20 de Dezembro de 2018 (09:17)

Publicação: Agência CMA - Notícias

FIBRIA: Conselho aprova cancelamento de ações após fusão com Suzano

São Paulo, 20 de dezembro de 2018 - O conselho de administração da Fibriaaprovou o cancelamento das 200.765 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do valor do capital social, após a combinação de negócios com a Suzano Papel e Celulose. Em comunicado, a empresa explicou que depois do cancelamento dessas ações,o capital social no valor de R$ 9,740 bilhões passará a ser dividido em 553.733.881 ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal. Essa alteração será deliberada em assembleia geral extraordinária.

19 de Dezembro de 2018

Publicação: Agência Estado Conjuntura e Finanças

CVM fecha acordo com siretores da Suzano por negociação de ações com informação relevante

Rio, 19/12/2018 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) firmou termo de compromisso com os diretores da Suzano Papel e Celulose, Alexandre Chueri Neto e Carlos Alberto Griner. Eles eram investigados no processo administrado nº 19957.004503/2016-59, suspeitos de negociar ações de posse de informação relevante. Como apresentaram proposta de acordo antes mesmo da formalização do termo de compromisso, pagarão cerca de R$ 600 mil antes mesmo de serem formalmente acusados.

O processo administrativo foi instaurado em 2016 pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI). Além da suspeita de uso de informação relevante, Chueri Neto, que é diretor executivo da Suzano, e Griner, que é diretor de RH, não fizeram os comunicados devidos ao mercado e à companhia, conforme determina o artigo 11 da instrução nº 358.

Pelo acordo, cada um pagará R$ 35 mil por não ter comunicado a operação. Em função da vantagem obtida, Chueri Neto também pagará R$ 328 milhões e Griner, R$ 213 milhões. (Renata Batista - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

14 de Dezembro de 2018 (07:42)

Publicação: Agência CMA - Notícias

PAPEL E CELULOSE: Perspectiva p/ setor na AL é estável em 2019, diz Moody´s

São Paulo, 14 de dezembro de 2018 - A agência de classificação de risco Moodys disse que a perspectiva para o setor de papel e celulose na América Latina é estável para 2019, uma vez que a expectativa é que o resultado operacional das empresas na região aumente mais de 4% e que o preço da celulose para o próximo ano deve permanecer em linha com visto em 2018. "Preços mais altos que o normal em diversos segmentos, como celulose e papel para embalagem, são um fator importante para nossa perspectiva", diz a vice-presidente senior da Moody's, Barbara Mattos. Segundo ela, a projeção é que o resultado operacional consolidado das empresas latino-americanas aumente mais de 4% nos próximos 12 a 18 meses. A Moodys ressaltou ainda que os preços de celulose na região devem permanecer acima da média dos últimos cinco anos durante 2019. No Brasil, a agência destaca a fusão entre Suzano e Fibria, que criará a maior produtora global de celulose de eucalipto, com uma capacidade de 11 milhões de toneladas e qualidade de crédito sólida.

17 de dezembro de 2018

Publicação: Valor Economico

Fabricantes de embalagem têm novo ciclo de expansão

Por Stella Fontes | De São Paulo

A indústria brasileira de papéis para embalagens e de papelão ondulado experimenta novo ciclo de crescimento e, possivelmente, de consolidação. Há investidores interessados em aportar recursos no setor, há ativos à venda e há investimentos em curso e estudos para ampliação da capacidade instalada. No conjunto, esses eventos têm potencial de reorganizar o setor e revelam o grau de confiança na evolução do mercado de embalagens no país e no mundo.

As duas fabricantes que estão no topo do ranking brasileiro, Klabin e WestRock, já se movimentam para ampliar produção, em projetos que somam quase R$ 10 bilhões - US$ 470 milhões da WestRock e cerca de US$ 2 bilhões da Klabin, que ainda dependem de aval do conselho de administração.

International Paper e Celulose Irani, que vêm na sequência, buscam alternativas estratégicas, que podem envolver a venda dos ativos no país, a chegada de novos investidores ou a combinação com outra empresa. Já a irlandesa Smurfit Kappa, que chegou ao Brasil por meio de uma aquisição dupla, planeja crescer no mercado local e aquisições não estão descartadas.

Além dos irlandeses, investidores chineses estiveram olhando ativos no país e a chilena CMPC declarou recentemente que poderia avaliar oportunidades em embalagens fora de sua sede. A CMPC tem operações de celulose e papéis para fins sanitários (tissue) no Brasil e seria natural que olhasse as possibilidades no setor de embalagens.

Líder no fragmentado mercado local com uma fatia de 18%, a Klabin deve anunciar em breve novo ciclo de expansão, que começará com uma nova linha de produção de celulose marrom associada a uma máquina de ktraftliner. O papel é usado também na confecção do papelão ondulado e alcançou preços históricos em 2018 diante da combinação de demanda aquecida e restrições de uso de aparas importadas na China.

A americana WestRock já anunciou planos e também vai construir no país nova linha de celulose associada ao desgargalamento das duas máquinas de papel kraft que opera em Três Barras (SC), com expansão da capacidade. A companhia já havia anunciado a construção de uma fábrica de caixas de papelão ondulado em Porto Feliz (SP), com desativação da unidade de Valinhos (SP). A nova será a sua maior no mundo para o produto.

Na ponta oposta, a International Paper fez baixa contábil de US$ 122 milhões (cerca de R$ 450 milhões) referente à reavaliação da operação de embalagens de papelão ondulado no país e confirmou que avalia sua venda. O ativo foi comprado em duas etapas, entre 2012 e 2014, por R$ 1,27 bilhão, da Jari Celulose Papel e Embalagens, do grupo Orsa.

A Celulose Irani contratou o BTG Pactual para prospectar potenciais investidores ou compradores do negócio. Segundo fontes da indústria, os ativos despertaram interesse em diferentes países e a Smurfit Kappa estaria nesse grupo.

Ao mesmo tempo, o mercado doméstico de papelão segue dando sinais de recuperação. Em novembro, as expedições de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado, importante termômetro do nível de atividade no país, mantiveram-se em trajetória de crescimento, conforme dados preliminares da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

No mês passado, o volume expedido totalizou 310,941 mil toneladas, alta de 0,81% na comparação com novembro de 2017, mas 4,91% abaixo do verificado em outubro. Essa é a maior expedição para o mês desde o início da série histórica, em 2005. Com o mesmo número de dias úteis que novembro do ano passado, as expedições por dia útil também cresceram 0,8% nessa base de comparação.

Conforme a ABPO, considerando o ajuste sazonal, as vendas recuaram 1,3% entre outubro e novembro, para 302,3 mil toneladas, o menor desde maio, quando as expedições foram fortemente afetadas pela greve dos caminhoneiros. No acumulado até novembro, as expedições têm alta de 2,03%, para 3,29 milhões de toneladas.

15 de dezembro de 2018

Publicação: Valor Economico

Investimentos e potencial consolidação movimentam setor de embalagens

Por Stella Fontes | Valor

SÃO PAULO - A indústria brasileira de papéis para embalagens e de papelão ondulado está experimentando um novo ciclo de crescimento e, possivelmente, de consolidação. Há investidores interessados em aportar recursos no setor, há ativos à venda e há investimentos em curso e estudos para ampliação da capacidade instalada. No conjunto, esses eventos têm potencial de reorganizar o setor e revelam o grau de confiança na evolução do mercado de embalagens no país e no mundo.

As duas fabricantes que estão no topo do ranking brasileiro, Klabin e WestRock, já se movimentam para ampliar produção, em projetos que somados chegam a quase R$ 10 bilhões – US$ 470 milhões da WestRock e cerca de US$ 2 bilhões da Klabin, que ainda dependem de aval do conselho de administração.

International Paper e Celulose Irani, que vêm na sequência, estão buscando alternativas estratégicas, que podem envolver a venda dos ativos no país, a chegada de novos investidores ou a combinação com outra empresa. Já a Smurfit Kappa, que chegou ao Brasil por meio de uma aquisição dupla, já declarou interesse em expandir presença no mercado local e aquisições não estão descartadas.

Além dos irlandeses, investidores chineses estiveram olhando ativos no país e a chilena CMPC declarou recentemente que poderia avaliar oportunidades em embalagens fora de sua sede. A CMPC tem operações de celulose e papéis para fins sanitários (tissue) no Brasil e seria natural que olhasse as possibilidades também no mercado de embalagens.

Líder no fragmentado mercado local com uma fatia de 18%, a Klabin deve anunciar em breve um novo ciclo de expansão, que começará com uma nova linha de produção de celulose marrom associada a uma máquina de ktraftliner. O papel é usado também na confecção do papelão ondulado e alcançou preços históricos em 2018 diante da combinação de demanda aquecida e restrições de uso de aparas importadas na China.

A americana WestRock já anunciou seus planos e também vai construir no país uma nova linha de celulose associada ao desgargalamento das duas máquinas de papel kraft que opera em Três Barras (SC), com expansão da capacidade. A companhia já havia anunciado a construção de uma fábrica de caixas de papelão ondulado em Porto Feliz (SP), com desativação da unidade de Valinhos (SP). A nova fábrica será a maior da WestRock no mundo para esse tipo de produto.

Na ponta oposta, a International Paper fez uma baixa contábil de US$ 122 milhões (cerca de R$ 450 milhões) referente à reavaliação da operação de embalagens de papelão ondulado no país e confirmou que avalia sua venda. O ativo foi comprado em duas etapas, entre 2012 e 2014, por R$ 1,27 bilhão, da Jari Celulose Papel e Embalagens, do grupo Orsa.

A Celulose Irani, por sua vez, contratou o BTG Pactual para prospectar potenciais investidores ou compradores do negócio. Segundo fontes da indústria, os ativos despertaram interesse em diferentes países e os irlandeses da Smurfit Kappa estariam nesse grupo.

Ao mesmo tempo, o mercado doméstico de papelão segue dando sinais de recuperação. Em novembro, as expedições de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado, importante termômetro do nível de atividade no país, mantiveram -se em trajetória de crescimento, conforme dados preliminares da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

No mês passado, o volume expedido totalizou 310,941 mil toneladas, alta de 0,81% na comparação com novembro de 2017, mas 4,91% abaixo do verificado em outubro. Essa é a maior expedição para o mês desde o início da série histórica, em 2005.

Com o mesmo número de dias úteis que novembro do ano passado, as expedições por dia útil também cresceram 0,8% nessa base de comparação.

Conforme a ABPO, considerando-se o ajuste sazonal, as vendas recuaram 1,3% entre outubro e novembro, para 302,34 mil toneladas, o menor desde maio de 2018, quando as expedições foram fortemente afetadas pela greve dos caminhoneiros. No acumulado de janeiro a novembro, as expedições mostram alta de 2,03%, para 3,296 milhões de toneladas.

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