Conjuntura do Agronegócio

1. Vietnã avalia abertura para melão e bovinos vivos do Brasil

Na reta final de sua missão comercial à Ásia, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse esperar que dentro de 30 dias sejam anunciadas as aberturas do mercado do Vietnã para as exportações brasileiras de gado em pé e melão. Em contrapartida, o Brasil deverá abrir as portas para camarão e peixes vietnamitas.

“As duas coisas estão andando absolutamente na mesma velocidade para que a gente possa abrir esse mercado”, disse a ministra em nota divulgada pelo Ministério da Agricultura. “O Vietnã é um dos principais mercados que queremos atingir de forma mais efetiva”, afirmou.

A pauta comercial de interesse dos dois países na área agropecuária foi tratada nesta sexta-feira em reunião entre Tereza e o primeiro-ministro do Vietnã, Nguyen Xuân Phúc. Também participou do encontro, em Hanói, o ministro vietnamita da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Xuan Cuong.

Os vietnamitas também informaram à comitiva brasileira que sua demanda do país asiático por algodão, soja e milho é cada vez maior e que o Brasil poderá preencher esse espaço.

Por outro lado, Xuân Phúc chamou a atenção para a necessidade de os dois países equilibrarem sua balança comercial agrícola. Em 2018, o superávit do Brasil alcançou US$ 1,4 bilhão.

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Fonte: Valor Econômico

2. CEO da ADM espera que disputa EUA-China seja resovida em um ano

Juan Luciano, CEO da americana ADM, uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, afirmou que sua expectativa é que os EUA e a China resolvam suas disputas comerciais, ou pelo menos as questões envolvendo tarifas, em um ano. Caso isso não aconteça, disse, os resultados da empresa poderão ser afetados em 2019.

“Não acredito que não haverá um acordo", disse Luciano em uma conferência com investidores. Ao mesmo tempo em que espera que as tarifas caiam em algum momento, o executivo afirmou que "sempre haverá um conflito latente entre os dois países" em razão do tamanho e das prioridades competitivas dos dois países.

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Fonte: Valor Econômico

3. Proposta quer trocar crédito de ICMS por título

Circula entre empresários e advogados tributaristas uma proposta para acabar com o acúmulo de créditos de ICMS pelos exportadores e quitar os antigos débitos dos Estados — uma conta que já ultrapassa os R$ 60 bilhões. A ideia é que o governo federal assuma as obrigações devidas pelos Estados e securitize essa dívida, entregando aos exportadores títulos com vencimento em dez anos.

A proposta foi formulada por Roberto Giannetti da Fonseca, ex-secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), a pedido dos exportadores. Diferentes setores seriam beneficiados, como celulose, siderurgia, suco de laranja e automotivo.

Segundo o economista, a troca de créditos de ICMS devido pelos Estados em títulos de dívida do governo federal seria benéfica para as empresas, que poderiam repassar os papéis no mercado, melhorando a liquidez de seus balanços.

Em 2018, o crédito de ICMS a recuperar na Fibria, por exemplo, chegou a R$ 1,2 bilhão. O valor estava em R$ 420 milhões na Natura, em R$ 711 milhões na Oxiteno Nordeste e em R$ 2,6 bilhões na JBS.

Para resolver a questão, contudo, não basta apenas solucionar o passivo. Também é importante que deixe de haver o acúmulo desses créditos, gerados quando uma empresa compra insumos no mercado interno e depois exporta.

A lei prevê que as vendas para o exterior sejam isentas de tributos para aumentar a competitividade do produto nacional. Em razão disso, as empresas deveriam receber o ICMS pago na compra do insumo quando exportam.

O problema é que, muitas vezes, o tributo é pago onde o insumo é comprado, e o crédito deve ser ressarcido pelo Estado por onde o item é exportado.

Para acabar como acúmulo de crédito, Giannetti da Fonseca sugere que o ICMS seja inserido no chamado drawback integrado. O ICMS é o único imposto relevante que não faz parte desse sistema.

O drawback integrado suspende a cobrança de IPI, PIS e Cofins sobre os insumos comprados pelas empresas quando o produto final é destinado ao mercado externo. Se o imposto não é pago, também não é gerado o crédito.

“A proposta é um importante estímulo para a exportação”, diz José Augusto de Castro, presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). Segundo apurou a reportagem, o projeto foi apresentado a Paulo Guedes (Economia) e ao governador João Doria (PSDB-SP), mas está sob análise para verificar a viabilidade.

Para incluir o ICMS no drawback integrado, é preciso aprovar, por unanimidade, uma resolução do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), composto pelos secretários de Fazenda estaduais. Conseguir esse aval pode ser bastante complicado, porque os Estados que recolhem o ICMS tendem a resistir.

Também não será fácil convencer o governo federal a securitizar a dívida dos Estados, dada a situação fiscal ruim.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Orfeu Cafés investe em renovação e irrigação para expandir a oferta

O jequitibá-rosa que desponta no alto da Serra da Mantiqueira está cercado por novos pés de café. A renovação da área em torno da árvore - que tem idade estimada em 1,5 mil anos e 40 metros de altura - na Fazenda Sertãozinho, em Botelhos, Minas Gerais, sintetiza a estratégia atual da Orfeu Cafés Especiais: privilegiar variedades mais produtivas e ampliar a oferta de cafés especiais.

A propriedade foi adquirida em 1995 pelo empresário Roberto Irineu Marinho, presidente do conselho de administração do Grupo Globo, que também controla o Valor. Junto com a esposa, Karin Marinho, ele deu início ao grupo Fazendas Sertãozinho e lançou, em 2005, a marca Orfeu. As cinco fazendas do grupo ficam em regiões privilegiadas para a produção do grão, que ganha complexidade em altitudes que vão de 1 mil a 1,5 mil metros. A Sertãozinho e a Cachoeira ficam no Sul de Minas, enquanto a Rainha, a Santa Inês e a Laranjal estão localizadas na Mogiana, em São Paulo.

Nesta safra 2019/20, as propriedades deverão produzir aproximadamente 30 mil sacas do grão, ante as 25 mil sacas de 2018/19 - um aumento de 20%. Em dois anos, a meta é chegar a 40 mil sacas. "Mas chegar ao volume de 45 mil sacas já está nos planos", disse Amanda Capucho, CEO da Orfeu Cafés Especiais.

O aumento estimado para a produção nesta safra, apesar da bienalidade negativa do arábica, reflete a entrada da produção da Fazenda Cachoeira na conta. Vizinha da Sertãozinho, a propriedade de 1 mil hectares foi adquirida há três anos e deverá ser responsável por 30% da produção. Juntas, Cachoeira e Sertãozinho deverão produzir entre 15 mil e 17 mil sacas de 60 quilos nesta safra.

A renovação dos cafezais, para dar espaço a variedades mais produtivas, e os investimentos em irrigação, que exigiram a reforma de áreas em produção, também têm influência no maior volume de café que passará pelas peneiras nesta e nas próximas safras.

"A gente não quer só produtividade, a gente quer qualidade", afirma José Renato Gonçalves Dias, diretor da Fazendas Sertãozinho. Nos últimos quatro anos, 400 hectares foram renovados.

O projeto de irrigação, que alcança até o alto no morro nos pés do Jequitibá, abrange 70% da fazenda. "A irrigação veio como um meio de mitigar riscos. Se vem um veranico, como aconteceu neste ano, temos como resolver o problema", disse Dias. "A uniformidade da florada também fica mais fácil de manter com a irrigação."

O resultado da atualização das áreas deverá vir em forma de colheitas maiores nos próximos anos, mas já começará a aparecer no faturamento de 2019, que deverá crescer 60% - o grupo não divulga o valor estimado.

Do total produzido na área de 1 mil hectares e cerca de 4 mil pés de café das cinco fazendas, 70% são cafés especiais. Ganham esse título grãos da espécie arábica que alcançam mais de 80 pontos na escala da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Em 2016, esse percentual era de 65% da produção.

São produzidas mais de 20 variedades nos cafezais. Do total, 60% do volume colhido nas fazendas do grupo é destinado à produção de cafés com a marca Orfeu. O restante é vendido para cooperativas, sendo que 15% são exportados como café verde.

Faz parte do plano de expansão da produção da Orfeu o aumento da capacidade de torrefação - atualmente de 1,8 mil sacas ao mês -, que deverá dobrar em 2020. A aposta é de longo prazo, já que a estrutura atual é suficiente para que a colheita chegue a 45 mil sacas com tranquilidade. "Crescemos, em média, 50% ao ano. Então, pelos próximos três ou quatro anos ainda temos capacidade para abastecer a Orfeu", disse Amanda.

Todo o processo, do campo à embalagem, acontece nas próprias fazendas. Na Sertãozinho fica o pátio de secagem, o beneficiamento e a torrefação, estrutura que atende a oferta vinda das lavouras, que se espalham por todas as propriedades do grupo.

Até o momento, 2% da área de café arábica da safra 2019/20 foi colhida. Os trabalhos começaram na semana passada e estavam ganhando ritmo na Fazenda Rainha na quarta-feira. A colheita na propriedade deverá alcançar 4 mil sacas neste ano, metade do volume da safra passada, quando 82% da produção foi de cafés especiais.

"Muitas lavouras foram arrancadas para a substituição por variedades mais produtivas e menos suscetíveis a doenças e fizemos o esqueletamento [poda feita em cafezais mais adensados para ampliar a produtividade], o que fez com que alguns talhões ficassem sem produzir", disse Alexandre Magno, gerente da Fazenda Rainha. A renovação é feita em etapas. "Assim, quando a produção é menor em uma das fazendas, é suprida pela outra".

A Rainha é uma das propriedades mais premiadas do grupo e tem a maior produção de bourbon amarelo do país. Cerca de 55% da lavoura é destinada à variedade.

Hoje, os carros-chefe da marca são os cafés em grãos e em cápsulas. "O grão vai muito bem em hotéis, restaurantes e bares, que buscam frescor e uma conexão do campo à xícara", afirmou Amanda. Já as cápsulas são vendidas nos supermercados, de olho em uma praticidade cada vez mais demandada pelos clientes.

A economia brasileira estagnada e a crise de preços do café, que estão no mais baixo patamar em 14 anos no mercado internacional, não assustam a CEO. "Somos uma empresa ainda pequena, mas que não trabalha com commodity. Não temos um problema relacionado à crise".

Segundo Amanda, a ideia propagada à exaustão no mundo corporativo de que na crise também há uma oportunidade é válida no mercado de cafés. "Muita gente deixou de ir em restaurantes por causa da crise e passou a receber mais amigos e familiares em casa e a se preocupar mais com o que está servindo. Há um resgate de rituais, de um momento do 'eu mereço pequenas coisas que me façam feliz'".

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Fonte: Valor Econômico

5. Lucro líquido da Deere&Co caiu 6% no 2º trimestre

A americana Deere & Co, uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas do mundo, dona das marcas John Deere, registrou lucro líquido de US$ 1,14 bilhão no segundo trimestre de seu exercício 2019, 6% menos que no mesmo período do ano-fiscal anterior. Nos primeiros seis meses do exercício, porém, houve alta de 143%, para US$ US$ 1,63 bilhão.

As vendas globais da companhia cresceram 6% no segundo trimestre, para US$ 11,34 bilhões, e 10% no seis primeiros meses do ano-fiscal, para US$ 19,33 bilhões. Especificamente na área agrícola, as vendas aumentaram 3% no segundo trimestre, para US$ 7,28 bilhões, e 6% no semestre, para US$ 11,96 bilhões.

Na divulgação de resultados, a empresa creditou o avanço da divisão agrícola pelos à maior quantidade de máquinas comercializadas e ao aumento dos preços, que foram parcialmente compensados pelos efeitos desfavoráveis do câmbio.

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Fonte: Valor Econômico

6. Lista de demandas contempladas no PAA Sementes é divulgada

As demandas para compra de sementes contempladas no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) já foram definidas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulga nesta quarta-feira (15/05) o ranking com a lista dos planos de distribuição classificados. Ao todo, serão destinados cerca de R$ 5 milhões para todo o país, recursos repassados pelo Ministério da Cidadania.

No início de abril, as instituições parceiras mandaram suas demandas à Conab, com pedidos de sementes para distribuição, indicando a quantidade necessária, o tipo e o público que será beneficiado. As sementes serão adquiridas da agricultura familiar em todo o país, por meio de compra direta ou chamada pública, dependendo do valor das propostas apresentadas.

Para as aquisições, o maior investimento será nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, que receberão cerca de R$ 3 milhões, o que permitirá atender 10 planos de distribuição. Já as regiões Norte e Sul atenderão a 7 planos com recurso de R$ 2 milhões.

Os produtos serão adquiridos de associações e cooperativas de todo o Brasil, e posteriormente entregues aos órgãos demandantes que distribuirão as sementes a outros agricultores familiares e comunidades tradicionais.

Ao todo, a Companhia recebeu demandas para a compra de sementes que somam um volume de recursos na ordem de R$ 10,5 milhões. As regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram demandas que totalizam um investimento superior a R$ 3 milhões cada. Já na região norte, as demandas somaram aproximadamente R$1,8 milhão, enquanto que no Sul do país os planos somaram R$1,7 milhão.

O PAA Sementes possibilita a compra diretamente de cooperativas e outras organizações. O objetivo é apoiar projetos que contribuam para o fortalecimento social e econômico das famílias de agricultores, como forma de incentivo à produção local.

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Fonte: Conab/Agrolink

Proteína Animal

7. Japão fecha acordo para voltar a comprar carne bovina dos EUA

O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, anunciou que seu país e o Japão concluíram o acordo que permitirá a retomada das exportações americanas de carne bovina ao país asiático, suspensa desde 2003.

Conforme lembrou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o acordo foi fechado durante reunião dos Ministros de Agricultura do G-20. "É uma ótima notícia para os pecuaristas e exportadores americanos, que agora têm acesso total ao mercado japonês para sua carne bovina de alta qualidade, segura e saudável", disse Perdue, em nota.

Ele também afirmou que a decisão japonesa poderá ajudar na abertura de mercados de outros países.

Em 2003, o Japão bloqueou as exportações dos EUA por causa da ocorrência de vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina-BSE). Em dezembro de 2005, o país asiático restabeleceu o acesso parcial de cortes e miudezas dos Estados Unidos de bovinos com até 20 meses de idade. Em fevereiro de 2013, o Japão ampliou o acesso para animais abatidos com até 30 meses.

O USDA estima que a medida poderá ampliar as exportações de carne bovina dos EUA para o Japão em até US$ 200 milhões por ano.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Custos de produção de suínos e de frangos de corte caem 2% em abril

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte calculados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (embrapa.br/suinos-e-aves/cias), caíram 2,16% e 2,41%, respectivamente, em abril, devido principalmente à diminuição dos preços dos insumos que compõe a ração dos animais.

No caso dos suínos, os gastos com a nutrição dos animais, que em abril representou 76% do total dos custos de produção, caiu 2,19%. Com isso, o cálculo do custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina passou de R$ 3,81 em março para R$ 3,73 em abril (o menor valor desde fevereiro de 2018).

O ICPSuíno fechou o quarto mês de 2019 em 213,51 pontos, seguindo em queda desde fevereiro. No ano, o índice acumula -2,73%, e chega a -5,73% nos últimos 12 meses.

Já o ICPFrango foi influenciado, além da queda nos gastos com nutrição (-1,29%), na diminuição do valor dos pintos de um dia (-1,14%), fazendo o índice fechar em 211,58 pontos.

O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná passou de R$ 2,80 em março para R$ 2,73 em abril, valor calculado a partir dos resultados em aviário tipo climatizado em pressão positiva.

No ano, o índice de custo de produção de frangos de corte acumula -2,98 e, nos últimos 12 meses, -3,67%.

Os índices de custos de produção foram criados em 2011 pela equipe de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves e Conab. Santa Catarina e Paraná são usados como estados referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.

Aplicativo Custo Fácil - Disponível para download gratuito, o Custo Fácil auxilia o produtor integrado e a assistência técnica a estimar o custo de produção e obter relatórios para a gestão da granja. O Custo Fácil pode ser baixado em smartphones ou tablets com sistema Android na Google Play Store.

Planilha de custos do produtor - Produtores de suínos e de frango de corte integrados podem usar na gestão da granja uma planilha eletrônica feita pela Embrapa. Ela compara a receita obtida com os custos de produção, acompanhando a geração de caixa da granja e o impacto da prestação do financiamento. A planilha ainda analisa o resultado e apresenta uma estimativa da Taxa Interna de Retorno (TIR) do investimento. Ela pode ser baixada no site da CIAS.

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Fonte: Embrapa Suínos e Aves/Notícias Agrícolas

9. Mercado do boi gordo pode retomar fôlego

No cenário geral o mercado ficou morno no fechamento da última sexta-feira (17/5), com oscilações em baixas quantidades e intensidades. Em São Paulo o mercado também andou de lado, as escalas estão confortáveis, ao redor de quatro dias. Existiram tentativas de compra abaixo da referência, mas os negócios neste patamar não se concretizam, ou seja, não está fácil para o frigorífico impor uma pressão de baixa no mercado. Até mesmo na sexta-feira, quando normalmente os compradores se “acanham”, a grande maioria dos frigoríficos estava ativo nas negociações na praça paulista.

A oferta de gado regulada em associação à uma demanda externa por carne bovina aquecida, têm sido suficientes para manter os preços da arroba sustentados. Há inclusive frigoríficos ofertando até R$2,00/@ para bovinos que atendam critérios de qualidade para exportação para o mercado chinês. As expectativas são positivas para maio, pois se as exportações continuarem no mesmo ritmo é possível que a venda de carne bovina in natura para o mercado internacional registre o maior volume desde setembro do ano passado. Para esta segunda metade do mês, este pode ser um fator importante de sustentação das cotações da arroba.

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Fonte: Scot Consultoria/Agrolink

Agroenergia

10. CNA propõe remuneração a produtores de cana no Renovabio

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou que os produtores de cana-de-açúcar participem da remuneração que as usinas produtoras de etanol terão dentro do RenovaBio, conhecida como Crédito de Descarbonização por Biocombustíveis (CBios).

A demanda foi apresentada pelo presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, Enio Fernandes, para o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Miguel Lacerda de Oliveira, na última sexta-feira (17), em Brasília.

A base para a emissão do CBios será o índice fornecido pela RenovaCalc, uma ferramenta para comprovação do desempenho ambiental de usinas de biocombustíveis desenvolvida pela Embrapa.

Segundo o assessor técnico da Comissão de Cana-de-Açúcar da CNA, Rogério Avellar, nos casos em que as usinas compram matéria-prima de outros produtores, esses também teriam direito a receber parte da remuneração, pois o uso de práticas sustentáveis no processo produtivo interfere diretamente na avaliação feita pela calculadora da Embrapa.

"Quanto mais o produtor utilizar práticas sustentáveis como plantio direto e reduzir a quantidade de combustível fóssil na atividade, maior será a nota da usina. O produtor vai ter esse custo, mas não participará dos ganhos financeiros gerados pelos CBios emitidos pelas usinas. Ele contribui efetivamente para essa valorização e merece ser remunerado também", afirmou Rogério Avellar.

Conforme projeção do Ministério de Minas e Energia, o RenovaBio vai gerar R$ 1,4 trilhão em investimentos até 2030. O programa está em fase de regulamentação e começará a funcionar em 2020./p>

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Fonte: Datagro/UDOP

11. Syngenta apresenta canavial formado com Plene Emerald, as sementes artificiais de cana. O plantio será semelhante ao de grãos

A tecnologia será lançada oficialmente nos próximos dias e em agosto terá início a colheita nos canaviais-pilotos com Plene Emerald

Durante a Estação do Conhecimento, evento realizado esta semana pela Syngenta no município paulista de Itápolis, foi apresentada uma pequena área formada a partir do Plene Emerald, as sementes artificiais de cana desenvolvidas pela empresa.

Há alguns anos em desenvolvimento e experimentos internos e externos, o Plene Emerald chega em 2019 para a fase de testes em clientes (usinas e agrícolas).

O grande diferencial da tecnologia é a simplificação do plantio. A cana passará a ser plantada de forma semelhante ao plantio de grãos. As sementes serão colocadas (manual ou mecanicamente) em intervalos de 20cm e de 10cm a 15cm de profundidade.

Como benefícios, a Syngenta destaca o uso de máquinas mais leves, melhor uso da mão de obra, garantia de sanidade e pureza vegetal e destinação das áreas de viveiros para produção de cana-de-açúcar, já que o Plene Emerald é voltado para plantio comercial.

Outro destaque é a redução dos custos. No sistema de plantio convencional atual, o CAPEX chega a R$ 20 m, o OPEX a R$ 10 m/ano e o rendimento por máquina a 4 hectares por turno. Já o Plene Emerald resultará em um CAPEX de R$ 2-4 m, um OPEX de R$ 1 m/ano e um rendimento de máquina de 8 hectares por turno.

Canaviais-pilotos foram montados em unidades sucroenergéticas e produtores de cana, a colheita terá início em agosto de 2019.

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Fonte: Cana Online/UDOP

12. Especuladores elevam posição vendida em açúcar bruto na ICE ao maior nível em 8 meses

Especuladores aumentaram substancialmente suas posições vendidas líquidas nos contratos futuros do açúcar bruto na ICE na semana finalizada em 14 de maio, para o maior nível desde setembro, mostraram dados do governo dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

As posições vendidas líquidas por especuladores no açúcar aumentaram em 33.536 contratos, para 159.187 contratos.

Os preços do adoçante caíram nas últimas semanas, pressionados por preocupações a respeito da oferta global abundante e pelos estoques crescentes em importantes países produtores, como a Índia.

No café, os especuladores reduziram suas posições baixistas para o arábica em 4.885 lotes, para 73.321 lotes.

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Fonte: Reuters/UDOP

Grãos e Grandes Culturas

13. Valorização do dólar destrava vendas de soja

Enquanto a crise política se agrava no Congresso Nacional, os exportadores de soja aproveitam para destravar vendas e aumentar margens. Assim, a alta de cerca de 4% da cotação do dólar ante o real fez a alegria de muitos produtores e tradings que atuam no país na semana passada.

A turbulência política no país, aliada à cautela provocada pela guerra comercial entre China e Estados Unidos criaram o espaço que muitos produtores estavam esperando para fechar contratos.

Segundo o consultor Evandro Oliveira, da Safras & Mercado, na semana passada os contratos firmados de vendas de soja devem ter ficado ao redor de 2,5 milhões de toneladas. "Há muito tempo não víamos volumes assim. Com toda certeza, não neste ano", afirmou.

A escalada da guerra comercial entre Washington e Pequim também contribui para as vendas brasileiras. A briga entre os gigantes do comércio fez o prêmio pago pela soja brasileira no porto de Paranaguá (PR) sair da casa dos US$ 0,20 para US$ 0,93 em relação ao preço do bushel (27,2 quilos) do contrato com vencimento em julho em Chicago.

"Os prêmios chegaram a passar de US$ 1, mas voltaram um pouco", disse Oliveira Na sexta-feira, segundo informação da agência Dow Jones Newswires, o jornal do Partido Comunista Chinês, "People's Daily", estampou na primeira página um comentário destacando que a guerra comercial tornará a China mais forte, e não fazê-la "se curvar" aos interesses dos Estados Unidos.

Até o dia 10 deste mês, segundo a Safras, a comercialização da safra 2018/19 de soja do Brasil chegava 55,4% da produção estimada em 117,9 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, o percentual era 62,5%; na média para o período, chega a 61,5%.

"A gente estava vendo uma comercialização da mão para a boca", disse o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes.

A entidade estima vendas externas de soja perto de 63 milhões de toneladas em 2019, expectativa menor que as 66 milhões de toneladas inicialmente previstas. Em 2018, quando todos os astros convergiram, foram escoadas 82,9 milhões de toneladas de soja pelos portos brasileiros, segundo dados da Anec. "Mas eu não descarto, por exemplo, chegar em 70 milhões de toneladas se os preços ajudarem", afirmou Mendes.

Para além dos preços, o frete rodoviário é um fator que tem prejudicado a comercialização. "Eu tenho visto os fretes sendo fechados fora da tabela e as tradings deixando a multa para discutir depois na Justiça", disse Mendes. Ainda assim, disse, essa incerteza com relação ao peso do frete nos custos finais tem dificultado o fechamento de contratos para grandes volumes.

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Fonte: Valor Econômico

14. Bunge deve ter margens melhores por causa da peste suína na China

O surto de peste suína africana na China deve continuar a influenciar os preços da soja e das carnes por muitos anos. É o que afirmou Gregory Heckman, CEO da americana Bunge, uma das miaores empresas de agronegócios do mundo. O executivo fez a declaração durante evento nos Estados Unidos e as informações são da agência AgriCensus.

Segundo ele, a divisão de Agribusiness da companhia nos EUA poderá se beneficiar das mudanças nos fluxos comerciais, já que a Bunge tem apenas 15% de sua capacidade de moagem na China.

“Nós já podemos dizer que haverá menos soja e mais esmagamento, e isso é um saldo positivo para a gente. Acreditamos que os efeitos serão notados para além de 2019”, disse, pontuando que para ração, seja para alimentar gado ou peixes, haverá a necessidade de soja, o que gera um possível suporte para os preços.

Apoiado na perspectiva de esmagar mais soja e vender mais farelo que grão, o CEO da Bunge acredita em margens melhores.

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Fonte: Valor Econômico

15. Pesquisa cria primeiros híbridos de café para a região amazônica

A incidência de ervas daninhas nas lavouras de soja do Brasil está aumentando, principalmente na época da colheita da oleaginosa durante a safra 2018/2019. De acordo com Paulo César Timossi, da Universidade Federal de Goiás (UFG), é preciso investir em alternavas de controle dessas plantas invasoras.

“O manejo dessas plantas com sistemas integrados é uma das principais ferramentas para controlar o problema. Outra é o cultivo de plantas de cobertura o qual deve ser encarado como uma cultura. Pesquisas realizadas mostram que a rotação de culturas é primordial para rotacionar os herbicidas com diferentes mecanismos de ação”, comentou o especialista.

Ele explicou ainda que essa alta incidência de plantas invasoras foi um fator determinante para a diminuição da produção no último ciclo da soja. “As plantas daninhas consideradas de difícil controle, como o capim-amargoso e buva, possuem características morfoanatômicas que impedem a absorção dos herbicidas em concentração suficiente para causar a morte dessas espécies. Uma das propostas apresentadas seria o estabelecimento de programas de manejo em sistemas de produção”, indica.

“Das áreas que visitamos identificamos que quando se faz um bom planejamento de manejo desde adubação, plantio, variedade e controle químico de plantas daninhas, pragas, doenças, com uma boa tecnologia de aplicação e com controle no momento certo, os resultados de produtividade foram bons. Não tem como abrir mão de nenhuma das recomendações técnicas para plantar e colher bem”, afirma.

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Fonte: Agrolink

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