Conjuntura do Agronegócio

1. Ministra quer abrir terras indígenas no Brasil à produção agrícola comercial

O Brasil deve permitir a exploração de terras indígenas pela agricultura comercial, disse nesta sexta-feira a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que ao mesmo tempo procurou suavizar muitas das polêmicas posições do presidente Jair Bolsonaro sobre os povos nativos e o meio ambiente.

Os agricultores formam uma base fundamental de apoio a Bolsonaro, que desde que assumiu o poder em 1º de janeiro colocou as políticas pró-agronegócio no centro de sua agenda. Ativistas têm alertado que as posições de seu governo podem enfraquecer proteções ao meio ambiente, à floresta amazônica e aos povos indígenas.

As áreas de reserva que cobrem cerca de 12 por cento do território brasileiro não podem atualmente ser exploradas para fins de agricultura comercial.

"Eles (índios) poderiam plantar lá... e talvez ter renda para a comunidade", disse Tereza a repórteres, em coletiva em Brasília . "Eles não podem fazer isso hoje. Isso precisa ser mudado no Congresso."

Ainda haveria exigências de que as reservas preservem uma porcentagem mínima de vegetação nativa, como todos os agricultores atualmente são obrigados a fazer, disse ela.

Bolsonaro deu controle sobre as designações de terras indígenas ao Ministério da Agricultura, depois de defender durante a campanha que nenhuma nova reserva indígena será criada. Mas Tereza adotou um tom mais moderado, dizendo que Bolsonaro não é a favor de novas reservas em áreas que há muito foram ocupadas para fins agrícolas.

"O presidente, quando fala em não demarcação, está falando que são em áreas de conflito (entre produtores e índios)."

Mas a Amazônia merece um tratamento completamente diferente, e as tribos com pouco contato com o mundo exterior devem ser protegidas, disse ela.

Bolsonaro também chegou a sugerir que o Brasil poderia sair do Acordo Climático de Paris e nomeou um ministro das Relações Exteriores que considera o aquecimento global uma invenção. Mas Tereza disse que está "tranquila" em permanecer no pacto, já que o país está a caminho de cumprir suas metas quanto às mudanças climáticas.

Quanto a uma promessa de campanha para acabar com a "indústria" de multas ambientais, Tereza disse à Reuters que o Brasil deve acabar com multas "indiscriminadas" impostas por várias agências que não conversam com os agricultores para resolver mal entendidos.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

2. Alvo de críticas, comitiva do PSL na China cobra apoio do governo

Cansados, traumatizados e, principalmente, massacrados por fogo amigo. É assim que dizem se sentir os 17 integrantes da comitiva brasileira que está na China - entre eles 12 parlamentares, em sua maioria eleitos pelo PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

Desde que Olavo de Carvalho, escritor tido como o guru intelectual do governo, acusou os políticos de serem "analfabetos funcionais" e "caipiras" por "entregarem o Brasil à China", na quinta-feira (17), os nervos estão à flor da pele.

Há quem diga não dormir há mais de 48 horas, já que os dias são tomados por reuniões que começam bem cedo e as noites (dia no Brasil) são usadas para acompanhar a enxurrada de críticas nas redes sociais e as discussões dentro da bancada.

No centro da discórdia, os parlamentares eleitos reclamam da falta de apoio do governo, expondo fraturas na base aliada. "Bolsonaro não sabe que equipe tem aqui, ou já teria saído em nossa defesa. Ele precisa se posicionar. Não estamos contra o governo, pelo contrário. Viemos ajudar", diz o deputado eleito Daniel Silveira (PSL-RJ).

As divergências chegaram ao grupo de WhatsApp da bancada. "Saí do chat e não pretendo voltar. Onde há briga, confusão e vazamentos, não há motivo para ficar", diz a também eleita Carla Zambelli (PSL-SP).

Citada por Carvalho, Zambelli é o principal alvo das críticas. "De repente, viramos inimigos da nação. Estou acostumada a este tipo de ataque, mas a maioria aqui não está", diz no lobby do hotel onde estavam hospedados, acompanhados por representantes do Partido Comunista chinês.

Na China, os membros do grupo parecem desorientados e têm dificuldade de manter uma postura coesa, apesar de garantirem que a experiência uniu os participantes. Uma acalorada discussão entre parlamentares foi presenciada pela reportagem na churrascaria Morton's na noite de sábado (19), no segundo andar do luxuoso hotel Regent.

O descompasso foi notório também durante um coquetel oferecido pela embaixada, no qual os participantes foram vistos discutindo entre si e parte deixou a recepção mais cedo. Com o silêncio de Brasília, o grupo esperava ter sido respaldado pela embaixada em Pequim, o que não aconteceu. "Fomos mais bem recebidos pelo Partido Comunista do que pela embaixada", disseram à reportagem.

O presidente Bolsonaro, que teria ficado surpreso com a viagem, não pretende se pronunciar sobre o caso. Segundo a delegação, o presidente do partido, Luciano Bivar, foi avisado com antecedência da viagem. "As pessoas precisam entender que isto não é uma hierarquia, somos do Legislativo e não do Executivo", diz Silveira, com o consentimento dos companheiros que preferiram não serem mencionados na reportagem.

As divergências ideológicas com o comunismo também foram minimizadas. "Alguns dos congressistas mais conservadores e religiosos estão aqui para mostrar que o diálogo e a cooperação são possíveis. Jamais me sentaria para negociar com Maduro, Castro ou Kim Jon-un, mas aqui há livre mercado e, como parlamentar, não cabe a mim criticar a ideologia do governo", diz Zambelli.

"A primeira lição que aprendemos na China foi não ter preconceitos. A imagem de país comunista que temos no Brasil se esvaziou com a nossa chegada aqui. A China é muito mais democrática que o Brasil em alguns aspectos", diz Silveira.

A impressão da comitiva é de que será preciso mais do que uma visita de legisladores eleitos para acalmar os ânimos de investidores chineses e confirmar o pragmatismo econômico do governo Bolsonaro.

"Dinheiro é dinheiro, não tem cor nem cheiro e não quer saber de ideologia. A China tem US$ 31 bilhões para investir no Brasil e não quer saber qual é a nossa ideologia", diz Aquino.

O grupo nega veementemente que o objetivo da viagem tenha sido visitar a empresa de tecnologia Huawei para implantar no Brasil um sistema de reconhecimento facial chinês, como acusou Olavo de Carvalho.

Um dos integrantes que pediu anonimato diz que o grupo quer buscar soluções para problemas do Brasil que não se sente confortável em levar tecnologias que possam colocar em risco a segurança dos brasileiros.

A delegação foi recebida por oficiais e empresários na China dos setores de infraestrutura, agronegócio, tecnologia e comunicação. O interesse principal, segundo os participantes do tour, é entender como podem incrementar o comércio bilateral.

A agenda do grupo inclui palestras sobre relações comerciais com a América Latina e visitas técnicas a empresas como a Huawei, a Corporação Nacional de Cereais, Óleos e Alimentos da China (Cofco), estatal que é a maior processadora, fabricante e comerciante de alimentos da China, além de visitas a projetos de segurança pública e infraestrutura tráfego em Pequim, Zhuhai e Shenzhen.

O grupo chegou ao país na quarta (16) e retorna ao Brasil na próxima quinta (24).

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Fonte: Valor Econômico

3. Exportações do agronegócio superaram US$ 100 bi em 2018

As exportações brasileiras do agronegócio superaram a barreira dos US$ 100 bilhões e bateram novo recorde histórico em 2018.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques do setor somaram US$ 101,69 bilhões no ano passado, 5,9% mais que em 2017 (US$ 96,01 bilhões) e montante 1,8% superior ao do recorde anterior, de 2013 (US$ 99,93 bilhões).

O crescimento foi impulsionado pelo salto das vendas à China — sobretudo de soja em grão, mas também de carne bovina e celulose. Segundo o ministério, o aumento foi de US$ 9 bilhões em relação ao ano anterior.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Ações judiciais aceleram registro de pesticidas

As empresas que pretendem aprovar pesticidas no Brasil estão entrando com uma série de ações judiciais contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) visando a aceleração do registro desses produtos. De acordo com Flávio Hirata, analista da AllierBrasil, o registro é regulado por uma série de leis, decretos, portarias, normas técnicas, resoluções, instruções normativas, que convergem em alguns pontos e divergem em outros.

“Em 2017 e 2018, a ANVISA rejeitou 30 e 22 processos de registro, respectivamente. O número de rejeições nos últimos 2 anos é relativamente baixo quando comparado aos anos anteriores, o que pode sugerir que as empresas que registram agrotóxicos melhoraram o nível de cumprimento dos requisitos regulatórios. Como forma de agilizar o processo de liberação, as empresas vêm utilizando um recurso previsto na legislação, que é um processo judicial contra a agência quando não inicia a avaliação da petição em 120 dias após seu início”, escreveu.

Além da Anvisa, também são responsáveis pelos registros o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente (Mapa). De acordo com a pesquisa realizada pela AllierBrasil, a ANVISA deferiu 40 registros como resultado de ações judiciais em 2017 e 2018.

“As ações judiciais iniciaram em média de 4 a 5 anos após o processo ter sido protocolado. No entanto, 25% dos processos foram iniciados em 2010 e 2011, ou seja, 7-8 após a apresentação do registro. Em 2018, 10% das liberações da Anvisa acabaram resultando na aprovação dos registros do FPE (produto formulado baseado em equivalência) pelo Ministério da Agricultura”, conclui Hirata em artigo publicado no portal chinês Agropages.com.

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Fonte: Agrolink

5. Ministro da Infraestrutura anuncia a concessão de três novas ferrovias

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou a concessão de três ferrovias até 2020, dando partida ao que chamou de "retomada do transporte ferroviário" no país. O comunicado foi feito em vídeo publicado em suas redes sociais.

Segundo ele, as iniciativas devem fazer com que a participação ferroviária na malha de transportes dobre até 2025.

Ferrovias respondem por cerca de 15% do escoamento da carga movimentada no país, segundo dados da EPL (Empresa de Planejamento em Logística) do ano passado. Rodovias respondem por 65%.

"O governo vai retomar o transporte ferroviário com um programa ambicioso, mas possível", disse.

De acordo com Freitas, em março será lançada a licitação da Norte-Sul, para ligar Porto Nacional (TO) a Estrela D'Oeste (SP). A intenção é conectar o porto de Itaqui, no Maranhão, ao porto de Santos (SP).

Apesar do tom dado pelo ministro de se tratar de anúncio do novo governo, o trâmite da concessão da Norte-Sul já estava avançado na gestão anterior. No fim de 2018, o governo de Michel Temer marcou o leilão da estrada de ferro para 28 de março deste ano. O lance mínimo será de R$ 1,3 bilhão.

Prometidas para saírem entre 2019 e o início de 2020, estão uma linha de Caetité ao porto de Ilhéus, na Bahia (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), e a licitação da Ferrogrão (Sinop-MT, a Miritituba-PA), que beneficiaria a produção agrícola do Mato Grosso.

"A gente pode estar falando da segunda revolução do agronegócio, porque isso vai ter um impacto enorme nos fretes", afirmou Freitas.

"Queremos retirar caminhões das rodovias, reduzir o custo Brasil e dar mais eficiência ao transporte de carga."

O ministro ainda anunciou que as outorgas (antecipação do valor que o licitante arrecadará no futuro) da prorrogação de contratos serão usadas para construir novos trechos, proposta também aventada pelo governo Temer.

A primeira ferrovia a ser construída nesse sistema deve ligar Água Boa (MT) a Campinorte (GO), conectando o Mato Grosso à ferrovia Norte-Sul.

Após as eleições, a equipe de Jair Bolsonaro recebeu da gestão Temer informações estratégicas em diversas áreas, entre elas a de logística.

A equipe de Temer defendia rever a concentração da matriz logística no país para aumentar a eficiência dos transportes e diminuir a vulnerabilidade a paralisações como a dos caminhoneiros em 2018.

Prova da falta de investimentos no setor, em 2018 apenas 7% dos R$ 10,5 bilhões previstos no orçamento para empreendimentos do Ministério dos Transportes foram destinados a projetos de ferrovias.

Rodovias ficaram com 66% dos recursos, sendo que mais da metade foi para manutenção de estradas já existentes.

Quando oficializou a candidatura à Presidência, Bolsonaro tratou o tema das ferrovias de forma vaga em seu programa de governo.

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Fonte: Valor Econômico

6. Área química também está na mira dos investimentos de Grubisich

Além dos planos de investir em agronegócios, o empresário José Carlos Grubisich pretende voltar à área química. Engenheiro químico, ele foi executivo na Rhodia e, por mais de seis anos, comandou a petroquímica Braskem.

De acordo com Grubisich, o fundo de participações Olímpia planeja levantar R$ 800 milhões para projetos nas áreas de química e energia renovável. A intenção é captar os recursos junto aos investidores quando os projetos já estiveram engatilhados.

“É aí que a gente quer se diferenciar dos fundos de private equity clássicos, que vão lá, pegam um volume de dinheiro e depois saem buscando projetos. Estamos muito mais focados em identificar projetos e depois criar um grupo de investidores nacionais e internacionais”, afirmou.

No segmento químico, José Carlos Grubisich enxerga grandes oportunidades na venda do controle da Braskem à holandesa LyondellBasell, operação que está em andamento. De acordo com o empresário, o negócio pode ser o estopim de uma reestruturação da indústria química.

"Nesse rearranjo, ativos que estão atualmente dentro da Braskem ou da Lyondell no mundo provavelmente terão que ser desinvestidos”. Em um negócio com esse, são naturais eventuais ajustes do portfólio combinado das duas companhias.

No caso dos ativos da Braskem e da Lyondell, Grubisich afirmou que a Olímpia já conta com investidores interessados. “Esse tema mais do que interessa. É um tema que a gente está trabalhando bastante”, acrescentou.

No radar da Olímpia também estão empresas brasileiras do setor químico que eventualmente tenham problemas de sucessão ou desejem expandir sua área de atuação. “Esse é um mundo que me interessa”, ressaltou, sem mencionar nomes.

Outras oportunidades, acrescentou, poderiam surgir da venda de ativos químicos no Brasil por multinacionais. Nesse caso, citou a Indupa, vendida em 2016 pela Solvay para a Unipar Carbocloro.

Afora oportunidades na indústria química, Grubisich também prospecta possíveis negócios em energia eólica e solar. “Tem produção de energia em estacionamento, em shopping centers. São coisas que estão acontecendo no mundo”, disse.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. China diz ter controlado surto de peste suína africana

O porta-voz do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Guang Defu, afirmou que o surto da peste suína africana que atinge o país está controlado.

Segundo nota do ministério, desde agosto do ano passado, quando os primeiros focos da doença foram identificados, todos os departamentos regionais do país se envolveram em esforços para controlar a doença.

Guang disse que, após o surto epidêmico, o ministério sempre uma posição “oportuna, aberta e transparente” para lidar com a situação e notificou organizações internacionais ou regionais, incluindo o Escritório Internacional de Epizootias (OIE) e outros países e regiões relevantes.

A doença foi identificada em 24 Províncias chinesas, e 916 mil suínos foram sacrificados até 14 de janeiro. Ainda segundo o órgão, 77 áreas afetadas em 21 províncias já foram retiradas do bloqueio de controle.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Alta Genetics vai ampliar produção

Líder no mercado brasileiro de genética bovina, a multinacional de origem canadense Alta Genetics pretende ampliar a capacidade de produção no país até 2020.

Segundo Heverardo Carvalho, presidente da companhia no Brasil, os investimentos devem alcançar R$ 8 milhões. Com os aportes, a capacidade da central de coleta de sêmen da Alta em Uberaba (MG) deverá ser ampliada em 50%, afirmou o executivo. Hoje, a estrutura da empresa é capaz de abrigar 350 touros.

No ano passado, o braço brasileiro da Alta vendeu, pela primeira vez na história, mais de 5 milhões de doses de sêmen bovino no mercado brasileiro - 40% do total foi importado -, e faturou R$ 110 milhões, incremento de quase 20% na comparação com os R$ 92 milhões de 2017. Para 2019, Carvalho prevê comercializar 5,5 milhões de doses e faturar mais de R$ 120 milhões. O preço médio da dose de sêmen é R$ 25.

Conforme Carvalho, o projeto de expansão da Alta, que detém 35% do mercado de inseminação artificial, visa a atender a mudança de perfil da pecuária nacional. Nos últimos anos, os produtores ampliaram o investimento em tecnologia (nutrição animal, genética, entre outros) para produzir mais gado em uma área cada vez menor. Além disso, a mudança no padrão de consumo também leva a mudanças no segmento.

"Existe um mercado crescente para a carne de melhor qualidade, e essa carne vem indiscutivelmente do cruzamento industrial", disse Carvalho, mencionando a combinação da raça nelore, mais adaptada ao clima brasileiro, às raças de origem europeia - como a angus.

Para fomentar a produção dos animais de cruzamento industrial - pelos quais os principais frigoríficos pagam bônus aos pecuaristas -, a inseminação artificial é vital. "Para fazer esse cruzamento, tem que usar inseminação porque o touro [físico] não existe ou ficaria infértil ou sub-fértil [no clima tropical]", afirmou.

Além da crescente demanda, a companhia precisa fazer investimentos para se adequar a uma nova estrutura corporativa. No ano passado, o grupo controlador da Alta, a holandesa Koepon, se fundiu à cooperativa americana CRI.

A união deu origem à Urus, uma das maiores companhias de genética bovina do mundo. No Brasil, o grupo é também dono da Genex. Juntas, as duas empresas controladas pela Urus têm 50% do mercado nacional de genética bovina, afirmou Carvalho. A ampliação da estrutura da empresa em Uberaba vai facilitar a transferência de touros da Genex para a unidade da Alta.

Com faturamento anual de cerca de € 400 milhões e sede nos Estados Unidos, a Urus tem unidades em 15 países e distribuidoras em mais de 70, segundo o executivo brasileiro.

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Fonte: Valor Econômico

9. China poderá reabrir seu mercado à carne de frango americana

China e Estados Unidos negociam a reabertura do mercado do país asiático para a carne de frango americana, segundo fontes que acompanham as tratativas. De acordo com as fontes, a negociação faz parte de um esforço mais amplo para a normalização das relações comerciais entre os dois países.

A exportação de carne de frango americana para a China foi proibida em 2015 por Pequim depois que um surto de gripe aviária atingiu granjas dos EUA. Outros países que ergueram a mesma barreira aos produtores americanos já suspenderam a sanção.

Se as negociações forem bem-sucedidas, gigantes do setor de proteína, como a Sanderson Farms, a Pilgrim's Pride (controlada pela JBS) e a Tyson Foods poderão recuperar parte dos negócios que perderam na China. "A China traria entre US$ 50 milhões a US$ 60 milhões, antes dos impostos, para nós", disse o presidente-executivo da Sanderson Farms, Joe Sanderson, em um evento para investidores em novembro.

Em 2017, os frigoríficos dos EUA enviaram US$ 1,3 milhão em carne de frango para compradores chineses, em comparação aos US$ 248 milhões de 2014, segundo dados do USDA.

"Estamos esperançosos e otimistas de que essa questão será resolvida em um futuro não muito distante", disse o presidente do Conselho de Exportação de Aves e Ovos dos EUA, Jim Summer.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Usina Santa Isabel obtém liminar para terceirizar parte da colheita

A Usina Santa Isabel, com duas unidades sucroalcooleiras no interior paulista, obteve liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que a permite utilizar até 183 trabalhadores terceirizados para a colheita mecanizada de cana neste ano e reduzir o intervalo entre as jornadas, conforme permitido pela reforma trabalhista.

A decisão, assinada pela desembargadora relatora Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa no último dia 10, modifica os efeitos de um acordo judicial que a empresa havia firmado com o Ministério Público do Trabalho em 2017. Naquele acordo, a companhia ficou proibida de recorrer a mão-de-obra terceirizada, sobretudo na colheita de cana.

Agora, a Usina Santa Isabel poderá aumentar o número de trabalhadores terceirizados, mas terá que manter 183 de trabalhadores que estão contratados para a atividade.

A Usina Santa Isabel também poderá “negociar” com os trabalhadores a redução do intervalo entre as jornadas para refeições, conforme determinado pela reforma trabalhista de 2017. A nova legislação prevê que a companhia pode reduzir o tempo de descanso para até 30 minutos no caso de jornadas de até seis horas.

Em nota, o advogado da empresa, Ilario Serafim, do escritório Ilario Serafim Advogados, afirma que, com a mudança da lei, a vigência do acordo com o MPT fez com que a usina perdesse competitividade. “Foi necessária a ação revisional contra dois pontos do acordo firmado com o MPT para adequá-lo à nova legislação”, argumentou o advogado.

Na decisão liminar, a desembargadora acolheu esse argumento, afirmando que as “alterações legislativas acarretam modificação da forma de atuação das empresas e, em consequência, as requerentes não podem ser impedidas de se adaptar à nova legislação, sob pena de estarem alijadas do mercado e terem diferentes custos de produção daqueles impostos às suas concorrentes”.

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Fonte: Valor Econômico

11. Gigante do açúcar e álcool, Cosan quer criar Alipay do Brasil

A Cosan, conglomerado controlado pelo bilionário Rubens Ometto, 68, está lançando um aplicativo semelhante ao Alipay, amplamente utilizado na China, para pagamentos e transferências de dinheiro pelo smartphone.

A aposta pode significar uma economia de milhões de reais em tarifas bancárias para as empresas do grupo e, de quebra, colocar a gigante do açúcar e álcool no mercado de fintechs no Brasil.

A Cosan, que também atua na distribuição de combustíveis e gás natural, quer convencer pelo menos parte de seus 20 milhões de clientes a encher o tanque ou pagar a conta de gás usando uma carteira digital chamada Payly (de 'pagamento diário', em inglês). O objetivo inicial é eliminar a necessidade de cartões de crédito e de maquininhas para cartão em alguns dos 6.300 postos de gasolina que possui em uma sociedade com a Royal Dutch Shell. Com o tempo, a empresa quer construir um ecossistema mais amplo de usuários e empresas na plataforma.

O Payly já está em operação em cidades como Piracicaba. A própria Cosan tem usado o aplicativo para pagar funcionários, fornecedores e até o transporte de açúcar, substituindo gradualmente os métodos tradicionais de pagamento, que são mais caros, segundo o CEO da Payly, Juliano Prado.

"A gente perdia dinheiro e deixava de ganhar", afirma Prado, um ex-executivo da Shell, em entrevista. "A gente quer tirar o cartão de crédito da jogada."

Para convencer negócios a aceitar o novo meio de pagamento, a Payly cobrará dos comerciantes 0,1 por cento por transação, uma fração do que eles pagam às credenciadoras de cartões de crédito -- em média, 2,63 por cento, segundo dados do Banco Central relativos a 2017.

A Payly ganha dinheiro com o float dos recursos que os clientes deixam no aplicativo, que são aplicados em títulos públicos por exigência regulatória. No futuro, a empresa também pretende lucrar com comissões sobre a prestação de serviços, como recargas de celulares pré-pagos.

Na última década, a Cosan vem se diversificando em meio à estagnação dos preços internacionais do açúcar e a políticas de governo que restringiram a expansão do etanol de cana-de-açúcar no Brasil. A decisão incluiu a aquisição da Comgás e da operadora de trens ALL América Latina Logística, rebatizada como Rumo. A Raízen, sua joint-venture com a Shell, é a segunda maior distribuidora de combustíveis do Brasil e a maior produtora de etanol.

O Brasil abriga a maior quantidade de fintechs da América Latina, 377 ao todo, e a maioria delas está no setor de pagamentos, segundo relatório da Finnovista, uma aceleradora de fintechs com sede no México, e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Um relatório de 2017 do Goldman Sachs estimou um potencial de receita total de R$ 62 bilhões (US$ 17 bilhões) para o setor bancário e de pagamentos do Brasil em 10 anos -- o que a Payly espera explorar.

No ano passado, a StoneCo, uma nova empresa do ramo de pagamentos, levantou US$ 1,4 bilhão em uma oferta pública inicial na Nasdaq, atraindo investidores como a Ant Financial, do Alipay. A Tencent Holdings, dona do WeChat Pay, outra referência da Payly, também investiu em uma empresa brasileira de tecnologia financeira de pagamentos no ano passado: a companhia de cartões de crédito e débito Nubank.

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Fonte: Bloomberg/NovaCana

12. Na entressafra de cana-de-açúcar, produtores paulistas plantam soja

O plantio de soja vem ganhando espaço em terras onde o grão nunca foi protagonista. O destaque sempre esteve com a cana-de-açúcar. E isso tem a ver com a rotação de culturas, tão importante para os canaviais.

Os sócios Rodrigo Suriane e André Botura arrendaram mil hectares de uma usina de cana no município de Itajobi (SP).

Na safra anterior, a produtividade por hectare ficou entre 60 e 70 sacas, o que é considerado bom para o sistema de rotação de lavouras. Mas não ficou só nisso. A cana cultivada em seguida cresceu mais vigorosa e produtiva.

Suriane diz que a soja é uma leguminosa que fixa bastante nitrogênio no solo, um nutriente importante para as plantações de cana. O cultivo é feito de forma direta, em cima da palhada, o que ajuda a proteger o solo e a reduzir custos.

No município de Uchôa (SP) outra propriedade plantou soja pela primeira vez na entressafra da cana. Antes, a terra era arrendada para o cultivo do amendoim. Ao todo, a soja foi cultivada em 240 hectares em duas propriedades. O ciclo varia de três a quatro meses. A colheita, diferentemente do amendoim, tem uma data bem mais precisa e não depende tanto do clima.

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Fonte: G1/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Produtor de MT revê planos para safrinha

A tendência de queda da remuneração proporcionada pelo milho tem levado agricultores de Mato Grosso, que lidera a produção do cereal no país, a repensarem o plantio da segunda safra, que já começa a ganhar força nos polos do Estado.

"Há dez anos, gastávamos R$ 1 mil por hectare, mas hoje o custo chega a R$ 2 mil. O risco dobrou, e a minha margem está mais apertada", diz Silvésio de Oliveira, paranaense que planta soja e milho no município de Tapurah, no norte matogrossense, desde a década de 1980.

Nesta safra 2018/19, Silvésio cultivou 1,3 mil hectares de soja, mas nem toda essa área será ocupada pelo milho safrinha, como nos últimos ciclos, ainda que boa parte da futura colheita já esteja comercializada "Vou aumentar a pastagem. Estou cansado de trabalhar", brinca

A tendência é que os preços do milho caiam nos próximos meses no exterior e no Brasil. A expectativa de ampliação do plantio nos EUA na safra 2019/20 e a apreciação do real ante o dólar nublam o horizonte para as exportações - a maior parte da safrinha de Mato Grosso é escoada para o mercado internacional.

O plantio desta safrinha dentro da janela climática ideal - de janeiro até meados de fevereiro no Estado -- deverá contribuir para a colheita. Se a demanda decepcionar, a tendência de queda será aprofundada.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta a colheita da safrinha do Estado em 28,5 milhões de toneladas, 3,4% maior que em 2017/18. A consultoria Agroconsult, que organiza o Rally da Safra, expedição que todos os anos percorre lavouras de grãos de todo o país, estima que a produção brasileira de milho de inverno somará 68,6 milhões de toneladas.

"Com o gado, o risco é mais baixo. Vou ter menos dor de cabeça", reforça Oliveira. O produtor tem 500 cabeças de gado, mas o número poderá dobrar a partir de uma expansão de 100 hectares de área de pasto.

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Fonte: Valor Econômico

14. ADM comprará fatia da InVivo na trading britânica Gleadell

A americana Archer Daniels Midland (ADM), uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, informou que chegou a um acordo para adquirir a participação de 50% que ainda não detém trading britânica de grãos Gleadell, que pertence à cooperativa francesa InVivo.

Com o acordo, a ADM também ficará com a Dunns, uma subsidiária da Gleadell. A transação deverá ser concluída no primeiro trimestre deste ano, conforme comunicado divulgado pela ADM. Os termos do acordo não foram divulgados.

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Fonte: Valor Econômico

15. Colheita de café deverá cair até 18%, diz Conab

A produção brasileira de café deverá alcançar de 50,5 milhões a 54,5 milhões de sacas de 60 quilos na safra 2019/20, conforme o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a temporada. O volume tende a ser, portanto, de 11,6% a 18,1% menor que o estimado para 2018/19 - 61,7 milhões de sacas, um recorde.

Os dados confirmam um recuo já esperado, já que se trata de um ano de bienalidade negativa que afeta a espécie arábica, a mais produzida no país. No entanto, para uma safra com essa característica, o volume previsto é considerado elevado.

Segundo a Conab, a colheita projetada reflete uma área em produção de 1,8 milhão de hectares, 1,2% menor que a de 2018/19, e um rendimento que deverá oscilar entre 27,4 sacas e 29,58 sacas por hectare, ante as 33,07 da temporada passada.

De acordo com a Conab, a produção do arábica deverá atingir de 36,1 milhões e 38,2 milhões de sacas, uma queda entre 19,6% e 23,9%. Já a de café conilon deverá crescer para entre 14,4 milhões (incremento de 1,3%) e 16,3 milhões (avanço de 15,2%), em razão do clima favorável e pelo fato de essa espécie não sofrer tanto os impactos da bienalidade. "Tivemos o melhor volume de chuvas dos últimos anos nos últimos três meses", afirmou o superintendente de Informações do Agronegócio da estatal, Cleverton Santana.

A área de produção de arábica cairá 2,2%, para 1,5 milhão de hectares, enquanto a de conilon crescerá 2,9%, para 377,94 mil hectares. Desde 2010, deverá ser o primeiro avanço da área de conilon no país. "Esse crescimento deverá continuar, já que devemos alcançar nossa melhor produtividade média no conilon da série histórica", afirmou Santana.

Minas Gerais, que lidera a produção de arábica e é responsável por mais da metade do volume total de café colhido no país, deverá produzir entre 26,4 milhões e 27,7 milhões de sacas de café, diminuição de até 20,8%. O Espírito Santo, que responde pela maior produção do café conilon, com cerca de 65% do total, deverá colher entre 12,5 milhões e 14,7 milhões de sacas. Em 2018/19, foram 13,74 milhões.

Segundo analistas, a colheita prevista, somada aos estoques, deverá motivar um aumento dos embarques do Brasil e, com isso, manter as cotações internacionais sob pressão. Dados do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) indicaram um aumento de 5% das exportações em 2018, para 37 milhões de sacas.

Embora as cotações da commodity estejam em queda em razão da oferta elevada, a Conab acredita que há espaço para uma reação. "É bem possível que aconteça um ajuste de preços de mercado do arábica em função dessa menor oferta", afirmou o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Sílvio Farnese.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

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