Cedoc News Indústria Automotiva | 13 a 14 de junho
- Por: Juliane
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14 de Junho de 2019
Publicação: Diario ABC - Economia
GM mira funcionário com limitação laboral em PDV
A GM (General Motors) abriu ontem PDV (Programa de Demissão Voluntária) especial para funcionários com limitação laboral das fábricas de São Caetano e São José dos Campos. Na planta da região, onde atuam cerca de 7.200 profissionais, existem em torno de 700 que se encaixam no perfil pretendido pela montadora, ou seja, quase 10% do efetivo. Se for considerado apenas o total do chão de fábrica, de aproximadamente 4.000 operários, o percentual sobe a 20%, segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano.
O programa, aberto até terça-feira, dia 18, classifica a quantidade de benefícios oferecida o conforme o tempo que falta para a aposentadoria. Quem estiver a até um ano de pendurar as chuteiras, recebe 2,5 salários adicionais, um carro Cruze (que possui preço de mercado de R$ 99.290) e plano de saúde por dois anos (se for extensivo à família, ele será mantido). O empregado que estiver a 16 anos ou mais de dar entrada no benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ganha 40 vencimentos adicionais, dois Cruzes (R$ 198.580) e cinco anos de convênio médico.
Caso o funcionário não queira o veículo, poderá trocá-lo por 60% do valor de faturamento com desconto da GM. Além disso, todos terão o pagamento de 13º salário e férias proporcionais, dias trabalhados, aviso prévio e multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
No comunicado enviado aos colaboradores, ao qual o Diário teve acesso, a fabricante apenas lembra os trabalhadores que os salários adicionais e eventuais valores em dinheiro correspondente aos automóveis, por constituírem verba de PDV, estão isentos de encargos.
Podem se inscrever empregados horistas com limitação laboral reconhecida pelo INSS, B91 e B94, ou pela montadora, e que estejam cobertos pela cláusula de estabilidade prevista nos acordos sindicais. Estão incluídos desde quem possui doença ocupacional, como tendinite no ombro ou na coluna, até os sequelados por acidente de trabalho, que perderam algum membro, por exemplo, explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.
Questionado sobre o porquê de a GM abrir esse PDV mirando quem tem limitação laboral, ele justificou: A empresa quer liberar o pessoal que tem algum problema e está afastado ou não consegue atuar na linha de produção e contratar pessoal 100% produtivo. Muitos deles não têm nem posto de trabalho, estavam com licença remunerada desde 2015 e estão voltando agora. Por isso, segundo Cidão, a fabricante lançou mão de pacote atrativo e que compensa o direito à estabilidade.
Ao mesmo tempo, a GM foi a primeira a aderir ao IncentivAuto, programa de incentivo do governo estadual em fase de regulamentação que dará desconto de até 25% no ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) mediante investimento de R$ 1 bilhão a R$ 10 bilhões aporte anunciado pela GM nas fábricas paulistas entre 2020 e 2024 e criação de, no mínimo, 400 empregos.
Neste caso, ao demitir voluntariamente quem não produz 100%, seria aberto espaço para contratar quem o fizesse. Era esperada para dezembro produção de modelo de SUV, que, segundo fontes do mercado poderá ser o Tracker, hoje importado do México. No entanto, o sindicalista disse que, neste ano, não terá início essa produção nem confirmou o modelo. A unidade de São Caetano é responsável pela produção de quatro modelos atualmente: Cobalt, Spin, Montana e Onix Joy.
Questionada, a GM apenas confirmou as informações e disse estar em conformidade com os acordos sindicais vigentes e com a lei trabalhista.
Para compensar as perdas, jornada aumentará 15 minutos
A GM informou a seus colaboradores em documento ao qual o Diário teve acesso que, devido às contínuas perdas de produção dos últimos dias, será necessário manter a extensão de 15 minutos em nossa jornada de trabalho nos dois turnos, de 17 a 28 de junho.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, essas perdas se devem às faltas de empregados nas convocações extras de sábado e em eventos como a paralisação de hoje, contra a reforma da Previdência. Por dia sem produção deixam de ser fabricados 520 carros. Como muita gente vai acabar não vindo no sábado (amanhã) também, esse número pode até dobrar, para 1.040.
14 de Junho de 2019
Publicação: Logweb - Notícias
Volvo firma acordo para a primeira operação de veículo de carga autônomo e elétrico
O VERA, o veículo de carga elétrico, conectado e autônomo da Volvo, fará parte de uma solução integrada para transportar mercadorias entre um centro de logística e um terminal portuário em Gotemburgo, Suécia. Esta primeira operação faz parte de um acordo firmado entre a Volvo Trucks e a DFDS, empresa de balsas e logística.
O VERA vai rodar numa operação real, num sistema conectado que tem fluxo contínuo de mercadorias entre o centro de logística da DFDS e um terminal portuário.
Apresentado em 2018, o VERA é uma solução elétrica, conectada e autônoma, da Volvo Trucks para operações de transporte com alta repetição, em centros de logística, fábricas e portos. O veículo é perfeito para operar em curtas distâncias, transportando grandes volumes de mercadorias com alta precisão. Agora, temos a oportunidade de implementar o VERA em um cenário ideal e desenvolver ainda mais seu potencial para outras operações similares, afirma Mikael Karlsson, vice-presidente de soluções autônomas da Volvo Trucks.
O objetivo é ter um sistema conectado que consiste em vários veículos VERA monitorados por uma torre de controle. Isso vai permitir um fluxo de transporte contínuo e constante, atendendo demandas de maior eficiência, flexibilidade e sustentabilidade. A colaboração com a DFDS é um primeiro passo para implementar o VERA em uma operação de transporte real em estradas públicas, predefinidas dentro de uma área industrial.
Queremos estar na vanguarda do transporte autônomo e conectado. Essa colaboração nos ajudará a desenvolver uma solução eficiente, flexível e sustentável de longo prazo para ter veículos autônomos que chegam aos nossos portões, beneficiando nossos clientes, o meio ambiente e nossos negócios, afirma Torben Carlsen, CEO da DFDS.
A experiência permitirá desenvolver ainda mais a solução de transporte autônomo, com avanços em tecnologia, gestão de operações e adaptações de infraestrutura, para que possa ser completamente operacional. Além disso, serão tomadas todas as precauções necessárias de segurança para atender aos requisitos da sociedade para uma operação segura de transporte autônomo.
À medida em que a Volvo Trucks ganhe mais experiência, o VERA terá potencial para operar em aplicações semelhantes, como complemento às soluções de transporte atuais. Transportes autônomos com baixos níveis de ruído e zero emissões de escape têm um papel importante a desempenhar no futuro da logística e beneficiarão tanto empresas quanto a sociedade. Vemos essa colaboração como um começo importante e queremos promover o progresso nessa área. O VERA pode ter um limite de velocidade, mas nós não. Os testes já vão começar e nossa intenção é implementar a solução nos próximos anos, acrescenta Mikael Karlsson.
13 de Junho de 2019 (12:34)
Publicação: Canal Executivo - Notícias
Aos 70 anos, Lepe quer ampliar exportações de autopeças
Uma das principais referências do setor de autopeças do país, a LEPE, empresa especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos especializados com muito valor agregado como usinagem, pintura e montagem, entregando produtos prontos para as linhas de montagem de seus clientes, chega aos 70 anos em 2019 de olho no mercado externo para manter o ritmo de crescimento de 20%, assim como já ocorrera em 2018. Em especial, a companhia mira o mercado da Alemanha, apontado pelo seu diretor comercial Wilson de Francisco Júnior como forte e com boa demanda de fundidos de qualidade.
A boa notícia é que a LEPE, com unidade fabril em Guarulhos, na Grande São Paulo, já apresentou propostas às companhias alemãs, que totalizam 6,5 milhões de euros anuais de faturamento e que agora dependem de negociações e competitividade. Além da Alemanha, a indústria, responsável por produzir peças fundidas e usinadas para as principais fábricas do setor automotivo no Brasil, também já vislumbra negócios na Espanha e Inglaterra, além de crescimento nos mercados já atendidos. Hoje, o mercado interno absorve 95% das peças produzidos pela LEPE, como os coletores, alavancas, suportes, polias, tampas, pedais, carcaças e volantes.
O restante é direcionado para o exterior, especialmente Estados Unidos, China, Tailândia e Argentina. "Temos nossas características de produção. Não somos uma empresa de grandes lotes, por isso os clientes muitas vezes nos procuram para produzir peças com requisitos técnicos específicos e bem diferenciados, que exigem muita capacitação, motivo pelo qual sempre investimos nesse quesito", explica o diretor de fundição, Augusto Koch Júnior. DNA exportador no sangue – Promover negócios com o mercado externo faz parte da LEPE desde os anos 70.
À época, até os anos 2000, a companhia fabricava virabrequins para automóveis de passeio para o mercado de reposição, exportando-os também para norte-americanos, alemães e venezuelanos. "Isso nos permitiu um aprendizado e tranquilidade em tratar todas as etapas do processo com o mercado externo", lembra Wilson. Nos anos 2000, com a transferência de uma linha de montagem de um equipamento antes fabricado por um cliente no Brasil, para a China, a LEPE deu início aos seus negócios na Ásia. "Abriu-se um mercado até então desconhecido e novas oportunidades começaram a surgir", argumenta o diretor Wilson. Ele lembra que para a LEPE ganhar escala e competitividade, assim como toda a indústria nacional, é preciso que sejam tomadas ações emergenciais por parte do governo, como as reformas da previdência e tributária, efetiva aplicação da reforma trabalhista e que haja uma melhora na infraestrutura.
Por isso mesmo, Wilson é comedido com os números. É possível que com esses novos mercados, especialmente o alemão, as exportações possam representar 10% do volume produzido pela LEPE somente a partir de 2020. "Nesse cenário de estagnação econômica, apesar de todos os índices positivos da indústria de autopeças e montadoras, exportar é uma boa saída que deve ser bem explorada. Mas não pode ser vista como uma solução a curto, mas sim fazer parte de uma estratégia a longo prazo", afirma o diretor.
A LEPE opera hoje com cerca de 50% de sua capacidade total de 1.500 toneladas mensais. O ápice foi em 2011, quando produziu 1.350 toneladas. Bons tempos que, pelas projeções dos diretores, devem voltar a ocorrer no mercado de fundidos em 2022 ou 2023. Até lá, a empresa quer estar preparada. Uma nova e ampla área fabril, de 3,6 mil metros quadrados, em Guarulhos mesmo, está pronta para receber a unidade de usinagem que, uma vez em operação, vai aumentar a capacidade interna da LEPE dos atuais 1,5 milhão para 3,5 milhões de peças usinadas no ano. Também como parte do projeto futuro da LEPE, a nova unidade de Fundição, Usinagem, Pintura e Montagem, em Itaquaquecetuba, cujo terreno foi adquirido em 2009, já está sendo planejada, com previsão para iniciar suas atividades em 2027, permitindo alcançar uma capacidade de produção de 42 mil toneladas anualmente.
13 de Junho de 2019 (10:00)
Publicação: Agência AutoData - Notícias
Montadoras participam de feira para público PcD
São Paulo - De olho em um segmento em demanda crescente, o de PcD, General Motors, Honda, Jeep, Renault, Toyota e Volkswagen montaram estandes na Reatech, Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, que abriu as portas na quinta-feira, 13, no Expo São Paulo e espera receber cerca de 52 mil visitantes até o domingo, 16.
Além de expor os modelos com demanda crescente as empresas usarão o espaço externo do centro de exposições para oferecer test drive ao público. Segundo Marcelo Tezoto, diretor de vendas diretas da GM, a expectativa é de crescimento acelerado em 2019:
“O segmento PcD cresce em ritmo duas vezes superior ao mercado. As pessoas estão mais cientes de seus direitos, há maior oferta de modelos e democratização de tecnologias que facilitam a vida dos beneficiários, como a transmissão automática, hoje disponível até mesmo em modelos de entrada".
A GM criou uma área dedicada as vendas para PcD em suas concessionárias e os modelos mais procurados são Onix e Prisma, por serem os mais acessíveis, seguidos por Cobalt e Spin. Na Volkswagen, o Polo Sense, Virtus Sense, Voyage Automático, Tiguan e T-Cross Highline - em exposição no estande da empresa - forem alguns responsáveis pelo crescimento de 45% das suas vendas para PcD até maio, com 3 mil 237 automóveis comercializados
A Jeep mostra na feira a versão do 1.8 AT do Renegade, exclusiva para o público PcD, vendida por até R$ 54,6 mil com todas as isenções fiscais. Segundo a companhia desde 2016 o SUV possui uma versão para este público.
No estande da Honda estarão a versão Personal do Fit e do City, dedicadas ao público PcD, junto com o Civic Touring, HR-V Touring e WR-V ELX. A companhia levou para o evento parte da sua equipe de vendas, que se revezará em plantões para atender e tirar as dúvidas do público com relação a compra de um carro PcD.
A Toyota oferece test-drive na área externa do Expo SP e ações especiais em seu estande, onde modelos como Corolla, Yaris e Prius estão expostos - e com condições especiais ao público especialmente oferecidas na feira.
13 de Junho de 2019 (10:00)
Publicação: Agência AutoData - Notícias
Capital asiático ronda negócio Ford Taboão
São Paulo - As negociações para a venda da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, SP, avançam na China, onde um dos interessados, a Caoa, busca recursos para financiar o empreendimento. Segundo fonte ouvida por seu dono e fundador, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, está naquele país para participar de reuniões a respeito do tema. A viagem teria ocorrido após a companhia ter enfrentado dificuldades para obter recursos no BNDES.
De acordo com Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e do Planejamento do Estado de São Paulo, o tema financiamento, neste momento, representa um entrave ao avanço das conversas sobre a fábrica do Taboão. Na quarta-feira, 12, o secretário disse que a expectativa do governo era a de que novidades sobre o caso fossem divulgadas pelo governo do Estado este mês, mas que a busca por financiamento por parte dos interessados pode extrapolar o prazo.
Meirelles disse, ainda, que paralelamente às buscas por financiamento os dois interessados na fábrica da Ford estudam a melhor maneira de entrar no negócio, se de forma individual ou em sociedade: “As duas empresas estudam novos modelos para vir ao Brasil. Joint-venture com companhias que já estão instaladas aqui é uma possibilidade. Também existe a possibilidade de que as duas interessadas venham juntas".
Afora a Caoa, que demonstrou oficialmente interesse no negócio, o outro nome segue em sigilo. De qualquer forma Meirelles afirmou que, até o momento, as propostas que estão à mesa têm capital asiático: “Existe capital asiático não só para comprar as instalações industriais e a linha de montagem mas, também, para fazer investimentos adicionais. Isso é algo que as companhias estão calculando o investimento total, mas fala-se em números grandes, alguns bilhões de reais".
Caoa tem como parcerias no mercado brasileiro as asiáticas Hyundai e Chery. A Foton foi outra empresa asiática que demonstrou interesse, por meio de sua parceira local, a Aumark, mas ela deverá seguir com os planos de se instalar em Guaíba, RS, disse Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, na quarta-feira, 12, durante o Fórum Estadão Exportar para Gerar Riquezas e Emprego, realizado em São Paulo: “A empresa ainda conversa conosco a respeito deste assunto, mas há grandes possibilidades de que fique no Estado, onde tem acordo firmado".
13 de Junho de 2019 (10:00)
Publicação: Agência AutoData - Notícias
Arteb projeta crescimento de 35% nas vendas em 2019
São Paulo - A Arteb se estrutura para alcançar meta de crescimento de 35% nas vendas em 2019. Por meio de comunicado informou que adotará medidas para atender demandas no mercado interno e no exterior. Expansão da oferta e novas contratações na equipe de vendas fazem parte das medidas.
Segundo Emerson Brasil, gerente comercial, "os números atuais da companhia em termos de vendas totais representam 31% de crescimento ante o desempenho nos cinco primeiros meses de 2018". Em 2018, a companhia registrou aumento de 15% nas exportações, especialmente para países da América Latina, como Argentina, Uruguai e México, onde mantém rede de representantes.
Para intensificar a sua atuação no aftermarket, a Arteb passou a vender componentes por meio da plataforma de e-commerce Mercado Livre, onde mantém loja oficial em parceria com distribuidores e lojistas de autopeças desde maio de 2018.
A respeito do aumento da oferta, a empresa projeta lançamento, em 2019, de dezesseis novas aplicações.
13 de Junho de 2019 (10:00)
Publicação: Agência AutoData - Notícias
Investimento da FCA em compras será 16% maior
Belo Horizonte, MG - A FCA projeta gastar € 4,4 bilhões em compras com as suas três fábricas da América Latina em 2019, valor 15,8% superior ao do ano passado. O aumento na produção das unidades de Betim, MG, e Goiana, PE, ajudará a compensar o ritmo mais baixo de Córdoba, na Argentina, de onde sai o sedã Fiat Cronos.
A produção em Betim deverá crescer de 5% a 6%, alcançando 360 mil modelos Fiat este ano. Em Goiana, que já produz 1 mil automóveis por dia, a expectativa é a de alcançar 225 mil unidades, volume 12,5% superior ao de 2018. Em Córdoba, porém, a produção ficará na casa das 50 mil unidades, ante 58 mil no ano passado.
“Córdoba está patinando por duas razões", explicou Antonio Filosa, presidente da FCA para a América Latina. “Por causa do próprio desempenho do mercado argentino, que está caindo mais de 40%, e pela política de aumento no tributo para exportações, que reduziu o volume de Virtus enviado para o Brasil".
Segundo Luis Santamaria, diretor de compras para a América Latina, o índice de nacionalização na fábrica mineira chega a 92%, enquanto em Goiana está na casa dos 60%. “Há ainda muito espaço para localizar em Pernambuco. Recentemente participamos de um evento com fornecedores que se mostraram muito interessados em ir para lá".
O plano da FCA é aumentar dos atuais dezessete fornecedores ao redor da unidade pernambucana para cinquenta empresas. Nas últimas semanas cinco fornecedores fecharam acordo para montar linhas de produção próximas à fábrica que produz os Jeep Compass e Renegade e a picape Fiat Toro - e já tem investimento aprovado para produzir mais um SUV Jeep.
A ideia é que os fornecedores ocupem áreas próximas ao complexo industrial. De acordo com o presidente Filosa, metade dos cinquenta fornecedores serão de grande e médio porte e a outra metade de pequeno porte - ele busca fabricantes de materiais diretos e indiretos.
“Com o novo produto [o SUV Jeep] serão quatro os modelos produzidos em Goiana. Quero pelo menos mais um e, para isso, precisamos ser competitivos. E para ser competitivo precisamos dos fornecedores mais próximos".
A companhia organizou na terça-feira, 13, um encontro com os fornecedores da região, onde premiou as catorze empresas que mais se destacaram em dezesseis categorias.
13 de Junho de 2019
Publicação: Agência Estado Conjuntura e Finanças
Montadoras querem mudança no Reintegra
A indústria automobilística vai levar ao Ministério da Economia, nas próximas semanas, estudo que prevê potencial de exportar de 800 mil a 1 milhão de automóveis além do previsto atualmente caso a alíquota de desconto do programa Reintegra seja ampliada de 0,1% para 10%. A reivindicação é o novo foco do setor, que vê a medida como uma "ponte" até que a reforma tributária seja aprovada.
Segundo dados preliminares, o aumento das exportações compensaria o valor repassado pelo Reintegra, geraria arrecadação extra e empregos em toda a cadeia produtiva. Neste ano, o setor deve exportar perto de 500 mil veículos.
O Reintegra foi instituído em 2011 para incentivar as exportações de todos os setores. Desde então, a alíquota variou de 0,1% a 3% e, neste ano, está no porcentual mais baixo. Cálculos das montadoras indicam que o automóvel exportado do Brasil embute, em média, 15% de impostos residuais, situação que não ocorre em outros países.
"Se conseguíssemos recuperar 10% com o Reintegra já ajudaria muito", afirma Carlos Zarlenga, presidente da General Motors América do Sul. O objetivo, diz ele, é ter condições de competir com mercados que não sobretaxam as exportações. "Tenho certeza de que conseguiríamos exportar para países da América do Sul que hoje importam da Coreia do Sul e da China, além da África do Sul e Oriente Médio", diz. "Nossos veículos são aceitos nesses mercados, só não temos preços."
Zarlenga participou ontem, em São Paulo, do Fórum Estadão Think - Exportar para Gerar Riquezas e Empregos. Para o executivo, a mudança no Reintegra não se trata de incentivo setorial, "mas de não tirar a oportunidade do Brasil de ser forte exportador". Também participaram outros executivos do setor, governadores e representantes de associações.
Todos os participantes concordam que a reforma da Previdência é o tema mais urgente e, na sequência, a reforma tributária. Para o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer, porém, há uma urgência nas medidas para melhorar a competitividade brasileira. "Precisamos nos abrir mais para o mundo nas exportações e nas importações para trazer novas tecnologias e ganhar escala, do contrário a indústria vai morrer pois as matrizes vão perder o interesse de investir no Brasil."
O País tem parque instalado para 5 milhões de veículos, e vai produzir 3 milhões neste ano.
O superintendente da Receita Federal, Jonas Catta Pretta, afirma ser possível levar ao ministro Paulo Guedes a discussão sobre mudanças no Reintegra, mas para exportações extras, na linha do programa IncentivAuto, do governo de São Paulo, que promete desconto no ICMS para novos investimentos.
Também participaram do evento os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; de Pernambuco, Paulo Câmara; o secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles; os presidentes da Fiat Chrysler, Antonio Filosa; da Associação de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro; da Anfavea, Luiz Carlos Moraes; e do Sindipeças, Dan Iochpe, além do sócio da A.T.Kearney, Mark Essle.
13 de Junho de 2019
Publicação: Diario ABC - Economia
Setor automotivo quer ampliar retorno do Reintegra para 10%
A indústria automotiva começa a se articular para correr atrás do prejuízo da brusca redução das exportações do setor neste ano. O primeiro passo é pleitear o aumento da alíquota do Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras), hoje em 0,1%, para 10%. O objetivo é fazer com que o volume exportado passe dos 629,1 mil registrados em 2018 para 1 milhão nos próximos anos. Com isso, as fábricas também reduziriam a capacidade ociosa, hoje em torno de 30%, e a produção adicional geraria cerca de 120 mil empregos em toda a cadeia.
O Reintegra foi criado em 2011 com intuito de gerar crédito por causa do custo tributário existente na cadeia de produção de produtos manufaturados. Os dados são de estudo da consultoria AT Kearney, apresentados ontem no Fórum Estadão Think, onde foram discutidas medidas que podem ser tomadas para aumentar as vendas a outros países. Patrocinado pela GM (General Motors), evento reuniu presidentes de montadoras e representantes do poder público e do setor automotivo.
A indústria automotiva do País dispõe de capacidade instalada para produzir cerca de 5 milhões de veículos por ano, porém, vem fabricando entre 50% e 60% desse volume desde a crise econômica de 2015.
O volume de exportações, que obteve crescimento em 2017, chegando a bater recorde, com 762 mil veículos, vem sofrendo os impactos da crise da Argentina, principal parceiro comercial do setor. De janeiro a maio deste ano, a queda foi de 42% em relação ao mesmo período do ano passado (de 314,1 mil para 181,6 mil), segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
De acordo com o presidente da GM na América Latina, Carlos Zarlenga, com o aumento do retorno do Reintegra para 10%, a indústria do Brasil seria mais competitiva. Atualmente, o restante dos mercados na América do Sul não está sendo coberto pelo Brasil. Se tivéssemos esta ferramenta, poderíamos fazer isso, disse. O executivo também destacou que veículos nacionais são competitivos nesses mercados. Estamos mandando o Onix para Colômbia e estamos indo muito bem. O produto funciona, a questão agora é a competitividade.
Sócio da consultoria AT Kearney, Mark Essle destacou que esse montante de veículos cabe na produção da capacidade instalada da indústria. Se o Reintegra fosse 10%, a gente devolveria com empregos, somados a aumento de conteúdo local, geração de mais impostos, incluindo taxas sobre o consumo. A conta, portanto, é positiva. Seriam R$ 8 bilhões devolvidos. De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, o assunto já foi abordado junto ao Ministério da Economia, porém, devem ser explicados mais dados. A ideia é apresentar o projeto e mostrar que, com o que é gerado de impostos na cadeia toda, já paga a conta, assinalou.
INCENTIVAUTO - O Secretário da Fazenda e do Planejamento do Estado, Henrique Meirelles (MDB), disse que o projeto de lei do IncentivAuto, programa de estímulo à indústria automotiva anunciado em março, foi enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo. Somente após a aprovação é que a regulamentação deve ser efetivada.
Como a diminuição da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ocorrerá mediante os resultados das vendas de novos produtos, precisamos definir claramente como isso será calculado. Tudo isso está sendo avaliado, destacou Meirelles, ao afirmar que aguarda a aprovação ainda em junho.
O IncentivAuto vai conceder até 25% de desconto no ICMS mediante investimento das montadoras de, no mínimo, R$ 1 bilhão, somado à geração de pelo menos 400 empregos. A GM foi a primeira montadora a ser incluída na iniciativa, já que a mesma anunciou aporte de R$ 10 bilhões nas fábricas de São Caetano e São José dos Campos em março.
De acordo com o secretário, as empresas poderão entrar formalmente no programa após a regulamentação. Porém, ele também citou a Scania, que recentemente anunciou aporte de R$ 1,4 bilhão na fábrica de São Bernardo. Temos a GM, que se enquadra, e também a Scania. Estas já têm o pedido formal, mas temos série de conversas com outras montadoras. Questionada, a Scania afirmou que aguarda a regulamentação do programa.
Meirelles também disse que o Pró-Ferramentaria, programa destinado ao incentivo das ferramentarias e que também depende da regulamentação, ainda não tem prazo para sair do papel. Primeiro vamos ver como o IncentivAuto vai funcionar para, a partir daí, olhar para outros segmentos.
Em relação à compra da fábrica da Ford em São Bernardo, o secretário reafirmou que há duas empresas interessadas, uma delas estrangeira e haveria a possibilidade de a aquisição acontecer em conjunto com grupo nacional. Gostaríamos de anunciar até o fim do mês, mas isso vai depender da viabilização das empresas.
13 de Junho de 2019
Publicação: CanalTech Corporate Noticias
EmbraerX revela conceito de veículo voador elétrico que faz decolagens verticais
Nesta terça (11), durante o evento Uber Elevate Summit 2019, que ocorreu em Washington, EUA, a EmbraerX revelou o eVTOL, um novo conceito de veículo voador elétrico que consegue realizar decolagens e pousos na vertical.
Antonio Campello, presidente e CEO da subsidiária da Embraer focada em trazer melhorias ao ecossistema da mobilidade urbana, explica que o ponto central do desenvolvimento do eVTOL estava em entregar uma solução que transformasse experiências da vida, unindo a “visão do desenvolvimento centrado no ser humano com os 50 anos de expertise em negócios e engenharia". Dessa forma, é dito que o conceito do eVTOL é resultado de vários tipos de testes e simulações, de forma que foi priorizado o desenvolvimento voltado para o meio urbano, bem como em tentar entregar menos ruído durante a sua utilização combinado a baixos custos de operação.
Mark Moore, diretor de engenharia de aviação da Uber, diz que, neste projeto, foram utilizadas as redundâncias de sistemas para alcançar os mais altos níveis de segurança e ainda destacou o fato de que o sistema propulsor de oito rotores gera sustentação ao longo de toda sua extensão e emite baixo ruído.
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Sendo a EmbraerX uma empresa voltada a desenvolver soluções para o ecossistema aéreo urbano, ela diz que, além do eVTOL, também criou uma plataforma de negócios, chamada de Beacon, que promove a colaboração e a sincronização das empresas e dos profissionais de aviação. Com ela, o objetivo é permitir que as aeronaves possam continuar voando através de trabalhos mais ágeis e eficazes.
12 de Junho de 2019 (16:43)
Publicação: Jornal O Tempo - Mundo
Renault confirma que prioridade é aliança com Nissan e a Mitsubishi
O presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, confirmou nesta quarta-feira (12), na assembleia geral de acionistas do grupo francês, que sua prioridade é a aliança com a Nissan e a Mitsubishi.
"O sucesso do grupo Renault não é possível sem o sucesso da aliança" com a Nissan e Mitsubishi, disse Senard, que não conseguiu concretizar o recente projeto de fusão com outra fabricante de automóveis, a Fiat Chrysler (FCA), em razão das reticências da Nissan e do Estado francês, principais acionistas da Renault.
"Hoje a aliança tomou um novo caminho e deve continuar sendo um pilar e um motor do desenvolvimento de cada um de seus membros", afirmou Senard.
Uma multidão de pequenos acionistas participa dessa assembleia geral realizada no Palácio do Congresso de Paris. A Renault esperava um alto comparecimento, de cerca de 900 pessoas.
Trata-se da primeira assembleia geral desde a queda do emblemático ex-presidente de Renault, Carlos Ghosn, artífice da aliança com a Nissan e a Mitsubishi que tornou o grupo líder mundial do automobilismo.
Ghosn foi detido no Japão em novembro por suposta malversación.
O caso de Carlos Ghosn custou caro aos acionistas da Renault. Desde a prisão do emblemático ex-presidente, arquiteto da aliança com a Nissan e a Mitsubishi, as ações da Renault estão em níveis muito baixos, em torno de 55 euros.
Os acionistas decidiram negar a Ghosn um bônus de resultados de 224.000 euros.
Em um ano, as ações da Renault perderam um terço de seu valor.
O grupo também foi afetado pela má situação econômica internacional e pelas transformações tecnológicas, que exigem um grande investimento em carros elétricos sem garantia de rentabilidade.
Alguns acionistas criticam os executivos da Renault, porém, por não terem supervisionado a administração de Ghosn, cuja queda causou uma profunda crise com a Nissan.
"Até onde podemos ver, os diretores não exerceram suas responsabilidades no interesse dos acionistas (...) permitindo que a recente crise começasse", reclamou a empresa de administração Phitrust em um comunicado.
Senard terá de explicar sua estratégia para a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, três empresas unidas por participação cruzada.
No início do ano, a parte japonesa rejeitou um projeto de integração reforçada com a Nissan através de uma participação comum em partes iguais.
Na semana passada, a fusão com a Fiat Chrysler (FCA), anunciada 11 dias antes, fracassou.
Esta união criaria a número 3 do setor. O projeto não foi à frente, contudo, pelo prazo adicional solicitado pelo governo francês, principal acionista da Renault, e que levou os executivos da Fiat Chrysler a abandoná-lo.
O grupo Renault produziu 3,9 milhões de veículos no ano, com vendas baixas, exceto na Europa.
Em 2018, obteve um resultado líquido de 3,3 bilhões de euros, menos de um terço em relação ao ano anterior, principalmente devido às dificuldades da Nissan. E 2019 pode ser um ano ainda mais difícil.
12 de Junho de 2019 (15:46)
Publicação: Portal Nacional Segs - Notícias
Zurich lança seguro para carros elétricos e híbridos
Entre os diferenciais da cobertura estão assistência 24 horas e parceria com rede de oficinas especializadas. Com o lançamento do produto, a seguradora atenderá a crescente frota brasileira de carros elétricos e híbridos que hoje é de pouco mais de 7 mil e deve chegar a 100 mil em 2026, segundo Anfavea
A Zurich, seguradora global com mais de 80 anos de atuação no mercado brasileiro, anuncia hoje oficialmente que passa a oferecer seguro para carros elétricos e híbridos (tecnologia que combina motor a combustão com elétrico) com cobertura em todo território nacional. A Zurich é uma das pioneiras a oferecer esse tipo de seguro no Brasil na Europa a seguradora já comercializa em Portugal, Suíça e Inglaterra, por exemplo.
Usamos a expertise que o Grupo Zurich já tem na Europa para desenvolver um produto local. Estamos em constante contato com os demais países onde atuamos. Em Portugal, nossa inspiração principal, a cobertura foi lançada em 2018, conta Priscilla Magni, superintendente de Automóvel da Zurich.
O uso de veículos elétricos e híbridos vem aumentado no Brasil e sabemos que esse é o futuro. O novo seguro vai de encontro com a estratégia de inovação da Zurich e as visões de longo prazo e de sustentabilidade da companhia, completa. A novidade foi anunciada no Cqcs Insurtech & Inovacao 2019, que conta com patrocínio e participação da Zurich. O evento começou hoje (12) e segue até amanhã (13), em São Paulo.
A superintendente de Automóvel da Zurich explica que as coberturas têm alguns diferenciais, entre eles assistência 24 horas; parceria com rede de oficinas especializadas em carros elétricos e híbridos; e cobertura para os cabos de carregamento (opcional). Já as demais coberturas para casos de colisão, roubo e incêndio são semelhantes às do seguro de automóvel convencional (abastecidos com combustível).
Ela também conta que o preço do seguro para carro elétrico é competitivo e bem similar ao valor do seguro para veículo convencional, e pode variar de acordo com o perfil do cliente e o modelo do automóvel. Os carros elétricos e híbridos são pequenos, ágeis e têm boa aceitam na geração millennial, afirma Priscilla. Sobre a expectativa de procura por esse novo seguro, o executivo está confiante que haverá uma grande procura conforme amplie a frota de carros elétricos no país.
14 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Autopeças perdem embalo por causa da economia e exportações
Faturamento no acumulado até abril ainda revela alta, 7,6%, mas setor desacelera desde junho do ano passado
MÁRIO CURCIO, AB
O faturamento do setor de autopeças de janeiro a abril registrou alta de 7,6%. No acumulado dos últimos 12 meses o crescimento é um pouco maior, 11,6%, mas as empresas do setor chamam a atenção para o fato de que desde junho de 2018, após a greve dos caminhoneiros, a comparação do faturamento em doze meses vem desacelerando, refletindo assim o baixo desempenho da economia brasileira e também a retração nas exportações para o mercado argentino. Os números foram divulgados pelo Sindipeças, entidade que reúne os fabricantes de componentes.
Em junho do ano passado, a variação acumulada em 12 meses indicava crescimento de 22,8% e a comparação interanual naquele momento (primeiro semestre de 2018 sobre o de 2017) revelava alta de 19,3%.
Voltando à análise do primeiro quadrimestre de 2019, as vendas externas ajudam a explicar a desaceleração, já que as exportações em dólar no período caíram 12,4%. E em reais subiram apenas 1,5%. O impacto nas vendas externas decorre da crise argentina, que reduziu suas compras no segundo semestre do ano passado e fez até regredir o déficit brasileiro na balança comercial de autopeças.
A análise dos principais canais de vendas mostra que o faturamento com as montadoras cresceu 8,6% sobre o primeiro quadrimestre do ano passado. Para o mercado de reposição esse aumento foi de 5,9%.
EMPREGOS E CAPACIDADE INSTALADA
Os dados do Sindipeças mostram que o emprego nacional no setor recuou 1,2% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2019, embora indique pequena alta de 4,6% na variação acumulada em 12 meses. Os dados sobre a utilização da capacidade instalada mostram relativa estabilidade. Em abril ela alcançou 70%, 1 ponto porcentual a mais que em março.
A análise mês a mês dos números da entidade a partir do início do ano passado mostra que a utilização da indústria de autopeças teve um pico de 73% em fevereiro de 2018 e depois disso oscilou mais para baixo do que para cima dos 70%, jamais ultrapassando os 71%. A média nestes 16 últimos meses foi de 68,6% de utilização da capacidade instalada.
13 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Venda a prazo de veículos leves zero-km sobe 4,6%
Dados da B3 mostram avanço do CDC e recuo de consórcios para autos e comerciais pequenos
REDAÇÃO AB
A venda a prazo de automóveis e comerciais leves novos somou de janeiro a maio 529,6 mil unidades e anotou alta de 4,6% sobre iguais meses do ano passado. O número inclui vendas parcelas por Crédito Direto ao Consumidor (CDC), consórcio, leasing e foi divulgado pela B3, empresa de infraestrutura do mercado financeiro.
Os dados da B3 mostram que o crescimento em veículos leves é sustentado pelo CDC. Analisada isoladamente, essa modalidade anotou alta de 16% em autos e comerciais leves, enquanto os consórcios recuaram 4,5%.
A negociação a prazo de veículos pesados zero-quilômetro teve alta expressiva de 40,6%, com 48,8 mil financiamentos. O crescimento é pouco menor que o anotado em iguais meses nos emplacamentos de caminhões e ônibus divulgados pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários.
O pequeno crescimento do PIB e o agronegócio favoreceram a venda de caminhões e algumas capitais vêm renovando suas frotas de ônibus.
Para as motos, as vendas parceladas anotaram 307,9 mil unidades e crescimento de 15,5% sobre iguais meses de 2018. Essa alta é ainda mais próxima àquela registrada nos emplacamentos (17,6%) e decorre especialmente do aumento da oferta de crédito pelas financeiras.
Também de acordo com a B3, o somatório de leves, pesados e motos atinge 889,9 mil veículos parcelados e alta de 9,7% sobre os mesmos cinco meses do ano passado.
NOS USADOS, ALTA DE 7,9% PARA VEÍCULOS LEVES
O levantamento da B3 mostra que de janeiro a maio 1,4 milhão de automóveis e comerciais leves usados foram parcelados. O volume é 7,9% maior que o registrado nos mesmos cinco meses de 2018. Essa alta é bem superior àquela anotada nas transferências, que cresceram pouco mais de 1% para os veículos leves.
Para os pesados, o financiamento de modelos de segunda mão cresceu 13,5%, bem menos do que os novos, com 58,5 mil unidades vendidas a prazo. Para as motos, a alta nas usadas foi de 19,8%, com 70,3 mil financiamentos. Esse crescimento decorre da maior presença de financeiras dentro das concessionárias, que alavancam a venda de motos novas e ajudam a girar o mercado de usadas.
13 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Volvo fará primeira operação real de veículo autônomo elétrico Vera
Modelo de carga transportará contêineres de um centro de logística da DFDS para terminal portuário
REDAÇÃO AB
A Volvo Trucks firmou um acordo com a empresa de balsa e logística DFDS, da Suécia, que permitirá a primeira operação real do Vera, veículo de carga autônomo e elétrico, apresentado pela marca em 2018. A parceria prevê que o veículo rode em uma operação para o transporte de mercadorias em contêineres do centro de logística da empresa para o terminal portuário em Gotemburgo.
Indicado para curtas distâncias, o Vera possui sistema totalmente autônomo – sem a necessidade de motorista – e será monitorado por um operador em uma central de controle, que será responsável pela operação. A solução é adequada para este tipo de transporte com fluxos repetitivos com velocidade máxima de 40 km/h.
“Transportes autônomos com baixos níveis de ruído e zero emissões de escape têm um papel importante a desempenhar no futuro da logística e beneficiarão tanto empresas quanto a sociedade”, afirma o vice-presidente de soluções autônomas da Volvo Trucks, Mikael Karlsson. “Vemos essa colaboração como um começo importante e queremos promover o progresso nessa área. O Vera pode ter um limite de velocidade, mas nós não: os testes vão começar e nossa intenção é implementar a solução nos próximos anos”, acrescenta Karlsson.
A operação também permitirá aprimorar e desenvolver ainda mais a solução de transporte autônomo, com avanços em tecnologia, gestão de operações e adaptações de infraestrutura, para que possa ser completamente operacional. A operação, que está sendo coordenada pela Volvo Trucks e DFDS, conta ainda com a parceria e apoio de várias outras envolvidas, como a agência sueca de inovação Vinnova, e a administração de transportes da Suécia e da agência sueca de energia, por meio do programa de pesquisa e inovação de veículos estratégicos FFI. As ações conjuntas garantem que serão tomadas todas as precauções necessárias de segurança.
Além disso, algumas adaptações de infraestrutura serão necessárias e fazem parte do processo de implementação, incluindo portões automatizados nos terminais.
“Queremos estar na vanguarda do transporte autônomo e conectado. Essa colaboração nos ajudará a desenvolver uma solução eficiente, flexível e sustentável de longo prazo para ter veículos autônomos que chegam aos nossos portões, beneficiando nossos clientes, o meio ambiente e os negócios”, afirma o CEO da DFDS, Torben Carlsen.
13 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Gaia Electric abre pré-venda de veículo feito no Brasil para o público jovem
Startup quer fugir do rótulo de montadora ao oferecer um modelo compartilhável e com baixo custo de uso
GIOVANNA RIATO, AB
Quem quiser investir em um veículo zero quilômetro no Brasil precisa desembolsar pelo menos R$ 30 mil, preço do automóvel mais barato à venda no País. “É um valor nada acessível às pessoas mais jovens e por um bem que vai ficar parado, ocioso, na maior parte do tempo”, diz Ivan Gorski, fundador e presidente da Gaia Electric startup brasileira que acaba de abrir a pré-venda do modelo Zero, um triciclo elétrico que promete eficiência em deslocamentos em cidades e em viagens curtas e foi apresentado no ABX19 no fim de maio.
Com a clareza de que há um amplo espaço no mercado entre as gerações Y e Z que gostam de ter um carro à disposição, mas não se identificam exatamente com o modelo tradicional de posse, a Gaia entrega o veículo já inserido em uma plataforma digital e conectado à internet, diz o executivo.
O aplicativo da marca permite travar e destravar a porta, dar a partida e restringir a área de circulação do Zero. “Por exemplo, um pai que queira limitar o deslocamento do filho com o modelo pode fazer isso pelo celular”, conta. O sistema também já virá com a opção de compartilhamento do ativo nas horas de ociosidade, gerando renda para o proprietário.
Para dirigir o modelo, é preciso ter habilitação para pilotar motocicleta. Como não é um veículo fechado, Gorski projeta que o mercado do Gaia Zero não está nas megacidades, mas em concentrações urbanas menores, em que o condutor não fique parado no trânsito correndo risco de ser assaltados, por exemplo.
“A ideia não é copiar o uso dos carros elétricos que vemos na Califórnia, mas entregar uma solução que se adapte verdadeiramente às necessidades brasileiras”, resume.
BAGAGEM DO SETOR DE TECNOLOGIA
Por este recursos Goski rejeita o rótulo de montadora para a Gaia. “Somos uma empresa de tecnologia”, diz. É justamente nesse mercado que o executivo trabalhou a vida toda, com passagens pelo UOL, Yahoo e LinkedIn. Ele lembra que, em um certo momento, vislumbrou um espaço vago na oferta de soluções de mobilidade. “Pensei em fazer a Gaia e fui pesquisar qual seria a concorrência. Foi aí que constatei que a indústria automotiva estava parada, sem nenhuma movimentação nessa área”, diz.
O executivo aponta que as iniciativas que mais balançaram a visão tradicional sobre o carro e o seu uso recentemente vieram, na verdade, de empresas de fora do setor tradicional, como a Uber e a Tesla, que apesar de vender baixo volume de carros elétricos, deu impulso para que as montadoras passassem a oferecer a tecnologia ao público.
“Há um movimento de defesa das coisas como elas sempre foram na indústria automotiva. As empresas precisam entender que é preciso atender a demanda do cliente, ainda que ela vá contra o seu negócio”, diz Gorski, citando um aprendizado que acumulou ao longo dos anos no setor de tecnologia.
PREÇO ALTO, CUSTO BAIXO
O executivo fez o aporte inicial de R$ 500 mil na Gaia do próprio bolso e contratou pessoas do mercado para projetar o veículo e concretizar o projeto. A startup levantou capital em duas rodadas de investimento cujo valor Gorski não revela. Dezoito meses depois, o resultado é um veículo capaz de transportar duas pessoas e rodar 200 quilômetros com investimento de apenas R$ 8 reais em energia elétrica.
O lado ruim da moeda, no entanto, é que o preço do modelo é ainda mais salgado do que o de um carro de entrada, estimado em mais R$ 60 mil. O empreendedor justifica que o valor poderá ser diluído em prestações e coberto com a renda gerada pelo compartilhamento do modelo. “Flexibilizamos o ativo para que ele caiba no bolso e no uso das pessoas”, diz.
“Também não estamos mirando apenas no usuário final”, lembra. Segundo ele, o Zero poderá ser usado como uma plataforma aberta para outras empresas de mobilidade. Um serviço de veículos compartilhados, por exemplo, poderá incorporar o modelo. Outra possibilidade é a venda para frotas de empresas. “Uma empresa de serviços, por exemplo, pode economizar muito em combustível.”
Com essa abordagem de testar a adesão do veículo e adaptar o Zero às diferentes finalidades de uso, a Gaia abriu a pré-venda do veículo: são R$ 300 completamente reembolsáveis, conta. Afinal, a resposta mais importante sobre o real potencial do modelo de negócio desenhado pela startup virá do mercado. Por isso a produção já começou na estrutura da empresa em Manaus, usufruindo dos incentivos fiscais da região.
13 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Bridgestone já produz dois novos pneus em Camaçari
Um deles foi criado para SUVs e o outro promete boa dirigibilidade em condições difíceis
REDAÇÃO AB
A Bridgestone acaba de lançar dois pneus no Brasil. Um deles ostenta a marca Firestone e é destinado ao segmento dos utilitários esportivos. O outro é da própria Bridgestone e promete boa dirigibilidade em condições difíceis. Ambos são produzidos em Camaçari (BA) e chegam à rede de revendas até o fim do mês.
O Firestone Destination LE2 tem medidas para aros de 16 a 18 polegada, foi desenvolvido para utilização em SUVs e será fornecido ao mercado de reposição. Sua construção e a carcaça garantem conforto e segurança em altas velocidades.
Os blocos de ombro são bem próximos e por isso favorecem o desempenho em piso seco e o aumento da vida útil, enquanto os sulcos circunferenciais ajudam a melhorar o desempenho em piso molhado.
“Os SUVs apresentam crescimento expressivo, por isso estamos trazendo uma nova geração de produtos Firestone”, afirma o diretor de marketing da Bridgestone, Oduvaldo Viana. O Firestone Destination LE2 é produzido nas medidas 225/55R18, 265/60R18, 265/65R17, 235/60R18, 235/50R18, 235/55R19, 225/65R17 e 235/55R18.
O Bridgestone Turanza T005 serve para automóveis com aros de 17 e 18 polegadas. Segundo a fabricante, foi desenvolvido para oferecer o máximo controle do veículo e frenagens seguras em condições difíceis, especialmente em pista molhada. O composto de borracha oferece bom compromisso entre aderência no molhado e resistência ao rolamento.
É equipamento original do Volkswagen T-Cross e será fornecido tanto para montadoras como ao mercado de reposição. Os arames que compõem a estrutura ajudam o Turanza T005 a diminuir o atrito contra o solo. A carcaça do pneu foi elaborada de forma a aumentar o conforto e a estabilidade em alta velocidade.
O novo Turanza está chegando às revendas nas medidas 225/50R17, 215/50R17, 215/45R17, 205/50R17, 235/55R17, 205/40R17, 225/45R18, 225/40R18, 235/45R18, 205/55R17 e 225/45R17.
Tanto o novo Firestone Destination como o Bridgestone Turanza são fabricados com a tecnologia O-Bead, capaz de mudar a forma com que o pneu interage com o aro, proporcionando um desgaste mais lento e uniforme. Vale recordar que a Firestone foi adquirida pela Bridgestone em 1988.
13 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
VW investirá € 900 milhões em fabricante de baterias na Europa
Empresa comprará 20% das ações da sueca Northvolt e estabelecerá uma joint venture com a parceira
REDAÇÃO AB
A Volkswagen anunciou que investirá € 900 milhões em atividades conjuntas com a fabricante de baterias sueca Northvolt, com a qual a montadora já havia firmado parcerias. Parte do aporte será aplicado para a criação de uma joint venture 50/50 para a construção de uma fábrica de baterias na cidade de Salzgitter, no estado da Baixa Saxônia (Alemanha) com início da construção previsto para o início de 2020 e produção a partir do fim de 2023 e o início de 2024.
Além disso, outra parte do investimento será utilizado para a compra de 20% das ações da Northvolt pela VW, que terá um assento no conselho de administração. Todas as medidas estão sujeitas a aprovação.
“A Volkswagen está lançando as bases em todos os níveis para a implementação bem-sucedida de sua estratégia de eletrificação e com a Northvolt, também encontramos um parceiro europeu cujo know-how e processos de produção de células de bateria sustentáveis e otimizados para CO2 nos permitirão avançar na produção de células aqui na Alemanha. O pré-requisito para isso é, obviamente, a criação do quadro econômico necessário”, disse em nota o membro do conselho de administração da VW e responsável pela área de compras, Stefan Sommer.
Segundo a VW, por causa de sua ofensiva estratégica de eletrificação, as necessidades anuais do grupo na Europa a partir de 2025 são superiores a 150 GWh, escala similar esperada para a Ásia. A montadora quer se tornar a maior vendedora de veículos elétricos do mundo até 2025 e um portfólio com mais de 20 modelos.
Fundada em 2016, a Northvolt avançou rapidamente em seu foco de fornecer bateria de íons de lítio de última geração para a indústria automotiva e é considerada no mercado uma das mais ecológicas do mundo, com uma pegada mínima de CO2 e elevadas condições para a reciclagem. Atualmente, a empresa está montando uma linha de produção piloto para células de bateria em uma fábrica na Suécia com capacidade inicial de 16 GWh. Além da VW, ela mantém parcerias com a ABB, BMW, Scania, Siemens, Vattenfall e Vestas.
13 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Vendas de implementos avançam 48% até maio
Segmento pesado continua impulsionando crescimento do mercado ao registrar alta de 63% no período
REDAÇÃO AB
As vendas de implementos rodoviários avançaram 48% no acumulado de janeiro a maio na comparação com iguais meses do ano passado ao atingir o total de 46,6 mil unidades, segundo dados divulgados na quinta-feira, 13, pela Anfir, associação das fabricantes. O mercado continua sendo impulsionado pelo segmento pesado, de reboques e semirreboques, cujo crescimento chegou a 63% no período, totalizando 25,5 mil unidades.
O segmento leve também registrou aumento das vendas: em cinco meses, o volume evoluiu 33% também no comparativo anual, passando de 15,8 mil para 21 mil unidades, que consideram as carrocerias sobre chassis.
No mercado em geral, segundo a Anfir, das 22 categorias avaliadas pela entidade, dezoito registraram desempenho positivo no período. Quatro registram queda dos volumes, dos quais três no segmento pesado (canavieiro, baú frigorífico e tanque inox/alumínio) e um leve (baú lonado).
No processo de recuperação é importante que todos os segmentos reajam de forma a termos o mercado sustentável”, analisa Norberto Fabris, presidente da Anfir. “O mercado saudável reage de forma uniforme com os negócios acontecendo em diversos segmentos, provando que a economia está se reagindo como um todo e não somente em alguns setores”, completa.
No caso do segmento pesado, composto por 15 diferentes categorias, Fabris explica a representatividade do resultado negativo para baú frigorífico, tanque e canavieiro: “Os dois primeiros são produtos importantes, mas como seu volume é pequeno no momento, eles têm pouca influência no resultado da indústria”, afirma. No mercado canavieiro, há um recuo das vendas por questão sazonal: o momento atual é de colheita no maior estado produtor, que é São Paulo, cujos trabalhos iniciaram em abril. “As vendas de produtos desse segmento são feitas antes da safra”, aponta.
No setor leve, com categorias listadas pela Anfir, o desempenho negativo do baú lonado se deve a uma pequena diferença: foram 120 unidades emplacadas este ano contra as 126 de um ano atrás: “A diferença de seis produtos é tão pequena que é como se as vendas tivessem sido iguais”, considera o presidente da Anfir.
13 de junho de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Arteb projeta alta de 35% no pós-venda
Crescimento está apoiado em lançamentos e no aumento das exportações e da presença on-line
REDAÇÃO AB
A Arteb está ampliando sua fatia de mercado no pós-venda e projeta alta de 35% em 2019. Os lançamentos e o aumento das exportações e da presença on-line apoiam esse crescimento. “No acumulado de janeiro a maio a empresa já anotou alta de 31% sobre iguais meses do ano passado”, afirma o gerente comercial da empresa, Emerson Brasil.
Em 2019 a Arteb lançou 16 novas aplicações em faróis para veículos leves e desde o primeiro semestre do ano passado conta com uma loja oficial dentro do site Mercado Livre. A empresa também investe na equipe comercial e na rede de distribuidores. Tem hoje 12 escritórios regionais de vendas.
Este ano a empresa completa 85 anos. Está entre os maiores fornecedores de sistemas de iluminação para o setor automotivo, com fábricas em São Bernardo do Campo (SP), Camaçari (BA) e laboratório próprio para desenvolvimento de novos produtos. Atualmente emprega 1,2 mil colaboradores.