Conjuntura do Agronegócio

1. Índice Ceagesp subiu 3% em novembro

O índice de preços da Ceagesp, que monitora uma cesta de 150 produtos comercializados no atacado de São Paulo, subiu 3% em novembro, na comparação com outubro. A razão foi o excesso de chuvas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que atingiu culturas importantes, prejudicando a qualidade e ocasionando a redução dos volumes ofertados.

No ano, indicador subiu 11,88% e, nos últimos 12 meses, teve alta de 9,28%. O segmento com maior alta no mês foi o de verduras, com 12,54%. Os destaques foram o nabo (49,9%), salsa (49,9%) e repolho liso (29,6%). No setor de diversos, a variação foi de 6,78%, com destaque para a batata beneficiada lisa (86,1%), cebola nacional (33,9%) e batata comum (9,1%).

Também em forte alta ficaram os preços das frutas, com 3,43%, sendo a carambola (68,9%), abacate margarida (45,9%) e maracujá azedo (41,8%) os maiores percentuais. Os pescados, por sua vez, subiram 0,52%, com aumento expressivo nos preços da lula congelada (88,9%), da sardinha fresca (26,7%) e do camarão ferro (9,1%).

A única variação negativa no mês foi no setor de legumes, que caiu 1,17%. As principais baixas ocorreram com os preços do pepino caipira (-36,9%), do pepino comum (-31,1%) e do pepino japonês (-28,3%).

Conforme a Ceagesp, o volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 2,79 milhões de toneladas entre janeiro e novembro deste ano. Apenas no mês passado, o volume comercializado foi de 265,3 mil toneladas.

Para dezembro, a expectativa é que a demanda aquecida impacte os preços das frutas. E a elevação das temperaturas também prejudique o volume oferta e a qualidade dos itens.

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Fonte: Valor Econômico

2. CNA diz que país não pode abrir mão de relações comerciais com a China

A superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, enfatizou nesta quarta-feira que o Brasil não pode abrir mão das relações comerciais com a China, seu principal parceiro comercial.

Ela também disse acreditar que barreiras comerciais impostas por Pequim ao frango e ao açúcar brasileiros deverão ser sanadas pelo novo governo ainda que o presidente eleito Jair Bolsonaro tenha adotado em sua campanha eleitoral um discurso considerado hostil aos chineses.

“Nossa expectativa é resolver esses problemas, porque a China precisa do Brasil e nós precisamos muito deles. A expectativa de relação com a China é a melhor possível, porque não temos mais como se desassociar do crescimento da China e os produtores estão, nessa linha de frente”, afirmou Lígia, durante evento de fim de ano da CNA.

Por outro lado, a superintendente das CNA frisou que, além da China e da União Europeia, o Brasil também necessita diversificar cada vez mais sua pauta de exportações de produtos agropecuários para outros mercados.

Ela defendeu também que o país priorize não somente embarques de itens do agronegócio brasileiro já largamente exportados, como soja e carnes, mas também outros produtos, como lácteos e frutas.

“A grande expectativa do setor no ano que vem é maior inserção no mercado internacional. Temos dificuldade tremenda de negociar certificados sanitários, por exemplo. Estamos há oito anos negociando as exportações de melão para a China, isso precisa mudar”, afirmou Lígia.

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Fonte: Valor Econômico

3. Aumento dos custos fará PIB do campo recuar em 2018, diz CNA

Pressionado pela alta de custos, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deverá diminuir 1,6% neste ano em relação a 2017, de acordo com estimativa divulgada ontem pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo a CNA, o segmento agropecuário como um todo foi prejudicado sobretudo pela greve dos caminhoneiros, no fim de maio, e pelo posterior tabelamento dos fretes rodoviários, que gerou aumento de custos para o transporte de insumos e produtos agropecuários em geral.

"O tabelamento do frete foi um transtorno que teve impacto significativo no custo de produção, principalmente no segundo semestre", afirmou Bruno Lucchi, superintendente técnico da CNA, durante evento de fim de ano promovido pela entidade, em Brasília.

De acordo com a entidade, altas de 19% do óleo diesel e de 22% dos preços das sementes também exerceram "pressão extra nas margens e na renda gerada no setor" ao longo deste ano.

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária ("da porteira para dentro", em contrapartida, deverá aumentar 3% em 2018 e totalizar R$ 607,6 bilhões, conforme a CNA. O incremento é sustentado pelo aumento de produção de culturas como café arábica, algodão, trigo e soja. A alta dos preços dos grãos também deve colaborar para o resultado.

A CNA observou, entretanto, que o aumento até poderia ser maior não fossem as quedas de preços de produtos como arroz, café, cana, mandioca e feijão.

Para 2019, a entidade traçou um cenário positivo. Para o PIB do setor, projetou alta de 2%, e para o VBP, avanço de 4,3%. Além de projetar mais um ano de bons resultados para os grãos, a CNA reforçou que o horizonte está mais promissor para a carne bovina.

Em parte, o cenário positivo traçado considera que o tabelamento dos fretes será revogado. João Martins, presidente da CNA, voltou a defender no evento de ontem que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro reduza impostos incidentes sobre o óleo diesel como alternativa ao fim do subsídio concedido atualmente, e com isso abra espaço para o fim do tabelamento.

Como já informou o Valor, a equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro de fato avalia essa possibilidade. "A tabela foi criada por uma excrescência. Entendemos que, se o próximo governo fizer correções devidas, como a anulação de impostos, vai chegar a um ponto em que a tabela não vai ter mais razão de existir. Não concordamos com a tabela", reiterou João Martins.

O dirigente também comentou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, sinalizou na terça-feira que poderá suspender as multas aplicadas a empresas e produtores rurais que tenham descumprido os valores previstos na tabela de fretes até que a Corte julgue as ações de inconstitucionalidade contra a medida.

Em 13 de novembro, a CNA chegou a protocolar um pedido para que o STF julgasse imediatamente as ações de inconstitucionalidade e suspendesse a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que determinou aplicação de multas por descumprimento da tabela.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Comissão da Câmara aprova política de redução de uso de agrotóxicos

Seguirá para análise do Plenário da Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê a redução do uso de agrotóxicos no Brasil. Nesta semana, a Comissão de Agricultura da Casa aprovou o relatório favorável ao projeto, de autoria do deputado Nilto Tatto (PT-SP), apesar da objeção de parlamentares ligados à bancada ruralista, que tentaram atrasar a votação.

Criado a partir de sugestões da sociedade civil, o texto é de 2016 e estabelece a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pnara). Entre os objetivos, estão a redução gradual no uso, a fiscalização dos resíduos e utilização de medidas econômicas e fiscais para desestimular a aplicação desses produtos. De outro lado, visa promover produtos fitossanitários de base agroecológica.

Entre as linhas de atuação para o cumprimento dessas diretrizes, estão a regulação de agrotóxicos, controle e responsabilização da cadeia produtiva, informação e controle social e capacitação de produtores, consumidores e representantes da sociedade civil. O controle e a fiscalização das normas ficam a cargo do Poder Executivo, de acordo com o projeto.

“As ações dos órgãos públicos federais de saúde, agricultura, trabalho, indústria e comércio e meio ambiente sobre a fiscalização da importação, da produção, da comercialização e do uso dos agrotóxicos deverão ser realizadas de forma integrada”, diz o texto, no artigo 5º. “Esta integração poderá ser replicada para os entes federados, estaduais e municipais, seguindo o processo adotado no plano federal”, acrescenta.

O deputado Nilto Tatto defende que a agricultura atual deve ser repensada. “É um relatório que faz a gente repensar o modelo de agricultura preponderante hoje no Brasil e no mundo, na perspectiva de produção de uma alimentação mais sadia”, afirmou, de acordo com o divulgado pela Agência Câmara.

Um dos críticos do projeto, o deputado Valdir Colatto (MDB-SC) apresentou um voto em separado, um relatório alternativo ao aprovado na Comissão. Ele acredita que o relatório do deputado Nilto Tatto será derrubado no Plenário da Câmara. É preciso evitar insegurança jurídica na agricultura, diz Colatto.

“Vamos continuar trabalhando para que seja modificado esse projeto de lei. É preciso fazermos um acordo para preservar tanto a agricultura orgânica quanto a questão dos defensivos, da biotecnologia”, comentou também segundo a Agência Câmara.

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Fonte: Globo Rural

5. Brasil reforçará controle onde não houver vacinação contra aftosa

O controle do trânsito de animais será cada vez mais rigoroso no Acre, em Rondônia, parte de Mato Grosso, do Amazonas e do Paraná para prevenir o ressurgimento de focos de febre aftosa nessas regiões. Nesses Estados a vacinação contra a doença começará a ser retirada a partir de novembro de 2019, informou nesta terça-feira (4/12) o Ministério da Agricultura, em nota.

As ações para reforçar essa vigilância nos limites domésticos e de fronteiras com os países vizinhos estão sendo discutidas na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), em São Paulo (SP), nesta terça e quarta-feira. Prioritariamente, esses Estados precisam reforçar os atuais postos de fiscalização, construir novos e ampliar os controles, a fim de cumprir as exigências para atingir o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

As medidas de vigilância integram as ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) 2017/2026.Participam da reunião representantes do Ministério da Agricultura, do serviço veterinário dos Estados e do setor privado, do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Faesp.

O coordenador do Panaftosa, Júlio Cesar Augusto Pompei, afirmou que a última etapa do Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa na América do Sul (Phepa), que prevê o continente livre da doença, não é um sonho impossível, mas "um futuro próximo", conforme nota da Faesp. A principal iniciativa no momento é garantir a vacinação de rebanhos na Venezuela, que faz fronteira com o Brasil e recentemente apresentou focos da doença.

A vacinação na Venezuela, disse Pompei, é de interesse do Brasil, para que se obtenha "maior segurança" na região. "Temos de interromper a circulação do vírus na Venezuela e na Colômbia", disse. Desde 2006 o Brasil não apresenta focos de aftosa. Faz parte da estratégia conjunta na Venezuela, coordenada pelo Panaftosa, de concretizar um plano de vacinação no país durante dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois anos. Para tanto, se buscará a criação de um fundo privado para garantir o cumprimento das campanhas.

Os países participantes buscarão também apoiar as ações com o envio de profissionais e doação da vacina. Na mesma reunião, o presidente da Faesp, Fábio Meirelles, comentou que a entidade tem trabalhado em conjunto com o Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC) para traçar estratégias de vigilância no trânsito nacional e internacional de animais.

A Faesp defende, também, a antecipação do status de área livre de aftosa sem vacinação e a criação de um fundo privado, com fins indenizatórios e educacionais, como já ocorre atualmente em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.

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Fonte: Estadão/Globo Rural

6. Armadilhas tecnológicas controlam mosca da fruta

O Serviço Agrícola e Pecuário do Chile (SAG) busca erradicar a mosca-das-frutas por meio de armadilhas solares remotas, equipadas com uma câmera e sensores climáticos autônomos. De acordo com Fernando Chiffelle, que é o Diretor do SAG para a região de Tarapaca, as armadilhas fazem o controla do inseto e também são capazes de coletar dados.

“Com estas novas armadilhas estão incorporando tecnologia que nos permitirá, por exemplo, o envio de informações através do telefone para descobrir que tipo de mosca caiu, optimização dos recursos humanos importantes, como funcionários, eles não terão que se deslocar para lugares extremos para verificar armadilhas”, comenta.

Segundo Marco Muñoz, chefe do Departamento de Protecção de Plantas do SAG se referiu a nova tecnologia dizendo que o “dispositivo é constituído por uma armadilha que foi adicionada a uma plataforma que tem em suas células fotovoltaicas na base superior que lhe dá autonomia para operar”

Para ele, alguns problemas que antes não eram esclarecidos, como as condições do ambiente preferidas por essa praga para realizar os ataques, agora podem ser finalmente sanadas. Além disso, ele acredita que essa é uma ferramenta que pode contribuir com o avanço da citricultura em um nível global.

“Possui sensor de temperatura e umidade e, além disso, possui uma câmera para tirar fotografias, que através de um algoritmo pode identificar se a captura corresponde a uma mosca da fruta ou outro inseto, permitindo assim um diagnóstico rápido. Finalmente, esse tipo de ferramenta nos permite explorar seu uso em outras pragas quarentenárias para o nosso país”, finaliza.

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Fonte: Agrolink

Proteína Animal

7. JBS contrata Guilherme Cavalcanti como CFO

A JBS confirmou que Guilherme Cavalcanti, atual CFO da Fibria, será o novo CFO global e diretor de relações com investidores da companhia. A informação foi adiantada pelo Valor em 1º de novembro.

Como diretor de RI, Cavalcanti assumirá o lugar de Jerry O’Callaghan, que segue como presidente do conselho de administração. A JBS não tinha um CFO.

Em fato relevante, a empresa informa que a contratação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração em reunião realizada na terça-feira, 4 de dezembro de 2018. O executivo assume o cargo em 15 de janeiro.

"Estamos muito contentes com a chegada do Guilherme, um excelente profissional que possui uma extensa experiência em finanças e no mercado de capitais. Ele irá contribuir de forma significativa para a evolução da estrutura de Capital e para o crescimento da JBS", afirma Gilberto Tomazoni, que ontem foi anunciado como CEO global.

Segundo apuração do Valor, Cavalcanti deve liderar o projeto de abertura do capital da JBS Foods International - subsidiária com sede na Holanda que responde por 80% do faturamento da JBS - na bolsa de Nova York. O projeto, gestado em 2016, foi engavetado após a delação premiada dos Batista vir à tona.

O executivo é graduado e mestre em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-JR). Ele estava na Fibria desde 2012 e, anteriormente, ocupou a função de CFO e relações com investidores na Vale do Rio Doce e o cargo de diretor de tesouraria e planejamento nas Organizações Globo.

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Fonte: Valor Econômico

8. JBS reforça gestão para IPO nos EUA

Recém-promovido ao cargo de CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni afirmou ontem que a listagem das ações da empresa brasileira na bolsa de Nova York está "no topo das prioridades". Em teleconferência com analistas para comentar seus objetivos na nova função - desde o ano passado, Tomazoni atuava como executivo-chefe de operações -, o novo CEO da JBS evitou mencionar um prazo ideal para a abertura de capital nos EUA.

De acordo com Tomazoni, a listagem nos Estados Unidos acontecerá "no momento certo". O executivo não fez comentários explícitos, mas o atual momento não é dos melhores para os frigoríficos com ações nas bolsas americanas. Apesar dos resultados positivos reportados por concorrentes como a Tyson Foods, as ações dessas companhias caíram muito neste ano, pressionadas pela sobreoferta de frango. Em 2018, os papéis da Tyson recuaram 28,2%. As ações da Pilgrim's Pride, empresa americana de carne de frango controlada pela própria JBS, caíram 41% neste ano.

De todo modo, a JBS se move para estar preparada para a abertura de capital assim que houver uma boa oportunidade no mercado de capitais americano. Nesse sentido, Tomazoni ressaltou a contratação, anunciada ontem, do novo diretor financeiro global (CFO, na sigla em inglês) da JBS, Guilherme Cavalcanti. O executivo assumirá o cargo em meados de janeiro, após a conclusão da fusão entre Suzano e Fibria - Cavalcanti é o atual CFO desta última.

"Guilherme seguramente terá papel relevante e vai ajudar nesse processo [de listagem das ações nos EUA]", disse Tomazoni. Segundo ele, os principais executivos seguirão na sede da empresa nos Brasil. Se uma mudança aos EUA for necessária em razão do IPO, isso poderá ser revisto.

O novo CEO global da JBS também ressaltou que o IPO nos Estados Unidos permitirá uma "aceleração do nosso crescimento". Na avaliação do executivo, a área de alimentos processados da JBS nos Estados Unidos apresenta as maiores oportunidades de crescimento - ou seja, de novas aquisições. "Seguramente, é a maior oportunidade de todos os negócios que a gente tem", afirmou.

Desenvolver o negócio de alimentos processados nos EUA é um velho sonho da JBS. O projeto foi iniciado no começo de 2017, quando a JBS USA comprou a Plumrose, de presunto. Na ocasião, o então CEO da JBS, Wesley Batista, afirmou que aquele era o início de um movimento que visava a construir um negócio de marcas nos EUA tão forte quanto é a Seara no Brasil. Ele chegou a dizer que novas aquisições do porte da Plumrose, comprada por cerca de US$ 230 milhões, poderiam ocorrer. No entanto, a delação premiada dele e do irmão Joesley Batista acabou adiando os planos da companhia.

Aos poucos, porém, a JBS retoma os planos. No início de 2018, a empresa contratou Tom Lopez, que estava na Kraft- Heinz, para comandar a Plumrose. Em agosto, em visita da reportagem a algumas plantas da empresa nos EUA, o CEO da JBS USA, André Nogueira, disse que a contratação de Lopez sinalizava o tamanho da ambição para a Plumrose. "Ele está muito acima do tamanho do nosso negócio hoje, mas foi contratado para [fazer a Plumrose] crescer", disse na ocasião.

Além dos Estados Unidos, a gestão de Tomazoni terá como foco ampliar a estrutura de distribuição na Ásia. "É um mercado muito importante para nós", afirmou o CEO da JBS, citando recentes acordos de exportação firmados para ampliar as exportações para a China. No início de novembro, a empresa assinou um memorando de entendimentos com o braço de alimentos frescos do Alibaba para exportar US$ 1,5 bilhão em carnes à China.

Afora a China, a JBS também poderá ingressar na Tailândia. Conforme o Valor já informou, a Pilgrim's Pride está na disputa pela aquisição dos ativos que a BRF colocou à venda no país asiático e na Europa. Na teleconferência, Tomazoni não mencionou a possibilidade. Na terça-feira, reafirmou ao Valor, sem citar alvos, que a Pilgrim's avalia aquisições.

As possíveis compras não devem alterar o compromisso da JBS com a "disciplina financeira", disse Tomazoni. Desde maio do ano passado, quando a delação dos Batista levou a JBS a repactuar as dívidas com os bancos no Brasil, a empresa vem quitando débitos e reduzindo o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda), que saiu de 4,3 vezes em junho de 2017 para 3,4 vezes em setembro deste ano. De lá para cá, pagou US$ 4,3 bilhões em dívidas, o que permite uma economia anual de US$ 300 milhões em juros. Em agosto, Tomazoni já disse buscar uma alavancagem de 2 vezes em 2019.

Tomazoni também terá a missão de resgatar a reputação da JBS. "Tenho abordagem de tolerância zero para a questão de compliance e governança", disse. Na bolsa, os investidores reagiram bem à promoção de Tomazoni e à contratação de Cavalcanti. As ações da JBS registraram a maior alta do Ibovespa, com valorização de 5,49%, a R$ 12,11. O índice subiu 0,47% ontem.

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Fonte: Valor Econômico

9. Exportação da carne bovina segue em bom ritmo

A oferta limitada de boiadas associada ao período de início de mês, quando normalmente há maior demanda, mantém os preços sustentados. Além disso, em algumas regiões as chuvas têm atrapalhado o transporte de bovinos, o que dificulta a aquisição de matéria-prima pelas indústrias. É o caso de Rondônia e do Pará, por exemplo.

No levantamento da última terça-feira (4/12), em São Paulo, o boi gordo subiu 0,3% e ficou cotado, em média, em R$149,50/@, a prazo, livre de Funrural. No estado, as programações de abate atendem em torno de cinco dias. Destaque para a região de Goiânia-GO, onde a cotação subiu 1,5% na comparação com o fechamento de segunda-feira (3/12) e ficou, em média, em R$138,00/@, à vista, livre de Funrural.

A expectativa de maior escoamento de carne bovina explica este cenário. A exceção ficou por conta da região de Três Lagoas-MS. Na praça, mesmo sem excesso de boiadas, esta ainda tem sido suficiente para atender a demanda.

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Fonte: Scot Consultoria/Agrolink

Agroenergia

10. BNDES aprova financiamento de R$ 332 milhões para Usina Batatais

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 332,7 milhõe para investimentos da Usina Batatais S/A – Açúcar e Álcool. Os recursos do BNDES vão apoiar a ampliação da capacidade instalada de moagem da Usina Lins, com expansão do plantio e aumento da produção de vapor e da cogeração de energia, e também o reflorestamento das áreas vicinais às usinas Lins e Batatais, ambas localizadas nas cidades do mesmo nome no Estado de São Paulo.

A Usina Lins terá sua capacidade de moagem ampliada para até 4,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Para tanto, irá adquirir equipamentos para aumentar a capacidade de recepção e de preparo de cana, a velocidade de moagem e a capacidade de tratamento do caldo para produção de açúcar e etanol. A compra de uma nova caldeira também permitirá incrementar a produção de vapor e a cogeração de energia.

Para atender a nova capacidade de processamento da Usina Lins, a empresa investirá ainda no plantio de 27,5 mil hectares de cana, dos quais 14 mil hectares referentes à renovação dos canaviais e 13,5 mil ha relativos à expansão da área cultivada. Também fará a aquisição de novos equipamentos agrícolas.

Os investimentos da empresa devem ocorrer até meados de 2020 e, quando finalizados, permitirão a criação de 280 empregos diretos.

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Fonte: Valor Econômico

11. Cade aprova venda da Usina Giasa pela Biosev ao Grupo Olho D’Água

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu parecer favorável à venda da Usina Giasa pela Biosev (controlada da Louis Dreyfus Company) à M&N Participações (companhia do Grupo Olho D’Água). A Giasa está localizada no município de Pedras de Fogo, na Paraíba.

O Grupo Olho D'Água já atua no segmento de açúcar e etanol em Pernambuco e no Piauí. A Biosev concentra suas atividades na produção e comercialização de açúcar, etanol e energia, bem como atividades de logística e operação portuária.

A superintendência-geral do órgão antitruste analisou o caso em âmbito nacional e regional. Verificou que as atividades da Giasa envolvem “sobreposição horizontal nos mercados de plantação de cana-de-açúcar, de produção de etanol, e de geração e comercialização de energia elétrica”. Quanto à atividade de produção de etanol, a Giasa atua na Paraíba, enquanto o Grupo Olho D’Água está em Pernambuco e no Piauí, ressaltou o órgão do Cade. A participação das empresas nos mesmo mercado foi apontada pela superintendência como inferior a 10% na economia. “Conclui-se que a presente operação não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial”, informou o procurador Alexandre Cordeiro Macedo.

A transação foi acertada por R$ 70 milhões em 9 de novembro e foi a segunda venda de usina realizada pela Biosev em cerca de dois meses. Em setembro, a Biosev vendeu a Usina Estiva, em Arez (RN), por R$ 203,6 milhões.

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Fonte: Valor Econômico

12. Açúcar acumula valorização e etanol tem queda nas usinas, diz Cepea

O mercado de açúcar diminuiu o ritmo, mas mantém a tendência de alta nos preços neste início de mês, aponta o indicador medido pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na terça-feira (4/12), a referência para o cristal fechou em R$ 68,79 a saca de 50 quilos, com base em São Paulo, queda em relação ao dia anterior, mas ainda acumulando uma leve alta de 0,38% nos primeiros dias de dezembro.

É um movimento bem menor que o registrado em novembro, quando o indicador para o açúcar encerrou apontando uma valorização de 4,01% do produto nas usinas paulistas, segundo o Cepea. De acordo com os pesquisadores, chuvas ocorridas durante o mês passado atrasaram a produção nas usinas e, consequentemente, a oferta do produto.

“As unidades processadoras, por sua vez, deram preferência à entrega do produto já contratado”, informam os pesquisadores da instituição, em nota divulgada nesta semana.

Etanol

No etanol, o movimento é contrário, com os indicadores do Cepea acumulando sucessivas semanas de baixa. De outubro para novembro, o valor médio do hidratado (que abastece diretamente os veículos) caiu 8%, de R$ 1,7854 para R$ 1,6433 o litro. No anidro (misturado à gasolina), a retração nos preços pagos às usinas paulistas foi de 6,63%, de R$ 1,9664 para R$ 1,8361 o litro.

“O interesse das distribuidoras por etanol esteve menor no correr do mês, porque muitas já haviam adquirido o produto anteriormente. Quanto às usinas, as necessidades de “fazer caixa” neste final de safra e de liberar espaço nos tanques resultaram em maior volume ofertado”, diz o Cepea, em nota.

Os pesquisadores colocam como fator adicional as reduções anunciadas no preço da gasolina nas refinarias, que influencia o etanol. Diante da situação, algumas unidades produtoras do biocombustível anteciparam negócios, pressionando os preços do produto.

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Fonte: Globo Rural

Grãos e grandes culturas

13. Bunge anuncia CEO da Syngenta para seu conselho de administração

A Bunge está mudando seu conselho de administração sob pressão dos investidores, e agora acrescentou a ele um diretor com uma ligação única com a China. A companhia anunciou nesta quarta-feira como novo conselheiro Erik Fyrwald, CEO da Syngenta. A empresa suíça foi adquirida no ano passado pela estatal chinesa ChemChina, companhia que tem investido na modernização da agricultura chinesa.

Fyrwald entra no conselho imediatamente como parte dos acordos que a Bunge estabeleceu com os investidores ativistas no fim de outubro, que pressionaram para que a empresa melhorasse suas operações. A Bunge também estabeleceu um comitê de revisão para avaliar alternativas para aumentar seu valor.

“A significativa e experiente liderança operacional e estratégica de Erik no complexo negócio global vai adicionar valor imediato ao nosso conselho”, afirmou L.Patrick Lupo, chairman da Bunge Limited, em nota. “Como um habilidoso CEO com extensa experiência em agricultura, tecnologia e inovação, Erik vai fornecer uma perspectiva valiosa à medida que continuarmos a executar nossa estratégia e direcionar o valor aos acionistas”, acrescentou.

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Fonte: Valor Econômico

14. JDE terá novo presidente no Brasil a partir de janeiro

A Jacobs Douwe Egberts (JDE) terá novo presidente no Brasil a partir de janeiro de 2019. O atual diretor de vendas da gigante de café, André Maurino, vai assumir o cargo na JDE Brasil em substituição à executiva Lara Brans, que será presidente da região Ásia-Pacífico e membro do comitê executivo da JDE.

Maurino ingressou na JDE em 2012, como diretor financeiro e, desde 2016, está à frente das operações de vendas de café no varejo brasileiro. Em nota, a JDE informa que "Maurino dará continuidade à estratégia de premiunização da categoria de café, contribuindo para o crescimento sustentável da JDE no país".

A companhia, que no Brasil é dona de marcas de café torrado e moído, como Café do Ponto, Pilão, Caboclo, Seleto, Damasco e Pelé, tem ampliado a aposta no segmento premium. Em meados de 2017 anunciou o lançamento de novos blends de sua marca premium Café do Ponto. Em agosto do mesmo ano, lançou cafés torrado e moído e solúvel com a marca francesa L'OR. A JDE também comercializa no Brasil cápsulas com as marcas Pilão e L'OR compatíveis com as máquinas Nespresso.

A JDE é a segunda maior empresa no mercado de café do Brasil, atrás do Grupo 3corações. A terceira colocação é da alemã Melitta.

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Fonte: Valor Econômico

15. Incertezas em disputa entre Pequim e Washington mantêm soja sob pressão

Os produtores americanos de soja se dizem "cautelosamente otimistas" em relação ao arrefecimento das disputas comerciais entre os EUA e a China, diante das incertezas sobre as reais condições da trégua anunciada por Donald Trump e Xi Jinping.

É que até agora não apareceu qualquer sinal de que a tarifa de retaliação de 25% imposta por Pequim sobre a entrada da soja americana no mercado chinês será suspensa rapidamente. E empresas processadoras instaladas na China veem pouco interesse em comprar soja americana com sobretaxa, já que nessas condições o grão brasileiro, por exemplo, é mais competitivo.

No comunicado dos Estados Unidos sobre a trégua, Trump anunciou que os chineses vão "retomar imediatamente" a compra de produtos agrícolas americanos. No comunicado chinês, não há qualquer menção sobre isso.

A Associação Americana de Produtores de Soja (ASA) insiste que Washington ponha fim à briga com a China. Alega que nos últimos 40 anos fez um esforço enorme para construir uma boa relação com os chineses. E que, enfim, conseguiu um mercado que em 2017 representou US$ 14 bilhões aos produtores americanos. Com a guerra comercial e os preços mais baixos do grão, o faturamento deverá desabar.

Em análise divulgada ontem, o banco alemão Commerzbank deixou claro que também considerou vaga a extensão do armistício sino-americano. E, justamente por causa das indefinições que cercam o assunto e seus reflexos sobre as cotações, considera provável que os agricultores dos EUA reduzam a área destinada ao plantio de soja na próxima safra (2019/20).

Depois das colheitas recorde nos EUA e no Brasil nas últimas temporadas agrícolas - e da fraca demanda chinesa pela oleaginosa americana -, os preços na bolsa de Chicago estão atualmente cerca de 7% inferiores aos praticados no início do ano.

Ontem, em Chicago, os contratos futuros mais negociados (vencimento em janeiro) fecharam a US$ 9,1175 por bushel, em parte graças a altas registradas na semana passada, que refletiram a expectativa positiva dos investidores em relação ao fim das disputas entre Washington e Pequim.

Nos cálculos do Commerzbank - que também fez previsões para outras commodities (ver infográfico) -, neste quarto trimestre a média ficará em US$ 8,75 por bushel, e esse mesmo patamar deverá ser observado no primeiro trimestre de 2019, até porque no Brasil a colheita poderá bater um novo recorde neste ciclo 2018/19. É só a partir do segundo trimestre do ano que vem que o banco prevê reação - para uma média de US$ 9 por bushel - já em função de sua perspectivas de queda do plantio nos EUA em 2019/20.

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Fonte: Valor Econômico

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