Eleição na Argentina e possíveis efeitos no Brasil
Até o momento, não há nos candidatos qualquer posicionamento que indique uma mudança de rota nas relações comerciais com o Brasil, é o que afirma o presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira (Camarbra), Federico Servideo. “A campanha está muito doméstica. Ou seja, os candidatos olharam muito para o público interno e realmente fizeram poucas propostas ou declarações concretas sobre a relação bilateral [entre Argentina e Brasil]. Então, o que podemos imaginar tem um certo tom especulativo”, opina Servideo.
Para o presidente da Camarbra, independentemente do resultado eleitoral, a prioridade para quem lida com a relação bilateral entre Brasil e Argentina é uma solução para o desequilíbrio macroeconômico que a afeta a Argentina. “A relação comercial entre os dois países é complexa, porque é difícil importar e exportar daqui [do Brasil] para lá [Argentina]”, alega Servideo, que aponta as limitações para fazer os pagamentos com as importações e os problemas no tipo de cambio como fatores que dificultam a relação bilateral.
“Nossa Câmara de Comércio é uma câmara privada, apolítica e apartidária. Por isso há oitenta anos estamos aqui no Brasil”, afirma Servideo, que enxerga que o sucesso da Argentina depende da boa relação comercial bilateral com o Brasil. “Nosso papel é ajudar os nossos associados a desenvolver e incrementar a relação bilateral e o comércio entre esses dois países. Trabalhamos todo dia para isso”, conclui.
Fonte: Jornal A Tarde