Conjuntura do Agronegócio

1. Índice de Confiança do Agronegócio teve leve queda no 1º trimestre

Depois de bater todos os recordes positivos no quarto trimestre de 2018, o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) perdeu gás e recuou de janeiro a março deste ano.

Segundo levantamento divulgado hoje, o indicador encerrou o período em 111,9 pontos, 3,9 pontos menos que no trimestre anterior. É o segundo melhor resultado da série histórica iniciada em 2013, mas a bolha de euforia esvaziou em todos os elos das cadeias produtivas do setor, o que Fiesp e OCB consideram normal.

A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.

“O entusiasmo persiste principalmente devido aos produtores. Eles se mantêm confiantes com as condições gerais da economia brasileira, não obstante as dificuldades iniciais do governo em levar adiante reformas importantes como a da Previdência”, dizem Fiesp e OCB no material divulgado.

As entidades admitem, entretanto, que o passo atrás registrado pelo índice no primeiro trimestre deste ano refletiu o recuo das expectativas relacionadas às condições da economia do país.

Entre as indústrias que atuam “antes da porteira”, como as dos segmentos de fertilizantes e defensivos, o índice de confiança recuou de 122,9 pontos, na pesquisa realizada entre outubro e dezembro de 2018, para 115,2 pontos no primeiro trimestre deste ano.

“A queda se deve, em parte, ao avanço lento das vendas de insumos agropecuários para a próxima safra de verão em regiões onde a negociação costuma ocorrer com maior antecipação, como o Centro-Oeste e o ‘Matopiba” [confluência entre os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia]”, afirmam Fiesp e OCB.

Já o índice que mede especificamente a confiança dos produtores agropecuários registrou queda de 113,8 para 109,5 pontos. “Os ânimos esfriaram um pouco principalmente por aspectos relacionados às condições do negócio, como o crédito e a produtividade”, dizem as entidades.

Entre as agroindústrias que atuam “depois da porteira”, a queda foi de 114,8 para 112,9 ponto, em linha com o movimento geral que, neste segundo trimestre, poderá ser influenciado negativamente pela queda dos preços pagos aos produtores de diversas culturas em abril.

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Fonte: Valor Econômico

2. EUA confirmam ajuda de até US$ 16 bi

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou ontem os detalhes do pacote preparado pelo governo para ajudar os produtores rurais do país a minimizar os reflexos negativos das disputas comerciais entre Washington e Pequim.

Segundo o USDA, o presidente Donald Trump autorizou a liberação de até US$ 16 bilhões para programas de apoio aos produtores, montante em linha com o impacto estimado das tarifas retaliatórias aplicadas pela China depois que os EUA sobretaxaram mais produtos do país asiático.

A jornalistas, Sonny Perdue, secretário de Agricultura dos EUA, afirmou que a China vem desrespeitando regras comerciais e referentes à propriedade intelectual há muito tempo e Trump está enviando uma mensagem clara de que os americanos não vão mais tolerar essa situação.

Nesse contexto, explicou Perdue, o Programa de Facilitação de Mercado (MFP, na sigla em inglês), administrado pela Farm Service Agency (FSA), foi melhorado e fornecerá US$ 14,5 bilhões em pagamentos diretos este ano.

O USDA também informou que produtores de itens como, cevada, milho, algodão, arroz, feijão, sorgo, soja e trigo, entre outros, receberão pagamentos compensatórios baseados em uma única taxa multiplicada pelo total de plantações em 2019.

Esses pagamentos não dependem de quais culturas foram ou estão sendo semeadas em 2019 -, portanto, segundo o USDA, não distorcerão as decisões de plantio. Além disso, pontuou o USDA, o total de plantações elegíveis para pagamento não poderá exceder o plantio total de 2018.

Os produtores de laticínios receberão pagamentos de acordo com o histórico de produção e os de suínos serão apoiados com base nos estoques. Em geral, os pagamentos serão feitos em até três parcelas, com a segunda e terceira parcelas avaliadas conforme condições de mercado e oportunidades comerciais ditadas.

A primeira parcela começará a ser paga entre o fim de julho e o início de agosto. Se as condições exigirem, a segunda e a terceira parcelas serão desembolsadas em novembro e no início de janeiro.

O USDA informou, ainda, que será implantado mais um Programa de Compra e Distribuição de Alimentos (FPDP), desta feita de US$ 1,4 bilhão, para enxugar excedentes afetados por retaliações comerciais, como frutas, vegetais, alguns alimentos processados, carne bovina, carne suína, cordeiro, aves e leite e direcioná-los a bancos de alimentos e escolas, por exemplo.

A administração Trump não descarta novos pacotes de ajuda do gênero, a depender de como evoluírem as negociações comerciais com a China. No ano passado, Washington já havia oferecido US$ 12 bilhões aos produtores, também por causa da guerra.

No mercado de soja, carro-chefe do agronegócio no Brasil - maior exportador do mundo e que disputa com os EUA a liderança na produção global -, teme-se que o novo pacote resulte no aumento do plantio naquele país na safra 2019/20, apesar da taxa de 25% imposta pela China ao grão americano e dos baixos preços na bolsa de Chicago.

Isso porque a ajuda do governo deverá provocar um aumento do valor pago por bushel em relação ao patamar praticado em Chicago - ontem os contratos futuros de segunda posição de entrega fecharam a US$ 8,2825 por bushel. Mas o estímulo, avaliam analistas, deverá ser menor que o esperado pelo mercado, que o avaliava em US$ 2 por bushel. "Eu não acredito que os pagamentos chegarão a tal patamar. Os detalhes são desconhecidos neste momento", disse analista Karl Setzer, da consultoria Agrivisor.

Em Chicago, a quebra de expectativa gerou um movimento generalizado de realização de lucros, levando os contratos de soja, com vencimento em agosto, caírem mais 0,87% - 7,25 centavos de dólar.

Segundo um executivo de uma grande trading, como muitos produtores estão com problemas para plantar milho por causa de adversidades climáticas e a janela de semeadura do cereal está se fechando, a soja poderá ser uma boa opção. Nesse caso, a tendência é de aumento da pressão sobre as cotações internacionais.

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Fonte: Valor Econômico

3. Emissões de CRAs somaram R$ 4 bi no 1º trimestre

Foram realizadas no primeiro trimestre deste ano no país 11 emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que totalizaram R$ 4 bilhões, conforme dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) destacados pela securitizadora Vert. É praticamente o mesmo montante observado em todo o ano passado.

Segundo a Vert, o ritmo mais acelerado dos primeiros meses de 2019 pode ser explicado pela regulamentação do título pela CVM, que ocorreu em outubro, e pela crise fiscal brasileira, e a decorrente limitação de despesas públicas que restringe os subsídios oficiais ao agronegócio, que força o setor a procurar alternativas de financiamento.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Tereza Cristina diz que aprovação de novos agrotóxicos é técnica

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse na quarta-feira (22), na Câmara dos Deputados, que a aprovação de 31 novos agrotóxicos é técnica e que, em governos anteriores, “processo ideológico” barrava a aprovação desses produtos. Ela participou de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, que durou cerca de cinco horas. A oposição criticou a liberação de 197 agrotóxicos ao todo este ano.

A liberação do registro de 31 agrotóxicos novos foi publicada no Diário Oficial na terça-feira (21). A maioria deles, 29, são reproduções de princípios ativos já autorizados no Brasil. Três deles são do glifosato, herbicida mais utilizado no Brasil e no mundo.

“Nós precisamos acabar com essa conversa de que se aprova no Brasil coisas que não podem ser aprovadas”, disse Tereza Cristina. “O processo entra pelo Ministério da Agricultura, passa pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Anvisa, a Agência nacional de Vigilância Sanitária. Foram aprovados produtos que estavam na fila da Anvisa há muitos anos”, argumentou.

A liberação de novos agrotóxicos foi criticada pelos deputados que pediram a audiência. “A Europa cancela a compra de nossa produção por conta de agrotóxicos e transgênicos”, apontou Marcon (PT-RS). “Nos assusta a liberação de tanto agrotóxico no nosso País, porque isso é veneno e mata”, avaliou o deputado Carlos Veras (PT-PE).

Glifosato

A ministra disse ainda que “existe uma grande campanha contra o glifosato”. “Se realmente ficar comprovado que o glifosato tem problema, ele não pode ser usado. Mas é preciso ter base científica, não é porque houve um caso em que uma pessoa ganhou uma condenação”, afirmou.

A Anvisa avalia que o glifosato não causa prejuízos à saúde – parecer semelhante ao da EPA (agência de proteção ambiental americana) e da Comissão Europeia. Porém, em 2015, a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (Iarc), parte da Organização Mundial de Saúde, concluiu que o glifosato era "provavelmente cancerígeno".

Questão fundiária

Tereza Cristina ressaltou ainda que o ministério quer a promover a regularização fundiária no País antes de prosseguir com a reforma agrária. Segundo ela, os agricultores sem títulos de terra definitivos não têm acesso ao crédito rural. Ela acrescentou que o órgão trabalha em cadastro único para realocar novas famílias nos assentamentos ociosos. Conforme a ministra, dos 9.332 assentamentos existentes no Brasil, há 28% de ociosidade.

Mas, deputados da oposição afirmam que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está parado e que o ministério não dialoga com movimentos sociais do campo. O deputado Marcon criticou ainda o corte de recursos para os assentamentos, que, segundo ele, não se desenvolvem por falta de verba. “Não é recurso para invadir, é para produzir, é dinheiro para casa, colchão, fogão”, destacou.

Já o deputado Carlos Veras cobrou o acesso de agricultores familiares à assistência técnica e a continuidade do programa de reforma agrária. A ministra reconheceu que há concentração da produção nas mãos de poucos produtores. Ela informou que 92% dos estabelecimentos rurais geram 15% do valor produzido pela agricultura, e que 15% geram 85% do valor produzido.

Demarcações

A ministra também defendeu a transferência da demarcação de terras indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura, prevista na MP 870/19. Segundo ela, a mudança é “meramente administrativa, sem nenhum viés”. Ela afirmou que “vai cumprir lei e Constituição”.

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Fonte: Revista Globo Rural

5. Tereza Cristina se reunirá com presidente do BC para discutir crédito agrícola

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira, em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que o Plano Safra 2019/20, a ser anunciado no próximo dia 12, terá, no mínimo, os mesmos R$ 220 bilhões do atual ciclo 2018/2019. Para a subvenção ao crédito agrícola, o governo vai destinar, segundo ela, em torno de R$ 10 bilhões a R$ 10,5 bilhões.

Ela disse aos deputados que na segunda-feira (27) se reunirá com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para discutir novos mecanismos financeiros que permitam elevar os recursos para o crédito agrícola. Conforme a ministra, pequenos e médios produtores, como já havia sido anunciado, terão mais recursos.

Ela voltou a afirmar que o governo Jair Bolsonaro dará prioridade aos produtores que tomam até R$ 500 mil por ano de crédito agrícola, o que representa 96% dos mais de 5 milhões de agricultores brasileiros.

"Vamos democratizar mais o crédito", disse. "Os grandes terão de pagar um pouco mais (de juros), mas para esses estamos tentando modernizar um pouco mais as ferramentas de financiamento."

Tereza Cristina disse aos deputados, segundo nota de sua assessoria, que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terá mais que os R$ 30 bilhões do atual Plano Safra. Ela confirmou que haverá R$ 1 bilhão para o seguro rural.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

6. Startups europeias de alimentos arrecadam US$ 1,6 bilhão

As startups europeias de tecnologia de alimentos e agtech arrecadaram US$ 1,6 bilhão em financiamento em 421 negócios no ano de 2018, segundo um levantamento divulgado pela AgFunder. Nesse cenário, houve um crescimento de 23% no número de negócios e a maioria da atividade ocorreu nas fases iniciais.

Ainda mais notável é o grande aumento de 200% no financiamento para startups upstream, que são aquelas que operam mais perto da fazenda ou na cadeia de fornecimento antes do varejista. “Embora nossos relatórios possam ter melhorado um pouco em 2018 devido a nossas novas parcerias de dados, não há dúvida de que a inovação upstream está rapidamente ganhando força na Europa, particularmente em software agrícola e tecnologias de sensoriamento, bem como robótica e novos sistemas agrícolas. O investimento a jusante - particularmente na entrega de alimentos - encolheu 50%, já que várias startups da categoria saíram via IPO e M & A”, explica o relatório.

A base de investidores que apoia a inovação agroalimentar é variada, com apenas alguns fundos setoriais dedicados, mas está crescendo e 603 investidores únicos fizeram investimentos durante o ano. "De fato, mais investidores de vários estágios estão entrando no espaço do Agrifood e em nossos programas, estamos (antes) vendo e impulsionando a tendência para startups Agtech de mais alta qualidade", diz Jan Meiling da StartLife, um dos fundadores da F & A Next.

“O ecossistema de tecnologia de alimentos e agtech na Europa é muito diversificado, com uma distribuição mais uniforme de financiamento em todas as categorias de tecnologia”, finaliza o texto.

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Fonte: Agrolink

Proteína Animal

7. Ministério busca ampliar número de frigoríficos aptos a exportar à China

Apesar de a China sinalizar que quer habilitar apenas mais 20 frigoríficos brasileiros para exportar carnes a seu mercado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou ontem que enviará para Pequim uma lista com 30 plantas, como adiantou o Valor. A relação deve incluir 19 unidades de bovinos, dez de aves e uma de asininos, segundo uma fonte a par das negociações.

Tereza disse que, durante sua viagem à China, autoridades do GACC, órgão responsável pela defesa agropecuária do país asiático, informaram que, dos 11 estabelecimentos visitados no Brasil em novembro do ano passado, seis já estão aprovados e prontos para serem habilitados. Os outros cinco ainda apresentam inconformidades técnicas, como apontado em relatório do serviço veterinário chinês divulgado após a inspeção.

"Então vamos mandar, além dessas seis plantas, que ainda não estão liberadas, mais 24, para análise dos chineses. Pode ser mesmo que só habilitem as 20 que estão falando. Mas quem não arrisca não petisca", afirmou a ministra em entrevista coletiva. "Mas é claro que o fato de os chineses sinalizarem que querem 20 plantas já é um ganho grande para nós. Agora temos que fazer o dever de casa e mostrar a qualidade da nossa carne", afirmou. Na semana passada, em visita à China, a ministra havia afirmado que pretendia habilitar 78 frigoríficos do país.

Ontem houve uma reunião técnica na sede do Ministério da Agricultura, em Brasília, em que o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, informou a intenção da ministra de mandar a lista com 30 plantas e pediu para que as associações definissem os frigoríficos mais preparados para fazer parte dela. Tereza disse que o ministério vai checar todas as informações fornecidas pelas empresas antes de enviar a lista para a China.

Na prática, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) entregaram listas diferentes, ambas com abatedouros de bovinos. No processo de elaboração das listas, as duas entidades se envolveram em uma polêmica, e a Abrafrigo chegou a acusar o Ministério da Agricultura de beneficiar JBS e Minerva. Ao fim do processo, chegaram a um acordo.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Marfrig vê habilitação mais próxima

A demanda excepcional da China por carnes alterou o planejamento de vendas da Marfrig Global Foods, disse ontem Miguel Gularte, executivo responsável pelas operações da empresa na América do Sul, em entrevista a jornalistas que participaram de uma visita ao complexo da companhia em Itupeva (SP).

Para se apropriar dos aumentos quase diários dos preços pagos pelos importadores chineses - o país asiático sofre com a escassez devido ao surto de peste suína africana -, a Marfrig aumentou os estoques e reduziu o volume de vendas já comprometido em alguns dias.

Com isso, a companhia consegue aproveitar os preços mais altos carnes, fechando os contratos gradualmente e à medida que os preços da carne sobem, justificou Gularte. Além disso, a apreciação do dólar perante o real também favorece as margens de lucro na Marfrig nas exportações, acrescentou o CEO da Marfrig, Eduardo Miron, que também acompanhou a visita.

Os executivos da Marfrig se disseram bastante confiantes com as autorizações da China para que mais unidades da companhia possam exportar. De acordo com eles, é possível que Pequim autorize mais frigoríficos brasileiros a exportar já na próxima semana.

Ontem, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que fechou uma lista de 30 frigoríficos (de bovinos, aves e asininos) a ser entregue para os chineses avaliarem. Nessa lista, há quatro abatedouros de bovinos que já foram avaliados por Pequim, e portanto, estão mais perto de uma habilitação. Nessa lista, há uma planta da Marfrig, em Tangará da Serra (MT); uma da Minerva Foods, em Rolim de Moura; uma da Cooperfrigu, em Gurupi (TO); e uma do Barra Mansa, em Sertãozinho (SP).

No caso da Marfrig, também há chances de habilitação da planta de Bataguassu (MS), ainda que a prioridade neste caso seja menor.

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Fonte: Valor Econômico

9. Para FAO, importação de carnes em nível mundial aumenta perto de 5% em 2019

Nas projeções do Food Outlook 2019 da FAO, as importações mundiais de carnes devem experimentar aumento superior a 1,5 milhão de toneladas no corrente exercício, volume que representa incremento de quase 5% em relação a 2018.

Naturalmente, quem puxa a fila é a China, tradicionalmente o maior importador mundial de carnes. Mas em 2019, para suprir a lacuna causada pela Peste Suína Africana, as importações chinesas devem registrar aumento excepcional. A FAO, nas atuais projeções, prevê que esse aumento ficará próximo de 20%.

Correspondendo a 19% das importações mundiais, as importações chinesas estarão centradas na carne suína (cerca de 40% do total), mas implicam também em um elevado volume de carne bovina (37,5%). Ou seja: a menor importação (pouco mais de 22,5% do total) irá recair sobre a carne. Mesmo assim, será um volume representativo, já que próximo de 1,4 milhão de toneladas.

No tocante às importações mundiais previstas (13,880 milhões de toneladas), a maior parcela (38,7% do total previsto, quase 13,1 milhões de toneladas) será de carne de frango. Na sequência, com 10,6 milhões de toneladas, vem a carne bovina (31,3%). Assim, as importações de carne suína estarão resumidas a 26,4% do total importado mundialmente, fatia que corresponde a, quase, 8,950 milhões de toneladas (está inclusa ainda no processo a carne ovina – 3,6% do total ou 1,235 milhão de toneladas).

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Fonte: Avisite

Agroenergia

10. Moagem de cana em queda no Centro-Sul do país

A moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país totalizou 38,63 milhões de toneladas na primeira quinzena de maio (safra 2019/20), 9,71% menos que no mesmo período do ano passado, informou a União da Indústria de Canade- Açúcar (Unica).

Desde o início do ciclo 2019/20, em abril, o volume atingiu 84,15 milhões de toneladas, em queda de 18,27% na comparação anual.

Do total de cana processada até o momento, 32,29% foi direcionada à produção de açúcar, ante 35,15% entre o início de abril e a primeira quinzena de maio de 2018.

A qualidade da matéria-prima processada na quinzena, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), registrou retração de 6,7%, para 119,65 quilos por tonelada.

“A perda de 8,5 quilos de ATR por tonelada se reflete diretamente sobre o mix de produção. Caso não houvesse a retração, apenas 34% do ATR disponível deveria ter sido direcionado para produção de açúcar – valor inferior ao efetivamente apurado de 36,22% na primeira quinzena de maio”, diz em nota o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues.

Dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) a partir de uma amostra comum de 114 empresas, indicam redução de 1,39% na produtividade agrícola dos canaviais colhidos em abril na comparação com o mesmo mês da safra anterior. Portanto, até o momento os dados não indicam aumento da produtividade agrícola, diz a Unica.

Como reflexo dessa menor oferta de cana e do mix mais alcooleiro, a produção de açúcar na quinzena caiu 16,34%, para 1,59 milhão de toneladas.

No caso do etanol hidratado, o volume produzido atingiu 1,22 bilhão de litros, retração de 13,99% em relação a mesma quinzena do ciclo 2018/2019. A fabricação de etanol anidro, por sua vez, totalizou 559,85 milhões de litros – recuo de 14,90%.

Em relação ao etanol de milho, 49,91 milhões de litros foram fabricados na primeira metade de maio. Entre abril até o dia 15 deste mês, foram 150,55 milhões de litros, crescimento de 67,02% sobre o volume apurado para o mesmo período de 2018.

Desde o início da safra, a produção de açúcar alcançou 2,97 milhões de toneladas. Já o volume acumulado de etanol atingiu 4,01 bilhões de litros, sendo 954 milhões de litros de anidro e 3,06 bilhões de litros de etanol hidratado.

Em relação ao número de unidades em operação, 236 empresas registraram moagem até 15 de maio, ante 248 até igual data do último ano. Para a 2ª quinzena deste mês, a expectativa é que mais 11 usinas iniciem safra.

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Fonte: Valor Econômico

11. Testes ainda definirão alta da mistura de biodiesel

O ministro de Minas Energia, Bento Albuquerque, anunciou na quarta-feira que os testes para a implementação da mistura obrigatória de 11% de biodiesel no diesel fóssil no país deverão ser concluídos em julho. Não há data marcada para a efetiva adoção do novo percentual.

Segundo o cronograma do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o B11 está previsto para entrar em vigor em junho. Devido a testes com resultados negativos nos últimos meses, porém, a indústria automobilística recomendou que o aumento da mistura fosse adiado. O atraso incomodou os produtores de biodiesel, que ficarão com maior ociosidade caso o novo percentual não seja adotado no prazo previsto.

Agora, a expectativa das empresas do segmento é que o B11 seja oficializado em julho, mas há quem diga que o incremento poderá ficar para setembro.

"Construímos e viabilizamos agora as condições necessárias para a mistura B11. Sua implementação será feita após estudos de curta duração sobre aditivação do biodiesel no Instituto Nacional de Tecnologia (INT). Isso deverá ser concluído nos próximos dois meses", disse Albuquerque no lançamento da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel. A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, também participou do evento.

O ministro explicou, ainda, que os testes científicos vêm sendo discutidos entre a Anfavea, a Agência Nacional do Petróleo (ANP), entidades da cadeia do biodiesel (Ubrabio, Aprobio e Abiove) e Sindipeças. De acordo com ele, os resultados dos estudos serão analisados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, a partir daí, a ANP poderá revisar a especificação do biodiesel com o objetivo de aumentar a estabilidade na mistura com o diesel e elevar a vida útil do combustível em todas as etapas de comercialização.

"Com o B11, vamos substituir diretamente 600 milhões de litros de diesel importado por biodiesel nacional, produzido a partir de matérias-primas cultivadas no país e com geração de investimento, emprego e renda no Brasil", afirmou o ministro.

Há 50 indústrias autorizadas a produzir o biocombustível no país, e em 2019 a oferta conjunta deverá alcançar 6 bilhões de litros. As indústrias lembram que foi definido um aumento de 1% ao ano no teor de mistura, previsto em 15% em 2023.

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Fonte: Valor Econômico

12. Vendas de etanol hidratado no Brasil continuam aquecidas

O volume de etanol comercializado pelas usinas do Centro-Sul somou 1,32 bilhão de litros na primeira quinzena de maio, crescimento de 15,89% em relação a igual período de 2018, informou a União da Indústria de Cana-de- Açúcar (Unica).

No mercado interno, a venda de etanol hidratado permaneceu aquecida, totalizando 934,72 milhões de litros, o maior volume já registrado para uma primeira quinzena de maio. Essa quantidade representa um aumento de 21,53% sobre igual período de 2018.

Em relação ao comércio de etanol anidro no mercado doméstico, houve um crescimento de 16,35% em relação a mesma quinzena do ano passado, com 382,36 milhões de litros vendidos em 2019.

Desde o início da safra, as vendas de etanol pelo Centro-Sul somaram 3,83 bilhões de litros, sendo 64,66 milhões de litros para exportação e 3,77 bilhões ao mercado interno – com destaque para as vendas internas de etanol hidratado que acumulam alta de 30,85% nesse período.

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Fonte: Valor Econômico

Grãos e Grandes Culturas

13. Safra brasileira de café em 2019 deve diminuir 8,5%, diz USDA

A produção brasileira de café este ano deve atingir 59,30 milhões de sacas de 60 kg, uma queda de 8,5% (5,5 milhões de sacas a menos) em comparação com o ano passado, quando o País registrou recorde histórico de 64,8 milhões de sacas. A estimativa faz parte de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

"Apesar das boas condições climáticas, a maioria das lavouras de café arábica está em ano de bienalidade negativa, produzindo menos", informa o USDA no relatório.A segunda estimativa oficial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na quinta-feira passada, 16, projetou a safra brasileira 2019 em 50,92 milhões de sacas, o que corresponde a uma queda de 17,4% em comparação com a produção recorde de 61,66 milhões de sacas em 2018.

O relatório do USDA mostra, ainda, que a produção de arábica está prevista em 41 milhões de sacas, uma redução de 15% em relação à safra anterior. A safra de robusta (conilon) deve atingir 18,3 milhões de sacas, um aumento de 1,7 milhão de sacas em comparação com o ano passado. "Espírito Santo, o maior Estado produtor de conilon, tem sido favorecido pela chuva abundante. Enquanto isso, o Estado de Rondônia aumenta a colheita com boas práticas de manejo dos cafezais", diz o USDA.

A exportação brasileira de café no ano safra 2019/2020 (julho a junho) está projetada pelo USDA em 36,82 milhões de sacas, por causa do esperado menor suprimento de café. As exportações de café verde estão previstas em 33,5 milhões de sacas, enquanto o embarque de café solúvel deve atingir 3,3 milhões de sacas. "Apesar da menor oferta esperada, o Brasil deve continuar muito competitivo no mercado internacional", estima o USDA.

As exportações de café do Brasil no ano safra 2018/19 são estimadas em um volume recorde de 39,72 milhões de sacas, um aumento de 9,27 milhões de sacas em relação ao período anterior. "A safra recorde em 2018 e a competitividade do produto brasileiro por causa da depreciação da moeda local, o real, tem apoiado as fortes exportações", comenta o USDA.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

14. Exportação de milho do Brasil mais competitivo que o dos EUA

A exportação de milho do Brasil está mais competitiva que a dos Estados Unidos, os maiores exportadores globais, e deve apresentar volumes superiores a 1 milhão de toneladas em junho, com a ajuda do câmbio para os negócios em um momento em que os norte-americanos estão na entressafra, de acordo com agentes do mercado consultados pela Reuters.

Além do dólar mais forte, que impulsiona vendas de brasileiros ao garantir mais reais nas negociações, a safra do Brasil terá forte recuperação ante 2018 e os preços na bolsa de Chicago oscilaram na véspera em máximas de cerca de um ano, diante de atrasos no plantio do cereal nos EUA, que são também de longe os maiores produtores globais.

Na quarta-feira, os prêmios no porto de Paranaguá (PR) para exportação de milho do Brasil estavam ao redor de 25 centavos de dólar por bushel sobre o contrato de Chicago, enquanto nos EUA estavam em 60 centavos de dólar, configurando o produto norte-americano como mais caro, segundo dados citados pela consultoria e corretora INTL FCStone —na mesma época de 2018, nem havia diferencial positivo para embarques do produto brasileiro.

A situação de mercado ficou tão favorável para os acordos que um corretor no Paraná, um dos principais Estados produtores do Brasil, relatou negócios antecipados de exportação para 2020, algo que ele disse jamais ter visto em sua carreira de 30 anos.

Isso em um momento em que especialistas apontam ótimas condições para o desenvolvimento da segunda safra brasileira do cereal, que deverá permitir ao Brasil, segundo exportador global de milho, colher um volume histórico de quase 100 milhões de toneladas, segundo algumas consultorias.

“A perspectiva é de que exporte mais, a produção vai ser maior, e os dados de lineup (fila de navios) mostram que tem mais exportação... O câmbio favorece a competitividade, os preços em Chicago ajudam, mas o câmbio tem sido um diferencial, além da oferta brasileira”, disse à Reuters Ana Luiza Lodi, analista da INTL FCStone.

Dados da programação de navios da agência marítima Cargonave compilados pela Reuters indicam exportações de 1,4 milhão de toneladas para junho, o dobro do apontado para maio.

O dólar operava acima de 4 reais nesta quinta-feira, após marcar recentemente 4,12 reais, máxima de oito meses.

O câmbio em alta, além de uma maior demanda chinesa em função da guerra comercial EUA-China, foi fator para impulsionar na semana passada negócios de soja do Brasil, que estavam lentos.

Mas é o milho que deve se destacar na exportação em 2019, com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revendo previsões e apontando embarques possivelmente recordes, de mais de 30 milhões de toneladas, enquanto as exportações de soja deverão cair neste ano, com operadores citando o impacto da peste suína africana sobre as criações na China, maior importadora da oleaginosa.

A Anec prevê exportações de 30 milhões de toneladas de milho neste ano, com viés de alta, enquanto a FCStone projeta 32 milhões de toneladas.

No acumulado do ano até a terceira semana de maio, as exportações de milho do Brasil somaram 5,2 milhões de toneladas, segundo dados da Anec, que contabilizava apenas 3,3 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior.

ESTRELA DA EXPORTAÇÃO

Segundo o corretor do Paraná, estão saindo mais negócios de exportação de milho do que para o mercado interno, tradicionalmente o maior demandante do produto do país, maior exportador global de carne de frango e um dos maiores de suínos.

“Já saiu negócio até da safra 2020. O câmbio ajudou, Chicago ajudou, somando os dois... O milho brasileiro está bem competitivo. Nunca vi, está igual a soja, fazendo negócio antecipado para o outro ano, primeira vez que vejo para ano seguinte”, disse.

De acordo com o corretor, o milho negociado para exportação tem origem principalmente em Mato Grosso do Sul, uma vez que o produto desse Estado tem boas condições logísticas para chegar ao porto de Paranaguá, via ferrovia.

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Fonte: Reuters/Agrolink

15. Preço da soja sobe até R$ 1,50 mas dólar e prêmio mais baixos diminuem vendas

O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira, dia 22, de poucos negócios e de preços mistos. As cotações futuras do grão na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) tiveram alta após uma recuperação do mercado. No entanto, a combinação de dólar, que caiu 0,17%, negociado a R$ 4,04, e prêmios mais baixos fizeram com que os valores no Brasil não subissem tanto. Em alguns casos, o preço da soja até caiu.

Lá fora, a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria para anunciar um plano de auxílio aos produtores para enfrentar as perdas provenientes da guerra comercial entre Estados Unidos e China pressionou o mercado. Trump estaria estudando disponibilizar US$ 15 bilhões.

No entanto, o anúncio de uma nova venda, de 131 mil toneladas de soja americana para destinos não revelados, e o atraso no plantio americano, com previsão de chuvas podendo retardar ainda mais os trabalhos, ajudaram na correção técnica dos preços.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 6,50 centavos de dólar por libra-peso ou 0,79%, a US$ 8,28 por bushel. A posição de agosto teve cotação de US$ 8,35 por bushel, com ganho de 6,75 centavos de dólar por libra-peso ou 0,81%.

No Brasil, a maior alta registrada foi no Porto de Paranaguá (PR), onde o preço subiu R$ 1,50 por saca, saindo de R$ 79,50 para R$ 81. Veja abaixo o fechamento:

Passo Fundo (RS): R$ 76

Região das Missões (RS): R$ 75

Porto de Rio Grande (RS): R$ 80

Em Cascavel (PR): o preço passou de R$ 73,50 para R$ 74,50

Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 79,50 para R$ 81

Em Rondonópolis (MT): a saca recuou de R$ 70,50 para R$ 69,50

Dourados (MS): a cotação baixou de R$ 70 para R$ 69,50

Rio Verde (GO): a saca permaneceu em R$ 69,50

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Fonte: Agência Safras/Agrolink

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