, disse.

CEO e presidente do Conselho de Administração da BRF, Pedro Parente destacou a complementaridade entre as economias da China e do Brasil. Para o lado brasileiro aproveitar as oportunidades que mercado chinês oferece, é preciso investimento e regras claras, que estimulem a produção, deixando de lado o que chamou de dogmas e preconceitos.

“Temos que aproveitar todas as oportunidades para criar uma relação de longo prazo e valorizar o que temos de melhor: a condição de suprir o mundo com alimento”, afirmou. “Infelizmente, escutamos posições dogmáticas e que não têm que prevalecer, principalmente quando não estamos no meio da confusão geopolítica que afeta Estados Unidos e China”, acrescentou.

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Fonte: Revista Globo Rural

2. Estados Unidos devem chegar a acordo com a China, diz Trump

O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a dizer que, apesar da escalada de tensões comerciais com a China, as duas maiores economias do mundo devem chegar ao fim desse processo comum acordo comercial mais amplo.

Para que isso aconteça, segundo Trump, deve haver um encontro entre ele e o líder chinês, Xi Jinping, no fim do mês, em Osaka, no âmbito do G-20 (grupo que reúne economias mais industrializadas e países emergentes).

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Fonte: Agência Safras/Canal Rural

3. China diz que não irá se render a qualquer pressão dos EUA sobre comércio

O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quinta-feira que o país não irá se render a nenhuma "pressão máxima" dos Estados Unidos, e qualquer tentativa dos EUA de forçar a China a aceitar um acordo comercial vai falhar.

A China não fará concessões por questões de princípio, disse o porta-voz do ministério, Gao Feng, a repórteres.

As negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo entraram em colapso em maio. Autoridades dos EUA disseram que a China queria mudar compromissos já feitos em questões como roubo de propriedade intelectual.

Questionado sobre a acusação do presidente norte-americano, Donald Trump, de que a China renegou suas promessas, Gao disse: "Nada está fechado até que tudo esteja fechado".

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Plano Safra 2019/20 será anunciado dia 18 de junho

Com o sinal verde do Congresso, o anúncio do Plano Safra 2019/20 foi remarcado para o próximo dia 18, informou o Ministério da Agricultura.

O lançamento estava agendado anteriormente para esta quarta-feira, mas como o Legislativo não votou a tempo o projeto de lei que libera um crédito extra no Orçamento deste ano para pagamento de subsídios e benefícios sociais como Previdência e Bolsa Família (“regra de ouro”), o governo achou melhor adiar.

Ontem pela manhã, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou o PLN 4, que também foi votado pelo plenário do Congresso. A ministra Tereza Cristina, que passou o dia pedindo apoio de parlamentares para aprovação do PL, acompanhou os trâmites.

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Fonte: Valor Econômico

5. Korin investe em fábrica para ração de frangos

Uma das marcas mais conhecidas no segmento de alimentos orgânicos e livres de antibióticos ou promotores de crescimento animal, a Korin anunciou hoje um investimento de R$ 16 milhões em uma nova fábrica de ração com capacidade para produzir 6 mil toneladas de ração por mês.

Segundo a empresa, a nova planta possui três linhas de produção de ração: com milho transgênico, livre de transgênico e orgânica. “A meta é tirar o frango alimentado com transgênico do portfólio até o fim deste ano e aumentar a quantidade dos produtos livres de transgênicos que lançamos no mês passado”, afirmou Reginaldo Morikawa, diretor superintendente da Korin, em nota.

A unidade antiga continuará operando, com a capacidade máxima de 2,5 mil toneladas de ração mês. Somada a nova fábrica, a capacidade total passa para 8,5 mil toneladas. “Hoje a Korin produz 20 mil toneladas de frango ao ano. Com esse investimento, poderemos triplicar a nossa capacidade de produção de frango”, afirmou Morikawa. A mudança deverá ter impacto nas vendas, já que o frango livre de transgênico é 8% mais caro do que o alimentado com grão transgênico.

Desde junho do ano passado, a Korin tem trabalhado uma nova estratégia comercial de reposicionamento de mercado. A estratégia mira se tornar uma empresa de agricultura natural — um espectro mais amplo de negócio que inclui o desenvolvimento e a comercialização de insumos para o campo e trabalhos de pesquisa e consultoria a terceiros.

Para tanto, a empresa paulista, com sede em Ipeúna, concluiu uma reorganização operacional que culminou com uma nova divisão em três unidades de negócio: a Korin Agropecuária, que engloba o portfólio de 235 produtos, entre carnes, embutidos, ovos, café, mel e cereais; a Korin Agricultura e Meio Ambiente, braço de pesquisa, consultoria e produção de insumos; e a Korin Administração de Franquias, com foco na expansão de lojas no país. As três divisões estão sob a holding Korin Empreendimentos e Participações.

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Fonte: Valor Econômico

6. STJ inicia julgamento sobre royalties cobrados pela Monsanto

A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar uma ação que definirá se a Monsanto, empresa de agricultura e biotecnologia controlada pela Bayer, pode cobrar royalties de produtores rurais que adquirem as sementes de soja transgênicas por ela desenvolvidas. Essa discussão, segundo consta no processo, envolve cerca de R$ 15 bilhões.

Há por enquanto apenas o voto da relatora, a ministra Nancy Andrighi, em favor da Monsanto. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio Buzzi, logo após o voto da relatora. Não há data prevista para que seja retomado.

A discussão trata especificamente sobre a semente transgênica da soja “Round-up Ready”, popularmente conhecida como “Soja RR”, capaz de gerar mudas resistentes a herbicidas e que propiciam significativo ganho de produção. A Monsanto, que criou e patenteou a semente, estabeleceu um sistema de cobrança baseado em royalties, taxas tecnológicas e indenizações pela utilização das sementes.

A ação que está no STJ foi ajuizada de forma coletiva por sindicatos de produtores rurais do Rio Grande do Sul. Eles argumentam que a questão tem de ser analisada sob a ótica da Lei de Cultivares e não pela Lei de Patentes. Ficaria permitido, dessa forma, que usassem as sementes para replantio e também para a venda da soja como alimento ou matéria-prima sem que precisassem pagar a mais por isso.

Os sindicatos conseguiram decisão na Justiça de Porto Alegre para proibir a cobrança — que é de cerca de 2% sobre a comercialização de grãos produzidos com as sementes de soja transgênicas. A decisão também obrigava a empresa a devolver tudo o que já foi cobrado desde a safra 2003/2004.

A Monsanto, porém, conseguiu reverter essa decisão no tribunal gaúcho. E os sindicatos, então, recorreram ao STJ (REsp nº 1.610.728).

A relatora, ministra Nancy Andrighi, afirmou em seu voto que o conceito de cultivares e de microrganismos transgênicos são diferentes. As cultivares, acrescentou, passam por intervenção humana para que se tenha uma melhoria genética. Já os transgênicos têm características que não são alcançáveis em condições naturais.

A Lei de Propriedade Industrial, ela frisou, não permite que partes de seres vivos encontrados na natureza sejam patenteados. Há exceção, porém, disse a ministra, para os transgênicos que atendem requisitos como o da novidade e o de aplicação industrial — caso dos autos.

“Permitir aos agricultores o direito de reservar o produto para replantio e posterior comercialização equivale a esvaziar o conteúdo normativo, o que seria inadmissível do ponto de vista jurídico”, afirmou Nancy ao proferir o seu voto.

Para a ministra, ainda, os produtores rurais não são obrigados a comprar a semente de soja transgênica. Eles podem optar, por exemplo, pela convencional. Se escolheram a variedade específica, disse Nancy, “é porque lhes pareceu economicamente vantajoso” e, sendo assim, devem arcar com os custos.

Representante da Monsanto nesse caso, o advogado Luiz Henrique Oliveira do Amaral, do escritório Dannemann Siemsen, afirmou que decisão contrária ao pagamento de royalties teria impacto para o agronegócio do país. “Todos os investimentos que são feitos em biotecnologia desapareceriam”, disse. “O voto da relatora preserva a nossa economia e o agronegócio. Está consistente com o direito e com a realidade econômica do país”, acrescentou.

O custo para o desenvolvimento de uma semente transgênica, segundo o advogado, é de cerca de US$ 300 milhões. A tecnologia objeto da ação, complementou, foi desenvolvida pela Monsanto especificamente para o Brasil.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Marfrig descarta ter que comprar ações da National Beef

O empresário Marcos Molina, maior acionista da Marfrig, está confiante de que a opção de venda de ações ("put") detida pelos minoritários da subsidiária americana National Beef (NB) não será exercida em caso de fusão da companhia com a BRF, apurou o Valor.

Essa cláusula faz parte de um contrato entre a Marfrig e os minoritários da National Beef firmado na ocasião de compra de controle da empresa americana, em 2018.

Além de negociar diretamente com a Jefferies Financial, segundo maior acionista da NB, para convencer o investidor do potencial benéfico a longo prazo da eventual fusão, Molina abriu uma outra frente. O Valor apurou que a Marfrig já tem um parecer do escritório de advocacia americano Linklaters dizendo que uma fusão da Marfrig com a BRF não dispararia essa cláusula, por interpretação do contrato. Fontes consultadas pela reportagem disseram que ao menos mais uma escritório de advocacia já teria sido consultado pela Marfrig, com parecer semelhante.

A cláusula de mudança de controle da "put" estabelece que ela será acionada quando qualquer pessoa, que não seja Marcos Molina, sua esposa Maria Aparecida e seus filhos ou suas empresas afiliadas, tornar-se direta ou indiretamente dono da maioria do capital votante da NB ou da Marfrig. Também é válida caso Molina fique mais de seis meses afastado do conselho.

Na composição inicialmente discutida para possível fusão, a BRF teria 85% do capital da nova companhia e a Marfrig ficaria com 15%. Molina, que detém 36,43% da Marfrig, ficaria com cerca de 5,5% da nova companhia. A empresa, se fundida nessas condições, será uma corporação - ou seja, sem controlador.

Assim, como não haverá um novo dono de 50% mais uma ação da Marfrig ou um controlador da Marfrig em percentual semelhante ao detido atualmente por Molina - e, ainda, levando-se em conta que a nova companhia não terá controlador -, o argumento é que não há razão para disparar a cláusula.

Esse entendimento é questionado por um advogado e um executivo próximo à BRF ouvidos pelo Valor. Para eles, como a Marfrig não terá maioria da nova empresa, ficará configurado uma mudança no que é o controle atual da companhia. "Ele exerce controle sem ter 50% mais uma ação, então não faz sentido falar nesse percentual", diz a fonte.

Outro advogado, no entanto, que já atuou em um caso semelhante no Brasil, diz que cabe discussão. "Se não está trocando um controlador por outro e não há previsão na cláusula sobre transformação em corporation, é questionável esse acionamento de fato", diz. Por essa linha, a dissolução de controle não acionaria a put por não estar prevista em contrato.

Em caso de acionamento, o "preço justo" previsto no contrato da NB é definido em comum acordo entre as partes. Se não houver acordo, o preço será definido por dois bancos de investimento. Se a diferença de preço entre o máximo e mínimo indicado entre os dois bancos for maior que 110%, a Jefferies escolhe outro banco, de uma lista de cinco pré-estabelecidos.

Apesar da consulta a advogados, Molina não quer um enfrentamento com a Jefferies por conta da "put", apurou o Valor. Na semana passada, Molina teve ao menos duas reuniões com representantes do grupo em Nova York. A Jefferies teria se manifestado favorável à potencial fusão com a BRF.

Em última instância, a Marfrig teria acesso a linha de crédito para realizar a compra das ações dos minoritários, linhas condicionadas à concretização da fusão, conforme duas fontes. Procurada, a Marfrig não comentou e a Jefferies não deu retorno.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. CNA, Abiec e Abrafrigo assinam memorando de compra de carnes na Amazônia

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) assinaram um memorando de entendimento que, para as entidades, trará segurança jurídica aos pecuaristas do Bioma Amazônia.

O memorando, que trata do cumprimento dos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), permite a compra de produtos de origem animal no Bioma Amazônia fora das áreas de embargo do programa Carne Legal. Em nota, a CNA ressaltou que a compra poderá ser feita na mesma propriedade rural ou em fazendas de mesmo domínio do produtor autuado e que tenha assinado o TAC.

Além disso, o documento orienta o produtor “a apresentar um laudo técnico, baseado em Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), de acordo com as normas vigentes e sob orientação do MPF” para voltar a comercializar para os frigoríficos, segundo comunicado da CNA.

O presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, e o procurador da República e coordenador do Grupo de Trabalho da Amazônia Legal no Ministério Público Federal (MPF), Rafael da Silva Rocha, também estiveram presentes na cerimônia de assinatura, na sede da CNA, em Brasília.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Canal Rural

9. Agrifatto informa que vendas à China estão liberadas, segundo frigoríficos ouvidos

A Agrifatto acaba de distribuir nota aos seus clientes dizendo que agentes da indústria, ouvidos pela consultoria, confirmaram a reabertura das vendas à China depois que o Brasil suspendeu as exportações com o caso da vaca louca atípica.

A nota, assinada por Lygia Pimentel, CEO da consultoria, faz a observação, no entanto, de que aguarda nota oficial do Mapa.

Com isso, segundo a Agrifatto, a planta do Minerva, em Barretos, volta a abater e suspende férias coletivas programas de 17 a 30.

Pelo que apurou o Notícias Agrícolas, há pouco, houve reunião no Mapa hoje entre José Guilherme Leal, da SDA, e a AQSIQ Certification, da China, o que pode ser indício de que a liberação é real.

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Fonte: Notícias Agrícolas

Agroenergia

10. Tereos Internacional vê melhor ano à frente depois de grandes perdas em 2018

A maior fabricante de açúcar da França, a Tereos, se diz confiante em relação aos resultados do próximo ano por causa de uma recuperação nos preços na Europa. Na quarta-feira (12), a companhia registrou um aumento de dez vezes nas perdas líquidas em 2018/19.

No ano passado, os preços mundiais do açúcar caíram ao seu nível mais baixo em uma década devido a um aumento nos estoques provocado, em parte, pelo fim das cotas de produção da União Europeia, em 2017. Mas o mercado global se estabilizou desde então e os preços europeus se recuperaram.

“Devemos nos beneficiar plenamente da recuperação dos preços no segundo semestre do ano”, disse o presidente-executivo da Tereos, Alexis Duval, à Reuters. Ele acrescenta que os preços do açúcar à vista na Europa subiram 33% desde o final do ano fiscal passado.

O prejuízo líquido anual da Tereos aumentou para 242 milhões de euros (US$ 274,3 milhões) em seu exercício até o final de março, contra uma perda de 23 milhões de euros no ano anterior.

Muitos fabricantes europeus de açúcar, incluindo a alemã Suedzucker – maior refinaria de açúcar da Europa –, a Nordzucker e a franco-suíça Cristal Union, também registraram quedas acentuadas nos lucros no ano passado, justificadas pela queda nos preços em um mercado com excesso de oferta.

Isso levou alguns fabricantes a anunciar o fechamento de fábricas. A Suedzucker e a Cristal Union planejam interromper a produção em duas usinas de açúcar na França em 2020. A Tereos reiterou que não tem tais planos.

Duval esperava que o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Tereos permaneça positivo em 2019/20, mas se recusou a dar projeções para o lucro líquido.

De acordo com ele, um acordo com o grupo italiano Etea, envolvendo os ativos de álcool e amido da Tereos na Europa, deve impulsionar ainda mais as atividades não-açucareiras da Tereos, amortecendo o impacto da crise do mercado de açúcar.

A Tereos explica em seu relatório de resultados que deve comprar a participação de 50% da Etea na Sedalcol France e vender à Etea sua participação de 50% na Sedamyl e Sedalcol UK.

O acordo, previsto para ser concluído nos próximos meses, reduziria a dívida líquida da Tereos em 220 milhões de euros e teria um impacto positivo no lucro operacional de cerca de 15 milhões de euros por ano, disse Duval.

Ele se recusou a comentar quaisquer outras prováveis negociações e acordos do grupo.

Dívida crescente

O Ebitda ajustado da Tereos foi de 275 milhões de euros em 2018/19, queda de 320 milhões de euros na comparação com 2017/18. Isso incluiu perdas de 142 milhões de euros em ambas as atividades de açúcar na Europa e no exterior, incluindo a filial brasileira.

A dívida líquida, por sua vez, subiu para 2,50 bilhões de euros, de 2,35 bilhões no final de março do ano passado, principalmente devido a um fluxo de caixa negativo e um impacto desfavorável na taxa de câmbio, disse a empresa.

Após a divulgação dos resultados da Tereos, o rendimento de uma obrigação de longo prazo de referência para a empresa caiu drasticamente, tendo atingido um recorde na sexta-feira. O rendimento dos títulos de junho de 2023 ficou em 11,01%, tendo atingido 13,53% na sexta-feira.

O grupo informou em fevereiro ter garantido um empréstimo de 250 milhões de euros que expira em 2022. Com ele, a companhia quitaria metade de seu bônus de 500 milhões de euros em março de 2020 com um ano de antecedência.

No entanto, a Tereos teve dificuldades para encontrar financiamento em abril, quando buscou bancos adicionais para espalhar o risco do empréstimo, disseram fontes à Reuters.

A vice-presidente financeira da Tereos, Stephanie Billet, recusou-se a dizer se o processo foi bem-sucedido. “Temos uma situação de liquidez e estrutura financeira muito sólida e satisfatória”, disse Billet à Reuters.

Ela afirmou que o grupo tem uma linha de crédito garantida com alguns grandes bancos, o que poderia garantir o pagamento da outra metade do título no próximo ano. Ainda assim, a Tereos estaria tentando obter outros financiamentos antes do prazo.

A Tereos ainda adiou até 2019/20 parte de seu preço garantido para a beterraba sacarina, aliviando a carga para a safra 2018/19 em quase 110 milhões de euros.

Os fracos resultados do grupo nos últimos dois anos provocaram uma crise interna, com dissidentes acusando a Tereos de esconder dificuldades financeiras, algo que o grupo sempre negou.

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Fonte: Reuters/NovaCana

11. Na Câmara, debatedores divergem sobre venda direta de etanol nos postos de combustíveis

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados promoveu nesta terça-feira (11) audiência pública sobre a venda do etanol produzido nas usinas diretamente nos postos de combustíveis, sem passar pelas distribuidoras.

A venda direta está prevista em projeto de decreto legislativo (PDC 978/2018), já aprovado no Senado. A proposta susta o artigo 6º da Resolução 43/2009, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse artigo determina que um produtor de etanol (fornecedor) só pode comercializar o produto com outro fornecedor cadastrado na ANP, com um distribuidor autorizado pela agência ou com o mercado externo.

O objetivo do projeto, de acordo com o autor da proposta, senador Otto Alencar (PSD-BA), é aumentar a concorrência no mercado de combustíveis e, consequentemente, diminuir o preço final para o consumidor.

Na audiência pública, representantes das distribuidoras e dos produtores de etanol divergiram sobre a proposta. Para os produtores, se as usinas puderem vender diretamente para os postos, eliminando a intermediação das distribuidoras, o preço ficará mais baixo para o consumidor. As distribuidoras refutaram o argumento com a alegação de que só os postos localizados perto das usinas venderiam o produto a baixo custo.

Esta é a posição do vice-presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Mário Luiz Pinheiro Melo. “Temos 41 mil postos no País e talvez apenas 0,2% estejam próximos às usinas. Se isso for aprovado, provavelmente o resto da cadeia passe a vender o combustível mais caro”, disse.

Ele alegou ainda que as distribuidoras fazem o estoque regulador do produto, permitindo que haja combustível mesmo na entressafra da cana-de-açúcar. “Sem as distribuidoras, o posto, na safra, pode vender barato. E na entressafra? Ele vai ficar sem combustível para vender”, explicou.

O presidente da Federação dos Plantadores de Cana (Feplana), Alexandre Lima, rebateu os argumentos e sustentou que a medida acarretaria queda nos preços. “A venda direta é uma opção, não vai acabar com a distribuição. O mercado vai regular isso. Vai ser bom para todos, para quem produz e para o consumidor final”, avaliou.

A audiência pública foi solicitada pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que se posicionou contrário à venda direta do etanol. “Minha posição é que temos um sistema de distribuição consolidado e que colocá-lo em risco, sem saber os benefícios que virão. É muito arriscado”, considerou. Jardim disse, porém, que acredita ser possível chegar a uma proposta que atenda os dois lados, sem implicar em perda de arrecadação para o Estado – já que hoje toda a cadeia é tributada: a produtora, a distribuidora e o posto de combustível.

Na Comissão de Minas e Energia, o projeto tem como relator o deputado Édio Lopes (PR-RR), que ainda não apresentou seu parecer. A proposta tem que ser analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara.

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Fonte: Agência Câmara/NovaCana

12. Mais 10 grupos sucroenergéticos podem pedir recuperação judicial na safra 2019/20, diz RPA

Mesmo após 21 usinas de quatro grupos econômicos terem solicitado recuperação judicial nos primeiros cinco meses de 2019, ainda há 10 grupos que podem dar este passo em função da situação financeira que enfrentam.

Segundo levantamento da RPA Consultoria, estes 10 grupos totalizam 21 usinas, sendo que 14 delas está operando e sete já estão paradas. Até o início de junho, 25% das usinas brasileiras estavam paradas ou em recuperação judicial.

Dados divulgados pela consultoria afirmavam que, na temporada 2019/20, 25% das usinas brasileiras estavam em recuperação judicial ou falidas. Das 444 unidades, 343 estavam em funcionamento e, dentro deste total, 81 estavam em recuperação judicial, 29 falidas e 101 paradas.

“Acredito que, no ano que vem, os preços de açúcar devem começar a melhorar. Então, com preços melhores e, principalmente, disponibilidade de crédito de dinheiro novo, a situação das usinas deve começar a melhorar. Pelo menos parar de piorar", afirma o diretor da RPA Consultoria.

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Fonte: RPA News/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Cereal puxa aumento da colheita em geral

A partir da correção para cima que efetuou para a colheita de milho, a Conab elevou sua projeção para a produção brasileira de grãos e fibras como um todo na safra 2018/19 para 238,9 milhões de toneladas, ante as 236,7 milhões previstas em maio. Se confirmado, o volume será o segundo maior da história, 4,9% acima do ciclo 2017/18. Segundo o IBGE serão 234,7 milhões de toneladas, um incremento de 3,6%.

A estimativa de área de plantio também foi ajustada pela Conab para 62,91 milhões de hectares, 1,9% mais que na última temporada. Com o clima favorável nas principais regiões produtoras - e forte influência da recuperação do rendimento da safrinha de milho -, a estatal ajustou para cima seu cálculo para a produtividade média das lavouras em geral. A estimativa passou a ser de 3.797 quilos por hectare, ante a média de 3.768 estimada no mês passado e os 3.689 quilos por hectare na temporada 2017/18.

A soja continuará a puxar a colheita brasileira, com 114,8 milhões de toneladas em 2018/19, conforme a Conab, 0,5% mais que o estimado do mês passado, mas volume ainda 3,7% inferior ao recorde de 2017/18. Já a produção de milho agora é prevista em 97,01 milhões de toneladas, sendo 26,33 milhões no verão (queda de 1,8% ante 2017/18) e 70,68 milhões no inverno.

No caso do trigo, a área cultivada deverá mesmo ficar em 1,97 milhão de hectares, como calculado no mês passado, o que representa uma queda de 3,4% ante 2017/18. Mas, mesmo com esse recuo, a produção brasileira do cereal tende a crescer na comparação entre safras devido ao aumento de rendimento. Para a Conab, a produtividade média ficará em 2.774 quilos por hectare, 0,2% mais que o previsto no mês passado e 4,4% maior que em 2017/18.

Com isso, a produção nacional de trigo foi prevista em 5,47 milhões de toneladas, o mesmo que o calculado mês passado e 0,9% superior à colheita do ciclo 2017/18.

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Fonte: Valor Econômico

14. USDA faz corte profundo em estimativa para estoque de milho dos EUA

Em relatório divulgado hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu sua estimativa para os estoques finais americanos de milho na safra 2019/20, de 63,1 milhões para 42,6 milhões de toneladas, conforme esperado pelo mercado. Em relação ao ciclo 2018/19, o volume previsto é 23,7% menor.

Na semana passada, analistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal” afirmaram contar com um corte expressivo, para cerca de 44 milhões de toneladas.

Os números do USDA refletem os problemas climáticos que prejudicam a produção no país. Chuvas acima de média desde o início da semeadura do ciclo 2019/20 afetam as lvaouras. Com isso, a produção nos EUA na temporada foi revisada de 381,78 milhões de toneladas para 347,5 milhões, recuo de quase 10% e volume 5,1% inferior ao de 2018/19.

Assim, pelas estimativas do USDA, as exportações de milho dos EUA na safra 2019/20 devem totalizar 54,6 milhões de toneladas, ante as 57,79 milhões projetadas no mês passado e as 55,88 milhões de 2018/19.

Com os correções efetuadas no quadro americano, a produção mundial do cereal passou a ser estimada pelo USDA em 1,1 bilhão de toneladas, ante as 1,33 bilhão de toneladas previstas em maio e as 1,2 bilhão de toneladas da temporada anterior. A estimativa para a safra 2019/20 do Brasil foi mantida em 101 milhões de toneladas.

Os estoques finais da China foram mantidos em 191,2 milhões de toneladas para 2019/20, enquanto a demanda doméstica total do país continuou em 279 milhões de toneladas. A China segue respondendo pela maior parte dos estoques globais de milho, com 62% do total.

Ao fim da temporada 2019/20, o USDA estima que os estoques mundiais totalizarão 290,5 milhões de toneladas, o equivalente a 25,6% da demanda global.

Com ajustes apenas marginais no tabuleiro da soja, que sofre menos a influência do clima nos EUA, o USDA confirmou um quadro confortável para o grão na temporada 2019/20, o que tende a manter as cotações internacionais sob pressão. Os estoques finais da temporada deverão representar 31,7% da demanda mundial, ante 32,5% em 2018/19.

Segundo o órgão, nos EUA a colheita deverá alcançar 112,95 milhões de toneladas em 2019/20, 8,7% menos que em 2018/19. Mesmo que no Brasil, que passará a liderar a produção, o volume previsto de 123 milhões de toneladas (5,1% maior que neste ciclo 2018/19) se confirme, o total mundial, nas contas do USDA , cairá 1,8%, para 355,39 milhões de toneladas.

A queda da produção americana está ligada às disputas comerciais entre Washington e Pequim, que desde o ano passado limita as vendas de soja dos EUA à China, que taxou a soja americana em 25% e tem dado preferência à matéria-prima de outras origens, sobretudo o Brasil.

Mas também tem relação com a própria desaceleração do crescimento da economia chinesa e ao surto de peste suína africana que assombra o país asiático e vai reduzir a demanda para a produção de ração.

Conforme o USDA, as importações chinesas de soja deverão se manter no patamar mais baixo em que se encontram. Para 2018/19, a previsão agora é que alcancem 86 milhões de toneladas (1 milhão a menos que o previsto em maio), ante 94,1 milhões em 2017/18, e para 2019/20 a estimativa foi mantida em 87 milhões de toneladas — 57,7% das importações mundiais.

Mesmo nesse contexto, as exportações americanas, conforme o USDA, vão aumentar de 46,27 milhões de toneladas, em 2018/19, para 53,07 milhões em 2019/20 — em parte graças ao incremento das vendas para outros destinos, mas também para a China. Já os embarques do Brasil continuam projetados pelo órgão em 75 milhões de toneladas na próxima temporada, ante 78,5 milhões em 2018/19.

Dessa forma, portanto, o Brasil, que já lidera as exportações globais de soja em grãos há algumas safras, tende a encabeçar também a produção em 2019/20.

No caso do trigo, os problemas climáticos nos EUA também têm prejudicado a semeadura do cereal de primavera e reduzido a qualidade da safra de inverno. Nesse contexto, o USDA reduziu sua estimativa para os estoques finais no país em 2018/19 para 29,16 milhões de toneladas, um pouco mais do que previam analistas.

Mas as previsões do órgão para 2019/20 confirmaram que não faltará trigo no mercado mundial. A estimativa para a produção global foi elevada em quase 3 milhões de toneladas, para 780,8 milhões de toneladas, 6,7% mais que em 2018/19.

Esse incremento vem da melhor estimativa de produção em todos os players globais. A colheita da Rússia passou a ser calculada em 78 milhões de toneladas, com alta de 1 milhão na comparação com o relatório de maio. A produção da Ucrânia também subiu 1 milhão de toneladas entre os meses, para 30 milhões. A da Índia passou de 100 milhões para 101,2 milhões de toneladas.

E mesmo a produção americana, apesar das intempéries climáticas, foi elevada, já que o USDA projeta que a próxima safra de inverno (a ser plantada em outubro) recuperará os problemas atuais. A previsão é de 51,78 milhões de toneladas de trigo em 2019/20.

O comércio mundial deverá movimentar 185,4 milhões de toneladas. E os estoques finais globais, então, devem ficar em 294,34 milhões de toneladas. Esses volumes garantem uma relação entre estoque e demanda muito confortável de 38,6%.

No que diz respeito ao mercado americano em 2019/20, essa relação também é extremamente confortável e supera os 90%. O USDA elevou um pouco as projeções de uso para o mercado doméstico dos EUA de 30,56 milhões para 31,92 milhões de toneladas, mas manteve as perspectivas de exportação em 24,49 milhões de toneladas. Os cálculos de estoques finais, então, passaram a 29,16 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas abaixo do mês passado.

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Fonte: Valor Econômico

15. Forte quebra nos EUA beneficia exportação brasileira de milho

São Pedro tem ajudado os produtores brasileiros de grãos nas últimas safras. No ciclo 2018/19 não será diferente. A quebra de safra de milho dos EUA - maiores produtores e exportadores do cereal - na temporada que está sendo semeada agora (2019/20) poderá ser ainda maior que a esperada e, nesse contexto, o Brasil, segundo principal fornecedor global, tende a ser beneficiado.

"O percentual da área americana considerada ruim e muito ruim está mais elevado que o registrado em 2012, quando a quebra foi bem significativa. Este é o pior início de safra de milho da história dos EUA", disse Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, durante evento promovido pela Syngenta em Campinas (SP).

De acordo com o Departamento dos EUA (USDA), a proporção de área considerada ruim e muito ruim chegava a 9% do total cultivado em 9 de junho. O relatório de 18 de junho de 2012, uma semana mais tarde naquele ano, mostrava também 9% da área em condições ruins ou muito ruins.

Diante das intempéries, o USDA, em relatório divulgado ontem, reduziu sua estimativa para a colheita do país em 2019/20 para 347,5 milhões de toneladas, quase 35 milhões a menos que o projetado em maio e volume 5,1% inferior ao de 2018/19. Na comparação, as exportações americanas deverão cair 2,3%, para 54,6 milhões de toneladas, e os estoques finais do país tendem a recuar 23,7%, para 42,6 milhões.

"Nosso número hoje é de produção nos EUA de até 325 milhões de toneladas em 2019/20, mas com viés de baixa. O que está sendo plantado agora já está praticamente fora da janela climática, deve ter baixa produtividade", disse Santos.

Com a demanda externa aquecida e a indústria aumentando o consumo, a tendência é de preços altos no Brasil. "O produtor vai rir à toa. A safrinha terá alta produtividade", disse Santos. A tendência é que aumente a demanda externa pelo milho brasileiro, o que deve contribuir para elevar os preços domésticos.

Em suas contas, os embarques brasileiros de milho alcançarão 34 milhões de toneladas na temporada 2018/19. A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) prevê 31 milhões, enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou ontem sua projeção para 32 milhões de toneladas, ante as 24,8 milhões de 2017/18.

A demanda pode elevar o prêmio pago pelo milho brasileiro nos portos. Segundo Luiz Fernando Roque, consultor da Safras & Mercado, em Santos (SP) e em Vitória (ES) o prêmio está em 25 centavos de dólar sobre a cotação do bushel na bolsa de Chicago para a entrega à vista e em 15 centavos de dólar para entrega em agosto.

Com o início da entrada da safrinha no mercado, os prêmios recuaram, mas tendem a voltar a subir com a quebra americana. Na semana passada, o prêmio pago estava em 40 centavos de dólar por bushel, e há um ano em 97 centavos de dólar, impulsionados pelas quebras de produção no Paraná e em Mato Grosso do Sul - segundo e terceiro principais Estados produtores.

O aumento das exportações também se tornará viável graças à recuperação da colheita. No relatório divulgado ontem, a Conab passou a estimar a produção brasileira total de milho em 2018/19 em 97 milhões de toneladas, 20,2% mais que em 2017/18. Do total, 26,3 milhões de toneladas vieram da primeira safra (queda de 1,8%) e 70,7 milhões serão colhidas na "safrinha" (alta de 31%).

Conforme o IBGE, que também divulgou ontem novas estimativas para a colheita brasileira de grãos, a segunda safra de milho de 2019, principal sustentáculo das exportações, chegará a 68,2 milhões de toneladas, 22,6% mais que a do ano passado, e baterá novo recorde.

"O ano agrícola começou mais cedo. As chuvas previstas para outubro caíram na segunda quinzena de setembro, antecipando o plantio da soja. Isso expandiu a janela de plantio do milho, que por sua vez pegou um clima favorável por mais tempo. E o aumento nos preços na época do plantio completou o quadro positivo", disse Carlos Antônio Barradas, o gerente da pesquisa do IBGE.

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Fonte: Valor Econômico

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