Conjuntura do Agronegócio

1. Reunião tratou de um novo olhar sobre Mercosul, diz ministra

Acabou na manhã desta quarta-feira (16/1) a reunião no Ministério da Economia com autoridades argentinas, prévia à visita de Estado do presidente Maurício Macri ao Brasil. No final da reunião, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, disse apenas que, no encontro, foi tratado somente sobre "um novo olhar" sobre o Mercosul.

O ministro Paulo Guedes, quando provocado pela imprensa sobre se o bloco seria uma prioridade para o governo, apenas sorriu e não respondeu aos jornalistas. No dia do resultado da eleição de Jair Bolsonaro, Guedes se irritou com a insistência de uma jornalista argentina que repetia essa pergunta.

Na ocasião, o ministro disse que o Mercosul não era uma prioridade. Dentre as autoridades, participaram da reunião com Guedes e Teresa Cristina o ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, e o ministro da Produção e Trabalho do país, Dante Sica.

Notícia na íntegra

Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

2. Ministério do Meio Ambiente suspende contratos com ONGs por 90 dias

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) suspendeu todos os convênios e parcerias da pasta e autarquias com organizações não governamentais (ONGs) por 90 dias. O órgão determinou um levantamento das despesas.

A medida envolve parcerias e contratos dos distintos fundos do ministério com o terceiro setor. A ordem se estende aos convênios, acordos de cooperação, atos e projetos.

Em nota, o MMA informa que “o diagnóstico permitirá a avaliação daqueles que tenham condições de ter continuidade, bem como dos que eventualmente mereçam reparos. A Medida Provisória 870, que estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios, também tornou necessário esse reexame.”

O texto informa também que na análise “serão examinados condições, prazos e volumes dos acordos pactuados”.

Notícia na íntegra

Fonte: Agência Brasil/Canal Rural

3. Serviço Florestal será comandando por ex-deputado ruralista

Ligado agora ao Ministério do Agricultura, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) será comandado Valdir Colatto, exdeputado da bancada ruralista, que exerce grande influência sobre o governo de Jair Bolsonaro.

O SFB cuida da preservação florestal, sendo responsável por concessões federais de florestas e pelo gerenciamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Próximo da ministra Tereza Cristina, que presidiu até o ano passado a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Colatto não conseguiu a reeleição para a Câmara em 2018, apesar de ser um dos primeiros deputados ruralistas a apoiar a candidatura de Bolsonaro à Presidência. E foi um dos parlamentares mais atuantes da bancada e principais defensores da flexibilização do licenciamento ambiental.

Além de Colatto, são egressos da bancada ruralista a própria ministra e o secretário-executivo do Ministério Agricultura, Marcos Montes, que não disputou a reeleição para deputado e foi vice na chapa derrotada de Antônio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas Gerais no ano passado.

Dentro da nova estrutura da Agricultura, também houve ainda outra influência dos ruralistas: o secretário de Agricultura Familiar, Fernando Henrique Schwanke, indicado pelo próximo presidente da FPA, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS). A FPA ainda chancelou a indicação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Fiesp consegue liminar que proíbe multas a quem descumprir tabela do frete

A Fiesp e o Ciesp obtêm liminar que determina que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não aplique qualquer sanção decorrente da Resolução 5.833/2018 aos filiados e às empresas associadas, presentes e futuras, inclusive no âmbito territorial de representatividade dos seus sindicatos ou das suas associações.

O pedido de liminar foi acolhido em sua totalidade pelo juiz federal, Márcio de França Moreira, da 9ª Vara Federal/DF.

A tabela do frete foi criada após acordo do governo Temer com os caminhoneiros para finalização da greve, que durou 11 dias em maio e parou o país.

A Fiesp defendeu, e o juiz acatou, que quando da conversão na Lei 13.703/2018 o texto introduziu novos requisitos sobre o tabelamento, o que tornaria a tabela inicial e suas reedições incompatíveis com lei efetivamente sancionada.

"Assim, até que seja editada nova resolução que obedeça ao procedimento previsto nas normas mencionadas, não há como se observar o tabelamento de preços, na forma como foi definido na resolução revogada", escreveu o juiz na decisão. "Ante o exposto, defiro o pedido de medida liminar para determinar que o impetrado se abstenha de aplicar aos filiados das impetrantes qualquer sanção decorrente da Resolução ANTT", acrescentou.

O tabelamento dos preços do frete rodoviário está sendo contestado também no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Corte Luiz Fux é relator de ações contrárias à instituição da tabela. Em dezembro, ele suspendeu liminarmente a aplicação de multas para quem descumprisse a tabela. O juiz federal de Brasília entendeu também, em sua liminar, que a decisão do ministro Fux não afeta a ação proposta pela Fiesp. "Desse modo, a liminar vem socorrer os setores num momento de grande apreensão quanto à legitimidade/legalidade de qualquer tabelamento", diz a Fiesp em nota.

Multas

De acordo com a regulamentação da ANTT, os valores da punição para quem descumprir a tabela serão aplicados em quatro situações distintas, podendo chegar a R$ 10,5 mil. Para o contratante que fechar o serviço por valor abaixo do piso mínimo, a multa será de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido com base na tabela, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10,500 mil. Para o transportador que realizar o serviço em valor inferior ao piso mínimo, a multa será de R$ 550.

Já os responsáveis por anúncios de ofertas para contratação do transporte rodoviário de carga em valor inferior ao piso mínimo estarão sujeitos à multa de valor de R$ 4.975.

Por último, os contratantes, transportadores, responsáveis por anúncios ou outros agentes do mercado que impedirem, obstruírem ou, de qualquer forma, dificultarem o acesso às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização para verificação da regularidade do pagamento do valor de frete poderão sofrer multa de R$ 5 mil.

Notícia na íntegra

Fonte: Notícias Agrícolas

5. Ferrovia que deve ligar o Centro-Oeste aos portos do norte supera entraves burocráticos e pode ser licitada ainda no 2º semestre

O Notícias Agrícolas conversou com Roberto Meira, diretor da Estação da Luz Participações (EDLP), para destacar a história da Ferrogrão, uma ferrovia que está sendo projetada para ligar o interior do Mato Grosso até o porto de Miritituba, no Pará, seguindo o caminho que já é traçado pela BR-163.

Foram realizadas algumas audiências públicas desde 2017 para discutir a implantação dessa ferrovia. O projeto começou a ser desenvolvido em 2014 e entregue ao Governo Federal em 2015 como uma Manifestação de Interesse Privado. Desta forma, a ANTT abriu o processo das audiências para escutar a sociedade.

Agora, esse processo foi concluído e 300 contribuições foram feitas ao projeto e avaliadas pela ANTT, que aprovou grande parte delas. Agora, estão sendo feitos os ajustes no projeto com base nas requisições. Após a aprovação do Tribunal de Contas da União, o projeto vai para uma licitação.

Meira conta que foram observados todos os cuidados a respeito de unidades de conservação e áreas indígenas, mas ainda não possui um estudo mais detalhado sobre o impacto, o que deverá ser feito em breve. Entretato, ele atesta que todas as avaliações indicam que o projeto tem grande viabilidade socioambiental.

O objetivo é abrir uma nova porta de escoamento de commodities agrícolas no Brasil, transportando 25 milhões de toneladas no primeiro ano, com o objetivo de atingir posteriormente uma meta de 58 milhões de toneladas.

A licitação deverá ser feita no segundo semestre de 2019 e o prazo para implantação é de cinco anos.

Notícia na íntegra

Fonte: Notícias Agrícolas

6. Cibra planeja dobrar sua capacidade

A Cibra, empresa de fertilizantes do grupo americano Omimex, planeja dobrar sua capacidade de produção no Brasil até 2025. Atualmente, a companhia é a sexta maior misturadora do país.

A Cibra começa 2019 capitalizada para acelerar esses planos de crescimento no mercado nacional. Isso porque, em setembro, a Sirius Minerals, listada na bolsa de Londres, acertou a compra de uma fatia de 30% de seu capital.

Pelo acordo, a Cibra recebeu 95 milhões de ações da Sirius, no valor de cerca de 27 milhões de libras esterlinas. Em troca, a Cibra concordou em comprar até 2,5 milhões de toneladas por ano de polihalita, um sulfato hidratado de potássio, para revendê-las em países da América do Sul.

Em 2018, estimou Santiago Franco, presidente da Cibra, a empresa faturou R$ 1,4 bilhão, 16% mais que em 2017 (R$ 1,2 bilhão).

Fundada em 1994, com o nome de Cibrafertil, pelo grupo Paranapanema, a empresa foi vendida em 2012 para o Abonos Colombianos (Abocol), braço de fertilizantes do grupo Omimex. Em 2014, as operações da Abocol na América Latina foram vendidas para a gigante norueguesa Yara, mas a Cibrafertil continuou com o grupo americano. A transação com a Sirius abriu caminho para a internacionalização das operações da Cibra.

"O acordo contempla as operações no Brasil e América do Sul a partir de 2021. Vai expandir o escopo da Cibra", disse Franco.

A partir de 2021, a Cibra comercializará o produto Poli4 da Sirius, um adubo composto por cálcio, magnésio, potássio e enxofre. O acordo com a Sirius dá à Cibra exclusividade nas vendas do produto no Brasil, Bolívia, Uruguai, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa. E permite vendas, sem exclusividade, na Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru. A Cibra tem a opção de prolongar os termos do contrato inicial de sete anos por mais dois períodos de cinco anos.

"Vemos benefícios tanto de longo quanto de curto prazo com essa transação. O Brasil é um dos mercados agrícolas mais importantes do mundo", disse o presidente da Sirius, Chris Fraser. Após o acordo, Fraser passou a fazer parte do conselho de administração da Cibra.

Capitalizada, a tendência é a que novas aquisições também entrem no radar da companhia. "Há interesse em crescer via aquisições, mas de ativos menores em distribuição", afirmou Franco.

A Cibra mantém a estimativa de investir no país US$ 80 milhões até 2022. Em setembro de 2017, a Cibra obteve empréstimo de US$ 40 milhões do IFC, o braço de investimentos do Banco Mundial.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Carrefour vai monitorar fornecedores de carne por câmeras na França

A rede varejista francesa Carrefour anunciou hoje que vai monitorar, por câmera, todos os frigoríficos que produzem as carnes comercializadas na França com as marcas próprias Carrefour, Carrefour Bio e Reflets de France.

Ao todo, 84 auditorias serão realizadas até o fim de 2019 pela rede varejista.

"O Carrefour se torna a primeiro varejista francesa a solicitar câmeras dentro dos abatedouros", informou a rede, em comunicado.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Dreyfus vai deixar área de lácteos

A francesa Louis Dreyfus Company (LDC), uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, anunciou ontem que está deixando o negócio de lácteos. A medida faz parte da estratégia para se concentrar em áreas estratégicas ("core business", no jargão do mercado).

"A saída praticamente não terá impacto nas vendas globais, que continuam a crescer globalmente, e espera-se que isso tenha um leve efeito positivo em nosso capital de giro a partir de 2019", disse o diretor financeiro da LDC, Federico Cerisoli.

A área de lácteos responde por apenas 1% do faturamento global da LDC, ou seja, pouco mais de US$ 400 milhões. Em 2017, o último dado anual disponível, as vendas totais da múlti francesa renderam US$ 43 bilhões e, no primeiro semestre de 2018, US$ 18,8 bilhões.

"A plataforma de lácteos da LDC foi identificada como fora do nosso core business em 2017 devido à falta de massa crítica dentro do portfólio da empresa", acrescentou Cerisoli, em nota. Segundo ele, a companhia ainda está avaliando a melhor forma de deixar o negócio, encerrando as operações aos poucos ou vendendo os ativos. A intenção da companhia é completar a saída de lácteos até meados deste ano.

Ao fim do processo, a LDC ainda terá uma participação minoritária em um laticínio na Austrália. Além da Oceania, os negócios de lácteos da companhia estão espalhados pela América do Norte, América do Sul e Europa. A empresa fornece leite em pó, lactose e produtos de soro para Ásia, América do Norte, Oriente Médio e África. A LDC não atua na área de lácteos no Brasil.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

9. Indústria brasileira quer limitar compras de leite em pó do Mercosul

Representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) vão se reunir amanhã com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para discutir a compra governamental de leite em pó.

Com isso, a indústria gaúcha quer aliviar a pressão do mercado interno. O sindicato também quer negociar a criação de um programa de incentivo à exportação de lácteos.

Segundo Alexandre Guerra, a reunião é um dos passos para recuperar a competitividade do setor leiteiro no Brasil, que sofre desvantagem se comparado aos países do Mercosul. "O panorama pode ser revertido com a criação de cotas de importações mensais da Argentina e do Uruguai que deem previsibilidade do volume que chegará ao Brasil", disse ele em nota.

"Em outubro e novembro do ano passado foi importado o dobro de produtos em comparação a 2017. Isso gera desequilíbrio comercial e enfraquece o mercado como um todo."

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) também pediu ao governo federal a fixação de uma cota para importação de leite dos países do Mercosul no último dia 10. Sobre o que excederia o volume seria aplicada uma taxa de importação.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Justiça derruba acordo anterior à reforma que proibia terceirização em usinas de cana de SP

Empresas da indústria de cana-de-açúcar do interior de São Paulo conseguiram na segunda instância da Justiça uma decisão liminar (provisória) para suspender acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho anterior à nova lei trabalhista e que proibia a terceirização da mão de obra na colheita.

O acordo foi feito no início de 2017 pela usina Santa Isabel e pela fornecedora de cana Santa Luíza Agro Pecuária, ambas de Novo Horizonte, a partir de uma ACP (Ação Civil Pública) em que as companhias eram acusadas, entre outras coisas, de terceirização ilícita.

À época, a prestação de serviços de terceiros era regulada pela jurisprudência do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que, através da súmula 331, indicava a vedação à terceirização da chamada atividade-fim (a principal de um negócio).

Na Justiça, as usinas de Novo Horizonte saíram derrotadas na primeira e na segunda instância e decidiram fechar um acordo com o MPT segundo o qual teriam dois anos para zerar os postos terceirizados considerados irregulares.

De lá para cá, no entanto, a legislação trabalhista mudou. Em março de 2017, a chamada lei da terceirização abriu a possibilidade para a contratação dos serviços também na atividade-fim das empresas. Em novembro daquele ano, entrou em vigor o novo texto da CTL (Consolidação das Leis do Trabalho), que passou a considerar como prestação de serviços também a execução da atividade principal da empresa.

"Tínhamos um acordo celebrado num processo porque o entendimento era de que aquela terceirização era proibida. Agora, a lei disse que pode. As usinas ficaram em uma situação desvantajosa em relação aos concorrentes", diz o advogado Ilario Serafim, que representa as duas empresas.

O argumento foi aceito pela desembargadora Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, que engloba o interior de São Paulo.

"Essas alterações legislativas acarretam modificação da forma de atuação das empresas e, em consequência, as requerentes não podem ser impedidas de se adaptar à nova legislação, sob pena de estarem alijadas do mercado e terem diferentes custos de produção daqueles impostos às suas concorrentes", escreveu Targa em decisão proferida na quinta-feira (10).

Serafim diz que o grupo tentou negociar com o MPT uma alteração no acordo, mas o procurador responsável pelo caso não aceitou. Questionado, o Ministério Público do Trabalho disse que ainda não foi intimado e que, por isso, não se manifestaria.

"A tendência é que compromissos trabalhistas assumidos com o MPT anteriormente à reforma e que se tornaram demasiadamente limitadores e onerosos para a atividade das empresas poderão e devem ser revistos", diz Jorge Gonzaga Matsumoto, sócio do Bichara Advogados.

Na decisão, a desembargadora afirmou que o acordo deve ser analisado novamente pelas partes, mas disse que concederia parcialmente a liminar, até nova análise da questão, para que não fosse inviabilizada a colheita da cana-de-açúcar e o início da safra, previsto para março, e para que as atividades das empresas pudessem ser mantidas nas mesmas condições de suas concorrentes.

Chamou a atenção de advogados ouvidos pela Folha, no entanto, os termos impostos para a concessão da liminar.

Segundo Targa, as empresas poderão terceirizar parcialmente a colheita mecanizada da cana-de-açúcar neste ano "nos mesmos patamares negociados com o Ministério Público do Trabalho para o ano de 2017, ou seja, com possibilidade de contratação de até 183 trabalhadores terceirizados, desde que mantidos o mesmo número de empregados diretos contratados no ano de 2018 e sem que haja substituição, portanto, de mão de obra direta por terceirizada".

Ou seja, a desembargadora permitiu somente o incremento da contratação de trabalhadores por meio da terceirização, mas não a redução da força de trabalho.

Advogados questionam a imposição de uma restrição mais dura do que a prevista na lei – uma carência de 18 meses caso a empresa queira realocar ex-funcionários na prestadora de serviços –, o que extrapolaria a função do Judiciário.

Procurado, o TRT 15 explicou que Maria Inês Targa não pode se manifestar porque o processo ainda está pendente de julgamento.

Mauricio Pepe De Lion, do Felsberg Advogados, diz que a decisão pode ser uma forma de assegurar a operação competitiva das empresas, mas garantir ao mesmo tempo que o assunto seja abordado com mais profundidade quando for discutido seu mérito.

"Se o MPT apresentar recurso de agravo regimental, a decisão provisória proferida de forma monocrática tem que passar pelo crivo de um órgão colegiado. Acredito que por isso houve agora uma decisão no meio do caminho", afirma. "De qualquer forma, é um bom precedente, porque demonstra um posicionamento de bom senso do tribunal ao compreender que as relações de trabalho mudaram", completa.

Notícia na íntegra

Fonte: Folha de S. Paulo/NovaCana

11. Logum quer expandir duto de etanol para Centro-Oeste de olho em álcool de milho

A Logum, empresa que opera o único duto de etanol do Brasil, está buscando expandir o sistema para o centro do país para alcançar mais usinas e possivelmente a nascente indústria de álcool de milho, que deve crescer.

Wagner Biasoli, CEO da companhia, disse à Reuters que a Logum garantiu financiamento para uma expansão para ligar novas usinas no Estado de Minas Gerais, impulsionar a entrega para São Paulo e atingir capacidade total de 6 bilhões de litros por ano.

Em seguida, estão os Estados do Centro-Oeste de Goiás e Mato Grosso, alguns dos maiores produtores de grãos do país, disse ele, acrescentando que os novos incentivos aos biocombustíveis que entrarem em vigor em 2020 deverão ajudar a impulsionar a demanda por etanol.

A Logum é uma parceria entre a Petrobras e as gigantes de açúcar e etanol Raízen e Copersucar. Os co-proprietários fecharam um acordo no final do ano passado para comprar as fatias das empresas de engenharia Odebrecht e Camargo Corrêa, aumentando suas participações de 20 para 30 por cento cada. Os detalhes financeiros não foram divulgados.

A saída de Odebrecht e Camargo Corrêa, duas empresas envolvidas no maior escândalo de corrupção do Brasil, abriu caminho para o banco estatal de desenvolvimento BNDES estender uma linha de crédito 1,8 bilhão de reais para os planos de expansão da Logum.

A próxima fronteira é o etanol de milho.

"Estive no Mato Grosso na semana passada. Estamos analisando a possibilidade de estender nosso duto para Cuiabá", disse Biasoli, referindo-se à capital do principal Estado brasileiro produtor de grãos.

Biasoli citou previsões do mercado de etanol de milho crescendo para 1 bilhão de litros em Mato Grosso neste ano, de 300 milhões de litros em 2018. "O Estado deve chegar a 5 bilhões de litros nos próximos três a cinco anos", disse ele.

Há vários projetos em andamento para produzir etanol a partir do milho em Mato Grosso, Estado que aumentou drasticamente sua produção de milho. O movimento está mudando a indústria brasileira de etanol, há muito focada na cana-de-açúcar.

A Logum atualmente movimenta 2,5 bilhões de litros de etanol por ano, principalmente da região de Ribeirão Preto para os mercados de São Paulo e Rio de Janeiro. Também leva o etanol para navios na costa do Rio para exportar ou abastecer o Nordeste do país.

Os custos de transporte têm sido um dos maiores obstáculos para a expansão da produção de etanol no Brasil central. A produção atual é majoritariamente vendida localmente, em vez de ser transportada em caminhão cerca de 2 mil quilômetros para mercados do Sudeste e terminais de exportação.

Notícia na íntegra

Fonte: Reuter/Nova Cana

12. Tribunal de Justiça de Alagoas adia leilão da Usina Guaxuma

A Justiça de Alagoas determinou o adiamento do leilão da Usina Guaxuma, pertencente à massa falida da Laginha. A primeira hasta acontecerá do dia 20 de fevereiro, às 14h, até dia 28 do mesmo mês, às 14h.

Não havendo lances, os lotes entrarão em segundo pregão e seguirão disponíveis para arremate, sem interrupções, até 12 de março, com 45% de desconto em relação ao valor da avaliação judicial.

Avaliados em R$ 819,1 milhões, os bens do ex-deputado federal não atraíram a atenção de investidores em outubro do ano passado.

O leilão será realizado pela MaisAtivo Judicial, via plataforma de leilões judiciais online Canal Judicial, e conduzido pelo leiloeiro Renato Schlobach Moysés.

A primeira hasta do certame estava marcada para o dia 21, às 14h, encerrando-se no dia 30 desse mês.

Notícia na íntegra

Fonte: Jornal Extra (AL)/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Exportações brasileiras de café aumentaram 13,9% em 2018

As exportações brasileiras de café aumentaram 13,9% em 2018, totalizando 35,2 milhões de tonelada, informou nesta terça-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Os dados incluem café verde, solúvel e torrado e moído.

Ainda que tenha registrado crescimento em volume, a receita cambial no período foi de US$ 5,1 bilhões, retração de 3%. Essa queda reflete a redução de quase 15% no preço médio da saca, que foi de US$ 144,53 no ano passado.

No ano passado país exportou 31,5 milhões de sacas de café verde, alta de 15% ante 2017. Desse total, foram 29 milhões de sacas da variedade arábica, aumento de 7,1%. Na mesma base de comparação, as exportações de café da variedade conilon cresceram mais de oito vezes, para 2,5 milhões de sacas.

Os embarques de café industrializado cresceram 5,8% em 2018, para 3,7 milhões de sacas. Foram 3,6 milhões de sacas de café solúvel, alta de 6,1%, e 17,5 mil sacas do produto torrado e moído, recuo de 33,1%.

No mês de dezembro, o Brasil exportou 3,7 milhões de sacas de café, alta de 22,5% e recorde para o mês. A receita cambial no período foi de US$ 509,1 milhões, alta de 1,8%. O preço médio de dezembro foi 137,38 por saca.

"Dezembro registrou boas notícias para a exportação de café. Os volumes apontaram não só uma boa performance no mês, como também para os resultados de fechamento do ano civil. As exportações de 2018 marcam uma recuperação fantástica em relação a 2017, com incremento de quase 14%", disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em relatório.

"As estatísticas mostram que o Brasil manteve sua posição de liderança mundial e tudo indica que em 2019 os resultados serão ainda melhores, com a possibilidade de bater novo recorde", acrescentou.

Os cafés verdes somaram 3,4 milhões de sacas, alta de 27% ante 2017. Foram exportadas 3,2 milhões de sacas de arábica, incremento de 22,8% na mesma base de comparação e 167,5 mil sacas de conilon, elevação de 260,5%. Já os cafés industrializados representaram 348,7 mil sacas, recuo de 8,6%, sendo 348,3 mil sacas de café solúvel, queda de 8,3% e 353.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

14. Importações chinesas de soja recuaram 8% em 2018

As importações chinesas de soja em grão alcançaram 5,72 milhões de toneladas em dezembro, 40% menos que no mesmo mês de 2018, conforme informações divulgadas pelo serviço aduaneiro do país asiático. Com isso, em todo o ano passado, as compras recuaram 7,9%, para 88,03 milhões de toneladas. Foi a primeira retração desde 2011. A China encabeça as importações mundiais da matéria-prima.

Apesar de o serviço aduaneiro ainda não ter divulgado a divisão das importações da oleaginosa por país, tudo indica que o fornecedor mais afetado foi os Estados Unidos, por causa das disputas comerciais travadas entre Washington e Pequim.

Maior exportador de soja do mundo, o Brasil foi beneficiado pela briga envolvendo seu principal concorrente nesse mercado, os EUA - que passaram a pagar tarifa de 25% para vender à China -, e viu suas exportações baterem um novo recorde histórico no último ano.

A tensão entre os dois países arrefeceu no fim de novembro, quando os presidentes Donald Trump e Xi Jinping anunciaram, em reunião do G-20, uma trégua. Desde então, a China importou cerca de 5 milhões de toneladas de soja dos EUA em dezembro. "Mas enquanto a tarifa de 25% continuar em vigor, as importações regulares dos EUA continuarão muito caras, e o Brasil continuará o fornecedor preferencial", avaliou, em nota, o Commerzbank.

Segundo o serviço aduaneiro chinês, as importações de óleo de soja do país cresceram 22% em dezembro, para 742 mil toneladas, e 9% em 2018, para 6,29 milhões de toneladas.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

15. Embarques de suco de laranja têm retração

Os embarques brasileiros de suco de laranja alcançaram 516,9 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) nos seis primeiros meses desta safra 2018/19 (julho a dezembro), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela CitrusBR, que representa as três principais empresas exportadoras (Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company). Em relação ao mesmo período do ciclo anterior, houve queda de 12%. Conforme a entidade, na comparação a receita das vendas caiu 8%, para US$ 968,6 milhões.

Os dados incluem tanto o FCOJ propriamente dito quanto o suco já pronto para beber (NFC, na sigla em inglês). Para a soma dos dois, o volume de NFC, que ocupa cerca de seis vezes mais espaço nos navios que o FCOJ, é transformado em algo equivalente ao produto concentrado e congelado.

Os dados divulgados ontem mostram que as exportações à União Europeia, maior mercado para o suco vendido pelo Brasil, atingiram 333,5 mil toneladas, uma queda de 8% em relação ao volume registrado entre julho e dezembro do ano passado. A receita desses embarques diminuiu 4%, para US$ 625,6 milhões.

Nos principais mercados para o produto brasileiro, a maior baixa observada foi nas exportações para os EUA. Para o país, foram 112,7 mil toneladas, 26% menos que nos primeiros seis meses do ciclo 2017/18. O valor das vendas diminuiu 23%, para US$ 202 milhões. Em comunicado, a CitrusBR afirma que esse tombo já era esperado, já que em 2017 pomares americanos foram prejudicados pela passagem do furacão Irma e o país foi obrigado a ampliar a importação.

O ponto fora da curva no primeiro semestre desta safra foi o Japão. Conforme a CitrusBR, os embarques ao país atingiram 30,2 mil toneladas no período, 65% mais que em igual intervalo do ciclo anterior. Mas, segundo a CitrusBR, aparentemente houve apenas um adiantamento das compras, não um aumento efetivo da demanda.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

Siga nossas Redes Sociais

Receba nossas Notícias

SiteLock