Conjuntura do Agronegócio

1. Plano Safra 2019/20 deverá manter R$ 10 bi em subsídios

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou há pouco, em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara, que o Plano Safra 2019/20, cujas negociações estão em curso no governo, não deverá embutir um corte no volume total de subsídios destinados à equalização das taxas de juros do crédito rural em relação à atual safra, que contou com R$ 10 bilhões.

“O compromisso do ministro [da Economia] Paulo Guedes é aprovar no mínimo o que tivemos de recursos nesta safra. Precisamos de pelo menos dos mesmos R$ 10 bilhões para subvenções e precisamos manter recursos para médios e pequenos produtores. Os grandes vão ter que pagar um pouquinho mais, mas têm mais oportunidades", afirmou.

“Mas queria elogiar o ministro Guedes e dizer que o seu ministério tem nos atendido. Vai ser feito o possível”, acrescentou.

Tereza não revelou os números que estão em discussão entre os ministérios da Economia e da Agricultura, mas voltou a afirmar que o próximo Plano Safra “não será menor do que no ano passado”. Na atual temporada, que terminará em junho, foram disponibilizados R$ 191 bilhões em crédito rural, e os recursos a juros controlados já se esgotaram.

Por fim, Tereza prometeu que o Pronaf, programa de crédito destinado a agricultores familiares, deverá contar com um volume superior aos R$ 31 bilhões ofertados no atual ciclo. E comentou que também tem mantido conversas com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no intuito de discutir fontes alternativas para ampliar recursos para o crédito rural.

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Fonte: Valor Econômico

2. Recuperação judicial de produtor rural em Mato Grosso cria conflitos com tradings

Um crescente número de recuperações judiciais requeridas por produtores rurais em Mato Grosso está criando conflitos entre eles e as grandes tradings, que financiam parte da safra por meio de operações de "barter" e estão entre os seus principais credores.

Embora a escala dos pedidos de recuperação judicial no Brasil não se compare ao problema enfrentado por produtores norte-americanos, onde eles sofrem os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, os casos revelam os riscos ligados à atividade das tradings no Brasil, o maior exportador mundial de soja e o segundo maior produtor.

Recentemente, as tradings têm sido surpreendidas por pedidos de recuperação pelos chamados produtores "pessoas físicas", o que dizem não ser permitido por lei, já que eles não operam como empresas de fato. Isto tem tornado difícil a obtenção da soja dada em garantia em operações de crédito, segundo as empresas.

Judiney de Souza, presidente-executivo da brasileira Amaggi, disse à Reuters que a onda de pedidos de recuperação por produtores rurais "é causa de preocupação".

"Quando é concedida a RJ sem o registro (da empresa do produtor rural) na junta comercial, isto coloca a análise de crédito em risco", afirmou ele.

A Amaggi diz ter quase 24 mil toneladas de soja a receber do produtor Zeca Viana, que pediu recuperação este ano para reestruturar um total de quase 312 milhões de reais em dívidas.

"Minha principal preocupação é a falta de crédito para financiar a próxima safra", disse Viana, que foi deputado estadual e atribui a crise financeira do seu grupo à expansão do plantio, problemas climáticos e a própria distração da política.

Viana agora enfrenta dificuldade para vender a produção, por causa da disputa pela soja dada em garantia às tradings.

O advogado Euclides Ribeiro, que representa Viana e ao menos meia dúzia de outros produtores que pediram recuperação judicial, disse que os créditos das trading têm de ser pagos de acordo com o estabelecido na lei de recuperação de empresas.

Enquanto isto, Louis Dreyfus também briga na Justiça para arrestar quase 12 mil toneladas de soja do Viana, avaliadas em cerca de 5 milhões de dólares, de acordo com Thiago Gerbasi, advogado da empresa.

Ele afirma que a Dreyfus pagou pela soja de Viana no ano passado, por meio de um acordo que envolveu a troca de fertilizantes por grãos.

O aumento dos pedidos de recuperação por produtores rurais pessoas físicas pode tornar as tradings mais exigentes na concessão do crédito, comprometendo uma importante fonte de financiamento ao produtor.

A EXPLOSÃO DO "BARTER"

Por meio do "barter", as tradings trocam insumos como sementes, fertilizantes e agroquímicos por grãos a serem entregues na colheita.

Essa forma de negociação cresceu muito nos últimos anos, o que permitiu às tradings estreitar o relacionamento com o produtor, ao mesmo tempo em que tentam obter melhores margens fora da originação, onde as mesmas ficaram apertadas com a chegada dos concorrentes chineses.

"Com mais players competindo pela soja, as margens de originação ficaram menores e as empresas começaram a diversificar através da venda insumos", disse uma fonte da Cargill que não tem autorização para falar em nome da empresa.

A Cargill preferiu não comentar.

As operações com "barter" aumentaram seis vezes nas últimas cinco safras, representando quase um terço do financiamento ao produtor em Mato Grosso na safra 2018/2019, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A inadimplência da carteira de crédito ao produtor rural pessoa física mais que dobrou em cinco anos, para 2,8% no ano passado, mostram dados do Banco Central.

Novos pedidos de recuperação judicial em Mato Grosso atingiram nove no ano passado, a mais alta taxa anual desde 2015, de acordo como Serasa.

"INDÚSTRIA DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL"

À medida que as tradings se tornaram mais expostas ao risco de crédito ao produtor, elas aprenderam --do jeito mais difícil-- que seus direitos poderiam ser suspensos pelo efeito das recuperações judiciais sobre a efetividade dos contratos.

Muitos produtores pagam impostos como pessoas físicas, e não como empresas, mas seus advogados sustentam que eles operam um negócio de fato, o que lhes daria o direito de pedir recuperação à Justiça como qualquer outra companhia.

A Abiove, associação de processadores de oleaginosas que inclui as quatro grandes tradings do chamado grupo ABCD, diz que se instalou no Brasil "uma indústria da recuperação judicial".

"A Abiove se preocupa com a utilização indevida do instituto da RJ. Os casos têm se multiplicado em projeção geométrica", disse André Nassar, presidente da entidade.

Enquanto os juízes de varas locais têm concedido a recuperação judicial a produtores pessoas físicas, tribunais superiores têm proferido decisões conflitantes sobre o tema.

Ao mesmo tempo, em Brasília a questão ainda não foi julgada em definitivo, o que gera insegurança jurídica para as empresas que precisam avaliar risco de crédito ao produtor.

Roberto Marcon, diretor de originação na Bunge do Brasil, disse por meio de nota que as tradings consideram mudar a estrutura das garantias do "barter" depois que aumento do número de pedidos de recuperação aumentou os riscos.

"Trading não é banco. Elas dão o dinheiro ou matéria-prima e querem o produto de volta", disse Souza, da Amaggi.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

3. Acordo entre Mercosul e Coreia do Sul pode trazer ganho de US$ 12,5 bi

Um acordo de livre comércio entre Mercosul e a Coreia do Sul pode proporcionar um incremento de US$ 12,5 bilhões na balança comercial em exportações para o agronegócio brasileiro. Essa foi uma das constatações do Seminário de Cooperação Econômica Brasil - Coreia do Sul, realizado na terça-feira (21/5), em São Paulo, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

As negociações entre o bloco da América do Sul e os coreanos têm boas chances de serem concluídas em 2020, informa em comunicado a coordenadora de Relações Internacionais da CNA, Camila Sande.

A próxima rodada de negociações será em julho de 2019 e as expectativas são de avanços significativos. "É preciso que agora se aumente a cooperação entre as forças produtivas. A Coreia teve uma corrente de comércio de US$ 1 trilhão no ano passado. O Brasil precisa estar mais presente nessas trocas", ressaltou ela.

Camila explicou que a Coreia do Sul tem 16 acordos de livre comércio com 57 países e acrescentou que o país asiático quer incentivar o maior acesso do Brasil às cadeias de valores globais. No entanto, ressaltou Sande, há desafios para o Brasil obter ganhos reais com o acordo, como as questões regulatórias, que precisam ser mais harmônicas entre as duas partes, além de questões tarifárias.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

Insumos

4. Juros para agricultura familiar deverão subir

A equipe econômica do governo vem insistindo em aumentar as taxas de juros das linhas de crédito subsidiado para os pequenos agricultores na próxima safra (2019/20), que terá início no dia 1º de julho.

O Valor apurou que, em meio ao orçamento limitado, a ideia é elevar as taxas de todos os financiamentos no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cujas linhas de crédito são 100% subsidiadas pelo Tesouro Nacional.

Na atual temporada (2018/19), que terminará em 30 de junho, o Plano Safra da Agricultura Familiar ofertou R$ 31 bilhões em crédito, e R$ 20,3 bilhões foram desembolsados até abril, 14% mais que no mesmo período do ciclo anterior.

Por ora, a medida em estudo que mais ganha força nas negociações em torno do Plano Safra é aumentar de 2,5% para 4,6% por ano a taxa de juros para pequenos agricultores que produzem alimentos básicos como arroz, feijão caupi, leite, mandioca, batata-inglesa, tomate, banana, laranja e milho, entre outros.

Uma taxa de 4,6% equivale à média dos juros das linhas do Pronaf nesta safra 2018/19. Lançada na safra 2016/17, a linha de financiamento voltada para alimentos básicos responde por 35% dos empréstimos concedidos pelos bancos no âmbito do Pronaf, segundo o Banco Central.

Em oposição aos desejos da equipe econômica, o Ministério da Agricultura vem tentando barrar o aumento das taxas de juros para os agricultores familiares. "É uma briga cujo desempate será entre a ministra Tereza Cristina e o Paulo Guedes [ministro da Economia]", diz uma fonte que acompanha as negociações.

A Agricultura trabalha com a hipótese de ampliação de recursos tanto para o Pronaf quanto para o Pronamp (linha para médios produtores) em 2019/20, e já alertou a Confederação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) sobre a eventual alta na taxa de juros dos financiamentos a alimentos básicos. A Contag defende a queda ou ao menos a manutenção das taxas do Pronaf e quer R$ 35 bilhões em recursos.

"Estamos com a expectativa de que tenha mais dinheiro para o Pronaf na próxima safra. O governo já vem sinalizando isso e achamos muito bom. Mas não faz sentido aumentar juros num momento em que a Selic [taxa básica de juros] está estabilizada em 6,5%", afirmou ao Valor o secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris.

Em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara ontem, Tereza confirmou que a Agricultura insiste na ampliação de recursos do Pronaf e disse que, de uma forma geral, o Plano Safra 2019/20, não deverá embutir um corte no volume total de subsídios destinados à equalização das taxas de juros do crédito rural em relação à atual safra, que contou com R$ 10 bilhões.

"O compromisso do ministro Paulo Guedes é aprovar no mínimo o que tivemos de recursos nesta safra. Precisamos de pelo menos os mesmos R$ 10 bilhões para subvenções e precisamos manter recursos para médios e pequenos produtores. Os grandes vão ter que pagar um pouquinho mais, mas têm mais oportunidades", disse.

Tereza não revelou os números que estão em discussão entre os ministérios da Economia e da Agricultura, mas voltou a afirmar que o próximo Plano Safra "não será menor do que no ano passado". Na atual temporada, foram disponibilizados R$ 191 bilhões em crédito rural, e os recursos a juros controlados já acabaram. (CZ)

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Fonte: Valor Econômico

5. Nova fórmula reduz fretes para os grãos

A nova tabela de frete rodoviário, proposta pela EsalqLog/USP e atualmente em fase de consulta pública, pode reduzir significativamente os preços de frete para cargas a granel em rotas cruciais ao setor agropecuário, conforme levantamentos de entidades do agronegócio brasileiro obtidos pelo Valor. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) espera publicar uma nova resolução e uma nova tabela no próximo dia 20 de julho.

Na comparação com a tabela em vigor desde maio do ano passado, para o transporte de soja, milho e farelo de soja, o preço do frete recuará 50%, para R$ 89 por tonelada, no trecho de Lucas do Rio Verde (MT) a Miritituba (PA), onde se concentram terminais portuários.

Em um percurso maior, de Sinop (MT) ao porto de Santos (SP), a queda estimada para o valor do frete com a nova metodologia é de 51%, para R$ 171 por tonelada.

Juntos, os dois trajetos respondem pelo escoamento de cerca de 70% das exportações originadas pelo Mato Grosso, Estado que lidera a produção nacional de grãos.

"O que pudemos ver é que no caso do granel sólido, a tabela da Esalq traz uma redução enorme nos valores de frete comparado à tabela atual", afirmou ao Valor André Nassar, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (Abiove), que fez o levantamento de preços considerando a metodologia proposta pela EsalqLog.

Na avaliação de Nassar, a nova tabela refletirá com mais fidelidade os custos de transporte rodoviário e se aproxima dos valores praticados antes da lei do piso mínimo de frete, sancionada com o intuito de cessar as greves de caminhoneiros que afetaram o país em 2018.

Ao Valor, o diretor da ANTT, Marcelo Vinaud, admitiu que o estudo da Esalq é "bem mais técnico" que o primeiro feito pela agência. "Na medida em que contrata uma composição maior [caminhão com mais eixos], você tem uma redução do valor [do frete]", disse. A nova tabela, da Esalq, considera parâmetros como mais eixos, rodagem de pneus, horas trabalhadas, etc.

A nova tabela, que ainda está em discussão - a ANTT realiza hoje, em Brasília, a última audiência pública para colher sugestões de transportadores e empresas -, também reduz em até 58% os fretes para lácteos em distâncias médias, geralmente usadas pelo setor em trajetos entre Goiás e São Paulo, ou da região Sul a São Paulo.

"Com a tabela da Esalq, o preço do leite UHT pago pelo atacado à indústria ficará 8,7% menor do que com a tabela vigente, o que também pode trazer um preço final menor ao consumidor final", projetou Marcelo Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, que representa as indústrias do setor.

Procurada, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os grandes frigoríficos de carne de frango e suína, respondeu que a tabela da Esalq também é mais "adequada" que a atual. Em contrapartida, para as distâncias mais curtas, de até 250 km, a nova tabela pode significar aumento no preço de frete, ponderou a ABPA.

Apesar da avaliação positiva de representantes do agronegócio, nem todo o setor deve se beneficiar. Se adotada, a nova tabela elevará o frete de fertilizantes. "É notório que teremos um incremento substancial (acima de 50%) para o setor, na medida em que vivemos historicamente do chamado frete de retorno", afirmou David Roquete, diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de adubos (Anda).

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Fonte: Valor Econômico

6. Queda não será generalizada

Se aprovada a metodologia elaborada pela EsalqLog para a tabela de preços mínimos dos fretes rodoviários, algumas rotas terão seus preços elevados, enquanto outras, reduzidos. A variação dependerá do tamanho do caminhão (quantidade de eixos), da distância e também do tipo de carga transportada.

Por exemplo: para os granéis sólidos, caso dos grãos, os preços médios em relação à tabela em vigor (Resolução ANTT nº 5.820/18 e nº 5.839/18) poderão diminuir entre 20% e 40% para distâncias superiores a 200 quilômetros; ao mesmo tempo, deverão registrar incremento de até 50% para rotas com até 100 quilômetros. A variação também depende do tamanho do caminhão. Quem usar veículos maiores, de sete ou nove eixos, poderá ter ajustes para baixo de até 40%.

Por outro lado, se levadas em consideração as cargas frigorificadas, quase todos os valores vão subir - sejam em rotas curtas, médias ou longas e com todos os tipos de caminhão. A exceção fica para veículos com nove eixos que levarem carga frigorífica para uma distância além de 400 quilômetros.

No caso de produtos líquidos perigosos como combustíveis, os reajustes também serão todos acima dos preços praticados atualmente, sem nenhuma exceção.

Além disso, tais simulações levam em consideração apenas as seis categorias de carga existentes atualmente, sendo que a metodologia da EsalqLog propõe que passem a existir 11 categorias de produtos transportados.

Vale lembrar, finalmente, que os custos de transporte rodoviário foram elaborados com base em questionários respondidos por caminhoneiros, transportadores e embarcadores.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. China queria habilitar apenas mais 20 frigoríficos, diz ministra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta quarta-feira que, durante sua viagem à China, o governo daquele país sinalizou que queria habilitar apenas mais 20 frigoríficos brasileiros para exportar carnes a seu mercado.

A ministra ponderou, no entanto, que insistiu para que os chineses analisem a lista de 78 estabelecimentos que está sendo revisada e precisa ser encaminhada pelo Ministério da Agricultura à China até o fim desta semana.

Segundo Tereza, as principais entidades que representam a indústria brasileira de carnes estarão reunidas ainda hoje na sede do ministério para tratar dos detalhes finais dessa lista, de forma que as exigências técnicas e sanitárias demandadas sejam cumpridas à risca.

“Pedimos aos chineses que analisem as 78 plantas e para que incluam três plantas de suínos, porque quando [os técnicos do governo chinês] vieram ao Brasil eles ainda não tinham o problema monstruoso com a peste suína africana”, afirmou Tereza em audiência pública que ainda acontece na Comissão de Agricultura da Câmara.

“Mas precisamos abrir um canal de negociação permanente. Eu disse aos chineses que não ia voltar para o Brasil com três ou seis plantas, mas que gostaríamos de entregar o maior número de questionários analisados”, acrescentou.

Tereza cobrou que a o segmento de carnes do Brasil seja mais “profissional”, lembrando que o ministério enfrentou problemas com a entrega de documentação correta, e no prazo, por parte de alguns frigoríficos.

Em um resumo de sua missão comercial pela Ásia, Tereza também comentou que manteve encontros bilaterais com ministros de Agricultura de países membros do G-20 em reunião em Niigata, no Japão, há duas semanas. No encontro, ela prometeu viajar à Rússia, por volta de setembro, para tentar melhorar “a credibilidade” do Brasil com Moscou.

“Os russos são complicados, mas a indústria brasileira tem que ter consciência do que está mandando. Eles não aceitam ractopamina [promotor de crescimento animal]. Precisamos ir para a Rússia, é um mercado importantíssimo para nossas carnes bovina e suína”, afirmou a ministra.

Tereza também esteve com o ministro de Agricultura da Arábia Saudita, que recentemente reduziu o número de frigoríficos brasileiros de quem compram carnes. “A primeira coisa que ele me perguntou foi: vocês querem vender toda a carne de frango que importamos?”, destacou.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Fonterra e Nestlé podem vender DPA no Brasil

A multinacional suíça Nestlé a cooperativa neo-zelandesa Fonterra anunciaram hoje que chegaram a um acordo para fazer uma revisão ”estratégica” de suas opções na parceria na Dairy Partners Americas (DPA), incluindo uma possivel venda de suas participações nesta que é sua joint venture no Brasil.

A Nestlé diz que essa revisão sobre o controle futuro da DPA — e o fim da parceria no Brasil —, deverá estar concluída até o fim do ano. A empresa argumenta que as duas companhias querem assegurar o avanço e o sucesso do negócio no longo prazo.

A Fonterra tem 51% na DPA e a Nestlé, 49%. A parceria foi criada em 2003 para captar leite, manufaturar e comercializar produtos lácteos para a América Latina. Em 2014, a joint venture começou a ser esvaziada. Para a Nestlé, o que houve na ocasião foi um novo foco das atividades da DPA no Brasil, como a comercialização de lácteos refrigerados.

As vendas da DPA alcançaram R$ 1 bilhão em 2018. A joint venture opera duas fábricas e emprega 1,4 mil funcionários no Brasil. Segundo nota da múlti suiça, as marcas de leite Nestlé, Ninho, Chandelle, Chambinho, Nestor e Molico estão entre as mais conhecidas comercializadas pela DPA no mercado brasileiro.

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Fonte: Valor Econômioco

9. Ministério proíbe laboratórios da Mérieux suspeitos de fraude

O Ministério da Agricultura descredenciou hoje três laboratórios que são investigados pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Trapaça, fase da Carne Fraca que investiga fraudes cometidas pela BRF em testes laboratoriais.

Na edição de hoje do “Diário Oficial da União”, três portarias assinadas pelo secretário adjunto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Fernando Mendes, oficializam o descredenciamento dos laboratórios da Bioagri em Toledo (PR), Maringá (PR) e São Paulo.

Os três laboratórios pertencem ao grupo de origem francesa Mérieux. A suspeita da PF é que a BRF, maior empresa de carne de frango do país, burlasse os testes de salmonela em conluio com os laboratórios.

Procurada pela reportagem, a Mérieux informou que defende a integridade e a confiabilidade dos seus negócios e que a "violação dessas regras nunca foi, nem jamais será tolerada". A companhia informou, ainda, que as outros laboratórios do grupo operam normalmente.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. ATR SP: valor de início de safra é liberado

O Conselho dos Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Consecana-SP) divulgou os dados referentes ao ATR (Açúcar Total Recuperável) para o mês de abril. Os valores são referentes ao início da safra 2019/20. De acordo com os números os valores do ATR mensal e acumulado iniciarão a safra em R$ 0,6423.

Os contratos de parceria baseados no índice de cana campo foram cotados em R$ 70,13 a tonelada. Já a cana esteira inicia o mês em R$ 78,34 a tonelada.

Os valores do ATR São Paulo estão disponíveis na página inicial do portal UDOP.

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Fonte: UDOP

11. Açúcar: preços do açúcar voltam a cair em Nova York e Londres

Após duas valorizações consecutivas, os preços do açúcar voltaram a cair nas bolsas internacionais nesta quarta-feira (22). Em Nova York, o lote com vencimento para julho/19 foi firmado em 11.62 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 19 pontos. Na tela para outubro/19 a desvalorização foi de 13 pontos, fechando contratos em 12.04 centavos de dólar por libra-peso. Nas demais telas a queda foi de 5 a 9 pontos.

Em Londres os contratos para agosto/19 encerraram o pregão em US$ 322,80 a tonelada, recuo de 3,50 dólares. O vencimento para outubro/19 fechou em US$ 327,60 queda de 3,40 a tonelada. Os demais lotes desvalorizaram entre 1,90 e 3,50 dólares.

Mercado interno

Em São Paulo, os preços do açúcar caíram 2,29% nesta quarta-feira, em comparação aos preços praticados na véspera. Segundo o indicador do Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos do tipo cristal foi vendida a R$ 68,37.

Etanol

O etanol hidratado registrou a quarta queda consecutiva no mercado paulista, segundo o indicador diário da Esalq/BM&F. O biocombustível foi negociado a R$ 1.725,00 o metro cúbico ontem, queda de 1,23% no comparativo com a véspera.

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Fonte: UDOP

12. Nota conjunta do Ministério da Agricultura e do Ministério das Relações Exteriores sobre o entendimento entre o Brasil e a China no contencioso do açúcar

Brasil e China chegaram a um entendimento nas consultas que têm sido realizadas no âmbito do contencioso do açúcar iniciado pelo Brasil na OMC.

As consultas haviam sido solicitadas pelo Brasil em vista da aplicação, pela China, de salvaguardas na forma de sobretaxas às importações de açúcar. No pedido de consultas, o Brasil também abordou a administração de quota tarifária mantida pela China para a importação de açúcar, bem como a operação de um sistema de licenciamento automático para importações do produto fora da quota.

Nos termos do entendimento alcançado, as preocupações que embasaram o pedido de consultas brasileiro deverão ser atendidas, de modo mutuamente satisfatório, sem a necessidade do estabelecimento de um painel na OMC para examinar a matéria.

O Brasil vê positivamente o resultado alcançado, que reflete o engajamento e a disposição construtiva de ambas as partes para alcançar uma solução para a disputa.

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Fonte: Mapa/UDOP

Grãos e Grandes Culturas

13. Soja: China compra 900 mil toneladas essa semana

A China comprou exatamente 15 cargos de soja brasileira entre segunda e terça-feira desta semana, fazendo com que os prêmios subissem, segundo o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com ele, no entanto, existem algumas exceções.

“Por isso os prêmios subiram, mas não hoje, motivo pelo qual os preços oferecidos pelas Tradings nos portos sobre rodas recuaram forte, cerca de 2,11% na média do Brasil, para R$ 79,93/saca, reduzindo os ganhos do mês para 7,49%. O dólar subiu pouco,apenas 0,19% e Chicago subiu 0,79%, mas os prêmios permaneceram praticamente inalterados. No interior, a queda foi significativamente menor, de apenas 0,80%, para R$ 74,40/saca. Com isto, os ganhos do mês de maio recuaram para 6,09%”, escrevei ele em seu boletim informativo diário.

Segundo o especialista, as notícias do dia mostram que as incertezas em relação ao fim da disputa comercial travada entre a China e os Estados Unidos estão refletindo no mercado da soja. “Basta ler apenas as manchetes das notícias transmitidas pela Reuters nesta quarta-feira, para ver o grau de incertezas em que estão as conversações EUA-China e, com elas, a possibilidade de elevação das cotações da soja, via redução dos altos estoques americanos. Por enquanto, as poucas altas havidas ficam por conta do clima, que já foi devidamente prefaciado”, indica.

As manchetes da Reuters sobre este assunto, nesta quarta-feira, foram as seguintes: Próxima rodada de tarifas em disputa comercial EUA-China deve ser em mais de 30 dias, diz Mnuchin; Mnuchin diz que EUA estão abertos a novas conversas com a China a partir de negociações anteriores; Decisão dos EUA sobre aumentos tarifários está há pelo menos um mês de acontecer, diz Mnuchin.

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Fonte: Preços do algodão caem pela segunda semana consecutiva

14. Preços do algodão caem pela segunda semana consecutiva

Pesquisas do Cepea apontam que o ritmo de comercialização envolvendo o algodão em pluma está bastante lento e os preços, em queda pela segunda semana consecutiva. Boa parte das indústrias consultadas pelo Cepea está fora de novas aquisições – apenas compradores com necessidade de atender contratos estão ativos e, mesmo assim, cautelosos quanto aos valores ofertados e à qualidade da pluma – a maioria dos lotes disponibilizados é mista em tipo e/ou características (como micronaire, fibra e cor).

Pesquisas do Cepea apontam que o ritmo de comercialização envolvendo o algodão em pluma está bastante lento e os preços, em queda pela segunda semana consecutiva. Boa parte das indústrias consultadas pelo Cepea está fora de novas aquisições – apenas compradores com necessidade de atender contratos estão ativos e, mesmo assim, cautelosos quanto aos valores ofertados e à qualidade da pluma – a maioria dos lotes disponibilizados é mista em tipo e/ou características (como micronaire, fibra e cor).

De 14 a 21 de maio, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, recuou 0,4%, fechando a R$ 2,8585/lp na terça-feira, 21. No acumulado de maio (até o dia 21), o Indicador caiu 3,03% e, no ano (de 28 de dezembro a 21 de maio), 6,75%.

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Fonte: Cepea/Esalq/Agrolink

15. Deral aponta avanço da colheita do milho safrinha no Paraná, safra de verão está praticamente finalizada

A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio, colheita e comercialização das principais safras do estado.

O levantamento apontou que 3% do milho safrinha paranaense já foi colhido. Do restante, 28% já estão em maturação, 60% em frutificação, 11% em floração e 1% seguem em descanso vegetativo. Desse montante, 84% está em condições boas, 13% em média e 3% em condições ruins.

Já no milho de primeira safra, 99% da área já foi colhida no estado, com 100% do restante já em maturação. Além disso, 89% do total apresentam boas condições no momento, 8% médias e 3% ruins.

No que diz respeito à comercialização, 17% da safrinha já está negociada e 69% da safra de verão também já foi vendida.

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Fonte: Notícias Agrícolas

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