Conjuntura do Agronegócio

1. Brasil prepara retaliação contra UE por salvaguardas sobre aço

O governo brasileiro se prepara para retaliar a União Europeia pelas salvaguardas ao aço anunciadas por Bruxelas no mês passado. A resposta aos europeus deverá ser dada na forma de aumento das tarifas de importação aplicadas pelo Brasil contra US$ 180 milhões em mercadorias europeias — mesmo valor dos produtos siderúrgicos brasileiros alcançados pela medida protecionista.

O Valor apurou que os ministérios da Economia, da Agricultura e das Relações Exteriores trabalham juntos na identificação de uma série de bens produzidos pela UE que possam ter sobretaxas sem prejudicar importadores brasileiros. A retaliação será oficializada provavelmente na quinta-feira (14).

O Acordo de Salvaguardas da Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que países que se sintam prejudicados façam uso de aumentos de tarifas em resposta à aplicação de tais medidas. Elas só podem ser efetivamente adotadas mediante notificação dos parceiros comerciais. É isso o que o Brasil pretende fazer.

As discussões ganharam corpo com a pressão do agronegócio contra as importações de leite em pó europeu, já que chegou ao fim a vigência de uma taxa antidumping autorizada pelo governo. Como forma de manter a proteção, o Palácio do Planalto deu aval ao aumento de 28% para 42% da tarifa específica sobre o leite proveniente da UE. Para isso, o Brasil se valerá da retaliação a que tem direito.

Uma fonte oficial lembra, no entanto, que as importações do produto europeu chegam a apenas US$ 500 mil por ano. Ou seja, haveria um espaço ainda de mais de US$ 179 milhões. Trata-se de uma fagulha perto das importações de quase US$ 35 bilhões que o Brasil teve de produtos europeus em 2018. Como a ideia não é prejudicar importadores brasileiros nem ir na contramão do processo de abertura comercial, o governo busca fechar uma lista de bens da UE que podem causar dor de cabeça a Bruxelas e reforçar o poder de barganha nas negociações específicas do aço.

É mais ou menos o que fez a própria Comissão Europeia, em resposta às salvaguardas americanas também para produtos siderúrgicas e para o alumínio, quando a Casa Branca alegou razões de segurança nacional para impor a medida. Na tentativa de fragilizar Donald Trump perante lobbies poderosos de empresas ou de regiões, Bruxelas retaliou sobretaxando produtos dos Estados Unidos como as motos Harley-Davidson ou uísque bourbon. O desafio é justamente encontrar produtos que, no caso do Brasil, tenham reflexo político.

Há, no entanto, grande preocupação — sobretudo no Itamaraty — sobre os efeitos que essa retaliação teria nas negociações entre UE e Mercosul para um tratado de livre-comércio. Uma nova rodada de discussões — a primeira depois da posse do presidente Jair Bolsonaro — está prevista para os dias 11 a 15 de março, em Buenos Aires. Embora as sobretaxas brasileiras, se realmente aplicadas, sejam só uma resposta na mesma moeda, teme-se o uso delas pela UE como justificativa para travar um acordo.

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Fonte: Valor Econômico

2. Exportações do agronegócio cresceram para US$ 6,6 bi em janeiro

Puxadas por produtos florestais, soja e derivados e milho, as exportações do agronegócio brasileiro se mantiveram em expansão em janeiro. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, renderam US$ 6,626 bilhões, 7,4% mais que no mesmo mês do ano passado.

Na mesma comparação, as importações de produtos do agronegócio aumentaram 0,5%, para US$ 1,242 bilhão, e, com isso, o superávit setorial subiu 9,2%, para US$ 5,384 bilhões. O ministério destacou, em comunicado, que o resultado de janeiro levou as exportações do campo a US$ 102,144 bilhões no período de 12 meses encerrado em janeiro, 6% acima do montante do ano-móvel anterior.

Conforme os dados compilados pelo ministério, os produtos florestais lideraram os embarques do agronegócio brasileiro no mês passado. Renderam US$ 1,452 bilhões, 26,3% mais que em janeiro de 2018. Em seguida, veio a soja, produto cujas exportações renderam US$ 1,329 bilhões, aumento de 28,9%.

Por outro lado, a receita com as exportações de carnes diminuiu em janeiro. De acordo com o ministério, os embarques renderam US$ 1,030 bilhão, queda de 13,1%.

Em janeiro, a China se manteve como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. O país asiático foi responsável por 23% da receita obtida pelos exportadores do setor.

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Fonte: Valor Econômico

3. Fim da Lei Kandir pode esfriar economia e aumentar desemprego, alerta Aprosoja BR

O fim da Lei Kandir (Lei Complementar 87/1996) pode reduzir a atividade econômica e provocar o fechamento de milhões de postos de trabalho. O alerta foi feito pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nesta terça-feira (12/2), em Brasília. A Lei Kandir garante a isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre exportações de bens primários e está em vigor desde 1996.

Segundo cálculos da entidade, para cada real de isenção de imposto concedido pelo governo às grandes culturas de grãos, três reais retornam na forma de impostos diretos e indiretos estaduais e federais.

"Sofreremos com queda de produção, fechamento de postos de trabalho e vertiginosa queda de arrecadação advindo da movimentação financeira destas produções, nas cadeias de insumos, serviços e transporte. Alguns estados como Mato Grosso, que é o maior produtor, já estão sofrendo com isso”, argumenta o presidente da entidade, Bartolomeu Braz Pereira.

O dirigente defendeu maior debate para garantir aos estados a elevação dos recursos do Fundo de Compensação das Exportações. “Sabemos que os estados estão em dificuldade e precisam de recursos para a máquina pública. Por isso, as entidades defendem alternativas para elevar os recursos do Fex”, sustentou.

Na ocasião, deputados, senadores e entidades do setor agropecuário também se manifestaram preocupados com a pressão de alguns estados pedindo o fim da isenção e com a aprovação de novas taxas sobre a atividade agrícola, como ocorreu em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Para exemplificar os prejuízos da porteira para dentro, a entidade usou como exemplo o faturamento médio de R$ 3500 por hectare obtido pelo produtor de soja. Levando como base de cálculo o custo de produção médio de R$ 3000 por hectare, o produtor obtém lucro de cerca de R$ 500. No caso da soja, a Lei Kandir garante isenção de 13% de ICMS.

“Ou seja, 13% de R$ 3,5 mil representam R$ 464 por hectare. Isso significa que a revogação da Lei Kandir inviabiliza a produção em vários estados”, completa.

Segundo ele, esse incentivo gerou uma grande demanda de empregos, que proporcionou renda e que, direta e indiretamente, se transformou em arrecadação de impostos, o que ele classifica de “efeito multiplicador macroeconômico da produção dentro da porteira para cadeias ligadas a ela”.

Impacto econômico e social do agro

Segundo o diretor executivo da Aprosoja Brasil Fabrício Rosa, graças à políticas de incentivo como a Lei Kandir, o crescimento da produção teve influência direta no desenvolvimento do país. De cada US$ 100,00 exportados pelo Brasil, a soja responde por cerca de US$ 14,00. Sem o setor agropecuário, a balança comercial de 2018 teria um déficit de US$ 43 bilhões.

Fabrício Rosa destaca também os benefícios sociais proporcionados pelo incentivo à cadeia produtiva da soja. Conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos municípios produtores de soja saltou de muito baixo para bom entre 1991 e 2010.

“Só a cadeia da soja é responsável por gerar cerca de 15 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos. Esse número representa quase a população total da região Centro-Oeste, que engloba os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal”, finalizou.

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Fonte: Aprosoja BR/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Crédito agropecuário será, no mínimo, o valor do ano passado

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO), ex-ministra da Agricultura, fez um apelo hoje ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para que o governo não reduza recursos de crédito rural a juros subsidiados sob o risco de comprometer o desempenho do setor de agronegócios no país.

A equipe econômica do governo e o Ministério da Agricultura estudam mudanças no sistema de crédito rural vigente, que passariam por manter ou até ampliar o financiamento a juros controlados para médios e pequenos produtores e reduzir esses recursos para grandes produtores, incentivando-os a se financiarem no mercado.

“Vim protestar contra esse ataque à agricultura brasileira. Espero muito que o presidente Bolsonaro possa barrar essa intenção do ministro Paulo Guedes — a quem me refiro com todo respeito, mas com toda a firmeza de quem conhece minimamente bem o campo nesses últimos trinta anos dedicados ao setor”, afirmou Kátia durante discurso na tribuna do Senado.

De acordo com Kátia Abreu, as subvenções concedidas ao setor agropecuário não são “benesse” ou “caridade”, e são necessárias para compensar riscos climáticos e ineficiência de rodovias, portos e ferrovias no Brasil. Enquanto a União Europeia subvenciona sua agricultura com US$ 105 bilhões por ano, os Estados Unidos gastam US$ 96 bilhões e o Brasil somente US$ 7 bilhões, disse.

“Nós temos respondido à economia nacional. Se o país hoje tem reservas cambiais, que é um colchão de amortecimento para a economia e o seguro deste país, saiu do superávit da agricultura. Ninguém pode negar”, afirmou. “Se nós tirarmos a subvenção do custeio, dos investimentos, do Moderfrota, garanto que vamos fazer cair o PIB da agricultura”, encerrou

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Fonte: Valor Econômico

5. Contratação de crédito agropecuário tem alta de 13%

A contratação de crédito do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) entre médios e grandes produtores alcançou entre julho do ano passado e janeiro último R$ 93,73 bilhões, volume que é 12% maior do que o contratado no mesmo período da safra 2017/2018, que somava R$ 83,89 bilhões. As contratações totais (empresarial e familiar) cresceram 13% , chegando a R$ 110,2bilhões, comparativamente ao mesmo período da safra passada (R$ 97,6 bilhões).

O volume financiado para custeio, em alta de 12%, nesses sete meses, soma R$ 53,8 bilhões. Mas a maior alta, de 26%, foi na modalidade destinada a investimentos, que já chega a R$ 20 bilhões, ante R$ 15,9 bilhões em igual período da safra passada.

De acordo com o Diretor de Financiamento e Informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, esse desempenho traduz otimismo dos agricultores, uma vez que, entre as diferentes finalidades, os financiamentos de investimentos registraram os maiores aumentos. Neste e nos próximos meses deverão se intensificar os créditos de custeio para produtos da safra de inverno e para comercialização.

Para a atividade agrícola foram fechados 67.423 contratos, com aumento de 14%, e na pecuária, 26.307 (6%).

Entre os programas de financiamento, a maior alta (235%) foi registrada no Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária). Com a aplicação de 780 milhões, foram financiados 79% dos recursos destinados ao programa.

O Moderfrota, um dos programas mais demandados do PAP, já teve desembolso de 66% do total previsto para 12 meses, com contratação de R$ 5,696 bilhões, que representam 46% de alta sobre o montante financiado em igual período de 2017/2018.

Do Moderagro, destinado a projetos de modernização e expansão da produtividade, 93% do volume de R$ 839 milhões destinado ao programa já foi emprestado, representando aumento de 177% nas contratações.

Agricultura Familiar

Na Agricultura Familiar, o investimento registrou alta 55% na comparação com julho de 2017 a janeiro de 2018, sendo contratados R$ 635 milhões. Para industrialização, o recurso financiado subiu 50%, somando nos sete meses transcorridos R$ 7,40 bi, ante R$ 4,94 no período anterior. O recurso de custeio contratado é de R$ 8,45 bilhões, em alta de 1%. O total emprestado para produtores familiares soma R$ 16,49 bilhões, com aumento de 20%.

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Fonte: Agrolink

6. Movimentação de cargas no Porto de Paranaguá cresce 20%

O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá movimentou em janeiro deste ano 20% mais cargas que em janeiro de 2018. Juntos, os granéis farelo, trigo, soja e milho somaram 1,87 milhão de toneladas exportadas. O maior destaque foi na movimentação da soja: 575.570 toneladas do grão exportadas no primeiro mês de 2019. O volume representa um aumento de 59%. O milho também teve crescimento expressivo. As 259.084 toneladas movimentadas representaram aumento de 50% no período.

De acordo com o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Fernando Garcia, Paranaguá segue como o maior porto graneleiro da América Latina. A nova gestão pretende ampliar ainda mais os investimentos voltados para o agronegócio. “Ainda neste ano serão concluídas as obras do corredor oeste de exportação. O berço 201 terá a capacidade de embarque ampliada de 2 milhões para 6,5 milhões de toneladas”, destaca.

De acordo com Garcia, também existe um projeto de ampliação do corredor leste, com a construção de quatro novos berços em um novo píer. “Com isso, teremos capacidade de fazer o carregamento simultâneo de quatro navios graneleiros. Além disso, estão previstas melhorias na armazenagem e nas vias de acesso, tecnologia e sistemas de controle e recebimento de cargas”, adianta o diretor-presidente da Appa.

Atualmente, os embarques de grãos acontecem em um complexo que tem nove terminais interligados e três berços de navios, e carregamento simultâneo.

Importação

Em janeiro de 2019, o volume de importações no Porto de Paranaguá somou 1,85 milhão de toneladas – 14% maior que o registrado no primeiro mês do ano anterior. Entre os produtos que apresentaram maior aumento estão o Malte e a Cevada, que juntos movimentaram 80.102 mil toneladas, 160% mais que em 2018. O trigo, que não registrou movimentação em janeiro do último ano, voltou a desembarcar no último mês. Foram 64.433 toneladas importadas.

Os fertilizantes continuam sendo o principal produto importado via Portos do Paraná. Em Paranaguá, foram 977.073 toneladas descarregadas, com alta de 20% na comparação com o mesmo mês de 2018. No Porto de Antonina, a movimentação somou 110.427 toneladas da carga.

Contêineres

A movimentação de cargas conteinerizadas também foi maior no fechamento do mês de janeiro. O crescimento é de 9%. Em unidade própria de medida (TEUs, unidade equivalente a 20 Pés), são 62.617 contêineres movimentados em janeiro deste ano: 29.581 sentido exportação, 33.036 de importação.

Entre as cargas mais exportadas por contêiner estão madeira, carne de aves congelada, papel e derivados, farelo, soja e açúcar. Na importação, se destacam fertilizantes, reatores, caldeiras e maquinários e plásticos.

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Fonte: Avicultura Industrial/Agrolink

Proteína Animal

7. Adecoagro compra duas plantas de lácteos na Argentina

A Adecoagro, empresa sediada em Luxemburgo e com capital aberto na bolsa de Nova York, comprou duas plantas de processamento de leite na Argentina que pertenciam à cooperativa SanCor. O valor da transação não foi revelado.

Uma das unidades está localizada em Chivilcoy, na Província de Buenos Aires, e produz leite fluído para o mercado doméstico. A outra fábrica, situada em Morteros, na Província de Còrdoba, produz leite em pó e queijos para exportação.

Na transação, a Adeacoagro ficou também com as marcas Las 3 Niñas e Angelita. A companhia já contava com uma unidade de lácteos na cidade de Carmem, na Argentina.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Por salmonela, BRF faz recall de lotes de frango no Brasil e exterior

A detecção de um tipo da bactéria salmonela (enteritidis) levou a BRF a anunciar um recall de lotes de carne de frango in natura produzidos, entre outubro e novembro de 2018, no abatedouro de Dourados (MS). Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BRF informou que está fazendo uma campanha para recolher 164,7 toneladas de frango destinado ao mercado brasileiro e de 299,6 toneladas do produto para a exportação.

A medida, com ampla publicidade - a BRF também anunciou o recall em anúncio nos jornais -, é um marco da reestruturação da área de qualidade da companhia, iniciada após a chegada de Pedro Parente à presidência do conselho de administração, em abril do ano passado. A empresa brasileira foi acusada, no passado, de ocultar do público problemas desse gênero.

O recall anunciado pela BRF ocorre quase um ano após a deflagração da Operação Trapaça, investigação da Polícia Federal (PF) que apura, entre outras coisas, fraudes cometidas por ex-funcionários da BRF para burlar os testes de salmonela. Em reação às descobertas da Trapaça, a União Europeia proibiu a BRF de exportar aos países do bloco.

Em meio aos esforços para recuperar a credibilidade, bastante arranhada após a Operação Trapaça, a BRF negocia, conforme o Valor já informou, um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPU) e Controladoria-Geral da União (CGU). Se o acordo prosperar, a BRF será a primeira companhia do país a reconhecer crimes contra a saúde.

Do ponto de vista da saúde humana, a presença de salmonela não é necessariamente um problema. Se a carne de frango for cozida de forma correta pelos consumidores, a bactéria morre. Ocorre que, devido a maior risco de infecções intestinais, a legislação brasileira não permite a venda de frango in natura com a presença de dois tipos de salmonela que causam infecções: a enteritidis e a tifimurium.

No caso dos lotes de frango do recall, a presença de enteritidis foi detectada. Na prática, produtos com a presença desses dois tipos de salmonela só poderiam ser comercializados se tivessem sido cozidos na própria fábrica.

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Fonte: Valor Econômico

9. Tarifa sobre leite em pó europeu vai a 42,8%

O governo brasileiro deverá elevar para 42,8% a tarifa de importação para as cargas de leite em pó provenientes da União Europeia, informou ontem o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDBRS). A tarifa em vigor atualmente é de 28%.

A medida ainda está sendo afinada por técnicos do governo e deverá ser publicada amanhã. Moreira não soube dizem se a mudança será por decreto presidencial ou portaria ministerial.

A decisão, antecipada pelo Valor, foi anunciada ontem no tradicional almoço semanal da bancada ruralista, que ontem contou com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e dos secretário do Ministério da Economia Marcelo Guaranys (secretário-executivo) e Marcos Troyjo (Comércio Exterior e Assuntos Internacionais).

A decisão ocorre quase uma semana depois que o Ministério da Economia decidiu não renovar as tarifas antidumping que vigoravam há 18 anos contra o leite importado da UE e da Nova Zelândia. Quando o antidumping estava em vigor, neozelandeses pagavam uma sobretaxa de 3,9% e os europeus, de 14,8%.

"Tivemos hoje [ontem] a garantia da Casa Civil de que o leite da Europa não entrará no Brasil porque serão mantidos os valores de tarifa equivalente a 42%", afirmou Alceu. "Bolsonaro disse que, em virtude do que está acontecendo e da realidade da cadeia do leite, tinha que se achar uma solução, e ela está aí", acrescentou o deputado.

O aumento de tarifa só valerá contra o leite em pó do bloco europeu. Na avaliação do governo, o potencial impacto da retomada das exportações de leite neozelandês ao Brasil é bem menor.

O Valor apurou que, diante da revolta da bancada ruralista e da cadeia produtiva do leite com o fim da taxas antidumping, o Ministério da Economia aproveitou para exercer um direito de retaliar os europeus no valor de US$ 180 milhões, garantido após disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra salvaguardas aplicadas pela UE às exportações de aço do Brasil. Dessa forma, como compensação, a estratégia será adotar medidas tarifárias não só sobre o leite, mas também contra outros produtos europeus ainda em estudo.

A adoção de medidas para amenizar o fim das tarifas antidumping do leite em pó veio depois que o presidente Jair Bolsonaro determinou que o segmento de lácteos fosse compensado pelo fim das barreiras, alvo de duras críticas de entidades representativas do segmento de lácteos.

Ontem, Bolsonaro, que ainda está em recuperação no Hospital Albert Einsten, em São Paulo, publicou uma mensagem sobre o assunto no Twitter: "Comunico aos produtores de leite que o governo, tendo à frente a ministra da Agricultura Tereza Cristina, manteve o nível de competitividade do produto com outros países. Todos ganharam, em especial, os consumidores do Brasil".

Após os atritos com a bancada ruralista, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também fez acenos positivos ao agronegócio. Para resolver as diferenças com o setor, Guedes esteve na noite de segunda-feira, fora da agenda oficial, com Tereza Cristina, na sede do Ministério da Agricultura, apurou a reportagem.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. 'Pró- RenovaBio' assume a Unica

Enquanto o novo governo diz que seguirá a lógica de "mais Brasil e menos Brasília", o segmento sucroalcooleiro se prepara para uma intensa interlocução com os novos atores políticos instalados na capital. Para isso, as usinas de cana do Centro-Sul escolheram para presidir a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) o "padrinho" do programa RenovaBio no Congresso, o advogado e ex-deputado federal pelo PV Evandro Gussi, que assumiu o cargo ontem.

A apresentação do projeto de lei que criou o RenovaBio em 2017 se tornou um forte cartão de visitas de Gussi junto ao setor privado, mas suas credenciais ganharam musculatura pelo acompanhamento que fez da regulamentação do programa e pela publicidade que deu à política nas cinco viagens internacionais que realizou em 2018 - entre as quais a um seminário da Organização Internacional do Açúcar (OIA), em Londres, e à COP 24, em Katowice.

Ao Valor, Gussi disse que o segmento deve apoiar as reformas econômicas em construção pelo governo Bolsonaro, que buscam "a equalização das contas públicas e a desestatização de áreas". "Tudo o que estamos vendo nessa área econômica tem nos agradado", afirmou.

Tais medidas, segundo empresários, deverão favorecer especificamente o segmento, já que a saúde financeira das usinas é sensível à inflação, que pressiona os custos em um mercado com pouca margem de repasse de preços, e à taxa de juros, dada a alta intensidade de capital empregado na atividade.

A defesa de um regime liberal na economia não deverá abrir espaço para pleitos de subsídios, acredita Gussi. "Já somos competitivos. Desde que não sejamos atrapalhados, como fomos no governo Dilma, não precisamos de ajuda", afirmou ele.

Mas algumas pautas setoriais deverão ser acompanhadas de perto e com urgência, como a conclusão da regulamentação do RenovaBio. Criado para estimular o consumo de biocombustíveis e reduzir as emissões de gases estufa, o programa precisa ser regulamentado até o fim do ano para começar a vigorar em 2020, o que é encarado pelo setor privado como um período crítico. Nesse sentido, as usinas contam com o trânsito de Gussi com outros parlamentares e com interlocutores do presidente Jair Bolsonaro.

Para o novo presidente da Unica, a regulamentação do RenovaBio deverá atrair investidores pela previsibilidade conferida pela política e pela perspectiva de maior receita das usinas, que poderão vender os créditos de descarbonização (CBios). "Já vimos um crescimento de 7% no volume de comercialização na última Fenasucro [feira anual de vendas de máquinas ao setor], e todos os participantes atribuíram às perspectivas trazidas pelo RenovaBio", celebra.

Também na frente política, Gussi comandará o esforço da Unica para convencer o governo Bolsonaro a ter uma postura mais firme com os EUA sobre a importação de etanol, embora o presidente tenha deixado claro seu maior alinhamento com Washington. Criada em 2017, a cota de importação do produto isenta da tarifa do Mercosul vai expirar em setembro.

Segundo Gussi, não faz sentido o Brasil garantir tal vantagem ao produto enquanto os EUA mantiverem sua cota para importar açúcar, que dificulta a entrada do adoçante brasileiro. Sem mudança nessa frente, Gussi afirmou que "voltar à tarifa de 20% sobre o etanol americano seria uma possibilidade".

Ainda no comércio internacional, há uma perspectiva de que as negociações bilaterais precisarão ser reforçadas. No ano passado, ante pressão da Unica, o governo decidiu duas vezes que recorreria à Organização Mundial do Comércio (OMC), contra a China e contra a Índia, por barreiras contra o livre-comércio de açúcar. Mas, entre as usinas, avalia-se que os resultados da atuação multilateral vêm apenas "quando o estrago já foi feito".

Para Gussi, é preciso recorrer ao máximo às conversas bilaterais antes de chegar aos órgãos multilaterais, mas uma postura não exclui a outra. "Quando há ofensas ao livre-comércio, aí não tem opção", disse.

Se Brasília ocupará boa parte da atenção da Unica - Gussi diz que deverá passar mais dias por semana na capital do que em São Paulo, onde está a sede da entidade -, debates com a indústria automobilística também deverão ser aprofundados. O caminho, indicou, será continuar defendendo a adoção no Brasil dos veículos híbridos flex e dos carros com célula de combustível alimentada a etanol. Embora algumas montadoras estejam lançado no país carros 100% elétricos, Gussi disse que a indústria automobilística "está convencida" de que esse é o caminho para eletrificação no Brasil.

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Fonte: Valor Econômico

11. Biosev teve prejuízo trimestral de R$ 230,6 milhões

A Biosev, empresa sucroalcooleira controlada pela francesa Louis Dreyfus Company, encerrou mais um trimestre com prejuízo, apesar dos esforços para reduzir custos. No 3º trimestre da safra 2018/19, o resultado negativo ficou em R$ 230,6 milhões, 17,3% menor que o do que no mesmo período do ciclo passado. Desde o início da safra, a companhia acumula prejuízo de R$ 892,6 milhões, alta de 8,4%.

Os resultados foram pressionados pelas despesas com atividades de exportação de commodities, realizadas para lastrear pagamentos de dívida em dólar e que, embora tenham garantido o aumento da receita, pesaram no custo geral.

Apenas a receita com exportação de commodities somou R$ 343 milhões no trimestre, o que garantiu que a receita líquida (excluindo efeitos da contabilidade de hedge) alcançasse R$ 1,6 bilhão, alta de 5,7%. Sem essa atividade, a receita teria caído, já que as vendas de açúcar renderam R$ 401,4 milhões, com um recuo de 51,9%. As vendas de etanol subiram 26,4%, para R$ 754,5 milhões, enquanto a receita com cogeração a partir do bagaço cresceu 23,5%, a R$ 113,7 milhões.

Os negócios com commodities implicaram um custo adicional de R$ 338,2 milhões no trimestre - linha inexistente no balanço do mesmo trimestre da safra passada. Considerando apenas as atividades sucroalcooleiras, porém, o custo caixa do trimestre ficou em R$ 650,5 milhões, alta de 4,2%.

Sem contar a revenda e os efeitos de hedge, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Biosev no terceiro trimestre recuou 19,8%, a R$ 471,6 milhões. A margem Ebitda cedeu 5,8 pontos percentuais, a 38,47%.

Ainda assim, Juan José Blanchard, presidente da Biosev, disse ao Valor que a companhia está "no caminho certo em busca de maior eficiência operacional e geração de caixa, que é nosso maior foco", e realçou a queda do custo unitário no acumulado da safra - que cedeu 2,2%, a R$ 595 mil por tonelada de sacarose - e a redução de despesas administrativas.

Para acelerar a execução do plano de eficiência operacional, a Biosev contratou um consórcio de consultorias formado por Datagro, Alvarez & Marçal e AMI Brasil para avançar na otimização das áreas agrícola, de gestão administrativa e de gestão de recursos humanos, respectivamente. Elas devem prestar consultoria até março de 2020. "A decisão foi para acelerar a captura de oportunidades para trazer os resultados no curto prazo", ressaltou Blanchard.

A Biosev ainda sentiu um relativo alívio em seu resultado trimestral com a redução das despesas financeiras com juros e do peso positivo da variação cambial.

No fim do trimestre, a companhia detinha em caixa R$ 904 milhões (a maior parte em dólar), 5,1% acima do registrado no fim do trimestre anterior, por causa das vendas maiores com etanol e de antecipação de exportação. Com isso, a dívida líquida da Biosev variou pouco ao longo do trimestre, uma queda de 3,2%, conduzindo a alavancagem a 3 vezes.

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Fonte: Valor Econômico

12. Com queda do etanol, São Martinho vê Ebitda menor na safra 2018/19

O Grupo São Martinho estima que terá um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado menor na safra atual (2018/19), em torno de R$ 1,7 bilhão, segundo Felipe Vicchiato, diretor financeiro da companhia, em teleconferência de resultados com analistas.

Na safra passada, o Ebitda ajustado da companhia alcançou R$ 1,9 bilhão, o melhor desempenho da história da companhia. Agora, porém, a queda dos preços do etanol deve limitar os ganhos. Segundo Vicchiato, o grau de redução do Ebitda vai depender da recuperação do preço do etanol até fim de março. “Devemos ter queda [do Ebitda], mas nada acima de 20%”, ressaltou.

Ele observou que os preços de etanol já começaram a se recuperar desde o fim de janeiro, mas que o valor médio de venda do etanol deve ficar abaixo da estimativa inicial, que era de R$ 1.850 o metro cúbico. Segundo Vicchiato, a São Martinho “saiu um pouco do mercado de etanol” em janeiro, quando os preços do biocombustível despencaram. Além disso, a companhia havia fixado o preço de 54 milhões de litros de etanol hidratado na B3 por um valor médio de R$ 1.780 o metro cúbico.

Outro fator que deve minimizar o impacto dos baixos preços do etanol neste trimestre deve ser o perfil do produto em estoque. Dos cerca de 440 milhões de litros carregados do trimestre passado para este, cerca de 60% são de etanol produzido na Usina Boa Vista, em Goiás, onde o custo de produção é menor.

Ainda para o exercício atual, a companhia espera que a Justiça decida até março sobre a liberação do recurso relativo ao precatório conquistado pela Copersucar, parte do qual a companhia tem direito de receber. O recurso já foi depositado em juízo pela União em abril de 2018, mas é objeto de contestação porque, dentre as usinas beneficiárias, há algumas que não existem mais e outras que estão em recuperação judicial e cujos credores estão pleiteando para receber diretamente o valor.

Vicchiato afirmou que espera que a dívida líquida termine a safra próxima do patamar do fim do ciclo anterior, em cerca de R$ 2,4 bilhões. A expectativa é que a compensação de pagamentos de PIS e Cofins relativos à venda de etanol neste trimestre apareça contabilmente no balanço deste trimestre. Considerando essa compensação — que não deve incidir sobre o Ebitda, apenas sobre a dívida líquida —, “não é preciso desalavancar mais que isso”, avaliou. Dessa forma, a “ideia para o caixa é pagar dividendo ou abrir nova recompra”, atestou.

Safra 2019/20

Para a próxima safra (2019/20), a companhia estima que deve ter um crescimento de moagem de cana de aproximadamente 5% em relação à temporada atual — quando foram processadas 20,45 milhões de toneladas. “Se em fevereiro, março e começo de abril chover bastante, dá para recuperar a cana de fim de safra e ter crescimento maior. Mas, assumindo chuvas dentro do normal, o crescimento deve ser de 5%”, atestou Vicchiato.

Em novembro, a expectativa era de crescimento de 10%, mas na época as chuvas de outubro e novembro tinham vindo em boas quantidades. Em dezembro e janeiro, porém, as precipitações ficaram muito abaixo das médias históricas, em um período crítico para o desenvolvimento das lavouras de cana.

Ele ressaltou que o crescimento de 5% deve ser impulsionado em parte pelo alto nível de renovação de canavial recente, que aumentou a quantidade de área que ainda não passou pelo primeiro corte.

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Fonte: Valor Econômico

Grãos e Grandes Culturas

13. Clima adverso faz Conab e IBGE reduzirem projeções para safra

O clima seco e quente nas principais regiões produtoras do país em janeiro fez a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduzirem suas estimativas para a produção brasileira de grãos e fibras nesta temporada 2018/19, cuja colheita está em andamento. Reduções nas projeções para a soja, carro-chefe do agronegócio nacional, foram as grandes responsáveis pelas correções.

Em seu quinto relatório sobre a safra, a Conab passou a estimar a produção total de grãos e fibras em 234,1 milhões de toneladas, 1,5% menos que o previsto no início de janeiro (237,3 milhões de toneladas). Se confirmado, o volume ainda será 2,8% superior ao registrado em 2017/18 (227,7 milhões) e a safra será a segunda maior da história. Conforme as novas estimativas do IBGE, divulgadas também ontem, serão 230,7 milhões de toneladas, alta de 1,9% ante o ciclo anterior.

De acordo com a Conab, a produtividade média das lavouras em geral alcançará 3,7 toneladas por hectares, pouco menos que o projetado em janeiro (3,8) em consequência das intempéries.

Como já era esperado por analistas e consultorias, os maiores ajustes efetuados por Conab e IBGE foram no quadro da soja. A Conab passou a prever a colheita da oleaginosa em 115,3 milhões de toneladas, ante as 118,8 milhões calculadas em janeiro e volume 3,3% inferior ao da temporada 2017/18, quando um novo recorde foi batido. Ainda assim, será a segunda maior safra de soja da história. O IBGE passou a prever 114,7 milhões de toneladas da oleaginosa em 2018/19.

Mas novas correções para baixo poderão acontecer, tendo em vista os problemas climáticos que já afetaram lavouras e adversidades que perduram. Na segunda-feira, por exemplo, a consultoria AgRural projetou a colheita em "apenas" 112,5 milhões de toneladas, uma queda de 5,7% em relação a 2018/17. Mas as perspectivas mais pessimistas também poderão não se confirmar em virtude da volta das chuvas aos polos da região central do país nesta semana.

Conforme informações da Rural Clima, novas áreas de instabilidade associadas à passagem de uma frente fria pela região Sudeste deverão provocar precipitações a qualquer hora em parte da região central, principalmente em fronteiras produtoras de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Paraná.

As chuvas poderão amenizar a situação também das lavouras de milho de verão. A nova estimativa da Conab para a primeira safra do cereal em 2018/19 foi reduzida em 1 milhão de toneladas, para 26,4 milhões. Em contrapartida, a projeção para a safra de inverno, que já começou a ser plantada, foi elevada em 2,3%, para 65,2 milhões de toneladas. Na comparação com a safra de inverno do ciclo 2017/18, o aumento projetado chega a 21%.

"A estimativa para a área do milho segunda safra ainda é uma intenção de plantio. Os produtores já estão com os insumos comprados, mas dependentes da evolução do quadro climático. Por isso, há casos pontuais de prorrogação do plantio, mas ainda dentro da janela recomendada", apontou a Conab em relatório.

Com isso, a estimativa para a produção total de milho (verão e inverno) na safra 2018/19 foi elevada em 0,5% na comparação com o relatório de janeiro. A estatal projetou que a colheita de milho do país somará 91,6 milhões no relatório divulgado ontem, ante as 91,2 milhões previstas em janeiro. O novo cálculo representa um acréscimo de 13,6% ante a safra passada (2017/18).

Assim como fez com o milho de inverno, a Conab também elevou sua estimativa para a safra de algodão em pluma. O ajuste na comparação com o cenário traçado em janeiro foi de 6,2% (150 mil toneladas), para 2,5 milhões de toneladas. Trata-se de um aumento de 27,9% ante a colheita de 2017/18, que foi de 2 milhões de toneladas. A boa rentabilidade obtida com a cultura nas últimas temporadas estimulou o incremento da área semeada em 2018/19. De acordo com a Conab, o plantio deve ocupar 1,6 milhão de hectares, uma área 33% maior que a de 2017/18.

Para a produção de arroz, o calcanhar de Aquiles foi o excesso de chuvas do mês passado no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional, que levou a Conab a reduzir a estimativa para 10,7 milhões de toneladas, ante as 11,2 milhões estimadas em janeiro. Se confirmado, o volume será 11,3% menor que o de 2017/18. Para o feijão, por sua vez, a falta de chuvas nas regiões produtoras levou a Conab a reduzir a projeção em 400 mil toneladas, para 3,06 milhões de toneladas, 1,7% menos que a colheita de 2017/18.

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Fonte: Valor Econômico

14. Exportações brasileiras de café solúvel cresceram 28 em janeiro

As exportações de café solúvel somaram 236,6 mil sacas de 60 quilos em janeiro, incremento de 28% ante ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). Na comparação, a receita das vendas aumentou 5%, para US$ 34,8 milhões.

"Iniciamos o ano com dados bem interessantes e que nos indicam que poderemos alcançar um crescimento significativo em relação a 2018, permitindo a manutenção da nossa meta de dobrar as exportações durante a próxima década", disse Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics, em nota.

Os Estados Unidos se mantiveram como os principais importadores do produto brasileiro, com 46,2 mil sacas, crescimento de 65,4% em relação a janeiro de 2018. A receita dessas vendas foi de US$ 6,3 milhões, elevação de 46%.

A Rússia importou 34,9 mil sacas, alta de 86,2%, com receita equivalente 63% maior, de US$ 5,6 milhões. O terceiro maior cliente do produto brasileiro no mês de janeiro foi o Japão, que comprou 18,1 mil sacas, em queda de 40,3%. Nesse caso o valor das vendas recuou 59% para US$ 2,9 milhões.

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Fonte: Valor Econômico

15. Milho: Preços internacionais abrem a quarta-feira estáveis

Após terminar o último pregão em alta, os preços internacionais do milho abriram a quarta-feira (13) estáveis na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações operavam com movimentações máxima de 0,25 pontos por volta das 09h08 (horário de Brasília). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,78, o maio/19 valia US$ 3,86 e o julho/19 era negociado a US$ 3,94.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços iniciam o dia estáveis após subiram mais de 1,3% na terça-feira, quando o otimismo comercial entre os Estados Unidos e a China ressurgiu e foi impulsionado por uma grande venda de exportação anunciadas. Exportadores privados informaram ao USDA a venda de 4,8 milhões de bushels de milho para entrega em destinos desconhecidos durante o ano comercial de 2018/19, que começou em 1º de setembro. Os exportadores privados tiveram uma movimentada fevereiro até agora, relatando 11 vendas separadas de grãos para o USDA no mês.

A Agência Reuters destaca ainda que um grupo de autoridades dos EUA chegaram a Pequim nessa terça-feira, antes das negociações comerciais de alto nível, enquanto as duas maiores economias do mundo tentam chegar a um acordo antes do prazo de 1 de março e evitar outra escalada de tarifas.

Já o site Barchart descatou também a divulgação das últimas estimativas da safra brasileira pela Conab, que apontaram a safra total subindo 462.000 milhões de toneladas de janeiro para 91.652 milhões de toneladas agora.

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Fonte: Notícias Agrícolas

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