Conjuntura do Agronegócio

1. Bolsonaro diz que Brasil deixará Acordo de Paris se não forem aceitas mudanças

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que o Brasil vai deixar o Acordo de Paris se não forem aceitas mudanças que seu governo pretende apresentar, em uma nova ameaça sobre a participação do país no pacto global sobre as mudanças climáticas.

"Nós vamos sugerir mudanças no Acordo de Paris. Se não mudar, saímos fora”, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo numa rede social.

“Quantos países não assinaram esse acordo? Muitos países importantes não assinaram, outros saíram. Por que o Brasil tem que dar uma de politicamente correto e permanecer num acordo possivelmente danoso à nossa soberania? A nossa soberania jamais estará em jogo”, acrescentou.

O Acordo de Paris foi aprovado por 195 países em 2015 e tem como uma de suas principais metas reduzir a emissão de gases do efeito estufa, de forma a evitar o aquecimento global. Em junho do ano passado, os Estados Unidos saíram do acordo por decisão do presidente Donald Trump.

Admirador do presidente norte-americano, Bolsonaro disse durante a campanha eleitoral que poderia retirar o Brasil do pacto. Desde que foi eleito, já afirmou que pode seguir no acordo se forem cumpridas certas condições.

O futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse à Reuters que o Brasil deve permanecer no Acordo de Paris, mas, em linha com o discurso de Bolsonaro, ressaltou que o mundo também precisa respeitar a autonomia do país para estabelecer suas políticas ambientais.

Na transmissão desta quarta-feira, Bolsonaro prometeu o fim do que chama de multas ambientais indiscriminadas e disse que se for preciso irá propor mudanças da legislação ao Congresso para que a política ambiental não atrapalhe o progresso do país.

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Fonte: Reuters/Nova Cana

2. Futura ministra da Agricultura pede apoio a servidores e ruralistas

A futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), cobrou nesta quarta-feira apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para a aprovação no Congresso de projetos de lei de interesse do agronegócio. E também disse que espera poder contar com os servidores do ministério para superar os desafios que virão.

“Já estou sentindo a pressão, mas também vou cobrar, principalmente da FPA. Conquistamos através do voto o que queríamos, então agora temos a responsabilidade de colocar esse grande transatlântico [país] no rumo certo”, afirmou Tereza durante o “Agro Cenário 2019”, evento promovido pela Aprosoja Brasil e pela Corteva.

Apesar das dúvidas de representantes do setor em relação à nova estrutura do Ministério da Agricultura, que contará com oito secretarias e incorporará áreas como pesca, Tereza Cristina afirmou que a Pasta “não será tão grande assim” e que um de seus maiores desafios será desenvolver mais a agricultura familiar no país. “Queremos um ministério que possa dar agilidade, simplificar os processos e facilitar o ambiente de negócio”.

A futura ministra elogiou a escolha do advogado Ricardo Salles para ocupar o cargo de ministro do Meio Ambiente do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro e disse acreditar que ele fará uma gestão afinada com o agronegócio. Para ela, não há intenção do setor de precarizar o Código Florestal ou a legislação ambiental no país, mas que a ideia é simplificálos.

No mesmo evento, o atual ministro, Blairo Maggi, voltou a alertar para o desafio que sua sucessora terá pela frente. “A Tereza terá uma batalha bem dura e precisa ter muito foco para não se perder em tantas áreas. Não adianta só transferir [secretarias] se não tiver orçamento e estrutura”, declarou Maggi.

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Fonte: Valor Econômico

3. Sistema CNA promove debate com representante de produtores rurais durante a COP24

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai reunir representantes de produtores de diversos países e especialistas em agricultura e desenvolvimento sustentável na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP24) no próximo dia 12.

O evento vai debater o tema “Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) na prática: as propostas do governo e as respostas do setor agropecuário.” A intenção é mostrar as diversas contribuições de produtores rurais para o cumprimento das metas de seus respectivos países nas negociações multilaterais do clima.

“Vamos mostrar como o produtor rural brasileiro tem papel de vanguarda na produção agropecuária sustentável e trocar experiência com esses outros produtores e agentes internacionais”, explica a assessora técnica da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Bárbara Nogueira Lopes, que irá acompanhar o debate na Polônia.

O debate será realizado no Espaço Brasil e terá dois painéis sobre as contribuições do setor agropecuário do Brasil, da Argentina, da World Farm´s Organization (WTO), dos Estados Unidos e da Nova Zelândia para cumprimento das NDC’s.

Lançamento do FIP Paisagem

Também na quarta-feira, às 21h30 (horário de Brasília), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) ao lado do Serviço Florestal Brasileiro, Banco Mundial, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) lançam no Espaço Brasil o Projeto FIP Paisagem, que fará a gestão integrada do Bioma Cerrado a partir de 2019.

O Senar vai levar Assistência Técnica e Gerencial para quatro mil produtores por meio do projeto.

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Fonte: CNA/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Aqua Capital cria "plataforma" para defensivos biológicos

De olho em um mercado que tem crescido 15% ao ano, a Aqua Capital, gestora brasileira de fundos de participações voltada ao agronegócio, anunciou hoje a criação de uma plataforma de produção e distribuição de defensivos biológicos.

A plataforma nasce da aquisição do controle da Total Biotecnologia, com sede em Curitiba (PR), e da união dessa empresa com a Biotrop, startup criada pela Aqua em 2018 em Vinhedo (SP) em parceria com Antônio Zem, biólogo de formação e ex-presidente para América Latina da FMC Soluções Agrícolas.

A aquisição do controle da Total Biotecnologia faz parte do pacote de R$ 400 milhões investido pela gestora nos últimos meses em seis empresas, a maioria delas da área de distribuição de insumos.

“Defensivos biológicos estão em expansão e queremos crescer acima da média do mercado”, disse Antônio Zem, sócio e presidente da nova plataforma. Os sócios-fundadores da Total, André Kniphoff e Ricardo Araújo, também permanecerão na gestão dos negócios.

As duas empresas continuarão operando de forma independente, mas compartilharão as unidades de produção. A Total terá produtos direcionados ao mercado de grãos (soja, milho e feijão) e a Biotrop centrará o foco em hortifrútis, cana, algodão, café e citrus.

Atualmente, a Biotrop tem dois produtos registrados no mercado de biológicos e mais 12 na fila para registro. Já a Total Biotecnologia detém 27% do mercado brasileiro de inoculantes (bactérias fixadoras de nitrogênio que reduzem a necessidade de adubação química), que movimenta R$ 320 milhões por ano.

Juntas, as empresas somam 10% de participação de mercado em biodefensivos, que inclui os inoculantes. “Esse mercado está em torno de US$ 350 milhões e queremos crescer o market share em 3% ao ano nos próximos cinco anos”, disse Zem. A previsão é que até 2023 o faturamento conjunto das empresas triplique e alcance R$ 200 milhões.

Mesmo sem novos investimentos em capacidade instalada, segundo Zem, a plataforma tem condições de atender ao crescimento de demanda do mercado por três anos.

A proposta da plataforma é também participar do mercado externo. Desde 2016, a Total, criada em 2005, mantém exportações para outros países da América Latina.

“Estamos inicialmente estabelecendo bases na Argentina, no Paraguai e na Bolívia. E estamos avaliando outros países, inclusive os Estados Unidos”, informou o presidente da plataforma.

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Fonte: Valor Econômico

5. Norueguesa Yara anuncia reestruturação

A norueguesa Yara International anunciou ontem uma reestruturação operacional de seu negócio para maximizar sua atuação no segmento de fertilizantes, no qual a empresa já é uma das líderes globais.

As atividades da empresa passarão a ser divididas em três segmentos a partir de 1º de janeiro: vendas e marketing, que agrupará todas as unidades de fertilizantes, além de químicos, nutrição animal e reagentes da indústria; produção, que se manterá inalterada; e novos negócios, que terá foco em soluções mais sustentável e terá também uma unidade separada para operações logísticas.

"Neste ano, delineamos nossa estratégia como a empresa de fertilizantes para o futuro, e agora estamos adaptando nosso modelo operacional de acordo com o delineado”, afirmou o presidente e CEO da Yara International, Svein Tore Holsether.

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Fonte: Valor Econômico

6. Crédito rural a juros controlados começa a ficar escasso

O forte aumento da demanda por crédito rural a juros controlados nos primeiros cinco meses desta safra 2018/19 (julho a novembro) começou a preocupar produtores, cooperativas, bancos e o próprio governo. Algumas linhas de financiamento do Plano Safra já estão com os recursos esgotados e outras caminham aceleradamente na mesma direção, e o risco de a torneira secar antes do fim do ciclo, em junho, é palpável.

O problema — causado pela maior demanda diante da alta dos grãos puxada pelo apetite crescente da China e de taxas de juros mais baixas — não impedirá mais uma safra recorde, já que o plantio foi garantido com os desembolsos feitos até agora e por outras fontes de financiamento, inclusive por recursos dos próprios produtores. Mas poderá limitar investimentos represados após anos de adversidades na economia, por mais que haja fontes de crédito a juros livres disponíveis. Dentro do Plano Safra, os juros controlados variam entre 5,25% e 9,5% ao ano. Os juros livres, por sua vez, variam de 12% a 15% ao ano.

Do montante total de crédito rural liberado pelos bancos de julho a novembro — R$ 89,5 bilhões, considerando as agriculturas empresarial e familiar, 20,8% mais que em igual intervalo da temporada anterior —, 78,2% foram em recursos a juros controlados. Apenas os desembolsos para investimentos, usados na compra de tratores e colheitadeiras e na construção de armazéns, por exemplo, cresceram 40% na comparação, para R$ 21 bilhões.

A situação mais complicada envolve as linhas alimentadas por recursos do BNDES, principal fonte de empréstimos para investimento. O banco já suspendeu as operações de três de suas linhas por causa do esgotamento de recursos: o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), muito usado para recuperação de pastagens e cujos desembolsos já alcançaram R$ 1,06 bilhão, o Pronamp Investimentos, voltada a médios produtores, e o Prodecoop, focado em cooperativas.

Quem ainda tem interesse nessas linhas e acessa a página do BNDES na internet já se depara com o seguinte aviso: “ATENÇÃO: O protocolo de pedidos de financiamento nesta linha encontra-se suspenso em razão do comprometimento total dos recursos disponíveis”.

Outra linha mantida com dinheiro do BNDES que também corre riscos de minguar é o Moderfrota, utilizado na compra de máquinas agrícolas. Do total reservado pelo governo para o programa (R$ 8,9 bilhões), as instituições financeiras já aplicaram R$ 4,63 bilhões, um aumento de 53% ante os primeiros quatro meses da temporada 2017/18.

“Realmente houve um maior desembolso nesta safra até agora. O banco continua operando normalmente, mas já começamos a perceber um esgotamento mais amplo de recursos. Se esse fluxo for mantido, faltarão recursos no fim do primeiro trimestre de 2019”, afirmou ao Valor o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Tarcísio Hubner.

O BB lidera o mercado de crédito rural no país, com participação da ordem de 60% e carteira total de quase R$ 190 bilhões.

Segundo Hubner, o montante de depósitos à vista e de poupança rural, principais fontes de recursos do crédito rural a juros controlados, vêm sendo alocados para os contratos de financiamento ao agronegócio e aos pequenos agricultores (Pronaf) a uma velocidade acima do esperado.

Como termômetro dessa forte demanda por crédito rural, o executivo lembra que as linhas com recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) voltadas ao setor agropecuário, que sempre registram sobras, neste ano se esgotaram em outubro. Esses financiamentos, no entanto, não contam com recursos controlados.

Diante desse quadro, o BB e outros bancos, públicos e privados, além de entidades do setor já pediram ao governo para ampliar os gastos com equalização das taxas de juros do crédito agrícola no sentido de também aumentar a oferta desses recursos. O Banco do Brasil já desembolsou R$ 38 bilhões de julho a novembro deste ano, uma alta de quase 18% ante o ciclo anterior.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz, disse que a Pasta, em conjunto com a equipe econômica da gestão Temer, avalia remanejar recursos de outras linhas menos procuradas para complementar a demanda que vem sendo observada principalmente por crédito para investimento, mas pondera que o governo não tem folga para subsidiar mais essas operações.

“Não descartamos que poderia haver uma demanda mais forte que o esperado, só que a oferta de recursos a taxas controladas é limitada pelo teto de gastos que nós temos”, afirmou Vaz. “Mas aquilo que foi anunciado no Plano Safra será cumprido”, garantiu.

Se houver de fato um esgotamento das fontes de recursos, a alternativa serão os bancos intensificarem a oferta de financiamentos a juros livres — que são mais caros, ainda que não sejam tão desvantajosos neste momento diante do cenário de juros mais baixos.

“Já há casos de produtores que procuraram sua agência bancária para tomar crédito para plantar milho safrinha no ano que vem e o gerente disse que não há mais recursos. Estamos bem preocupados e já acionamos o governo”, disse Bartolomeu Braz, presidente da Aprosoja Brasil.

Já o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, afirmou que o tabelamento de fretes levou a uma demanda reprimida por crédito entre muitos produtores, que preferiram “segurar” a tomada de crédito, à espera de juros mais baixos na virada do primeiro para o segundo semestre, quando se iniciou a atual safra.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. IBGE confirma alta nos abates de bovinos e suínos, mas queda no frango

O abate de bovinos sob algum tipo de inspeção sanitária somou 8,3 milhões de cabeças no terceiro trimestre deste ano no país, 3,7% mais que no mesmo período do ano passado e 7,2% mais que abril e junho deste ano — período prejudicado pela greve dos caminhoneiros —, confirmaram os resultados definidos da Pesquisa de Abate Trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados hoje. O número está em linha com o apontado no balanço preliminar divulgado em 13 de novembro.

Também houve aumento do abate de suínos, influenciado pela melhora do cenário para as exportações, em razão dos problemas da China com a peste suína africana. Foram 11,6 milhões de cabeças de agosto a outubro, com aumentos de 6,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 4,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2017.

O abate de frango, por sua vez, somou 1,4 bilhão de cabeças e caiu 3,8% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, mas começou a reagir e aumentou 3,6% em relação ao intervalo entre abril e junho de 2018. E a produção de ovos de galinha atingiu o recorde de 919,5 milhões de dúzias, com incrementos de 4,9% sobre o segundo trimestre deste ano e de 9% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

Os resultados divulgados hoje pelo IBGE também confirmaram, finalmente, que a aquisição de leite inspecionado pelas indústrias alcançou 6,3 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2017. O volume é 0,3% menor que o adquirido no terceiro trimestre do ano passado, mas 14,3% maior que o do segundo trimestre de 2018.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Produção de ovos no 3º trimestre é recorde, diz IBGE

A produção de ovos de galinha ficou em 919,47 milhões de dúzias no terceiro trimestre de 2018, aumento de 4,9% em relação à produção do trimestre imediatamente anterior e 9,0% acima do apurado no terceiro trimestre de 2017. Os dados são da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada nesta quarta-feira (12/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o crescimento, a produção de ovos renovou o recorde da série histórica do IBGE - o pico de produção anterior havia sido registrado justamente no segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, foram 75,57 milhões de dúzias de ovos a mais.

A alta foi impulsionada por aumentos em 23 dos 26 Estados com granjas enquadradas no universo da pesquisa do IBGE. Os maiores aumentos quantitativos ocorreram em São Paulo (+24,74 milhões de dúzias) e no Espírito Santo (+14,28 milhões de dúzias), informou o IBGE. Com isso, o São Paulo continua sendo o maior produtor de ovos, com 29,7% da produção nacional, seguido pelo Espírito Santo (9,6%), Minas Gerais (9,0%) e Paraná (8,5%).

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Fonte: Estadão/Globo Rual

9. Empresas lançam primeira franquia de touros no país

Em Dia de Campo realizado na cidade de Quadra, no interior paulista, no início deste mês, a pecuária de corte brasileira deu mais um grande passo rumo à modernização dos canais de comercialização de animais.

Na ocasião foi lançada uma franquia de genética de reprodutores bovinos senepol, uma das raças que mais têm crescido nos últimos anos. A iniciativa é fruto da parceria entre a holding SMZTO e a empresa Senepol Nova Vida.

O objetivo é produzir e comercializar 20.000 touros por ano em sistema de franchising. No primeiro ano de operações, foram negociados 500 animais, número que deve saltar para 5.000 em cinco anos, na expectativa dos parceiros na empreitada.

O empresário José Carlos Semenzato, da SMZTO diz que “o mercado de franquias é maduro no Brasil e cresce 8% ao ano.” No caso da franquia com o senepol ele prevê um crescimento ainda mais robusto por “conta da carência de genética que há na pecuária de corte”.

Da parceria entre Semenzato e os proprietários da Senepol Nova Vida, Ricardo Arantes e João Arantes Neto, nasceu o que eles estão chamando de “Fábrica de Touros Senepol”, que se posiciona como a primeira franquia de genética bovina do País.

Vejam o que diz Ricardo Arantes, um dos sócios: “Há todo um trabalho de assessoria para que os franqueados tenham êxito no negócio, incluindo visitas presenciais da nossa equipe de veterinários, fornecimento de manual de produção e manejo de touros, canais de atendimento e meios de comercialização e de divulgação dos animais, além do acesso à genética da nossa marca, que é a JAJ”.

Ricardo Arantes e João Arantes Neto são filhos de João Arantes Júnior, que introduziu o senepol no Brasil na virada do século. Os animais foram alojados em fazenda na cidade de Ariquemes (RO), e lá eu elaborei uma reportagem de fôlego há muitos anos.

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Fonte: Globo Rural

Agroenergia

10. China quer triplicar capacidade de produção de etanol até 2020, diz pesquisador

A China deve mais do que triplicar a sua capacidade de produção de etanol até 2020, disse um pesquisador do governo chinês nesta terça-feira, com a demanda devendo aumentar conforme o país migra para o uso de combustíveis limpos.

A China está construindo ou tentando aprovar projetos de novas usinas de etanol, com capacidade para produzir 6,6 milhões de toneladas de biocombustível por ano, disse Dou Kejun, pesquisador do Centro Nacional de Energia Renovável da China, em um evento do setor no sul do país.

A China tinha, em 2017, capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas, segundo Kejun.

No ano passado, a China disse que exigiria que os estoques de gasolina de todo o país fossem misturados com etanol até 2020, uma ação que demandaria quase 15 milhões de toneladas anuais do biocombustível.

A meta está sendo observada pelos mercados internacionais de etanol, já que a China possivelmente não conseguirá suprir sua demanda com a produção doméstica.

"Será uma grande oportunidade para o etanol norte-americano e brasileiro", disse Feng Wensheng, diretor na produtora Henan Tianguan Group, durante o evento.

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Fonte: Reuters/NovaCana

11. Índia pode produzir menos açúcar em 19/20 após seca afetar plantio de cana

A produção de açúcar da Índia pode cair em 2019/20, à medida que os agricultores estão lutando para plantar cana por conta de uma seca em dois dos principais Estados produtores do país, segundo autoridades do setor e operadores.

Uma queda na produção pode reduzir as exportações do país e sustentar os preços globais do adoçante, que caíram 15 por cento até agora em 2018.

“Muitos agricultores não conseguiram plantar cana em Maharashtra e Karnataka devido à escassez de água. Isso refletirá na produção do ano que vem”, disse Prakash Naiknavare, diretor da Federação Nacional das Fábricas Cooperativas de Açúcar, um grupo comercial.

A cana é uma cultura perene colhida entre 10 a 16 meses após o plantio. O Estado de Maharashtra, no oeste indiano, é o segundo maior produtor de açúcar do país, enquanto Karnataka, no sul do país, ocupa o terceiro lugar. A Índia é o segundo maior produtor global do adoçante.

A produção da Índia durante o ano comercial de 2019/20 pode cair para entre 28 milhões e 29 milhões de toneladas, de 31,5 milhões a 32 milhões de toneladas na estimativa para este ano, disse Naiknavare.

A produção de Maharashtra pode cair 16,7 por cento, para 7,5 milhões de toneladas na próxima temporada, disse ele.

A temporada de comercialização do açúcar vai de outubro a setembro.

“Não temos água suficiente para a cana plantada no ano passado. O plantio em novas áreas não é possível”, diz Shrikant Ingale, que planeja plantar cana em 2,8 hectares na aldeia de Mhada, cerca de 350 km a sudeste de Mumbai.

Maharashtra recebeu chuvas 23 por cento abaixo do normal este ano durante a temporada de monções de junho a setembro, enquanto o déficit de chuvas na região de cultivo de cana de Karnataka foi de 29 por cento durante o período.

A produção pode cair pela metade na parte central de Marathwada, em Maharashtra, onde as pessoas estão lutando para garantir água potável, disse BB Thombare, diretor-gerente da Natural Sugar & Allied Industries, uma usina de açúcar da região.

Além da escassez de água, uma infestação de larvas reduzirá a produção na próxima temporada.

Os agricultores geralmente mantêm uma soca, mas este ano muitos estão arrancando essas plantas por causa da infestação de larvas e da escassez de água, disse Sanjay Khatal, diretor da Federação de Fábricas Cooperativas de Açúcar de Maharashtra.

A soca é a raiz da cana após a primeira colheita que permanece no solo para uma segunda colheita, mas que precisa ser removida para matar as larvas.

Depois de uma produção recorde no ano de 2017/18, as usinas indianas estavam lutando para exportar o excedente e buscaram ajuda do governo para a venda no exterior e para apoiar os preços locais.

Um declínio na produção de açúcar pode elevar os preços locais e levar o governo a suspender os incentivos à exportação, disse um comerciante de Mumbai com uma trading global.

“Os embarques indianos seriam limitados na próxima temporada. As usinas acharão mais lucrativo vender no mercado local do que no exterior”, disse o comerciante.

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Fonte: Reuter/Nova Cana

12. Aumento da tributação para bebidas açucaradas não é consenso em comissão da Câmara

Deputados da Comissão de Seguridade Social divergem sobre o aumento da tributação de refrigerantes como forma de reduzir o consumo de bebidas açucaradas pela população. A comissão fez audiência pública nesta terça-feira (11) para debater o Projeto de Lei 8541/17 que aumenta o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do setor e cria uma contribuição de intervenção no domínio econômico.

Alguns deputados argumentam que as medidas só teriam o efeito de aumentar o preço desses produtos para a população mais pobre. O deputado Sílvio Costa (Avante-PE) chegou a fazer um apelo para que o autor, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), retirasse a proposta. Teixeira admitiu apenas discutir a redução da tributação conforme a indústria fosse reduzindo a taxa de açúcar nas bebidas.

Obesidade

Ana Paula Bortoletto, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, disse que a alta taxa de açúcar nos refrigerantes é um fator importante para a obesidade da população. Ela explicou que a Organização Mundial de Saúde defende um aumento de preços de 20% por meio da taxação.

"A principal fonte de açúcar são os produtos ultraprocessados que estão aumentando de forma vertiginosa porque são baratos; oferecidos em diversos lugares, inclusive nas escolas; têm publicidade ampla e irrestrita e ainda podem custar mais barato que água. O que a gente tem hoje no cenário são as grandes empresas que estão promovendo as escolhas por produtos que elas lucram mais", alertou.

Maria Eridan, representante do Ministério da Saúde, disse que as doenças decorrentes da obesidade custaram quase R$ 1 bilhão ao sistema público de saúde em 2011. Segundo ela, quase 13% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas e metade delas será um adulto obeso.

Educação

O deputado Evandro Roman (PSD-PR) afirmou, porém, que acredita mais na educação dessas crianças para tentar reverter o processo, inclusive pela prática de exercícios físicos.

"Nós buscamos durante toda a nossa vida a lei do menor esforço. Buscamos o conforto, nós buscamos os elevadores e evitamos as escadas; nós buscamos controles de televisão sem precisar se levantar de nossos sofás, das camas. Enfim, buscamos a lei do menor esforço", avaliou.

Direito de escolha

Na mesma linha, Alexandre Jobim, da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), afirmou que o Estado não pode querer controlar tudo. "Não podemos pensar que vamos ter um Estado babá. O Estado tem que dar os meios de informação para o cidadão ter o direito de escolha”, sugeriu.

Ele disse ser favorável ao combate à obesidade infantil. “Nós da ABIR, há dois anos atrás, fizemos uma autorregulação do marketing infantil. Nos nossos produtos, não fazemos marketing, TV aberta ou fechada, para menores de 12 anos", informou.

Jobim disse ainda que foi feito um acordo com o Ministério da Saúde para reduzir a taxa de açúcar nos refrigerantes em quatro anos e que a indústria é favorável à proibição da venda de refrigerantes nas escolas para crianças de até 12 anos.

Na América Latina, México, Peru e Chile seguiram a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e aumentaram a tributação de refrigerantes. O deputado Jorge Silva (SD-ES), relator do projeto na Comissão de Seguridade Social, apresentou parecer favorável ao projeto.

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Fonte: Agência Câmara/Nova Cana

Grãos e Grandes Culturas

13. Investidores especulam sobre novo CEO da Bunge

A Bunge não divulgou nenhum cronograma para a definição do substituto de Soren Schroder, cuja saída foi anunciada na segunda-feira, no cargto de CEO, mas os investidores não acreditam que o processo será longo, dado o restrito universo de executivos experientes para atuar no segmento.

Alguns veem Greg Heckman, ex-CEO da rival Gavilon e que recentemente passou a fazer parte do conselho de administração da Bunge, como candidato natural. Outros acreditam em Matt Jansen, ex-executivo da ADM 9com passagem pelo Brasil) que liderou brevemente a gigante agrícola chinesa Cofco antes de ingressar neste ano em uma empresa de investimentos agrícolas saudita.

Mayo Schmidt, que já foi CEO da canadense Viterra, é considerado outro candidato.

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Fonte: Valor Econômico

14. Indústria eleva estimativa para a exportação do grão neste ano

A forte demanda da China pela soja produzida no Brasil levou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) a novamente elevar sua estimativa para os embarques do grão neste ano.

Segundo projeções divulgadas ontem, a entidade passou a calcular as exportações em 82,7 milhões de toneladas, 3,7 milhões a mais que o previsto em novembro e volume, recorde, 21,3% superior ao registrado em 2017.

De janeiro a novembro, os embarques brasileiros já chegaram a 79,6 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) - segundo cálculos da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o volume já superou a marca de 80 milhões de toneladas.

Se a projeção da Abiove se concretizar, o Brasil terá, em 2018, divisas de US$ 40,3 bilhões com o "complexo soja", que inclui as vendas externas de grão, óleo e farelo de soja, 27% mais que o total obtido em 2017. Apenas as vendas de soja em grão estão estimadas em US$ 33,1 bilhões.

Mesmo com a ampliação das vendas externas em 2018, a Abiove elevou sua estimativa para os estoques finais da temporada 2017/18, de 1,065 milhão de toneladas para 1,191 milhão.

Para a produção do ciclo 2018/19, que está em desenvolvimento, a Abiove projeta 120,9 milhões de toneladas de soja, acima da projeção de 119,5 milhões do mês passado. O volume é 400 mil toneladas superior ao do ciclo 2017/18. A produção de farelo de soja foi mantida em 32,6 milhões de toneladas, e a de óleo em 8,6 milhões de toneladas.

As exportações do "complexo soja" em 2019 deverão gerar receita de US$ 34,2 bilhões, com US$ 28,1 bilhões vindos das vendas de grão. Outros US$ 5,8 bilhões serão fruto dos embarques de farelo e US$ 280 milhões das exportações de óleo de soja.

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Fonte: Valor Econômico

15. Moody's rebaixa ratings da Bunge após anúncio de saída de CEO

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou os ratings de dívida de longo prazo das subsidiárias da Bunge de “Baa2” para “Baa3”. A perspectiva da nota é estável.

O rebaixamento reflete o anúncio de que Soren Schroder deixará o cargo de presidente do conselho e CEO.

Segundo a agência, a combinação de fracas métricas financeiras e risco de eventos associados à transição de liderança coloca a Bunge no rating Baa3.

"Apesar dos ganhos aprimorados no terceiro trimestre, as métricas de crédito continuam muito fracas", disse John Rogers, vice-presidente sênior da Moody's e principal analista da Bunge, em nota. "A mudança no CEO e a pressão continuada dos acionistas criam risco de evento adicional para a empresa”.

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Fonte: Valor Econômico

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