Conjuntura do Agronegócio

1. Pecuária garantirá avanço do valor da produção do campo em 2019

Novas estimativas recém-concluídas pelo Ministério da Agricultura confirmaram a tendência de recuperação do valor bruto da produção (VBP) brasileira em 2019. Segundo os novo números da Pasta, as cinco principais cadeias do segmento alcançarão um VBP conjunto de R$ 200,9 bilhões, 8% mais que o montante previsto para este ano — 185,8 bilhões, 3,6% menos que em 2017.

Nessa frente, a liderança permanecerá com os bovinos, cujo VBP deverá atingir R$ 78,6 bilhões no ano que vem, 2,7% mais que em 2018, ano de VBP relativamente estável . Também com melhores perspectivas nos mercados doméstico e externo, o frango tende a experimentar recuperação expressiva. Seu VBP em 2019 foi elevado pelo ministério para R$ 63,7 bilhões, 20,9% mais que o valor estimado para 2018.

Conforme a Pasta, em 2019 também haverá incrementos nos VBPs dos suínos (1,2%, para R$ 14,2 bilhões) e do leite (7%, para R$ 34,3 bilhões), mas o dos ovos, que vinham sendo beneficiado pela queda da demanda por carnes, deverá recuar 5,5%, para R$ 10 bilhões.

É o aumento do VBP da pecuária que garantirá o avanço do valor da produção agropecuária em geral no país em 2019. E esse avanço não será maior que o percentual de 1,9% projetado (para R$ 584,6 bilhões) graças a uma queda calculada em 1,1% para o VBP da agricultura, onde as 21 principais lavouras deverão render, no total, R$ 383,9 bilhões.

Carro-chefe do agronegócio brasileiro, a soja deverá amargar, em 2019, o primeiro ano de queda após oito seguidos de crescimento. Para a oleaginosa, o ministério passou a prever R$ 142,1 bilhões no ano que vem, 1% menos que em 2018 mas ainda um nível considerado elevado.

Para cana e milho, o cenário traçado continua distinto. Em parte graças à queda dos preços do açúcar, para a cana a expectativa é de nova retração expressiva do VBP em 2019 — de 13,5% em relação a 2018, para R$ 53,4 bilhões —, ao passo que para o milho é de recuperação após a quebra da safra 2017/18. O valor bruto da produção do cereal no ano que vem agora está estimado em R$ 52,1 bilhões, 9,8% maior que o calculado para este ano.

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Fonte: Valor Econômico

2. PIB da agropecuária terá aumento mais modesto, abaixo de outros setores, prevê Ipea

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária do Brasil poderá crescer até 2 por cento em 2019, após um crescimento de 0,9 por cento estimado para 2018, de acordo com projeções divulgadas nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O Ipea disse ainda, com base em projeções de produção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que a perspectiva é de que o setor agropecuário apresente crescimento abaixo da média da economia, após ter sido um destaque positivo em anos de recessão econômica no Brasil. De outro lado, há expectativa de recuperação em outros segmentos econômicos.

"A base (da agropecuária) é muito elevada em 2017 e o PIB agro cresceu naquele ano 12 por cento, e o sarrafo (base) ficou alto. O nosso cenário é bom, mas pode ser revisado mais para frente", disse o economista e diretor do Ipea, José Ronaldo de Castro, a jornalistas nesta quinta-feira, explicando o crescimento mais baixo projetado para 2018.

O Ipea prevê que o PIB do Brasil cresça 1,3 por cento este ano e 2,7 por cento, em 2019.

Ele citou ainda alguns problemas registrados na indústria de carne de frango, um mercado que o Brasil lidera na exportação, mas que teve retração em embarques neste ano, em meio a embargos da União Europeia. A greve dos caminhoneiros em maio também afetou o setor.

Castro citou ainda a forte concorrência da Ásia no mercado de açúcar, outro produto em que o Brasil detém uma liderança. As exportações brasileiras vão despencar em 2018.

"Há dificuldades de penetração da carne de frango do Brasil por conta de barreiras não tarifárias gerando um impacto direto no desempenho e causando até o fechamento de plantas industriais aqui no Brasil dedicadas ao abate de animais", disse.

Os embarques de carne de frango do Brasil devem fechar 2018 em queda de 5,1 por cento, uma retração maior do que a esperada, segundo a associação do setor ABPA.

"No caso da cana-de-açúcar, vê-se um aumento da oferta global e concorrência dos asiáticos, que cresceu fortemente e jogou o preço do açúcar para baixo...", completou.

Do lado positivo, o Brasil ampliou fortemente seus embarques de soja e carne bovina em 2018, mercados que foram beneficiados pelo crescimento de embarques para a China. As exportações desses produtos bateram recordes neste ano.

De qualquer forma, ele vê a possibilidade de uma melhora na projeção, dependendo do clima para o desenvolvimento da safra atual.

Considerando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as previsões para o PIB da agropecuária são mais modestas, de aumento de 0,6 por cento em 2018 e de 0,9 por cento em 2019.

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Fonte: Reuters/Notícias Agricolas

3. Agropecuária perdeu mais de 23 mil empregos formais em novembro

A agropecuária brasileira perdeu 23,692 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês de novembro, resultado de 61,628 mil contratações e 84,960 mil demissões. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados referente ao mês passado, divulgado nesta quinta-feira (20/12) pelo Ministério do Trabalho (MTE).

O resultado só não foi pior que da Indústria de Transformação, que perdeu 24,287 mil empregos formais no mês passado. Foram 168,845 mil contratados e 193,132 demitidos. Outro setor que fechou vagas formais foi o da Construção Civil: 13,854 mil.

Apesar do resultado negativo no mês, no acumulado de janeiro a novembro, a agropecuária teve mais admitidos do que demitidos. O saldo nos onze primeiros meses de 2018 é positivo em 51,402 mil empregos formais. No período de 12 meses encerrado em novembro, foram geradas 4,986 mil vagas.

Resultado geral

No geral, o Caged encerrou novembro mostrando a geração de 58,664 mil vagas formais, resultado de 1,189 milhão de admissões e 1,130 milhão de demissões. De janeiro a novembro deste ano, a economia brasileira gerou 858,415 mil vagas com carteira assinada. No período de 12 meses encerrado em novembro, foram 517,733 mil empregos.

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Fonte: Globo Rural

Insumos

4. Registrado primeiro biofertilizante do Brasil

Foi registrado pela empresa brasileira Microquimica o primeiro “biofertilizante” desenvolvido no País. Trata-se do Vorax (L-glutâmico), produto com ação bioestimulante produzido a partir de um processo de fabricação envolvendo fermentação biológica.

O diretor técnico da empresa, Roberto Berwanger Batista, revela que o registro não é um marco apenas para a Microquimica: “É também para a agricultura brasileira e para o setor de fertilizantes, pois abre oficialmente uma nova classe de produtos regulamentados para uso no país, que auxiliam as plantas a expressarem seu potencial produtivo e adicionalmente ajudam a tornar a agricultura mais sustentável”.

Ele revela que o processo levou mais de cinco anos para ser concluído, com muitas pesquisas em várias culturas e alto investimento. “Temos ensaios agronômicos que posicionaram o Vorax em 10 cultivos agrícolas diferentes, que atestam sua eficiência, trazendo grande segurança ao agricultor e ótimos retornos financeiros”.

O biofertilizante Vorax é produzido por meio da fermentação biológica do melaço de cana para estimular o metabolismo das plantas e reduzir perdas de produtividade. Sua dose é bastante reduzida e seus efeitos nas plantas é diferente dos fertilizantes convencionais, que se baseiam nas quantidades necessárias de nutrientes.

Batista destaca que o principal ingrediente ativo do produto, o aminoácido chamado ácido L-glutâmico, age diretamente no metabolismo vegetal. “Esses efeitos são bastante diferentes dos nutricionais e são observados com doses muito baixas de aplicação. As doses variam de 30 a 100 ml por hectare e ativam três metabolismos nas plantas, do nitrogênio, do carbono e o oxidativo, gerando maior crescimento e produtividade”, conta Batista, que afirma que este é o grande diferencial do produto, que motivou a busca do enquadramento na classe adequada. “E essa classe é a de Biofertilizantes, não a de Fertilizantes”.

A Microquimica revela que investiu perto de R$ 1 milhão em pesquisas, análises e estrutura ao longo desse processo de registro. “Esse valor é algo impensável em se tratando de fertilizantes, onde os registros são obtidos praticamente sem custos inerentes ao processo. Por isso o registro é bastante relevante para nós, pois nos mostra que com nossa convicção e resiliência, finalmente, chegamos ao resultado que pretendíamos”, diz Batista.

De acordo com ele, com o registro, as vendas também devem ser bastante expressivas: “Como atuamos em praticamente todo o país, nas principais culturas, nossa expectativa é tratar, já na safra 2018\2019, até um milhão de hectares, com maior peso da cultura da soja, onde temos 28 trabalhos, com incremento médio de cinco sacos por hectare, frente um custo adicional, de cerca, de 17 kg de grãos de soja. É um retorno acima de 20 vezes o investimento, bastante vantajoso para o produtor rural”.

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Fonte: Agrolink

5. Tecnologia modifica pesquisa agronômica

Tecnologias de satélites e drones estão mudando a cara da pesquisa agronômica. Uma das discussões da Conferência Conjunta do Canadian Wheat Symposium no mês passado e do Canadian Workshop sobre Fusarium Head Blight explorou como o sensoriamento remoto está abrindo possibilidades para monitorar as condições do solo e a saúde das culturas.

Heather McNairn, pesquisadora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Ottawa, da Agriculture and Agri-Food Canada, analisou o papel que os satélites começaram a desempenhar na pesquisa agrícola. McNairn apontou as dificuldades na abordagem atual para monitorar o ciclo de crescimento das plantas e como elas são incômodas e ineficientes.

Ela afirmou que, em 158,7 milhões de acres do total de terras cultiváveis no Canadá (93,4 milhões em lavouras), o método tradicional não pode alcançar cada acre. Mas os satélites, orbitando a 800 km da Terra e viajando a mais de 25.000 km / h, podem cobrir muito mais terreno, muito mais rapidamente.

Segundo a especialista, os satélites coletam medições da quantidade de energia emitida, refletida ou dispersa. A intensidade da energia depende do tipo e condição dos solos e culturas. Por exemplo, no espectro de luz visível, a quantidade e o comprimento de onda da luz refletida podem fornecer informações sobre pigmentação da planta, estrutura interna da folha e umidade.

Considerando que, no espectro de microondas, que não é afetado pela cobertura de nuvens, uma penetração mais profunda pode ser alcançada do que seria possível no espectro visível. Os sensores de microondas são sensíveis à umidade no solo e também podem revelar informações sobre a estrutura e podem ser usados para estimar a biomassa.

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Fonte: Agrolink

6. Santander busca dobrar lojas Agro em 2019 com setor em alta

O Santander Brasil, unidade do espanhol Santander, prevê até dobrar a quantidade de lojas Agro no país no próximo ano, disse à Reuters um executivo da instituição, à medida que o setor segue em expansão e a safra pode ser recorde.

Após anunciar 16 unidades desse tipo em 2017 e outras seis neste ano, o banco agora busca abrir de "10 a 20" em 2019, em um processo de "interiorização" da empresa, afirmou o diretor de Agronegócios do Santander no país, Carlos Aguiar.

As lojas Agro estão no centro da estratégia do Santander, ainda o quinto no ranking dos maiores fornecedores de crédito ao setor no Brasil, para capitalizar parte do desenvolvimento da agropecuária brasileira.

"Estamos em processo final de orçamento", disse ele, sem revelar valores destinados para as novas unidades, acrescentando que todos os Estados da região Sul, a segunda maior produtora de grãos depois do Centro-Oeste, terão lojas Agro, onde os produtores são atendidos por gerentes especializados e contam com a assessoria de agrônomos.

Ele não abriu potenciais municípios para esses estabelecimentos.

O Brasil tende a colher uma safra recorde de 238,4 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas em 2018/19, e o valor bruto da produção agropecuária deve aumentar 2 por cento em 2019, conforme recentes previsões do governo.

O ambiente de negócios, porém, é mais turbulento devido à disputa comercial entre Estados Unidos e China, ao tabelamento de fretes e, mais recentemente, a algumas adversidades climáticas.

Mesmo assim, Aguiar vê o ânimo do produtor brasileiro como positivo.

"As margens estão boas... O frete vai bater na rentabilidade, mas não vai matar ninguém... A gente começou a safra passada com uma janela ruim (de plantio), nesta safra começamos dentro da janela. Estamos acelerando, estamos otimistas com o setor, com a renda do produtor", resumiu ele, que já teve passagem pela gigante Cargill.

Na avaliação dele, apenas a intensificação da guerra comercial figura como maior risco neste momento, uma vez que pode acarretar em desaceleração econômica e menor apetite da China por commodities brasileiras, como a soja, que registrou embarques recordes neste ano.

HEDGE

O executivo do Santander revelou que neste mês foram realizadas as primeiras operações de hedge de commodities agrícolas para seus clientes do agronegócio, algo antecipado pela Reuters há um ano.

Funcionando como um hedge cambial, o serviço oferecido pelo Santander envolve contratos financeiros aos agricultores, que podem assim travar preços de suas colheitas futuras, sem necessidade de entrega física, paralelamente aos empréstimos.

"Começamos a operar neste mês, com as primeiras operações no mercado de café, mas estamos prontos para fazer isso também com boi, açúcar e podemos fazer até com grãos", comentou, preferindo não dar mais detalhes sobre as operações em si.

Atualmente, tradings como Bunge, Cargill e Archer Daniels Midland (ADM) costumam oferecer esse tipo de serviço aos agricultores.

CRÉDITO

Segundo o executivo, a carteira de crédito rural da instituição deve fechar 2018 em torno de 16 bilhões de reais, ante 13 bilhões em 2017. Com tal desempenho, o Santander Brasil fica na quinta posição entre os maiores provedores de empréstimos ao setor agropecuário, em um ranking ainda liderado de longe pelo Banco do Brasil.

O diretor avaliou ainda que os produtores rurais não deverão ter problemas com a oferta de crédito para esta safra, mesmo diante da escassez de linhas subsidiadas.

"Os bancos privados e públicos continuam emprestando a taxas normais, o mercado descobriu que consegue viver sem subsídio. Com a (taxa) Selic baixa, não precisa subsidiar tanto o setor", disse, prevendo que a taxa básica de juros siga em torno de 6,5 por cento ao ano em 2018, com o dólar na atual faixa de 3,80 reais.

"Imagino que o mercado siga crescendo sem crédito subsidiado até o meio do próximo ano. Nossa expectativa é de que no governo novo seja cada vez menor essa coisa de subsídio", concluiu.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

Proteína Animal

7. BRF ainda necessita de R$ 2,5 bi para cumprir meta de venda de ativos

Um ano para esquecer. Na BRF, a frase nunca fez tanto sentido. A tempestade que atingiu a empresa em 2018 teve de tudo um pouco. De conflitos societários à investigação da Polícia Federal, passando por embargos comerciais, prejuízo bilionário e ações em queda livre. A empresa perdeu mais de R$ 10 bilhões em valor de mercado no ano.

Desde meados de maio, no entanto, a BRF vem tentando mudar os rumos. Para reverter o quadro, Pedro Parente assumiu o comando da companhia, prometendo reduzir rapidamente o endividamento a partir da venda de ativos na Argentina, Tailândia e Europa.

O prazo da promessa está perto do fim - na verdade, ele não será cumprido. Ontem, a empresa admitiu que não conseguirá fechar a venda dos ativos na Tailândia e Europa este ano, como previa inicialmente. "Não diria que houve adiamento. Houve adequação do cronograma", disse a jornalistas o vice-presidente executivo da empresa, Lorival Luz.

Com isso, o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) não chegará às almejadas 4,35 vezes no fim deste ano. Em setembro, o índice estava em 6,7 vezes, nível considerado preocupante. Para Luz, no entanto, a meta segue válida. Desde o início, a BRF argumentava que os recursos das vendas só entrariam no caixa da companhia no primeiro trimestre de 2019. A intenção da companhia é que, na divulgação do balanço de 2018 - previsto para 28 de fevereiro -, as vendas tenham sido realizadas para que o índice de alavancagem "pro forma" atinja 4,35 vezes.

Para isso, BRF precisará obter, até a divulgação do balanço, cerca de R$ 2,5 bilhões com a venda da tailandesa Golden Foods Siam, especializada em carne de frango cozida, e da estrutura de distribuição de alimentos na Europa. Só assim o objetivo traçado por Parente de levantar R$ 3 bilhões com a venda de ativos operacionais será atingido.

Nas últimas duas semanas, a BRF acertou a venda de alguns ativos na Argentina, além de uma fábrica de hambúrguer no Brasil, mas o montante angariado ainda é pouco para a meta da empresa, além de significar uma perda contábil significativa sobre o valor investido pela BRF para montar essas operações.

Até agora, a empresa assegurou R$ 530 milhões com a venda de ativos operacionais. A última transação nessa frente foi anunciada ontem, com a alienação da argentina Avex, de carne de frango, por US$ 50 milhões (quase R$ 200 milhões), para a Granja Três Arroyos e Fribel.

Dada a promessa de reduzir o índice de alavancagem em mais de um terço no curto prazo, a venda da Avex era necessária. No entanto, o saldo contábil (sem efeito sobre o caixa) para a BRF será negativo. Para adquirir a Avex, há cinco anos, a companhia investiu cerca de US$ 150 milhões.

Apesar dos desafios, o clima na BRF é de tranquilidade, afirmaram duas fontes. "A meta vai ser atingida", disse uma delas. Há também quem esteja otimista e aposte que a BRF vai surpreender, obtendo mais do que os R$ 3 bilhões previstos, sobretudo devido à atratividade dos ativos da empresa brasileira na Tailândia, um país emergente no comércio global de carne de frango.

Embora o discurso oficial da BRF seja cauteloso, os mais otimistas apostam que o pacote que inclui a Golden Foods Siam e os ativos na Europa rendam R$ 3 bilhões. Somados aos R$ 530 milhões já obtidos e ao que poderá ser levantado com a venda da empresa de carne suína Campo Austral - último ativo argentino à venda -, a BRF poderia angariar R$ 3,7 bilhões com a venda de ativos operacionais, projetou fonte próxima à empresa.

Ontem, Luz fez questão de ressaltar que o interesse pelos negócios na Tailândia e Europa é grande. Atualmente, cinco companhias disputam esses negócios - entre elas, está a americana Pilgrim's Pride, controlada pela JBS, como o Valor informou.

"Pela intensidade de acessos ao data room [dados da companhia à venda], a transação segue competitiva", afirmou. Segundo ele, a extensão do prazo para a oferta vinculante, de 15 de dezembro para o fim desta semana, pode significar uma oferta mais vantajosa. "Dou uma condição melhor para os players que estão trabalhando de forma muito ativa para que possam dar uma proposta mais adequada".

Paralelamente à venda dos ativos, a BRF atua para melhorar a gestão de capital. Ontem, anunciou a antecipação de R$ 875 milhões em recebíveis. Junto com as vendas, a iniciativa ajudará a atingir R$ 5 bilhões do plano de monetização da companhia.

Além disso, a BRF tomou um novo empréstimo de R$ 500 milhões no BTG Pactual e renovou linhas de R$ 550 milhões com o Itaú. Assim, assegurou recursos para pagar as dívidas do primeiro semestre de 2019 sem mexer no caixa de R$ 6,5 bilhões.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. BRF diz ter recursos necessários para honrar dívidas do começo de 2019

A BRF assegurou nesta quarta-feira os recursos necessários para pagar as dívidas que vencem no primeiro semestre do próximo ano sem a necessidade de utilizar o caixa de R$ 6,5 bilhões que a companhia possui atualmente. A informação foi passada nesta quarta-feira pelo vice-presidente executivo da empresa de alimentos, Lorival Luz, durante teleconferência com jornalistas.

“Podemos considerar que estamos absolutamente tranquilos com relação ao perfil da dívida”, afirmou.

Nesta quarta-feira, a BRF anunciou a venda da argentina Avex, que produz carne de frango, por US$ 50 milhões à Granja Tres Arroyos e à Fribel. Além disso, também obteve mais R$ 875 milhões por meio da antecipação de recebíveis. Para tanto, a companhia concluiu a estruturação de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FDIC), com um prazo de vencimento de cinco anos e uma taxa de CDI mais 0,9% ao ano.

Considerando também outras iniciativas já anunciadas pela BRF, como a venda da argentina Quickfood e da fábrica de hambúrguer em Várzea Grande (MT) à Marfrig Global Foods, dona de Sadia e Perdigão, já garantiu a entrada de R$ 1,9 bilhão do total de R$ 5 bilhões que a companhia pretende obter com o plano de monetização anunciado neste ano.

O plano de monetização é a principal iniciativa da gestão Pedro Parente para reduzir o endividamento da empresa. A meta da BRF é fazer com que o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado) atinja 3 vezes no fim de 2019. No fim de setembro, o índice estava acima de 6 vezes, nível considerado preocupante por analistas.

Além das iniciativas que fazem parte do plano de monetização, a BRF firmou contratos de financiamento bancário de cerca de R$ 1 bilhão, alongando as dívidas. Desse total, R$ 500 milhões são “dinheiro novo”, disse Luz. Esses recursos foram tomados junto ao BTG Pactual em linhas de crédito rural e adiantamento de exportação. Outros R$ 550 milhões dizem respeito ao alongamento, junto ao Itaú, de dívidas que originalmente venceriam em 2019.

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Fonte: Valor Econômico

9. Brasil é responsável por 7% da produção mundial de leite, aponta Conab

De baixa produtividade, a pecuária leiteira do Brasil é responsável por 7% da produção global, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em 2016, o país produziu 32,1 milhões de toneladas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) compilados pela Conab.

Com essa produção, o Brasil figura na quinta posição entre os maiores produtores, só está atrás de União Europeia, Estados Unidos, Índia e China. Ao todo, o mundo produziu 493,9 milhões de toneladas de leite em 2016.

Produtividade

Quando o assunto é produtividade, o desempenho brasileiro não é dos melhores. De acordo com o levantamento da Conab, a pecuária leiteira do Brasil está na 14ª posição no ranking de produtividade.

Em média, cada vaca no Brasil produz 1,4 mil litros por ano. Na Coreia do Sul e no Japão, a produtividade é de cerca de 10 mil litros por ano. A pecuária coreana é a mais produtiva do mundo.

Mesmo países vizinhos, como a Argentina, têm produtividade bem melhor que a do Brasil. Conforme os dados compilados pela Conab, a produtividade na Argentina é de 5,5 mil litros por vaca ao ano.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Unica vê próxima safra de cana semelhante à atual; mix "muito" alcooleiro

A próxima safra de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil, a 2019/20, que se inicia em abril, deverá ter um volume semelhante ao da atual, na casa de 570 milhões de toneladas, afirmou nesta quinta-feira o diretor da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, em uma avaliação preliminar.

Segundo ele, a exemplo do que ocorreu em 2018/19, a próxima temporada também será “muito alcooleira”, com usinas tirando proveito de melhores preços do etanol em relação ao açúcar.

Padua evitou apontar um volume de moagem para a nova safra. O número indicado para 2018/19, de aproximadamente 570 milhões de toneladas, representaria uma queda de cerca de 4 por cento frente a anterior.

Mais cedo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu a safra 2018/19 do centro-sul em 566,9 milhões de toneladas.

A jornalistas, ele disse achar “difícil” que a próxima safra seja menor em relação à vigente. “Deve ser semelhante à atual, não volta ao nível de 2017/18”, destacou.

A projeção quanto a uma certa estabilidade para a safra futura foi indicada apesar de o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) ter avaliado, na mesma conferência de imprensa, que o clima até o momento tem sido muito favorável para a cana do centro-sul, que responde por cerca de 90 por cento da colheita do Brasil.

O gerente de Marketing e Negócios do CTC, Luiz Antonio Dias Paes, disse acreditar que a produtividade dos canaviais deverá crescer em 0,5 tonelada por hectare em média, com uma lavoura menos envelhecida.

Espera-se um canavial com 3,66 anos, em média, ante 3,72 anos na temporada atual.

A produtividade possivelmente maior seria compensada por eventual queda de área de colheita, de cerca de 1 por cento, uma vez que a cana deverá perder algum espaço para grãos e outras áreas recém-plantadas só começarão a produzir em 2020, segundo o executivo do CTC.

Conforme Paes, há perspectiva de aumento na renovação de canaviais.

“Até agora a coisa está indo muito bem, se tivermos um verão normal, a expectativa é de que tenhamos uma safra mais produtiva que a deste ano”, comentou. Os 570 milhões de toneladas de moagem em 2018/19 consideram um processamento de cerca de 10 milhões de toneladas entre janeiro e março, o período de entressafra. Segundo dados da Unica, até 16 de dezembro 205 usinas haviam encerrado as atividades da atual temporada, ante 215 há um ano. A expectativa, segundo Rodrigues, é de que até o fim deste mês o esmagamento de cana chegue a 560 milhões de toneladas. Até a primeira metade de dezembro, a moagem de cana no centro-sul totalizava 556,8 milhões de toneladas, queda de 4,1 por cento, com a fabricação de açúcar 26,7 por cento menor, com 26,2 milhões de toneladas. Em paralelo, a de etanol apresenta incremento de 19 por cento, com quase 30 bilhões de litros, refletindo um mix de 64,4 por cento da oferta de matéria-prima alocada para o biocombustível no ciclo.

RenovaBio

A presidente da Unica, Elizabeth Farina, aproveitou o evento para fazer um balanço de sua gestão à frente da entidade. Ela deixará o cargo em 31 de março, conforme já anunciado.

Segundo ela, o RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis) pode ser considerado uma das principais conquistas do setor sucroenergético e está alinhado com a visão de governo liberal do presidente eleito Jair Bolsonaro.

“A estrutura do RenovaBio converge para esse recorte mais liberal, não tem subsídio, não tem renúncia fiscal... Acredito que terá convergência com o tipo de política que será aplicada (pelo nove governo)”, afirmou ela.

Fonte: Reuters/NovaCana

11. Conab projeta alta de quase 20% na produção de etanol

Problemas climáticos e redução dos investimentos sobretudo em alguns polos do Sudeste levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a reduzir sua estimativa para a produção de cana-de-açúcar no Brasil nesta safra 2018/19, que começou em abril.

Segundo a estatal, o volume alcançará 615,8 milhões de toneladas, com quedas de 3,1% em relação ao previsto em agosto e de 2,8% na comparação com o resultado final do ciclo 2017/18. Do total, o Centro-Sul deverá representar 566,9 milhões de toneladas, uma baixa de 3,7%, e a região Norte/Nordeste responderá por 48,9 milhões de toneladas, 9,7% mais que no ciclo passado.

As intempéries no Sudeste "aparecem" nas estimativas da Conab para a produtividade média das lavouras. No Centro-Sul, onde a área de produção caiu 1% em 2018/19, para 7,8 milhões de hectares, o rendimento recuará 2,7%, para 73.084 quilos por hectare. No Norte/Nordeste, que teve área 1,6% menor (877,3 mil hectares), haverá aumento de 11,5%, para 55.781 quilos por hectare.

A devolução de terras arrendadas é apontada pela Conab como uma das causas para a redução das áreas de produção nas duas macrorregiões. "E o envelhecimento das lavouras, a baixa taxa de renovação, a falta de investimento em algumas regiões e a redução do pacote tecnológico têm mantido as médias brasileiras inferiores a 80 mil quilos por hectare", diz relatório divulgado ontem pela estatal. Na média, a produtividade nacional deverá registrar baixa de 1,7%, para 71.326 quilos por hectare.

A Conab também confirmou que a maior parte da colheita de cana deverá ser destinada à produção de etanol, que durante a maior parte do ano remunerou melhor as usinas do que o açúcar, cujas cotações internacionais permaneceram em baixos patamares. No Centro-Sul, a fabricação do bicombustível deverá somar 30,2 bilhões de litros na safra 2018/19, 18,5% acima do volume da temporada passada, ao passo que no Norte-Nordeste o incremento deverá chegar a 20%, para 2,1 bilhões de litros.

"Diferentemente do açúcar, que tem sua comercialização pautada em contratos futuros, o etanol permite que a unidade de produção [usina] aumente o fluxo de caixa com maior rapidez, uma vez que a comercialização é praticamente instantânea. O pagamento é realizado tão logo o combustível é entregue na distribuidora", aponta o relatório.

Com o movimento, mais nítido entre as usinas do Centro-Sul, a produção brasileira de açúcar deverá recuar 16,2%, para 31,7 milhões de toneladas. No próprio Centro-Sul a queda será de 17,6%, para 29,1 milhões de toneladas, que nem de longe poderá ser compensada pela alta de 3,6% projetada pela Conab para o Norte/Nordeste, onde o volume poderá alcançar 2,6 milhões de toneladas.

Levantamento divulgado também ontem pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostrou que, no Centro-Sul, a moagem nesta safra 2018/19, de 1º de abril à primeira quinzena de dezembro, atingiu 556,9 milhões de toneladas, 4,1% menos que em igual intervalo da temporada 2017/18. Na mesma comparação, a produção de açúcar 26,7%, para 26,2 milhões de toneladas, e a de etanol registrou alta de 18,9%, para 29,8 bilhões de litros.

Ainda de acordo com a Unica, 72 usinas encerraram os trabalhos da safra na primeira quinzena deste mês, ampliando o número total de unidades já com as portas fechadas para 205. Isso não significa, é claro, que as vendas de açúcar e etanol serão paralisadas. Para a entressafra do Centro-Sul, que vai até o primeiro trimestre do ano que vem, muitas usinas fizeram estoques de etanol para aproveitar o bom momento do mercado, no qual a demanda permanece aquecida.

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Fonte: Valor Econômico

12. MS deve bater recorde da produção de etanol na safra 18/19 e chegar aos 3,235 bilhões de litros

Mato Grosso do Sul deve bater na safra 2018/2019 o recorde da produção de etanol e atingir a marca dos 3,235 bilhões de litros, o que pode representar um incremento de 22,9% frente aos 2,632 bilhões de litros da temporada 2017/2018. Os dados são do terceiro levantamento de safra, divulgado nesta quinta-feira (20), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Se confirmada a projeção da Conab, o estado vai superar a marca histórica atingida no ciclo 2015/2016, quando seu parque sucroenergético processou 2,820 bilhões de litros do biocombustível.

Do etanol processado em Mato Grosso do Sul nesta safra, 68%, o equivalente a 2,200 bilhões de litros são do tipo hidratado - que é vendido diretamente nos postos de combustíveis. Os outros 32%, 1,035 bilhão de litros, são do anidro - que é misturado na proporção de 27% a gasolina.

Para aumentar a fabricação de etanol, as usinas do estado ampliaram a produção de matéria-prima. Houve uma ligeira queda de área colhida, 0,4%, com a extensão caindo de 666 mil hectares para 663,4 mil hectares, que foi compensada pelo incremento na produtividade de 5,1%, de 70,480 toneladas de cana-de-açúcar por hectare para 74,086 toneladas por hectare.

Dessa forma, a produção de cana do estado na temporada deve atingir as 49,144 milhões de toneladas, segundo maior volume da história de Mato Grosso do Sul, sendo superado apenas pelo registrado no ciclo 2016/2017, que foi de 50,292 milhões de toneladas. Frente a safra passada, quando o volume atingiu as 46,940 milhões de toneladas o incremento deve ser de 4,7%.

Dessa matéria-prima, 77,8% foi destinada ao processamento de etanol. Em relação ao ciclo passado o percentual de cana utilizada para a fabricação do biocombustível aumentou 3,5%, o que em quantidade representa 3,384 milhões de toneladas a mais. Frente a safra passada, a produção de etanol hidratado deve aumentar 24,6% e a do anidro 19,5%.

Açúcar

Enquanto a produção de etanol teve um salto no estado, a do açúcar registrou um discreto aumento , 1,1%. O volume subiu de 1,491 milhão de toneladas para 1,507 milhão de toneladas.

Esse incremento ocorreu mesmo com uma redução de 9,8% na quantidade de cana destinada a produção do alimento, de 12,084 milhões de toneladas para 10,904 milhões de toneladas, mas que acabou em parte compensada pelo crescimento do ATR (Açúcar Total Recuperável) - que representa a qualidade da matéria-prima. Esse indicador teve um aumento de 12%, de 129,6 quilos por tonelada para 145,1 quilos por tonelada, conforme a Conab.

Se confirmadas as projeções do levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento, o estado deve encerrar o ciclo como o quarto maior produtor de cana do país, o quinto de açúcar e o quarto de etanol - somando os dois tipos do biocombustível.

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Fonte: Portal G1/UDOP

Grãos e Grandes Culturas

13. Cargill vende negócio global de malte à cooperativa francesa Axéréal’s

A americana Cargill, uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, anunciou hoje um acordo para a venda de seu negócio global de malte à cooperativa francesa Axéréal’s.

O valor da transação, que deve ser concluída no segundo semestre de 2019, não foi revelado.

De acordo com a Cargill, o negócio de malte (que origina cevada e a transforma em malte) abrange 15 unidades em quatro continentes e possui cerca de 500 funcionários.

Por meio da unidade de negócios de malte, a Cargill atende as indústrias de cerveja, alimentos e bebidas.

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Fonte: Valor Econômico

14. Terra Santa vai renegociar dívida de US$ 85 milhões com o Itaú

A Terra Santa, uma das maiores empresas agrícolas do país, vai renegociar uma dívida de US$ 85,1 milhões (o equivalente a cerca de R$ 330 milhões) com a subsidiária do banco Itaú nas Bahamas.

Em fato relevante enviado nesta quinta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Terra Santa informou que o conselho de administração da companhia aprovou todos os atos necessários para que a diretoria renegocie o contrato de empréstimo.

No documento, assinado pelo presidente José Humberto Prata Teodoro Junior, a empresa informou que a renegociação visa a “adequar do fluxo financeiro à geração de caixa operacional da companhia”.

No fim de setembro, a dívida bancária da Terra Santa somava R$ 947 milhões. Ou seja, o contrato com o Itaú representa cerca de 35% do total.

Entre janeiro e setembro, (últimos dados disponíveis), a Terra Santa teve lucro líquido de R$ 31,4 milhões. A receita líquida da companhia foi de R$ 830,7 milhões nos primeiros nove meses de 2018.

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Fonte: Valor Econômico

15. Cofco se une ao grupo "ABCD" para automatizar comércio agrícola

Cofco International anunciou que está se associando às tradings que formam o grupo conhecido como “ABCD” no plano de ação conjunta que prevê a padronização de dados e a digitalização de transações globais de commodities agrícolas.

Anunciada em outubro, a parceria entre ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus tem foco inicial no desenvolvimento de tecnologias para automatizar processos de execução pós-negociação de grãos e oleaginosas. O objetivo é reduzir custos e recursos necessários para a tramitação de documentos em todo o mundo.

No longo prazo, a iniciativa, que usará tecnologias digitais como inteligência artificial e blockchain, tem como objetivo aumentar segurança, confiabilidade, eficiência e transparência ao implementar a digitalização de processos, faturas e pagamentos.

"Para nós, é uma grande satisfação nos unir a essa iniciativa como membro fundador", declarou Johnny Chi, presidente do conselho e diretor executivo da Cofco International, em nota.

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Fonte: Valor Econômico

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