Conjuntura do Agronegócio

1. Bolsonaro pretende enfatizar agronegócio em Davos

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (21/1), que pretende enfatizar o agronegócio brasileiro durante sua participação no Fórum Econômico Mundial. Ele conversou com jornalistas, logo após sua chegada em Davos, na Suíça, onde é realizado o evento que reúne líderes de estado e representantes de organizações e setores econômicos de todo o mundo.

Bolsonaro deve discursar no Fórum nesta terça-feira (22/1). Questionado sobre o teor do seu pronunciamento, disse que será curto e objetivo, mas que a intenção é dar o recado "mais amplo possível" sobre o Brasil que pretende apresentar aos participantes do Fórum.

"Queremos mostrar que o Brasil está tomando medidas pra que o mundo restabeleça a confiança em nós, que os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo sem viés ideológico, que podemos ser um país seguro para investimentos, em especial a questão do agronegócio, que é muito importante para nós, é nossa commodity mais cara. Queremos ampliar esse tipo de comércio e para isso estamos aqui", disse o presidente.

No ano passado, as exportações do agronegócio brasileiro superaram a marca dos US$ 100 bilhões, conforme dados compilados pelo Ministério da Agricultura. O montante total foi de US$ 101,6 bilhões, 5,9% a mais que o registrado em 2017.

O superávit da balança comercial do agronegócio cresceu 7,1% para US$ 87,6 bilhões, ampliando a participação do setor no saldo positivo das exportações brasileiras. As importações do agronegócio recuaram 0,8% no ano passado, para US$ 14 bilhões.

Venezuela

Durante a coletiva, Bolsonaro foi questionado sobre a situação da Venezuela, onde pelo menos 26 policiais foram presos depois de protestarem contra o governo de Nicolas Maduro. O presidente brasileiro disse apenas saber que o país está com problemas há muito tempo e esperar que uma troca de governo ocorra rapidamente.

Segundo a agenda divulgada pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro participa na quarta-feira (23/1) do que foi chamado de diálogo diplomático a respeito da crise na Venezuela.

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Fonte: Valor Econômico

2. Cadastro Ambiental Rural fecha 2018 com 503,84 milhões de hectares

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) fechou o ano de 2018 com 503,84 milhões de hectares inseridos em sua base de dados, de um total de 5,498 milhões de propriedades rurais e unidades de conservação. A informação é do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que acrescentou que 100% da área passível de cadastro está no CAR - a área passível tinha como base o Censo Agropecuário de 2006.

O Norte do País cadastrou 142,38 milhões de hectares, em 732.791 imóveis; em seguida, o Centro-Oeste inseriu no CAR 134,74 milhões de hectares, de 441.583 propriedades rurais. O Nordeste, por sua vez, cadastrou 78,99 milhões de hectares em 1,768 milhão de propriedades; o Sudeste, 69,59 milhões de hectares, de 1,209 milhão de propriedades e, por último, a Região Sul cadastrou 45,281 milhões de hectares de 1,319 milhão de propriedades rurais.Em relação às unidades de conservação, 32,836 milhões de hectares foram cadastrados, de 26.670 imóveis.

A partir do Cadastro Ambiental Rural (CAR) também foi possível detectar que 40,7%, ou o equivalente a 205,030 milhões de hectares no País, foram declarados como remanescentes de vegetação nativa. Além disso, o Serviço Florestal Brasileiro informou que as áreas de reserva legal (RL) compreendem 114,98 milhões de hectares ou 22,8% da área total declarada no CAR. Já os remanescentes de vegetação nativa dentro das RLs representam 90,97 milhões de hectares, ou 79,1% daqueles 114,98 milhões de hectares.

Em relação às áreas de preservação permanente (APPs), 21,318 milhões de hectares (ou 4,2% da área total declarada no CAR) estão classificados assim, sendo que deste total, 12,346 milhões de hectares, ou 57,9% contêm remanescentes de vegetação nativa.

Os dados do CAR trouxeram outras curiosidades: as áreas declaradas abrigam 1,750 milhão de nascentes. Além disso, 58,1% dos declarantes preencheram requerimento para adesão aos Programas de Regularização Ambiental (PRA) - que são, conforme o SFB, "o conjunto de ações ou iniciativas a serem desenvolvidas por proprietários e posseiros rurais com o objetivo de adequar e promover a regularização ambiental de seus imóveis rurais".

Áreas desmatadas ilegalmente depois de julho de 2008 terão de ser recompostas, conforme regra o novo Código Florestal.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

3. Secretário de Agricultura diz que SP está aberto para receber investidores

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, publicou em seu perfil no LinkedIn que o Estado "está aberto e pronto para receber investimentos e fortalecer nossa economia". Junqueira disse que a pasta que administra está à disposição para "assessorar investidores que buscam oportunidades na agricultura, pecuária, indústria de alimentos, pesquisa e tecnologia e soluções para o abastecimento de produtos alimentícios".

A declaração veio acompanhada de um vídeo feito pelo governo de São Paulo que apresenta o Estado para investidores estrangeiros. Feito em inglês, o vídeo destaca números da economia paulista e áreas nas quais o Estado é líder na produção mundial, como açúcar, etanol de cana-de-açúcar e suco de laranja. A peça ainda dá ênfase à infraestrutura estadual, citando o Porto de Santos, a malha rodoviária e os aeroportos, também apresentados como oportunidade de investimentos.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

Insumos

4. Auster retoma plano para avançar no país

Depois de ver seu plano de expansão frustrado pela crise da avicultura, a Auster, empresa de nutrição animal sediada em Hortolândia (SP), voltou aos trilhos em 2018 e agora se prepara para retomar os investimentos orgânicos.

Ao Valor, o empresário e sócio-fundador da Auster, Paulo Portilho, admitiu as adversidades. "Foi o pior momento para a produção de carnes no Brasil na minha carreira de executivo", disse ele, que trabalhou anteriormente na BRNova e na Sloten - empresas que hoje integram a multinacional holandesa Trouw.

Nos últimos anos, a avicultura sofreu com a quebra da safra brasileira de milho e com as investigações da Operação Carne Fraca, que provocaram embargos comerciais. Nesse ambiente, a Auster chegou a registrar redução nas vendas. Em 2017, faturou R$ 144 milhões, 11% menos do que os R$ 162 milhões de 2016.

O baque foi tão grande que somente neste ano é que a empresa vai atingir a meta projetada para 2017. No início daquele ano, o empresário disse ao Valor que o faturamento atingiria R$ 220 milhões.

A companhia voltou a crescer de forma expressiva em 2018, com o faturamento totalizando R$ 188 milhões. Para este ano, Portilho está otimista. A expectativa dele é que a crise fique definitivamente para trás.

"Estamos muito animados. Se anualizarmos o faturamento do quarto trimestre, chega a R$ 230 milhões", afirmou, salientando o resultado positivo obtido com a ampliação da área comercial. Atualmente, a força de vendas (que inclui técnicos especializados em nutrição animal) conta com 40 funcionários, ante 18 há dois anos. O quadro total de trabalhadores da companhia é de 108.

Agora, a Auster precisará inclusive ampliar a área de armazenagem. "Estamos no limite da capacidade", disse o empresário. Segundo ele, a companhia está investindo R$ 5 milhões para expandir em 30% a capacidade de estocar matérias-primas e produtos acabados.

A área de produção, porém, ainda tem muita capacidade ociosa para ser ocupada, acrescentou Portilho, sem detalhar os volumes.

Na unidade de Hortolândia, inaugurada em 2014, a Auster produz itens como premix (pré-mistura de vitaminas e minerais usada na ração de aves e suínos), aditivos e enzimas.

Além disso, a companhia também conta com uma linha de "especialidades", que inclui produtos como lácteos voltados a alimentação de leitões. Do faturamento total da empresa, 40% é gerado nas vendas de premixes, 30% em aditivos e enzimas e outros 30% em especialidades.

Além do crescimento nas áreas nas quais a Auster já atua, Portilho segue prospectando alvos para diversificar a operação. O objetivo é ingressar no negócio de sal mineral para bovinos, deixando de atuar apenas nas áreas de aves e suínos.

A intenção de fazer uma aquisição não é nova, mas também atrasou. "Temos muita vontade, mas não achamos o par perfeito ainda", disse Portilho. Segundo ele, o mercado de sal mineral ainda é muito informal, o que dificulta a busca por ativos. "Continuamos olhando", reforçou.

No radar da Auster, estão negócios de sal mineral que faturem de R$ 70 milhões a R$ 100 milhões. O plano inicial era financiar a aquisição com a emissão de debêntures. Mas o empresário admitiu que a companhia ainda precisará crescer para captar recursos no mercado de dívida e financiar uma aquisição.

Na avaliação de Portilho, a Auster só conseguiria emitir títulos se tivesse um lucro antes de juros e impostos (Ebit) de R$ 40 milhões a R$ 60 milhões por ano - hoje é de R$ 20 milhões, segundo ele.

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Fonte: Valor Econômico

5. Movimento Frete sem Tabela critica reajustes divulgados pela ANTT

O movimento Frete Sem Tabela, formado por associações de setores produtivos que calculam responder por 21% do PIB brasileiro, empregar 20 milhões de pessoas e responder por mais de 40% das exportações brasileiras, informou que considera indevida a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), publicada em 18 de janeiro de 2019, que reajustou os valores da tabela dos fretes do transporte rodoviário. Segundo a ANTT, o aumento médio dos preços mínimos dos fretes foi de 1,54%.

“A constitucionalidade da lei 13.703, que trata da tabela, está pendente de avaliação no Supremo Tribunal Federal (STF) e sendo questionada em diversas ações judiciais. Mesmo assim, a ANTT vem impondo sua aplicação. Todo o processo jurídico para determinação dessa tabela está comprometido, com decisões sobre valores e multas sendo publicadas antes mesmo da definição da questão principal”, sustenta comunicado divulgado pelo movimento.

O Frete sem Tabela é contra o tabelamento desde que ele foi implantado pelo governo Temer depois da greve dos caminhoneiros que parou o país em maio do ano passado. Para as associações que compõem o movimento, o ideal é que esse mercado continue a ser regulado pela lei da oferta e da demanda. “O movimento pede redobrada atenção ao novo governo para o assunto, sob o risco de impactar, inclusive, os planos de retomada do crescimento do país”, afirma o comunicado divulgado.

Publicada na sexta-feira, a tabela com os novos valores foi atualizada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo a ANTT, o impacto médio de 1,54% calculado reflete a variação de 0,15% do preço do diesel em dezembro e a inflação acumulada de junho a dezembro dos itens relacionados ao serviço de transporte, de 2,39%.

A ANTT ressaltou que o reajuste não foi linear e considerou diferenças de distâncias percorridas e do tipo de cargas. Se nada acontecer na Justiça sobre o tema, os novos valores valerão até 20 de julho deste ano.

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Fonte: Valor Econômico

6. RiceTec arrenda fábrica na Argentina que tentava vender

A RiceTec tentou por três anos vender sua planta de produção de sementes híbridas de arroz na Argentina, mas, sem compradores, fechou um contrato de arrendamento de três anos com o grupo local PLP, o que permitirá a retomada da unidade. O acordo, cujo valor não foi divulgado, é prorrogável por mais três anos.

Paulo Hofer, diretor financeiro da multinacional controlada pela família real de Liechtenstein - país europeu de 37 mil habitantes, situado entre a Suíça e a Áustria -, afirma que a intenção da empresa era mesmo vender a planta, por cerca de US$ 3,5 milhões. Mas que, como ela é destinada apenas para arroz, não houve interessados.

"A situação econômica da Argentina nos últimos anos, somada ao fato de a região onde está a fábrica [na cidade de Colonia Benitez, Chaco] não ser tradicional em arroz, inviabilizou qualquer negociação", diz.

Pela parceria fechada agora, a RiceTec vai arrendar 500 hectares de uma fazenda do grupo PLP e plantar sementes, que serão secadas, classificadas e embaladas na fábrica argentina, agora operada pelo grupo PLP. As sementes serão posteriormente revendidas às subsidiárias da RiceTec no Brasil e no Uruguai. Ao mesmo tempo, o PLP vai usar a unidade para processar sementes próprias.

Nos três anos em que a planta ficou fechada, a RiceTec importou as sementes do tipo Titan e XP113 dos EUA para o Brasil, que responde por 80% do faturamento no Mercosul. A região, por sua vez, é responsável por 8% do faturamento global, que alcançou US$ 226 milhões em 2016 (último dado disponível).

O potencial de ganhos com a importação desde uma fábrica mais próxima chega a US$ 7 milhões nos próximos três anos, duração do contrato inicial com a PLP. "Trabalhamos em um mercado de nicho e vemos uma estabilidade no Brasil e na região em 2019", afirma Hofer.

Segundo cálculos do executivo, a RiceTec tem 12% do mercado de sementes certificadas de arroz no Brasil, e 4% do total. A empresa mantém no Brasil uma estação de pesquisa em Santa Maria (RS), inaugurada em 2016 a partir de um aporte de R$ 11,2 milhões em infraestrutura.

No segmento de arroz, é mais comum os produtores trabalharem com sementes salvas, nos moldes do que a PLP faz. Estima-se que o mercado de sementes certificadas de arroz movimente US$ 80 milhões ao ano na América do Sul e que as sementes híbridas comercializadas pela RiceTec custem quatro vezes mais que as convencionais.

Em nota, o diretor do grupo PLP, Horácio Bianchi, afirmou que a parceria "faz parte de uma visão compartilhada para melhorar a cadeia de valor da produção, industrialização e comercialização de arroz na Argentina".

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Futuro de fiscais da Carne Fraca segue incerto

Quase dois anos após a deflagração da Operação Carne Fraca, investigação que revelou um esquema de corrupção envolvendo fiscais sanitários e frigoríficos e que provocou restrições comerciais às carnes do Brasil, o Ministério da Agricultura exonerou cinco dos 33 servidores investigados por irregularidades.

Como as apurações ainda se arrastam no âmbito administrativo, alguns servidores da Pasta já retornaram ao trabalho e outros se aposentaram. Quando a Carne Fraca veio à tona, os fiscais citados foram afastados temporariamente e perderam funções comissionadas e gratificações.

Na esfera judicial, as apurações parecem mais adiantadas. Em novembro de 2018, 11 desses servidores foram condenados na Justiça Federal pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação, advocacia administrativa e concussão (extorsão praticada por servidores).

Enquanto o Ministério da Agricultura não conclui os procedimentos necessários para apontar se os servidores federais perderão os cargos definitivamente, serão multados, terão os salários suspensos ou as aposentadorias cassadas, os funcionários recebem salários que, em alguns casos, superam R$ 20 mil.

Denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos "chefes da quadrilha", o ex-superintendente do ministério no Paraná Daniel Gonçalves Filho é um caso emblemático. O fiscal, que ficou preso por nove meses em 2017 até assinar um acordo de delação premiada e pagar fiança, foi condenado por prevaricação na Justiça Federal.

Na esfera administrativa, porém, a apuração não foi encerrada. Por conta disso, Gonçalves Filho, que admitiu ter cometido crimes, ainda recebe R$ 20,3 mil, segundo o Portal da Transparência. Em novembro de 2018, por exemplo, os vencimentos do fiscal somaram R$ 22,4 mil, em função de "gratificação natalina".

Procurado pela reportagem, o Ministério da Agricultura informou que abriu 11 Processos Administrativos Disciplinares (PAD) para apurar a responsabilidade administrativa dos servidores investigados. Desses, seis foram finalizados pelas Comissões Processantes, sendo que três tiveram julgamento e outros três ainda se encontram em análise prévia ao julgamento. Cada PAD engloba mais de um servidor.

"Dos cinco processos restantes, que ainda se encontram em fase de inquérito administrativo, indicamos que a Lei nº 8.112/90 concede às comissões o prazo de 60 dias, podendo ser prorrogável", respondeu a Pasta, em nota. O ministério acrescentou que, diante da complexidade da causa, "não é possível indicar com precisão o prazo de conclusão dos mencionados processos".

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), que representa a categoria, cobra celeridade do Ministério da Agricultura nas investigações. "Além da punição necessária aos que, comprovadamente, praticaram ilícitos, a conclusão dos PADs é fundamental para que servidores que estão afastados e não tiveram, até o momento, comprovação de envolvimento em ilícitos, possam voltar ao convívio social e recuperar sua imagem pública", afirmou o presidente da Anffa, Maurício Porto, em nota.

De fato, a reputação dos fiscais federais agropecuários foi bastante arranhada pela Carne Fraca e casos controversos ainda preocupam os servidores. O principal deles talvez seja a delação de Wesley Batista, da JBS. Ele admitiu que a companhia pagava "mesadas" a fiscais. Espera-se, desde a delação, que o empresário entregue uma lista com cerca de 200 fiscais que recebiam "mesada". Em meio ao imbróglio que se tornou a delação dos donos da JBS, a lista ainda não se tornou pública.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Recuo nas cotações da carne bovina no atacado

São três semanas seguidas de reajustes negativos no preço da carne bovina sem osso vendida no mercado atacadista.

Desde o final de dezembro de 2018, na média de todos os cortes, a desvalorização nas cotações da carne foi de 3,6%, segundo levantamento da Scot Consultoria. Interessante mencionar que em meados de novembro e dezembro, o que se observava eram os preços dos cortes de traseiro subindo mais do que os de dianteiro.

Já com a virada do ano, as duas categorias têm ficado mais baratas, e com a mesma “vulnerabilidade”, os preços do traseiro acabaram caindo com mais força em comparação aos preços do dianteiro.

Nestes últimos dias, por exemplo, a cotação dos cortes mais nobres recuou em média, 1,6%, enquanto nos cortes mais populares a queda foi de 0,5%. Em momentos de descapitalização da população é mais fácil escoar estes cortes de menor valor agregado.

Lembrando que este comportamento de preços da carne já é esperado nesta época do ano e ainda agravado pelo período do mês, característico de consumo enfraquecido.

Recuo nas cotações da carne bovina no atacado Publicado em 22/01/2019 08:12 16 exibições. São três semanas seguidas de reajustes negativos no preço da carne bovina sem osso vendida no mercado atacadista.

Inclusive, a carne com osso voltou para o patamar de um dígito, preço que não se via desde o começo de dezembro do ano passado.

Por fim, para a próxima semana, ainda não há perspectiva de aquecimento dos negócios.

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Fonte: Scot Consultoria/Notícias Agrícolas

9. China aceita oferta de exportadores de frango do Brasil em disputa antidumping

Ministério de Comércio da China aceitou uma proposta apresentada por exportadores brasileiros de carne de frango com o objetivo de encerrar uma disputa antidumping, disse à Reuters nesta segunda-feira uma advogada envolvida no caso.

A sócia do escritório MPA Trade Law, Claudia Marques, que representa os exportadores brasileiros, disse que a decisão chinesa de aceitar a oferta foi comunicada às partes pelo Ministério do Comércio por meio de um relatório.

O acordo, pelo qual se estabeleceriam preços mínimos para as vendas à China em troca do encerramento de uma investigação sobre dumping que começou em agosto de 2017, entrará em vigor até 18 de fevereiro, segundo ela, marcando o fim dos procedimentos formais sobre o caso.

As ações da brasileira BRF, maior exportadora de frango do mundo, subiram 1,8 por cento, para 24,49 reais, uma máxima de mais de seis meses, após a Reuters informar que o processo de dumping havia sido resolvido.

Segundo uma ação preliminar contra as importações de frangos de corte brancos do Brasil, a China determinou em junho de 2018 que importadores de frango brasileiro providenciassem um depósito por dumping de entre 18,8 por cento e 38,4 por cento.

Em um esforço para resolver a disputa, exportadores brasileiros formalizaram a proposta de estabelecer um preço mínimo de exportação para vendas à China no mês passado.

Sob os termos dessa oferta, os exportadores comprometem-se a vender à China por preços não inferiores aos previstos no acordo, em um processo conhecido como compromisso de preço mínimo.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) define tal compromisso como um esforço para "elevar o preço de exportação de um produto para evitar a possibilidade de imposição de uma tarifa antidumping."

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse que ainda não teve acesso à decisão final do Ministério do Comércio chinês em relação à proposta das empresas do setor.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

Agroenergia

10. Duas usinas de cana-de-açúcar devem deixar de operar na safra 2019/20

Novas atualizações do levantamento realizado pela RPA Consultoria afirmam que a Usina Clealco, localizada em Clementina (SP), é uma das unidades que não operará em 2019. O grupo Clealco, que tem três unidades, já tinha parado a Campestre no ano passado e, neste ano, paralisará a matriz. Segundo a RPA Consultoria, a única usina do grupo que continuará operando é a Unidade Queiroz.

A Usina Ibéria, do Grupo Toledo, em Borá (SP), também não vai operar em 2019. “Já são as duas primeiras ‘baixas’ de 2019”, afirma o sócio-diretor da RPA Consultoria, Ricardo Pinto.

A Clealco comunicou que está buscando otimizar sua estrutura de operação e impulsionar a performance da companhia, considerando uma menor disponibilidade de cana-de-açúcar para a safra 2019/2020 se comparado ao ciclo atual. Por isso, foi prolongado o período de entressafra na unidade de Clementina.

“Com esta estratégia, o volume de cana disponível para a próxima safra será direcionado prioritariamente para a unidade de Queiroz, que retoma a moagem em março de 2019, operando em capacidade máxima”, afirmou a companhia via sua assessoria de comunicação. “Em decorrência, alguns funcionários de Clementina foram dispensados, enquanto outros foram remanejados para atuar na entressafra em Queiroz. Posteriormente, estes profissionais realocados irão participar de um programa de qualificação até que a safra em Clementina possa ser retomada", completa.

Para o início de 2019, a Clealco prevê o plantio de 11 mil hectares de cana na região e a concretização de negociações para compra de matéria-prima, com o objetivo de potencializar o volume de cana para a moagem em Clementina. “A companhia informa ainda que, no fim do atual ano safra irá consolidar as estratégias para o ciclo produtivo seguinte”, afirmou a Clealco.

Recuperação judicial No dia 17 de julho de 2018, o Grupo Clealco comunicou oficialmente o pedido de recuperação judicial perante a Comarca de Birigui, após recomendação do Conselho de Administração. De acordo com a companhia, o pedido de recuperação foi protocolado com os objetivos de preservar a condição operacional da Companhia e readequar seu passivo de forma a sustentar um fluxo financeiro que garanta a capacidade de pagamento dos compromissos firmados, mantendo a continuidade de suas atividades e os empregos gerados em toda a região.

“Nos últimos meses, a Clealco empenhou significativos esforços na busca por superar seus desafios econômicos e operacionais, impulsionar sua performance, maximizar a produtividade e atenuar custos. Contudo, o cenário comercial de extrema adversidade, decorrente de uma contínua deterioração dos preços do açúcar VHP (principal produto comercializado) no mercado internacional, que reduziu ainda mais a rentabilidade do negócio, e a quebra de safra da cana-de-açúcar, ocasionada por intempéries climáticas, trouxeram impactos severos para a Companhia”, afirmou em nota direcionada à imprensa.

Para a Clealco, o pedido de recuperação judicial representava o início de uma nova etapa na direção de sua reestruturação financeira, permitindo uma negociação ampla e definitiva junto aos seus credores. A companhia chegou, em nota, a reafirmar a confiança em sua capacidade operacional.

Usinas fora de operação Até setembro de 2018, o levantamento realizado pela consultoria RPA apontava que 93 usinas sucroenergéticas estavam de portas fechadas, o que correspondia a uma capacidade instalada de moagem de 98,9 milhões de toneladas de cana por safra.

Este número representava 21% das 443 unidades instaladas no país. São Paulo, que abriga o maior polo sucroalcooleiro do Brasil, é também onde se concentrava o maior número de usinas paradas, com 36 unidades. Alagoas e Minas Gerais empatavam em segundo lugar nesse ranking, com nove unidades cada.

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Fonte: RPA News/NovaCana

11. Açúcar branco sobe na ICE com sinais de menor produção na Índia

Os contratos futuros do açúcar branco na ICE subiram nesta segunda-feira, com um leve apetite por compras alimentado por sinais de uma menor produção na Índia.

Nos Estados Unidos, os mercados de commodities ficaram fechados devido ao dia de Martin Luther King Jr. e reabrirão na terça-feira.

O açúcar branco para março fechou em alta de 1,60 dólar, ou 0,5 por cento, a 354,70 dólares por tonelada, após chegarem a subir para uma máxima da sessão de 355,40 dólares por tonelada.

Na semana passada, os preços tocaram 355,80 dólares por tonelada, maior nível em quase dois meses e meio.

Operadores disseram que compras especulativas apoiaram a cotação nesta segunda-feira, em parte devido a sinais de que a Índia, maior consumidora global de açúcar, pode caminhar para uma produção do adoçante abaixo do previsto anteriormente.

A produção da Índia na temporada que começa em outubro deve cair 2,5 por cento, para 30,7 milhões de toneladas.

Mas houve também sinais de melhoria nas condições em outras regiões produtoras, incluindo a União Europeia, o que limitou os potenciais ganhos.

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Fonte: Reuter/NovaCana

12. Produção de açúcar na Índia em 2018/19 atinge 14,6 mi de t até 15 de janeiro, alta de 8,32%

A produção de açúcar na Índia na safra 2018/19 atingiu 14,686 milhões de toneladas até 15 de janeiro, segundo a Indian Sugar Mills Association (Isma, na sigla em inglês), associação de usinas daquele país, em comunicado divulgado nesta manhã. O volume supera em 8,32% o total de 13,557 milhões de toneladas produzido em igual período de 2017/18. A safra atual começou em 1º de outubro e segue até 30 de setembro de 2019.

A Isma informa que a produção no início desta temporada é maior porque as companhias dos Estados de Maharashtra e Karnataka anteciparam o processamento da atual safra. No entanto, por causa das chuvas em menor volume e pela infestação de lagartas brancas durante o desenvolvimento das lavouras, a produção do país deve ser menor em 2018/19, de acordo com a entidade. "Espera-se que o país produza muito menos açúcar nesta temporada em comparação ao ano passado", disse a Isma.

De acordo com a Isma, 510 usinas processavam a safra de cana-de-açúcar até a última terça-feira. Principal região produtora daquele país, Maharashtra tinha 188 usinas em produção, com um total 5,725 milhões de toneladas de açúcar de oferta em 2018/2019, ante 5,025 milhões de toneladas produzidas por 183 unidades que moíam em igual período de janeiro do ano passado.

O processamento no Estado também deve ser finalizado antecipadamente, em virtude da menor disponibilidade de cana e do processamento adiantado em torno de duas semanas. De acordo com as estimativas do Isma, a região de Maharashtra deverá processar cerca de 9,5 milhões de toneladas na temporada 2018/19, ante 10,723 milhões de toneladas no ciclo anterior.

Segundo maior produtor, o Estado de Uttar Pradesh iniciou a moagem com atraso e produziu 3,821 milhões de toneladas de açúcar nos três meses e meio da safra, ante 4,193 milhões de toneladas em igual período do ciclo anterior. Na safra atual, 117 usinas estavam em operação em 15 de janeiro. O Isma projeta que as usinas da região produzam 11,286 milhões de toneladas nesta temporada, ante 12,045 milhões de toneladas na safra anterior.

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Fonte: Agência Estado/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Café colombiano com tecnologia 100% brasileira

A Pinhalense, fabricante de máquinas para cafeicultura com sede em Espírito Santo do Pinhal, no interior de São Paulo, fechou recentemente seu primeiro negócio de grande porte na Colômbia. Vendeu, por R$ 20 milhões, para a De Los Andes Cooperativa, baseada no Departamento de Antioquia, uma instalação de benefício de café, e abriu as portas para atender a outras encomendas relevantes naquele mercado.

O aporte da cooperativa colombiana foi complementado pela doação do importador e torrefador americano F. Gaviña & Sons, e contou com financiamento da belga Incofin, gestora de fundos de investimentos com foco em projetos em países emergentes. A instalação vendida, batizada de La Chaparrala, processará café entregue por 835 fazendas, com produção total estimada em 45 mil sacas de 60 quilos por ano.

"Como todo o produto entregue pelos cooperados será preparado da mesma forma, será possível uniformizar os lotes. O projeto será, portanto, um marco em questão de qualidade", diz Reymar Andrade, presidente da Pinhalense. O maquinário utilizado para o beneficiamento úmido do café permite a separação das cerejas por grau de maturação (verde, madura, semi-madura e sobre madura) e seu processamento conforme a qualidade.

Em uma etapa seguinte, os produtos são despolpados, fermentados a seco, lavados e secados. O que garante à unidade a chancela de "ecológica" é que os secadores usam a casca do café como combustível, têm um consumo mínimo de água e os resíduos são tratados. Outra característica que diferencia o projeto é que os secadores são horizontais e rotativos enquanto o usual na Colômbia é o modelo vertical e estático. "Há projetos com a mesma tecnologia no Brasil. Como no país temos produtores de porte maior, é mais comum termos usinas maiores e mais completas do que as colombianas", esclarece Andrade.

Outra novidade em se tratando de mercado colombiano é que a instalação vendida pela Pinhalense será usada no processo de beneficiamento de café de vários agricultores, não apenas de uma propriedade. "Essa filosofia de cada produtor ter a sua máquina está mudando e quem está sendo pioneiro nesse processo são as cooperativas", afirma Carlos Brando, diretor da consultoria P&A, que representa os negócios da Pinhalense no exterior. "Isso abrirá espaço na Colômbia para negócios de maior porte". Brando lembra que o processamento conjunto de café é uma tendência global.

A P&A já está em conversações para que a empresa paulista desenvolva um projeto semelhante na China, país onde a empresa brasileira atua há 15 anos e que deverá ampliar a produção de café. "Estamos em fase de negociação de valores", disse Brando. O projeto também tem como foco o preparo do grão de diversos produtores em um único local, mas deverá levar mais de um ano para ser implementado após as partes baterem o martelo.

No ano passado, as exportações da Pinhalense, que tem clientes em 100 países, representaram 20% de seu faturamento, que cresceu 24% em relação a 2017 e alcançou R$ 193 milhões. Reymar Andrade projeta um avanço mais moderado em 2019, devido à queda das cotações do café no mercado internacional, que deverão limitar os investimentos dos produtores.

"Esperamos um crescimento de 5% a 10%, considerando o momento atual da cafeicultura", diz. As máquinas voltadas paracafé são o principal mercado da empresa, que também atua em outros segmentos, como cacau e feijão.

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Fonte: Valor Econômico

14. Mato Grosso colhe mais de 12% da safra de soja e avanço supera 2018

Os sojicultores no Estado colheram, até agora, 12,3% da área total prevista de 9,6 milhões hectares da safra 2018/2019 de soja. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o resultado é 9 pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado, quando Mato Grosso havia colhido 3,29% da área plantada.

Segundo o Imea, a região mais adiantada é a Oeste, que colheu, até o momento, 18,4% de uma área estimada em 1,085 milhão de hectares. No Médio-Norte, os produtores colheram 15,2% da área de 3,2 milhões de hectares (a maior do Estado). No Sudeste, foram colhidos 12,8% de 1,9 milhão de hectares.

Na região Noroeste (627 mil hectares) a colheita chegou a 10,3% da área prevista. No Centro-Sul (706 mil hectares), os produtores avançaram 9,86%. No Nortão, foram colhidos 7% da ãrea estimada em 339 mil hectares. A região mais “atrasada” é a Nordeste, que colheu 4,68% de uma área de 1,6 milhão de hectares.

O “adiantamento” do plantio e colheita de soja em Mato Grosso deve impactar positivamente nas safras de milho e algodão, conforme o Imea. Segundo o instituto, a perspectiva é que os produtores do cereal plantem 1,05% a mais em relação à safra 2017/18, chegando a 4,66 milhões de hectares e uma produção de 28,5 milhões de toneladas.

Em relação ao algodão, Mato Grosso deve produzir 3,9 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1,6 milhão de toneladas de pluma, o que representa acréscimos de 16,9% e 17,1%, respectivamente, ante a safra 2017/18.

Por outro lado, o Imea estima que Mato Grosso irá produzir, na safra 2018/19, 32,3 milhões de toneladas de soja, 0,64% a menos que na safra anterior, quando foram produzidas 32,5 milhões de toneladas.

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Fonte: Só Notícias/Agrolink

15. Milho: Com bolsas americanas paralisadas, mercado interno registra estabilidade nessa segunda-feira

A semana começou com o mercado internacional paralisado com fechamento das bolsas americanas devido ao feriado do Dia de Martin Luther King nos Estados Unidos. As movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT) retornam na terça-feira (22).

Conforme divulgado pela Agrifatto Consultoria, a CBOT registrou forte volatilidade ao longo da última semana, mas acumulou alta média entre os contratos de 0,40% no período, com os contratos do primeiro semestre buscando se aproximar de US$ 4,00/bushel. Além disso, o câmbio também exibiu avanço na última semana, subindo 1,42% e sustentando-se em torno de R$ 3,75. A alta para as cotações futuras em Chicago combinada com o câmbio favoreceu a comercialização para exportação do cereal.

Neste cenário, as cotações do mercado interno também permaneceram estáveis ao longo dessa segunda-feira (21). Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, apenas as praças do Oeste da Bahia e Sorriso/MT registraram desvalorizações de 1,47% e 2,70% com preços de R$ 33,50 e R$ 18,00 respectivamente.

Segundo a XP Investimentos, nesta segunda-feira Intermediários e Silos retornam aos negócios exigindo valorizações para negociar. De acordo com os mesmos, o avanço da colheita de soja no Sul e Centro-Oeste inflacionará os fretes, impedindo, ao menos no curto prazo, a entrada de milho tributado em São Paulo. Com a suposta restrição de oferta, a expectativa é que as cotações do diferido avancem. Apesar da especulação, até o momento as Industrias e Granjas estão abastecidas e fora dos negócios. Caso surjam necessidades, a preferência destes ainda é pelos lotes tributados (originários de MG e MS).

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Fonte: Notícias Agrícolas

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