Conjuntura do Agronegócio

1. Sindicato dos auditores fiscais apoia investigações da Operação Porteira Aberta

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) afirmou que apoia as investigações da Polícia Federal na Operação Porteira Aberta.

Em nota, a entidade ressalta que não compactua com qualquer caso de corrupção e que é favorável a ações visando à integridade e ao reconhecimento da importância da categoria para a sociedade brasileira.

“Os auditores fiscais agropecuários são, em sua enorme maioria, comprometidos com a segurança alimentar dos brasileiros e cientes do seu papel na economia do país. No entanto, o Anffa Sindical exige que as investigações sejam conduzidas com cautela e de maneira consequente para que a integridade dos auditores envolvidos e a carreira não sejam alvos de ações equivocadas”.

O Anffa ressalta que em operações recentes inocentes foram expostos, por isso a necessidade de cautela. “A carreira de auditores fiscais federais agropecuários foi difamada, sem que houvesse retratação posterior ou mesmo esclarecimento quanto à participação de outros agentes, públicos e privados, nos episódios investigados”, diz a nota.

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Fonte: Valor Econômico

2. Exportações do agronegócio cresceram para US$ 8,2 bi em novembro

As exportações brasileiras do agronegócio renderam US$ 8,2 bilhões em novembro, segundo dados da Secretaria de comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. As importações de produtos do setor alcançaram US$ 1,1 bilhão, e, assim, o superávit ficou em US$ 7,1 bilhões. Em relação ao mesmo mês do ano passado, as exportações cresceram 1%, as importações foram 8,6% menores e o saldo, portanto, registrou alta de 2,6%.

O aumento da receita dos embarques foi puxado sobretudo pelas carnes bovina, de frango e suína, que geraram, no total, divisas da ordem de US$ 1,6 bilhão, 22,1% mais que no mesmo mês do ano passado. Segundo o ministério, apenas as vendas para a China, que está às voltas com uma greve epidemia de peste suína africana que dizimou grande parte de seu plantel de porcos, atingiram US$ 685,9 milhões, ante 253,1 milhões em novembro de 2018 — o segundo principal destino das vendas foi Hong Kong, com compras de US$ 147,6 milhões.

“Ou seja”, reforça comunicado do ministério, “a China e sua região administrativa responderam por 53,4% do valor exportado pelo Brasil de carnes em novembro”.

Sempre conforme a Pasta, as exportações de carne bovina, cujos preços estão em forte alta no mercado brasileiro, bater recordes de volume e valor em novembro. Foram 180 mil toneladas, 13,8% mais que no mesmo mês do ano passado, ou US$ 844,6 milhões, alta de 36,9% na comparação. Para a China, os embarques renderam US$ 488 milhões, um incremento de 202,3%.

A receita das exportações de carne de frango, por sua vez, chegou a US$ 530,7 milhões, um aumento de 3% ante novembro de 2018, e a China absorveu 23,3% desse total. No caso da carne suína, os chineses ficaram com US$ 74,1 milhões, ou 50% do total exportado pelo Brasil no mês.

Embora tenham recuado, e apesar do aumento dos embarques de carnes, soja em grão e derivados (farelo e óleo) continuaram a encabeçar a pauta de exportações do setor. Mesmo com o arrefecimento da demanda da China, que lidera as importações globais da oleaginosa, as vendas do “complexo soja” (grão, farelo e óleo) renderam US$ 2,3 bilhões no mês passado, apenas 0,8% menos que em novembro de 2018.

“Houve elevação da quantidade exportada de soja em grão, que atingiu 5,2 milhões de toneladas [7,1% mais que em novembro de 2018]. Esse volume foi recorde para meses de novembro”, informou o ministério.

Também mereceram destaque nas exportações de novembro do agronegócio os produtos florestais (US$ 916,7 milhões, queda de 19,2%), os cereais, impulsionados pelo milho (US$ 780,1 milhões, alta de 13,9%), açúcar e etanol (US$% 660,2 milhões, aumento de 5,9%) e café (US$ 452,4 milhões, baixa de 20%).

Com os resultados de novembro, nos primeiros 11 meses deste ano as exportações setoriais somaram US$ 89,3 bilhões, 3,7% menos que em igual intervalo de 2018. Na mesma comparação, as importações caíram 2,7%, para US$ 12,6 bilhões, e o superávit setorial recuou 3,9%, para US$ 76,8 bilhões.

No período, as exportações foram lideradas pelo complexo soja (US$ 31 bilhões, queda de 19,5%) e carnes (US$ 14,8 bilhões, alta de 10,8%). E a China foi o destino de 32,2% da receita total com os embarques, ou US$ 28,8 bilhões — 12,8% menos que nos primeiros 11 meses do ano passado.

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Fonte: Valor Econômico

3. Bolsonaro assina MP da regularização fundiária sem prever autodeclaração

O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta terça-feira (10/12), que a Medida Provisória (MP) da regularização fundiária não incluirá a previsão de autodeclaração para determinar a posse a ser regularizada, quando o interessado informa local da propriedade e o tempo de ocupação. A MP, que é uma reinvindicação dos Estados, será assinada nesta tarde, em cerimônia no Palácio do Planalto.

A possibilidade de uso da autodeclaração chegou a ser proposta anteriormente no estudo sobre a regularização e causou muita discussão. Em outubro, o secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Nabhan Garcia, disse que a regularização seria por meio da autodeclaração com a utilização de meios digitais, como o georreferenciamento e até mesmo drones para a demarcação de limites.

“Na terça (hoje), o nosso presidente vai editar uma medida provisória a qual trará segurança jurídica e vai pôr em prática a verdadeira regularização fundiária e trazer a paz no campo a qual todos merecem", disse Nabhan, na semana passada, confirmando que o governo federal editaria a MP da regularização fundiária.

A versão final da MP irá exigir a apresentação de documentos de comprovação de posse que demonstrem o tempo de ocupação da terra, os meios de aquisição e o registro no Cadastro Ambiental Rural. Além disso, o texto deve incluir um ano limite para a regularização.

Em agosto, governadores dos estados da Amazônia Legal pediram ao presidente, durante reunião, um programa de regularização fundiária. Para eles, esse é um dos instrumentos básicos para o desenvolvimento sustentável da região. Bolsonaro disse que a intenção é resolver um problema de décadas para os produtores e uma maneira de responsabilizar os culpados em casos de crime ambiental.

“As pessoas sem a titularidade não têm como buscar empréstimos, por exemplo. Quando você fala também em crime ambiental, que existe, quando ele ocorrer, se a terra for titularizada, você vai saber quem é aquela pessoa responsável”, disse, ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira.

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Fonte: reuter/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Heringer pode passar a mãos russas este ano

A aquisição da Fertilizantes Heringer, uma das maiores empresas do segmento no país, pelas empresas russas Uralkali e Uralchem poderá ser fechada ainda este ano, apurou o Valor com uma fonte que acompanha as negociações. A compra da companhia, no entanto, está condicionada à homologação do plano de recuperação judicial aprovado no último dia 3 de dezembro.

Questionado sobre as negociações, o advogado Júlio Mandel, responsável pelo plano, preferiu não comentar. Ele disse apenas que o pedido de homologação foi apresentado no dia 6. “A homologação depende da juíza [que analisa o caso] agora. Os itens para aprovação previstos em lei foram atendidos, em minha opinião”, afirmou ele.

Procurada por meio de seu canal de relação com investidores, a Fertilizantes Heringer afirmou que as informações que possui até o momento estão em fato relevante divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 23 de setembro - que trata da carta de intenções das empresas de fertilizantes russas Uralkali e Uralchem de assumirem o controle da companhia-. A carta foi dirigida à Heringer Participações, empresa da família fundadora, detentora de 51,5% do capital da Heringer.

A companhia brasileira disse, ainda que “manterá os seus acionistas e o mercado em geral atualizados sobre qualquer desenvolvimento relativo a esse ponto”.

Os russos se comprometeram a injetar até US$ 115 milhões (cerca de R$ 475 milhões) na Heringer por meio de um aumento de capital e se propuseram pagar R$ 2 por ação.

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Fonte: Valor Econômico

5. Alta de preços dos grãos favorece relação de troca por fertilizante

Os estudos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) mostram uma melhora na relação de troca da soja e do milho por fertilizantes, apesar da alta do dólar, que em novembro atingiu o maior patamar nominal desde o início do Plano Real.

Segundo os pesquisadores, em novembro o poder de compra do produtor em relação ao insumo esteva bastante favorável em importantes praças. Eles explicam que esse cenário é resultado dos elevados preços internos da soja e do milho. “Além disso, os valores de alguns fertilizantes registram pequenas quedas entre novembro do ano passado e o mesmo período deste ano.”

De acordo com dados levantados pelo Cepea, no caso da soja, produtores de Sorriso (MT) precisaram, em novembro deste ano, de 26,07 sacas da oleaginosa para comprar uma tonelada de cloreto de potássio (KCl), ante as 30,87 sacas necessárias no mesmo mês do ano passado, ou seja, 4,8 sacas a menos. No Paraná, produtores da região de Cascavel precisaram, em novembro, de 2,16 sacas a menos que no mesmo mês do ano passado para a compra de uma tonelada do fertilizante potássico.

Quanto ao milho, os dados do Cepea mostram que o poder de compra frente à ureia aumentou com força entre novembro do ano passado e o mesmo mês de 2019. Em Sorriso, foram necessárias 58,32 sacas de 60 kg do cereal para a aquisição de uma tonelada do fertilizante nitrogenado, 44,5 sacas a menos que em novembro do ano passado (102,81 sacas). Em Cascavel, a relação de troca passou de 73,13 sacas de milho para 50,43 sacas para a compra de uma tonelada do insumo com base de ureia, ou seja, 22,70 sacas a menos.

Em relação aos preços domésticos da soja, os pesquisadores explicam que o impulso vem das fortes demandas externas e internas pelo grão. Em novembro, os valores médios mensais da soja estiveram nos maiores patamares reais desde outubro de 2018. Em relação ao milho, compradores domésticos mostram necessidade de novas aquisições, enquanto produtores estão retraídos do mercado. Além disso, as exportações têm registrado volumes recordes, limitando ainda mais a disponibilidade doméstica.

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Fonte: Revista Globo Rural

6. Agrotóxicos: Anvisa constata inconformidades em 23% das amostras de alimentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje os dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para). O estudo mostrou que 23% das 4.616 amostras analisadas apresentaram inconformidades, sendo que a maioria (17,3%) apresentou exclusivamente detecção de ingrediente ativo não permitido para a cultura (NPC).

Segundo a Anvisa, monitoramento revelou que 77% das amostras de alimentos foram consideradas satisfatórias, o que inclui 49% que não apresentaram resíduos dentre os agrotóxicos pesquisados e outros 28% que ficaram dentro dos limites de parâmetros estabelecidos.

No monitoramento foram analisadas 4.616 amostras coletadas nas redes varejistas (supermercados), entre agosto de 2017 e junho de 2018. No total, foram monitorados 14 alimentos, que representam 30,86% do que é consumido pela população. As coletas incluíram amostras de abacaxi, alface, arroz, alho, batata-doce, beterraba, cenoura, chuchu, goiaba, laranja, manga, pimentão, tomate e uva.

O estudo apontou 41 amostras com potencial de risco agudo, o que representou 0,89% do total de amostras analisadas, segundo a Anvisa. A avaliação considera o potencial risco à saúde após o consumo, em um período de 24 horas, de uma grande porção de um alimento com nível elevado de resíduo de agrotóxico.

A coleta de amostras realizada entre agosto de 2017 e junho de 2018 corresponde ao primeiro de três ciclos de monitoramento do Plano Plurianual 2017-2020. O trabalho envolveu 77 municípios de todos os estados brasileiros, exceto o Paraná. De 270 agrotóxicos pesquisados, 122 (45%) foram encontrados nas amostras. Os mais detectados foram imidacloprido, tebuconazol e carbendazim.

De acordo com a Anvisa, o agrotóxico carbofurano foi o maior responsável pelo risco agudo identificado. O uso deste agrotóxico está proibido pela Anvisa desde abril de 2018, visando reduzir eventuais riscos à saúde.

Pela primeira vez, a Anvisa realizou a avaliação de potencial risco crônico de resíduos de agrotóxicos em alimentos de origem vegetal. Foram considerados os dados de mais de 15 mil amostras de 28 alimentos, coletadas no período de 2013 a 2018.

Os resultados não apontaram um potencial risco crônico para o consumidor. O cálculo também considerou o consumo médio diário dos alimentos, por toda a vida, e os limite de resíduos em alimentos não monitorados.

A Anvisa explica que as inconformidades não implicam, necessariamente, risco ao consumidor. O limite de resíduos é um parâmetro agronômico, derivado de estudos de campo que simulam o uso correto do agrotóxico pelo agricultor. Para avaliar os riscos à saúde, deve ser feita a avaliação do risco agudo e crônico, que compara a exposição calculada com os parâmetros de referência toxicológicos.

Ampliação

A Anvisa decidiu ampliar as ações do programa com a definição do Plano Plurianual 2017-2020. Até o final do plano, serão avaliados 36 produtos que, juntos, representam 80% dos alimentos de origem vegetal que são consumidos pela população.

A amostragem foi dividida em três ciclos de avaliação: no primeiro deles, 14 alimentos já têm dados consolidados; o segundo ciclo, também com 14 alimentos, está em andamento; e em 2020, os demais alimentos completarão a lista dos 36 alimentos.

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Fonte: Revista Globo Rural

Proteína Animal

7. Bolsonaro afirma que alta no preço da carne 'preocupa, sim'

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta terça-feira que está preocupado com a alta no preço da carne. Em resposta a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, ponderou que a situação se deve à "política de livre mercado".

"Preocupa, sim. Mas estamos em uma política de livre mercado. No passado tivemos alta de outros produtos também, e é natural a oposição potencializar em cima disso", argumentou. "Nós devemos abrir e estamos abrindo o mercado para o mundo. O mundo vem comprar aqui, sobe".

O presidente disse que a solução para a alta do preço da carne passa pelo aumento de produtividade, com tecnologia e otimização dos campos de criação de gado. “No Brasil, é um boi por hectare”, disse.

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Fonte: Valor Econômico

8. MPF abre ação e pede à JBS pagamento de R$ 21 bi em ressarcimento ao BNDES e multa

O Ministério Público Federal (MPF) protocolou uma ação civil pública em que pede à JBS o pagamento de mais de R$ 21 bilhões ao BNDES, como ressarcimento por operações financeiras irregulares entre 2007 e 2011 e dano moral coletivo.

A ação foi impetrada em consequência de uma denúncia feita em março pela procuradoria, que acusa a JBS de ter pago propinas para garantir junto ao banco financiamentos supervalorizados, aprovação de investimentos sem devida análise e o não acompanhamento de operações financeiras e empréstimos de garantias. A empresa sempre negou tais acusações e investigações internas do BNDES também não apuraram tais irregularidades.

Na ação, o MPF também denuncia a JBS S/A e a holding controladora da empresa (J&F) por fraudes contra o banco estatal para favorecer a internacionalização da companhia. Também são acusadas de improbidade administrativa 14 pessoas, entre elas os irmãos Joesley, Wesley e Junior Batista, além dp ex-ministro Guido Mantega, seu filho Leonardo Mantega, o também ex-ministro Antonio Palocci e o expresidente do BNDES Luciano Coutinho.

Segundo o MPF, o BNDESPar teria deixado de receber 144.206.155 de ações JBSS3, com valor atualizado de R$ 3.958.458.954,75 (referente ao preço das ações de 6 de dezembro, de R$ 27,45), e ainda teria deixado de receber dividendos de R$ 158.625.494,22 (também conforme valor atualizado).

O MPF também considera que o BNDESPar sofreu dano com o pagamento de taxas de administração pela adesão considerada “injustificada e antieconômica” ao Fundo FIP Prot, que totalizaram R$ 20.547.737,46. A procuradoria ainda afirma que o BNDES teria sofrido dano com a “dispensa indevida” da cobrança de juros de um empréstimo feito à JBS em 2005 para financiar a compra da argentina Swift, no valor atualizado de R$ 69.738.370,53.

No total, o prejuízo que o MPF considera que o BNDES tenha sofrido totaliza, assim, R$ 4,207 bilhões. A reparação total do dano que o MPF pede equivale a três vezes o valor do prejuízo, acrescida do pagamento de danos morais coletivos equivalente ao valor atribuído ao prejuízo de R$ 4 bilhões - ou seja, o valor total pedido soma R$ 21 bilhões.

Segundo o MPF, Joesley Batista não responde pela coautoria no enriquecimento ilícito de Guido Mantega e de Victor Sandri, por causa dos efeitos de seu acordo de colaboração penal, mas que ele é “demandado quanto ao seu próprio enriquecimento e como coautor no enriquecimento ilícito de Palocci”.

Em nota à imprensa, o procurador Ivan Marx afirma que a “a empresa JBS/SA, por meio de seus donos e com uso de intermediários, pagou vultuosas propinas a ocupantes de altos cargos na direção do governo federal para que estes cooptassem o presidente do BNDES e parte de seu corpo técnico, com o fim de que, por meio dos crimes de gestão fraudulenta e de prevaricação financeira, a JBS obtivesse acesso a investimentos maiores do que o necessário e em sobreavaliações do preço das ações da empresa, além da dispensa indevida da cobrança de juros”.

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Fonte: La Nación/Notícias Agrícolas

9. PF deflagra 2ª fase da Operação Porteira Aberta, que investiga pagamento da JBS a fiscais

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) realizam nesta terça-feira a segunda fase da Operação Porteira Aberta em Mato Grosso, Goiás, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Os policiais federais devem cumprir 15 mandados de busca e apreensão. Não há mandado de prisão.

De acordo com a PF, a operação investiga um esquema de pagamento de propinas a 15 servidores públicos que faziam a fiscalização sanitária na empresa JBS Friboi. Alguns deles emitiam certificados sanitários sem terem, de fato, fiscalizado ou inspecionado o abate de animais na empresa. O pagamento de propina a fiscais agropecuários constou na delação de Wesley Batista, um dos irmãos controladores da empresa

“Com base na documentação apreendida durante a primeira fase da operação “Porteira Aberta” e com informações e material arrecadados por meio de acordo de colaboração premiada, foi possível reforçar a linha investigativa do inquérito policial e, também, ampliar a área de atuação a outros focos investigativos, nas quais a prática do crime de corrupção ocorreu por meio de pagamentos a fiscais agropecuários, revelando conexão com o caso em questão”, diz o texto.

Segundo as investigações, os agentes públicos envolvidos recebiam propinas que variavam de R$ 5 mil a R$ 25 mil mensais, que perduraram até o início de 2017, cessando com a deflagração da Operação Carne Fraca.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, que também determinou o sequestro de bens e valores pertencentes a quatro fiscais federais, totalizando R$ 5 milhões.

O pagamento de propina ocorria nas unidades da empresa situadas nos municípios de Anápolis/GO, Campo Grande/MS, Cassilândia/MS, Barra do Garças/MT,Confresa/MT, Cuiabá/MT, Diamantino/MT, Pedra Preta/MT, Vila Rica/MT, São José dos Quatro Marcos/MT, Água Boa/MT, Matupá/MT e Ponta Porã/MS.

Ainda conforme a PF, a segunda fase é resultado da análise dos dados bancários dos investigados, dos documentos contábeis apreendidos durante a deflagração da primeira fase, em junho de 2018.

Os colaboradores afirmaram que houve o pagamento de, no mínimo, R$ 6 milhões em propinas aos agentes públicos envolvidos.

Os investigados responderão por corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa, podendo pegar até 20 anos de prisão.

Em nota, a holding J&F, controladora da JBS, informou que a companhia "não é alvo da ação, ao contrário. A J&F contribui para o avanço das investigações. A operação deflagrada hoje pela Polícia Federal tem como base informações prestadas pelos colaboradores do grupo às autoridades"

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Por ser mais açucareira, usina do noroeste paulista adia inauguração para 2020

A boa demanda pela cana no noroeste paulista e o layout mais açucareiro da antiga usina Everest, que nunca operou, abortaram os planos dos novos sócios, que pretendiam colocar a unidade para funcionar em 2019. Ficou para a 2020.

A empresa, rebatizada de Usina Aliança e consorciada entre 25 empresários do setor da região de Penápolis, “está praticamente pronta”, disse ao Money Times o líder do consórcio, Roberto Egreja. “Podemos começar a operar, quem sabe, até no início da próxima safra”.

Moeria projeta, inicialmente, uma moagem em torno de 300 mil toneladas, que avançaria até a usina atingir a capacidade de 1,3 milhão de toneladas por safra.

De acordo com ele, o adiamento aconteceu por razões estratégicas diante da conjuntura do setor. A cana está valorizada este ano na região devido às perdas provocadas pela seca e pela queda de produtividade nas duas safras anteriores. Por conta disso, as usinas em operação precisaram de muita matéria-prima para dar conta da capacidade produtiva em mais uma temporada alcooleira.

Ainda segundo o empresário – que também é presidente da Usina Atena, em Martinópolis (SP) – a Usina Aliança está configurada para iniciar suas atividades com um perfil mais açucareiro (80% do mix). Entretanto, como a commodity atravessou mais um ano depreciada, os sócios preferiram garantir receita vendendo cana para outros e cumprindo contratos.

Considerada de pequeno porte, a Aliança tem como diferencial operar com sócios que são garantidores de matéria-prima, justamente o grande desafio da atividade sucroenergética. Mas esse modelo não é novidade no município de Penápolis, já que a antiga – e hoje desativada – Usina Campestre trabalhou desta forma.

Este também seria o modelo de funcionamento da Usina Everest, pronta há 20 anos, mas que nunca entrou em operação. De acordo com Egreja, os principais elementos da operação estavam em boas condições, como caldeira e moenda. Assim, os custos se concentraram na parte elétrica, com interligações e casa de força (inclusive pensando em cogeração de energia), entre outros.

Com os recursos necessários sendo divididos entre os 25 produtores que entraram no consórcio, a previsão da companhia era de gastos considerados modestos inicialmente, entre R$ 20 e R$ 30 milhões.

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Fonte: Money Times/NovaCana

11. Usina Cevasa processa safra recorde e expande moagem em 9% em 2019/20

A Central Energética Vale do Sapucaí (Cevasa), de Patrocínio Paulista (SP), comemorou a maior moagem de cana de sua história no último dia 29 de novembro. Na safra 2019/20, a companhia, que é associada à União Nacional da Bioenergia (Udop), processou 2,45 milhões de toneladas de cana, um incremento de 9% no comparativo com 2018/19.

Com um mix de produção voltado mais para o etanol, a Cevasa produziu 110,31 mil toneladas de açúcar, 22,99 milhões de litros de etanol anidro e 113,09 milhões de litros de etanol hidratado – outro recorde para a companhia. Além disso, 107,3 GWh foram exportados para a rede elétrica.

A Cevasa ainda divulgou um incremento de 3% na quantidade de açúcar por hectare em relação à safra anterior. Para atingir esse resultado, de acordo com o diretor geral da Cevasa, Luiz Paulo Sant’Anna, os investimentos se concentraram na formação, no desenvolvimento e na capacitação das equipes. Também foram feitos aportes para a substituição dos ativos de colheita de baixa performance e para a implementação da aplicação de vinhaça enriquecida localizada na soqueira, além de aplicação de composto orgânico (torta de filtro e cinza).

“Para a safra 2020/21 estamos estimando processar 2,5 milhões de toneladas de cana, além de continuar evoluindo na garantia dos processos seguros, melhorando ainda mais a qualidade nas atividades, realizando custos competitivos”, destacou Sant’Anna.

Na atual temporada, a usina trabalhou com 75% da cana vinda de fornecedores e 25% de cana própria (parceria). Os planos da diretoria são de estabilizar a oferta com 60% de matéria-prima de fornecedores e 40% por meio de parcerias. Desta forma, os planos de crescimento envolvem a expansão da cana própria, diminuindo a necessidade de contratação de cana spot.

A usina, que tem capacidade para até 2,6 milhões de toneladas por safra, planeja iniciar a próxima temporada no dia 1º de abril de 2020.

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Fonte: Udop/NovaCana

12. Grupo Colombo entra em consulta pública para o RenovaBio

Faltando menos de um mês para o RenovaBio entrar em vigor, o Grupo Colombo – tradicional empresa do setor sucroenergético, com três unidades no Estado de São Paulo – iniciou o processo de consulta pública para participação no programa.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as informações ficarão disponíveis no site da firma inspetora SGS do Brasil até o início de janeiro.

Dentre as notas do grupo, a mais alta é a da unidade em Santa Albertina (SP), que obteve uma eficiência energético-ambiental de 69,2 gCO2/MJ para seu etanol hidratado. Isso significa que a usina reduz a emissão de CO2 na atmosfera em 79% na comparação com a gasolina.

Além disso, a unidade de Santa Albertina possui autorização da ANP para produzir 1 milhão de litros de etanol por dia. Assim, será possível obter aproximadamente três créditos de descarbonização a cada dois dias em operação plena.

Na sequência está a planta em Ariranha (SP), com 67,8 gCO2/MJ, também para o etanol hidratado – o que equivale a uma redução de 78% nas emissões. Neste caso, a unidade tem capacidade para produzir 1,15 milhões de litros diários.

Por fim, a usina em Palestina (SP) pode produzir 500 mil litros de etanol anidro e 1 milhão de litros de etanol hidratado. Os biocombustíveis da unidade receberam as notas 67,7 gCO2/MJ e 67,3 gCO2/MJ, respectivamente. Em ambos os casos, eles proporcionam reduções de 77% na quantidade de CO2 emitida para a atmosfera.

Segundo o diretor administrativo e financeiro do Grupo Colombo, Anderson Travagini, as três unidades passaram por uma auditoria em agosto e as informações foram enviadas para a ANP. Porém, atualizações no programa demandaram uma revisão das informações.

“Esse foi um movimento geral dentro do RenovaBio e afetou todas as empresas que estão buscando a certificação. A partir de agora, acreditamos que o número de empresas certificadas aumente significativamente, pois o RenovaBio é fundamental para o segmento e para o País”, completa.

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Fonte: Grupo Colombo/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Fundecitrus reduz estimativa para produção de laranja em SP e MG nesta safra 2019/20

A colheita de laranja no cinturão formado por São Paulo, Triângulo Mineiro e sudoeste de Minas Gerais deverá alcançar 385,31 milhões de caixas de 40,8 quilos nesta safra 2019/20, conforme nova estimativa divulgada hoje pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), mantido com contribuições de produtores da fruta e indústrias exportadoras de suco.

O volume é 0,8% menor que o previsto pelo órgão em setembro, mas, se confirmado, representará um aumento da ordem de 35% em relação à produção do ciclo 2018/19 - o forte aumento nesta comparação derivada da bienalidade da laranja pera.

“A pequena redução [em relação à projeção de setembro] se deve à confirmação do tamanho pequeno dos frutos, que já havia sido projetado em maio, ao aumento da taxa de queda de frutos e também ao impacto das chuvas abaixo da média histórica”, afirma o coordenador da Pesquisa da Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinícius Trombin, em comunicado.

Essa redução do tamanho dos frutos deriva, em boa medida, da escassez de chuvas observada entre maio e outubro, apenas amenizada pelas precipitações volumosas de novembro.

Conforme o órgão, a colheita em São Paulo, que reúne o maior parque citrícola do mundo, alcançará 358,43 milhões de caixas, ao passo que nos polos mineiros chegará a 26,88 milhões.

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Fonte: Valor Econômico

14. Conab eleva estimativa para a produção brasileira de grãos em 2019/20, para 246,6 milhões de t

A produção brasileira de grãos deverá alcançar o recorde de 246,6 milhões de toneladas nesta safra 2019/20, que está em fase final de plantio das culturas de verão, conforme novas estimativas divulgadas na manhã de hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em relação ao volume projetado em novembro, há um leve aumento de 0,1%, e na comparação com o total colhido no ciclo 2018/19 o incremento chega a 1,9%.

Segundo a estatal, a área plantada total atingirá 64,2 milhões de hectares, 1,5% superior à estimada no ciclo passado, mas o clima será menos favorável e a produtividade média das lavouras cairá 1,2%, para 3.842 quilos por hectare.

Nos cálculos da Conab, a produção brasileira de soja, carro-chefe do agronegócio nacional, deverá alcançar 121,1 milhões de toneladas nesta safra 2019/20, também um novo recorde histórico.. Em relação à previsão divulgada pela estatal em novembro, o volume é 0,2% maior, e na comparação com a colheita do ciclo 2018/19 o crescimento chega a 5,3%.

O incremento será resultado de uma área plantada de 36,8 milhões de hectares, 2,6% superior à registrada na temporada passada, e de uma produtividade média 2,6% mais elevada, calculada em 3.291 quilos por hectare.

“As chuvas irregulares registradas no início do ciclo, em estados da região Centro- Oeste e Sudeste, por exemplo, apresentaram melhoras a partir do mês de novembro, o que favoreceu o avanço das operações de plantio. Já no Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, as mudanças climáticas interferiram na evolução da semeadura, mas a perspectiva é que o plantio seja realizado dentro do calendário próprio para a região”, diz o texto da Conab.

A partir do volume de produção projetado, a Conab considera que as exportações de soja em grão alcançarão 72 milhões de toneladas, 2 milhões a mais que em 2018/19 e volume inferior apenas ao registrado na temporada 2017/18 (83,3 milhões de toneladas).

Para o milho, a Conab passou a prever, no total, colheita 98,4 milhões de toneladas em 2019/20, volume estável em relação ao previsto em novembro e 1,6% menor que o colhido no ciclo 2018/19. O resultado refleitrá uma área plantada de 17,5 milhões de hectares, 0,3% superior à registrada na temporada passada, e uma produtividade média 1,9% mais baixa, calculada em 5.609 quilos por hectare.

De acordo com a Conab, a queda ante 2018/19 será determinada por um pior desempenho da segunda safra. Para a chamada “safrinha”, a colheita passou a ser dimensionada em 70,9 milhões de toneladas, uma queda de 3,1% na comparação com 2018/19, fruto de uma área plantada estável (12,9 milhões de hectares) e de uma produtividade média, portanto, 3,1% inferior (5.508 quilos por hectares).

Para a primeira safra, a de verão, a estatal estima colheita de 26,3 milhões de toneladas, 0,2% mais que o projetado em novembro e volume 2,6% maior que o colhido em 2018//19. Nesse caso, a área está calculada em 4,2 milhões de hectares, com aumento de 1,2% ante o ciclo passado, e a produtividade média prevista é 1,4% maior (6.338 quilos por hectare)

A Conab também passou a considerar uma terceira safra, plantada em maio e junho na região batizada de Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia). Para ela, a colheita prevista em 2019/20 é de 1,2 milhão de hectares, em queda de 5,1% ante 2018/19, consequência de uma área plantada ainda prevista como estável (514,3 mil hectares) e de uma produtividade média obviamente 5,1% mais baixa (2.255 quilos por hectare).

A partir do volume total de produção calculado, a Conab acredita que as exportações de milho alcançarão 34 milhões de toneladas, 6 milhões a menos que o recorde de 2018/19. O Brasil, que lidera os embarques globais de soja, é o segundo maior exportador de milho do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

No tabuleiro do arroz, a Conab manteve a estimativa de produção em 2019/20 em 10,5 milhões de toneladas, em queda de 0,6% ante à temporada anterior, causada principalmente pela redução de 1,1% na área cultivada, para 1,7 milhão de hectares.

“Apesar da redução da área nos últimos anos, a maior proporção de áreas irrigadas, que possuem uma maior produtividade, e o investimento do rizicultor em tecnologias, que proporcionam um maior rendimento da área, permitiram uma manutenção da produção ajustada ao consumo nacional”, repte a Conab no relatório divulgado hoje.

No caso do feijão, a colheita total também teve sua projeção mantida, em 3 milhões de toneladas, mesmo nível de 2018/19. Para a primeira safra (o feijão tem três), a estimativa é de colheita de 1milhão de toneladas, alta de 4,8%, consequência da expectativa de uma recuperação da produtividade - no ciclo passado, a temporada de verão sofreu com o tempo seco e a colheita quebrou em muitas regiões. A área deverá ser 1,3% menor, da ordem de 910 mil hectares. “O plantio praticamente terminou nas regiões Sul e Sudeste e, com exceção de São Paulo, onde o plantio inicia mais cedo e a cultura já está entrando em ponto de colheita, de maneira geral, a maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos”, diz o texto do relatório.

Para a segunda e terceira safra da leguminosa, a Conab manteve a estimativa de colheita em 1,3 milhão de toneladas (queda de 3,1%) e 736,5 mil toneladas (alta de 1%), respectivamente.

Para o algodão, finalmente, a Conab ajustou levemente para baixo sua estimativa para a produção da pluma em 2019/20, em função de uma projeção marginalmente menor para a área plantada. Em sua nova estimativa, serão colhidas 2,7 milhões de toneladas, 0,1% abaixo da projeção anterior. O volume ainda representa, porém, um crescimento de 1% em relação à safra passada.

“A produção, estimada em 2,7 milhões de toneladas de algodão em pluma, é considerada uma das maiores dentro da série histórica, influenciada pelos grandes investimentos feitos no setor e pela expansão de área cultivada, especialmente em Mato Grosso e Bahia que, juntos, correspondem a mais de 88% da estimativa de produção para 2019/20”, informou a Conab, no relatório divulgado.

A estimativa é de que a área plantada com algodão fique em 1,6 milhão de hectares em todo o país, 0,1% menos do que o projetado em novembro, mas 1,6% acima da área semeada na temporada 2018/19. Segundo a estatal, o plantio ainda não começou em algumas das principais áreas produtoras por causa do vazio sanitário, mas a expectativa é que os trabalhos ganhem força a partir de janeiro.

A estimativa para a produtividade da pluma foi mantida em 1,658 tonelada por hectare — 1,6% abaixo do rendimento obtido na safra passada.

Para o caroço de algodão, a estimativa de produção também foi ligeiramente reduzida em 0,1%, para 4,088 milhões de toneladas, agora praticamente estável ante o volume colhido na safra passada. A estimativa para a produtividade do caroço foi mantida em 2,486 toneladas por hectare.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

15. IBGE prevê aumento de 6,7% na colheita brasileira de soja em 2020

Em seu segundo prognóstico sobre a safra de 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê que a produção brasileira de soja será um recorde histórico para o país no ano que vem — a maior do mundo, superando a dos Estados Unidos.

De acordo com o IBGE, a colheita de soja deverá chegar a 120,8 milhões de toneladas no país, 6,7% mais que neste ano e 2,8 milhões de toneladas superior ao atual recorde, registrado em 2018.

“Além de aumentarmos a nossa produção, os EUA tiveram problemas climáticos com a safra de soja. Isso afetou a área e a produção deles, e a colheita deverá girar em torno de 96 milhões de toneladas”, disse Carlos Alfredo Guedes, gerente da pesquisa do IBGE.

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