Conjuntura do Agronegócio

1. Guedes quer fim de isenção previdenciária de exportador rural

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, quer o fim da isenção dada atualmente às contribuições previdenciárias dos produtores rurais que exportam. Essa renúncia retira cerca de R$ 7 bilhões por ano dos cofres do INSS. O término do benefício consta na proposta de minuta da reforma da Previdência obtida pelo Broadcast, do Grupo Estado.

Hoje, os produtores rurais recolhem 2,6% sobre a comercialização de sua produção como contribuição previdenciária, mas ficam isentos quando exportam parte do que produzem. O ex-presidente Michel Temer chegou a propor o fim do benefício no seu texto de reforma da Previdência, mas o item acabou caindo em meio à desidratação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A medida enfrenta resistência do Ministério da Agricultura, que avalia que o setor não pode perder recursos sem que seja feito um estudo amplo de seu impacto.

Embate

O impasse marca o que deve ser mais um embate entre a Agricultura e a Economia. Na segunda-feira, a ministra Tereza Cristina disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o corte dos subsídios do crédito rural, anunciado pelo ministro Paulo Guedes, não pode ser um "desmame radical". Nesta terça-feira, 12, a ministra conseguiu vencer a primeira batalha. Para compensar o fim da cobrança de uma taxa extra sobre as importações de leite em pó da União Europeia e da Nova Zelândia, o governo decidiu aumentar o imposto de importação para a compra de leite em pó europeu. A alíquota deve subir de 28% para 42,8%, o que compensa totalmente o fim da medida antidumping. O decreto deve ser publicado na quinta-feira.

O presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter para se dirigir aos produtores de leite e dizer que a decisão de elevar a tarifa de importação sobre o produto "manteve o nível de competitividade com outros países". A sobretaxa era cobrada sobre o leite em pó importado desde 2001 e se somava à tarifa já cobrada sobre o produto, que hoje é de 28%. No caso da Nova Zelândia, havia um adicional de 3,9%. Para o produto europeu, a sobretaxa era de 14,8%. Em ambos os casos, era uma taxação para compensar os efeitos do dumping, ou seja, da concorrência desleal praticada por esses países, ao vender para cá um produto abaixo de seu preço de custo, causando prejuízo à produção local.

A sobretaxa é revista a cada cinco anos e veio sendo sucessivamente prorrogada desde 2001. Porém, na revisão referente ao período 2012 a 2017, realizada ainda no governo de Michel Temer, o estudo técnico concluiu que não houve dumping. Pelo contrário, no período o Brasil não importou leite em pó da Nova Zelândia, o país mais competitivo do mundo nesse produto. E as compras da União Europeia foram na faixa de US$ 1 mil por dia, um valor considerado baixo. No total, o leite em pó importado contribui com 2,4% do consumo nacional.

Para a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o setor do agronegócio é um dos poucos no País que têm crescido de forma mais dinâmica nos últimos anos e a volta da contribuição ao INSS pode prejudicar as exportações agrícolas. "Não podemos criar o risco de se ter o que ocorre no setor de manufaturados, que é um gigantesco déficit (na balança comercial)", afirmou José Augusto de Castro.

As renúncias ao setor agrícola não são as únicas isenções previdenciárias em vigor. Há as desonerações do Simples Nacional, dos microempreendedores individuais (MEI) e das entidades filantrópicas. Como informou o Broadcast, no ano passado, todas as renúncias somaram R$ 46,3 bilhões. O valor corresponde a praticamente um quarto do rombo nas contas da Previdência em 2018, que foi de R$ 195,2 bilhões.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

2. Em aldeia, Tereza Cristina defende que índios tenham direito de produzir em larga escala em suas terras

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, declarou nesta quarta-feira (13) que é possível mudar a legislação para que os agricultores indígenas possam produzir em larga escala em suas terras. Em discurso durante o 1º Encontro Nacional dos Agricultores Indígenas, realizado na aldeia Matsene, no município de Campo Novo dos Parecis (MT), a ministra disse ser possível produzir para gerar renda ao mesmo tempo em que se preserva a cultura e as tradições indígenas.

“A lei pode ser mudada, é para isso que nós estamos lá no Congresso Nacional. As coisas evoluem, as coisas mudam, a vontade de vocês é soberana. Isso está na normativa da OIT (Organização Internacional do Trabalho), vocês têm de decidir o que vocês querem fazer, qual a vontade dos povos indígenas”, afirmou Tereza Cristina, que visitou a aldeia na companhia do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes; e do secretário de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia.

Na região do Campo Novo dos Parecis, índios das etnias Paresi, Nambiquara e Manoki se destacam pela produção em larga escala de soja, milho e feijão. A produção é autorizada pelo Ministério Público Federal e pelo Ibama. Nesta safra, os produtores indígenas plantaram cerca de 18 mil hectares de grãos.

A ministra ganhou de presente uma tiara de guerreira, e visitou a lavoura plantada pelos indígenas e as cooperativas que administram a produção local. Ela disse que considera o trabalho uma “revolução na agricultura, na agropecuária e na tradição indígena, podendo mostrar para o Brasil e para o mundo que é possível ser indígena, cultivar a cultura, mas também produzir”.

Ao líder indígena Ronaldo Zokezomaiake, presidente da cooperativa Coopihabnama, Tereza Cristina reafirmou que os indígenas merecem o mesmo apoio do governo para o plantio dado aos demais produtores rurais. A ministra afirmou que este é um momento de renascimento, e que o exemplo do povo Paresi pode contribuir para “mudar a miséria e a manipulação que existe hoje em torno dos povos indígenas do Brasil”.

Os indígenas entregaram uma carta de reivindicações às autoridades pedindo uma linha específica de crédito para que possam adquirir insumos e maquinário, além de mudanças na lei que impede a comercialização do que é produzido nas terras da União, entre outras demandas. Tereza Cristina disse concordar com as reivindicações: “Quando eu entrei na estrada aqui, eu logo vi na entrada duas ocas e um barracão de máquinas. Esse é o símbolo! Vocês podem cultivar a cultura, mas também cultivam a tecnologia, a prosperidade”, comentou ela.

A ministra disse ainda que a Funai deve trabalhar com um novo olhar, cuidando dos direitos indígenas, sem considerá-los “coitadinhos”, mas dando condições de garantir que os indígenas tenham autonomia para produzir e ter qualidade de vida. “Está aqui a prova para o Brasil e para o mundo do que vocês são capazes”.

A ministra estava acompanhada de outras autoridades do governo federal, do Legislativo e do governo de Mato Grosso. O encontro indígena teve início na última segunda-feira (11) para discutir os principais desafios que os povos tradicionais enfrentam para produzir em larga escala.

Em entrevista à imprensa, a ministra defendeu que os índios consigam produzir como qualquer produtor brasileiro, e que eles tenham as mesmas facilidades dos demais agricultores. “Temos que mudar algumas coisas na legislação para que eles possam produzir de maneira mais efetiva, para que eles possam ter renda, ter dignidade e trabalhar”.

Tereza Cristina falou sobre a situação dos índios que visitou nesta quarta-feira: “Aqui nesta reserva indígena, com um milhão de hectares, por que eles não podem produzir em 20, 30 mil hectares? Eles têm que ter as mesmas políticas e facilidades que têm os produtores rurais brasileiros, em termos de crédito, licenças, sementes apropriadas, assistência técnica, infraestrutura, armazéns, enfim, tudo o que os produtores almejam eles também podem ter aqui nesta cooperativa, que é um modelo, um início, mas que já é um modelo pelas dificuldades que eles encontraram para chegar até aqui”.

A ministra voltou a explicar que a matéria tem que ser levada ao Congresso Nacional, porque atualmente os índios estão proibidos de produzir em suas aldeias, que são terras da União.

“A Comissão de Agricultura (da Câmara dos Deputados) pode começar a discutir este assunto, para achar uma solução de médio prazo”, defendeu a ministra.

Agricultores indígenas de três etnias plantaram para safra de 2018/2019 cerca de 18 mil hectares de grãos no entorno do município de Campo Novo dos Parecis (MT). Só a etnia Paresi plantou 10 mil hectares, sendo que o maior cultivo é de soja, com extensão de 8,7 mil hectares, seguida do milho, com mil hectares, e do arroz com 300 hectares.

Os povos Nambiquara e Manoki também plantaram mil hectares cada um. Para a safrinha deste ano, a expectativa é que sejam plantados 7,7 mil hectares de milho convencional, 6 mil de feijão, 1,4 mil de girassol e 500 de milho branco, totalizando quase 18 mil hectares.

Os dados são da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Coopihanama, cooperativa responsável pela gestão administrativa e operacional da produção. O plano de gestão desenvolvido pela cooperativa, em parceria com a Opan (Operação Amazônia Nativa), projeta que nos próximos 50 anos o plantio na comunidade dos Paresi pode chegar a 30 mil hectares.

Encontro

O resultado da produção agrícola dos índios será apresentado durante o 1º Encontro Nacional do Grupo de Agricultores Indígenas, que está sendo realizado nas aldeias Bacaval e Matsene Kalore, do povo Paresi, em Mato Grosso. A programação desta quarta-feira (13) contará com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e de outras autoridades dos governos federal e estadual. Representantes da Embrapa e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), entre outras instituições, também participam.

Desde a última segunda-feira (11), quando teve início o encontro, representantes de mais de 30 etnias de diferentes estados do país, como Rondônia, Sergipe, Alagoas, debateram sobre a regulamentação das atividades agrícolas em terras indígenas, os entraves da atual legislação ambiental e mecanismos para sistema de financiamento, comércio e produção.

Os indígenas também discutiram projetos de agricultura familiar, produção de peixes, gado, frango e plantio de mandioca. Uma carta com as reinvindicações dos indígenas será entregue às autoridades nesta quarta-feira (13).

“Há vários pontos que preocupam. Um deles é ter uma linha de crédito específica para os povos indígenas que querem desenvolver essa atividade dentro do território. Tem que ter também o licenciamento dessa terra que é trabalhada. Você cria peixe, camarão, outros tipos de coisa, mas quando você vai comercializar, tem que ter a origem do produto”, afirmou Adilson Muduywane Paresi, diretor-secretário da Coopihanama.

Os Paresi e a agricultura

Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o povo Paresi reúne mais de dois mil integrantes em Mato Grosso. O estado tem 43 etnias indígenas e três delas têm se destacado na produção agrícola de larga escala. Outras etnias, como Umutina e Bakairi, tem demonstrado interesse em ampliar a produção de outras culturas, inclusive na pecuária.

No caso das comunidades dos Paresi, também conhecidos como Haliti, a mecanização da lavoura se intensificou nos últimos 16 anos. O povo ocupa nove territórios que somam 1,5 milhão de hectares. As comunidades se dividem em 63 aldeias, situadas em cinco municípios: Campo Novo do Parecis, Sapezal, Tangará da Serra, Conquista do Oeste e Nova Lacerda.

Segundo Adilson Paresi, a lavoura foi desenvolvida aos poucos pelos próprios indígenas. Por cerca de 12 anos, eles fizeram parceria com produtores rurais da região oferecendo a terra e mão de obra em troca de insumos e maquinário.

Safra legalizada

Como os territórios indígenas pertencem à União, os povos não são autorizados a produzir monocultura para comercialização nem para arrendamento. A restrição constitucional levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a aplicar, no passado, 36 multas e a embargar mais de 20 mil hectares.

Uma das autuações ocorreu pelo plantio de produtos transgênicos no território indígena, o que é proibido pela legislação ambiental brasileira. “Uma das condições para poder plantar é continuar trabalhando sem transgênico no território. Então, estamos trabalhando 100% convencional”, explica Adilson.

A produção da safra atual foi possível depois de um acordo firmado entre o Ibama, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal. O acordo definiu que os Paresi poderiam plantar somente 10 mil hectares e os outros povos outros dois mil hectares. Foram estabelecidos também limites para a safrinha, totalizando os 18 mil hectares plantados atualmente.

O contrato com os agricultores não indígenas foi encerrado na safra passada e os indígenas criaram duas cooperativas (Nahama e Matsene) para administrar a produção, viabilizar a aquisição de insumos e distribuir a renda para as comunidades. Cerca de 2.600 pessoas são beneficiadas pelas duas associações. “No arrendamento você paga e não precisa trabalhar, e não era isso que os índios queriam. Eles querem trabalhar, porque através do trabalho tem a renda deles. E essa lavoura emprega muita gente”, comenta Adilson.

Os dados da produção deste ano ainda não estão prontos, porque a colheita está em andamento, mas os indígenas estimam que a plantação renderá uma média 53 sacas de soja por hectare. Se a estimativa se confirmar, a safra poderá gerar pelo menos R$ 1,3 milhão para a comunidade, já descontados o custo da lavoura e a diferença que é dividida com o fornecedor de insumo.

Direitos da OIT

A Funai ressalta que os indígenas têm o direito de escolher seu modelo de desenvolvimento econômico, de acordo com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para os povos indígenas e tribais.

“O povo Paresi vê esse projeto com olhos diferentes. Vê como uma oportunidade do povo ter uma vida digna por meio do trabalho desenvolvido dentro do próprio território”, defende Adilson. “Nós temos praticamente 18 mil hectares de lavoura mecanizada, que perto da quantidade de terra que nós temos, significa 0,7% do nosso território”, completa.

Com o lucro gerado na produção, as aldeias desenvolvem projetos de geração de renda, como turismo, piscicultura, entre outros. O objetivo é manter os jovens na comunidade.

“Tudo o que gera renda dentro do território indígena tem que ser acessado por todos que vivem ali dentro e respeitando a cultura, mantendo os costumes, as tradições, porque isso é o que nos torna diferente. Somos cidadãos, temos os mesmos direitos de desenvolver, mas com equilíbrio e responsabilidade”, comenta. Mas, para algumas comunidades indígenas, o modelo de produção em grande escala pode prejudicar a autonomia dos povos tradicionais e trazer prejuízos para o meio ambiente.

Os indígenas realizam rotação de culturas de feijão, milho vermelho, milho pipoca, painço, e outros, para manter a qualidade do solo e em dois mil hectares da área estão desenvolvendo experiência com controle biológico de pragas. Em parceria com uma empresa da região, os agricultores indígenas aplicam fungos e vírus na lavoura para diminuir o uso de agrotóxicos.

A estimativa mais recente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) para a safra 2018/2019 é de 9,62 milhões de hectares semeados para soja. Para o milho, a previsão de área cultivada é de 4,69 milhões de hectares. O instituto não tem dados específicos da produção indígena.

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Fonte: Mapa/Notícias Agrícolas

3. Funrural: Receita Federal retira cobrança de 2,5% do Senar sobre folha de pagamento

O Diário Oficial da União desta quarta-feira (13) trouxe uma retificação sobre a cobrança da alíquota do Senar no Funrural depois da divulgação da Instrução Normativa divulgada no dia 28 último. A cobrança dos 2,5% do Senar foi retirada do produtor que optar pelo pagamento pela oneração da folha de pagamento.

A informação, na ocasião, surpreendeu os produtores que escolheram essa alternativa, mas, na sequência, o Senar se posicionou contestando o normativo, dizendo que a cobrança, da forma como estava disposta, estaria contrariando a legislação vigente.

No entanto, apesar da retificação, o especialista em Funrural, João Emílio Ribeiro Valongo, proprietário do Valongo Escritório Rural, afirma que "hoje no Brasil não se tem mais segurança jurídica quando o assunto é Funrural".

Afinal, a retificação foi publicada no Diário Oficial, porém, a plataforma para a geração da GFIP (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social) não foi atualizada ainda para que novas guias sejam emitidas com os valores corretos, sem os 2,5%.

Assim, o produtor que já tem seu documento emitido para o pagamento ainda não conta com uma mecanismo que permita que os valores sejam recalculados pelos profissionais. O vencimento dessas guias é dia 20 de fevereiro.

Além disso, ainda como explica Valongo, "há muitos produtores que já pagaram e também não sabemos ainda como estes valores serão estornados.

Segundo o especialista, a orientação para os produtores é de que eles aguardem a atualização dessa plataforma - que, como explica o proprietário do escrtório, deve acontecer pelo menos até o dia 18, para que dê tempo de reemitir e emitir todas as guias atualizadas.

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Fonte: Notícias Agrícolas

Insumos

4. Banco Original começa a emitir cartões da bandeira Elo

A Elo anunciou parceria com o Banco Original para a emissão de cartões. Os novos plásticos, que têm previsão de lançamento em 2019, serão disponibilizados para correntistas do Original na modalidade múltipla, com funções crédito e débito.

O acordo marca a primeira emissão de cartões Elo por um banco de operação 100% digital, e simboliza um avanço da bandeira brasileira em direção à personalização de serviços oferecida aos clientes pelas plataformas eletrônicas de atendimento bancário.

“Comemoramos a chegada de mais um emissor ao nosso portfólio de clientes, desta vez marcada pela parceria com um banco digital. Ao lado do Original, seguimos no propósito de ser uma bandeira multiemissora”, explica Eduardo Chedid, presidente da Elo.

O Banco Original tem como frentes de operação, além do varejo, o mercado corporativo e o agronegócio, com soluções personalizadas voltadas para esses públicos.

“Este acordo é muito importante para o Banco Original, pois, além de ser a primeira parceria entre a Elo e um banco digital, estamos oferecendo mais um produto diferenciado para nossos clientes. O cartão trará para o cliente Original ainda mais comodidade e uma nova opção para fazer seus pagamentos, inclusive digitais”, explica Alexandre Abreu, presidente do Banco Original.

A Elo possui aproximadamente 120 milhões de cartões emitidos.

Parceria com a PicPay

O Banco também fez uma parceria com o PicPay, para oferecer a opção de pagamento via cartão de crédito de forma totalmente digital. O acordo faz parte da estratégia de crescimento do Original, que visa adotar uma posição pioneira no modelo de integração entre bancos e fintechs.

“Acreditamos que esse é o futuro. Por isso, estamos construindo os alicerces com parcerias sólidas que nos ajudarão a viabilizar cada vez mais uma experiência completa para o consumidor. Acreditamos que a convergência com as fintechs é a forma mais rápida de nos conectar com essas comunidades nativas digitas, independente se esses usuários possuem ou não conta no banco”, ressalta Abreu.

A solução de pagamento por cartão de crédito do PicPay será oferecida por meio da plataforma de cartões digitais do Original. O usuário do aplicativo não precisará possuir conta no banco e será convidado a aderir ao cartão virtual diretamente na sua carteira digital.

A nova plataforma também servirá para realizar compras nas redes PicPay e máquinas da Cielo, com pagamento por meio da tecnologia de QRcode, bem como transferências instantâneas de recursos (peer-to-peer), que poderão ser feitas entre os milhões de participantes da carteira digital do aplicativo de pagamento, a partir das contas correntes do banco.

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Fonte: Valor Econômico

5. Nova regra incentiva emissão de letras de crédito do agronegócio

A medida anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 31 de janeiro, que flexibilizou as regras de financiamento agrícola com recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), deve impulsionar o crescimento de emissões desses papéis e se refletir em aumento do crédito para o setor.

A LCA é um título emitido por bancos com lastro em uma carteira de crédito do agronegócio. A emissão desses papéis, que conta com isenção de Imposto de Renda para investidores pessoas físicas, cresceu 17% em 2018 e somou R$ 130 bilhões. O mercado estima que a mudança na regra vai ampliar o uso desses papéis como fonte de financiamento para o agronegócio, com as emissões podendo crescer até 30%.

O CMN permitiu que os recursos captados via Letra de Crédito do Agronegócio possam ser direcionados para o crédito agrícola com taxas livres, ou seja, pactuadas entre as partes.

Pela regra anterior, 35% dos recursos que as instituições financeiras captavam via emissão de LCA tinham de ser direcionados para a aplicação em operações de crédito rural. Desse montante, 40% tinham de ser emprestados a uma taxa de juros de até 8,5%. Isso representava 14% do total captado com as LCAs, o que desestimulava os bancos a usar essa fonte de funding. “Essa era uma regra que impunha dificuldade para os bancos fazerem empréstimos, porque tinha de ter o cumprimento de um produto específico a uma taxa específica”, afirma Eric Altafim, diretor de mesas e produtos do Itaú BBA.

"Todos os movimentos que vierem por parte do Banco Central que destravem as regulamentações sempre terão efeitos positivos”, afirma José Ramos Rocha, diretor-executivo do Bradesco.

O Itaú prevê que a mudança na regra tem um potencial para aumentar as emissões de LCA do banco em R$ 3 bilhões. Isso representa um aumento de quase 20% do total captado pelo Itaú com esse papel no ano passado, que somou R$ 18 bilhões.

Carlos Aguiar, diretor de agronegócios do Santander, lembra que as restrições para a aplicação dos recursos captados via LCA fizeram com que os bancos reduzissem a emissão do papel, que voltou a se recuperar no ano passado. Ele vê potencial para um aumento de 30% no volume de emissões de LCA pelo Santander com as novas regras. “A nova regra vai permitir um crescimento da participação das LCAs no funding para financiamento do agronegócio”, diz.

Segundo Rocha, do Bradesco, quando o BC destrava o direcionamento dos recursos, aumenta a oferta de crédito para o setor agrícola. “Em uma economia com juro mais alto, a taxa travada do crédito poderia ser um inibidor. Mas na hora que se retira essa trava, possibilita que as pontas do ativo e passivo se equilibrem”, afirma.

Para ele, o aumento da concessão de crédito agrícola, e consequentemente das emissões de LCA, vai depender da demanda. “Vamos medir a temperatura da demanda. A economia vem dando bons sinais. Devemos ter um crescimento do PIB maior que no ano passado e isso vai impactar o setor de agronegócio”, diz Rocha. “O importante é ter um funding com custo atrativo, de rápida aprovação e que viabilize os negócios do setor”, completa.

Para Aguiar, do Santander, a mudança de regra é boa por dois motivos. Primeiro, porque aumenta o dinheiro para a agricultura ao facilitar a emissão de LCA e, segundo, porque permite uma mudança do mix de produtos oferecidos ao setor. “O crédito rural é importante quando a taxa básica de juros é alta. Quanto se tem uma Selic a 6,5%, qual a necessidade de ter uma taxa subsidiada?”, questiona.

O Santander apresentou um crescimento de 23% da carteira de crédito ao agronegócio ampliada em 2018, que somou R$ 17,7 bilhões.

Mais do que o tipo de produto que o banco vai focar no setor de agronegócio, o diretor de agronegócios do Itaú BBA, Pedro Fernandes, destaca que isso vai mudar o perfil dos tomadores, permitindo ampliar o atendimento aos produtores rurais de menor porte. “A taxa subsidiada fazia com que os bancos emprestassem mais para os maiores produtores rurais, considerados de mais baixo risco de crédito. Esse dinheiro acabava não fluindo para os produtores menores”, explica.

O Itaú vê espaço principalmente para ampliar o crédito via Cédula do Produtor Rural (CPR) para o financiamento da produção agrícola. Segundo o diretor do Itaú, o custo para o produtor rural não necessariamente vai subir, já que a LCA, por contar com o benefício fiscal, permite aos bancos captarem a uma taxa mais barata do que por meio, por exemplo, de um Certificado de Depósito Bancário (CDB). O Itaú, por exemplo, pagou nas captações de recursos via LCA um custo de 70% a 98% do CDI, abaixo da taxa Selic.

Além disso, ao tornar as regras para financiamento mais simples, o CMN contribui para reduzir o custo de observância. “A redução da complexidade e do custo de observância vai contribuir para a redução do spread bancário dessas operações”, diz Altafim.

O estoque de LCAs somava, em dezembro de 2018, R$ 148,6 bilhões, segundo dados da Anbima, enquanto a carteira total do crédito rural era de R$ 256,215 bilhões, considerando o crédito rural para pessoas físicas e jurídicas, o que mostra que há um grande espaço para o volume de emissões desses títulos crescer.

Além da isenção fiscal, as LCAs contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 1 milhão, respeitando o limite de R$ 250 mil por instituição financeira.

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Fonte: Valor Econômico

6. Yara busca alternativas para mitigar alta do preço do gás natural

O aumento de preços do gás natural pode desestimular a produção nacional de fertilizantes à base de nitrogênio. Em nota, a norueguesa Yara, líder em vendas no mercado brasileiro, afirmou que o encarecimento do gás para as indústrias afeta gravemente toda a cadeia produtiva, inclusive o Complexo Industrial Yara Cubatão. A unidade foi comprada da Vale por US$ 255 milhões no ano passado.

Segundo matéria divulgada nesta quarta-feira no jornal “Folha de S.Paulo”, a Yara cogita encerrar as atividades na unidade de Cubatão (SP) em decorrência de um aumento de 37,6% do gás. A Yara admitiu que está adotando ações para diminuir o impacto desse aumento, mas não confirmou a intenção de encerrar as atividades na planta de Cubatão.

“A empresa entende ser fundamental que haja previsibilidade na divulgação dos reajustes e transparência na formação dos preços, garantindo a competitividade da produção nacional de amônia”, afirmou a empresa, na nota que divulgou.

“A companhia tem se posicionado junto às associações de classe e autoridades para que possam ser encontradas soluções que permitam a continuidade da entrega de suas soluções industriais e de fertilizantes para os produtores e clientes brasileiros”, finalizou.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Parceria Transpacífico faz Canadá vender mais carne ao Japão

As importações japonesas de carne bovina canadense dispararam desde o início da Parceria Transpacífico (TPP), em 30 de dezembro. Segundo analistas, esse é um sinal inicial do preço que os produtores dos Estados Unidos poderão pagar pela política protecionista adotada por Washington.

Embora ainda não existam dados oficiais, traders dizem que houve um salto das importações do Japão de carne bovina produzida por signatários da TPP, um acordo que inclui 11 países-membros, sendo o Canadá o principal favorecido.

A mudança do perfil das importações japonesas de carne bovina mostra as consequências imediatas da decisão do presidente Donald Trump de retirar os EUA da TPP. E torna urgente a negociação de um acordo paralelo entre EUA e Japão.

"Houve, sem dúvida, um aumento das importações procedentes dos países da TPP", disse Yuko Onizawa, diretora da associação de comércio de carne bovina do Canadá em Tóquio. Ela disse que as consultas dos supermercados aumentaram significativamente.

Uma consequência imediata da TPP foi a queda das tarifas do Japão sobre a carne bovina resfriada, de 38,5% para um nível inicial de 27,5%. Isso dá aos exportadores australianos, canadenses e neozelandeses uma vantagem de 11 pontos percentuais em relação aos produtores americanos no mercado japonês.

"A diferença de tarifas é um grande desafio para nós", disse Takemichi Yamashoji, diretor da Federação dos Exportadores de Carne dos EUA, um dos que têm pressa para que Tóquio e Washington entrem em acordo a fim de reduzir essa discrepância.

Conversações entre os dois países foram adiadas em razão da paralisação do governo dos EUA, mas deverão ter início em breve. O Japão deu indícios de que fará concessões aos EUA na área agrícola semelhantes às praticadas no TPP caso o país se abstenha de cobrar tarifas sobre os automóveis japoneses. Não está claro, no entanto, se isso será suficiente para satisfazer Trump.

Yuko Onizawa disse que o Canadá sabe que sua vantagem pode ser temporária e quer usar essa janela de oportunidade. "Nosso real objetivo é divulgar a qualidade da carne bovina canadense", disse ela.

Segundo diretores da associação de carne bovina do Canadá, os ganhos iniciais do país ocorreram à custa da Austrália. Os australianos tinham um acordo comercial anterior com o Japão, portanto já usufruiam de tarifas preferenciais, enquanto a demanda chinesa por carne bovina australiana disparou desde que os dois países fecharam um acordo de livre-comércio, em 2015.

"As importações americanas não mudaram muito. Em vez disso, a demanda que estava indo para a Austrália foi desviada para o Canadá", disse Yu Oana, do departamento de carne bovina da distribuidora atacadista de alimentos processados Sojitz Foods Corporation.

O Japão divide suas importações, entre a carne australiana, de animais alimentados a pasto, principalmente usada para a produção de hambúrgueres, e a carne bovina da América do Norte, de animais alimentados com ração, que é mais gordurosa e é muito usada em restaurantes no preparo do "gyudon", prato japonês à base de arroz e carne bovina.

Em 1º de fevereiro, as tarifas sobre as importações de carne bovina europeia também caíram para 27,5% após a entrada em vigor do acordo de livre-comércio entre União Europeia e Japão, mas deverão ter um impacto insignificante sobre o mercado japonês.

Os produtores britânicos vão perder a tarifa mais baixa a partir de 30 de março caso saiam da UE. De acordo com o previsto na TPP, as tarifas cobradas pelo Japão sobre a carne bovina vão cair progressivamente para 9%, uma mudança que deverá elevar acentuadamente a demanda por carne num país historicamente consumidor de peixe.

"Se os preços caírem, isso será uma arma para nós", disse Kunio Ichinose, fundador da rede de restaurantes Ikinari Steak, que se abastece de carne bovina importada. "Se conseguirmos baixar os preços, atrairemos clientes. Tenho altas esperanças".

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Recall da BRF expõe falha e transparência

A detecção de um tipo da bactéria salmonela (Enteritidis) levou a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, a anunciar um recall de lotes de carne de frango in natura produzidos entre outubro e novembro de 2018 no abatedouro da companhia em Dourados (MS).

Em comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BRF informou que está fazendo uma campanha para recolher 164,7 toneladas de frango destinado ao mercado brasileiro e de 299,6 toneladas do produto para exportação. Após recolhidos, o destino do produto será decidido pelo Ministério da Agricultura e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Eventualmente, os produtos poderão ser termoprocessados para a comercialização.

Pouco usual na indústria frigorífica brasileira, o recall da BRF é um marco da reestruturação da área de qualidade da companhia, iniciada após a chegada de Pedro Parente à presidência do conselho de administração, em abril do ano passado. A empresa brasileira foi acusada, no passado, de ocultar do público problemas desse gênero.

O recall da BRF ocorre quase um ano após a deflagração da Operação Trapaça, investigação da Polícia Federal (PF) que apura, entre outras coisas, fraudes cometidas por ex-funcionários da BRF para burlar os testes de salmonela. Em reação às descobertas da Trapaça, a União Europeia proibiu a BRF de exportar para os países do bloco.

Em meio aos esforços para recuperar a credibilidade, bastante arranhada após a Operação Trapaça, a BRF negocia, como o Valor já informou, um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) e com a Controladoria-Geral da União (CGU). Se o acordo prosperar, a BRF será a primeira companhia do país a reconhecer crimes contra a saúde.

Do ponto de vista da saúde humana, a presença de salmonela não é necessariamente um problema. Se a carne de frango for cozida de forma correta pelos consumidores, a bactéria morre. Ocorre que, por conta do maior risco de infecções intestinais, a legislação não permite a venda de frango in natura com a presença de dois tipos de salmonela: Enteritidis e Tifimurium.

No caso dos lotes de frango do recall da BRF, a presença de Enteritidis foi detectada após testes de laboratório da própria empresa. Na prática, produtos com a presença desses dois tipos de salmonela só poderiam ser comercializados se tivessem sido cozidos na própria fábrica, e vendidos como alimentos processados (salsicha e nuggets, por exemplo).

Em comunicado, a BRF informou ter tomado as medidas necessárias para que o episódio seja pontual. "[A BRF] mantém a produção da planta de Dourados sob um processo rigoroso de manutenção e liberação dos produtos para assegurar que a ocorrência foi pontual e não se repetirá".

Ao Valor, um executivo com décadas de experiência em frigoríficos do Brasil e do exterior elogiou a transparência da BRF ao anunciar o recolhimento voluntário dos lotes de frango, em acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em contrapartida, argumentou que o problema em Dourados "mostra que a operação da BRF ainda está com falhas e gera prejuízos". Dados preliminares dariam conta de despesas de R$ 2 milhões para fazer o recall, disse uma fonte. Na B3, as ações da BRF caíram 3,22% ontem, a maior baixa do Ibovespa.

A despeito das críticas, o recolhimento de carnes devido à presença de salmonela não é incomum em grandes mercados, como nos Estados Unidos. No ano passado, a JBS teve de recolher 5,5 mil toneladas de carne moída produzida em Tolleson, no Estado do Arizona. A presença da bactéria foi associada à ocorrência de infecções intestinais em diversos

Estados, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência vinculada ao Departamento de Saúde dos EUA.

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Fonte: Valor Econômico

9. Pilgrim’s Pride registra prejuízo de US$ 8,2 milhões no 4º trimestre

A Pilgrim’s Pride, controlada pela JBS, teve prejuízo líquido de US$ 8,2 milhões no 4º trimestre de 2018, ante um lucro líquido de US$ 133,9 milhões no mesmo período do ano anterior, refletindo a pressão da ampla oferta de carne nos Estados Unidos. Neste cenário, os preços das carnes estão desfavoráveis aos produtores.

A companhia reportou ainda que o resultado líquido ajustado do trimestre ficou positivo em US$ 21 milhões, resultado 84% inferior ao do mesmo período do ano precedente.

Diante do mal resultado do último trimestre, o lucro líquido da Pilgrim’s Pride no ano foi 65,6% menor do que em 2017, somando US$ 246,8 milhões. O resultado líquido ajustado, por sua vez, ficou em US$ 317,8 milhões, queda de 55%.

A receita líquida da companhia recuou 3,1% no trimestre, para US$ 2,657 bilhões. Apesar do enfraquecimento das vendas no período, a receita líquida do ano superou a de 2017 em 1,6% e alcançou US$ 10,9 bilhões.

No trimestre, o lucro antes de juros, impostos e depreciação (Ebitda) ajustado recuou 53,9%, para US$ 111 milhões, e a margem Ebitda ajustada cedeu 4,6 pontos percentuais, para 4,2%. O desempenho também foi menor no acumulado do ano, dado que o Ebitda ajustado de 2018 ficou 42,5% abaixo do registrado no ano anterior e somou US$ 798,2 milhões, enquanto a margem Ebitda ajustada caiu 5,6 pontos, para 7,3%.

Em comunicado, a companhia ressaltou que a estratégia de portfólio e a diversificação geográfica reduziram o impacto das condições de mercado “desafiadoras”, especialmente no mercado americano de carne de frango.

A Pilgrim’s Pride informou ainda que a integração da Moy Park, adquirida da própria JBS em 2017, está “melhor que o esperado”, e que as operações e a rentabilidade estão melhorando com a captura de sinergias, apesar do aumento do custo com ração decorrente da seca regional.

Para 2019, a companhia disse que pretende buscar potencial de crescimento e diferenciação de produtos.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Etanol de milho avança

Enquanto a colheita de cana está suspensa para que as usinas realizem manutenções sazonais normais na entressafra, a produção de etanol a partir do processamento de milho está a todo vapor. Em janeiro, as indústrias que produzem o biocombustível acrescentaram à oferta nacional quase 100 milhões de litros, volume que superou a produção marginal de etanol de cana das poucas usinas de cana em operação.

Na segunda quinzena de janeiro, foram produzidos 50,8 milhões de litros de etanol de milho - igual ao produzido a partir da cana -, ou 60% da produção total do biocombustível na região Centro-Sul do país, conforme o último relatório da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica). Na primeira quinzena, o etanol de milho respondeu por 65% da produção, somando 45,82 milhões de litros.

De acordo com a Unica, oito unidades de produção de etanol de milho estavam em operação na segunda metade de janeiro. Das unidades em operação atualmente, apenas uma produz etanol exclusivamente a partir do milho - as demais utilizam o grão enquanto não operam com a cana.

A oferta adicional de etanol das indústrias que usam o grão como matéria-prima ocorre em um momento em que a disponibilidade do biocombustível é recorde no Centro-Sul - assim como a demanda. A produção de etanol de milho, no entanto, está concentrada no Centro-Oeste, próxima da produção da matéria-prima.

As compras de milho dessas indústrias devem ser um dos direcionadores da demanda interna de milho nesta temporada 2018/19, conforme destacou a Conab no relatório de safra que divulgou na terça-feira. A estatal manteve sua estimativa para o consumo interno em 62,5 milhões de toneladas, 4,4% mais que na safra passada. Segundo a Conab, parte desse avanço será puxada pela demanda para a produção de etanol de milho.

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Fonte: Valor Econômico

11. Leilão de biodiesel

No último leilão de biodiesel da ANP, realizado na segunda-feira, o preço médio do combustível caiu 11,4% em relação ao leilão de dezembro, para R$ 2,33 por litro. Trata-se do menor valor dos últimos 18 meses. Conforme o Ministério de Minas e Energia, foram vendidos 977 milhões de litros para abastecimento do mercado entre março e abril. A estimativa é que o diesel B10, com a mistura obrigatória de 10% de biodiesel, seja vendido 3 centavos mais barato nos postos do país por causa da queda de preço no leilão.

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Fonte: Valor Econômico

12. Cofco International está de olho em ativos de açúcar no Brasil, diz executivo

A Cofco International, braço comercial do grupo estatal chinês de alimentos Cofco, quer investir em ativos de açúcar no Brasil, disse nesta quarta-feira o presidente de Global Softs da empresa, Marcelo de Andrade.

"Agora estamos procurando mais no Brasil", disse ele nos bastidores de uma importante conferência sobre açúcar em Dubai. "Se eu puder encontrar ativos baratos, sim (pode haver negócios), mas não estou com pressa de comprar."

Andrade disse que a empresa teve um bom desempenho em 2018 em açúcar, café e algodão, as três commodities que ele supervisiona, impulsionada pela redução das equipes de trading.

Quando você tem muitos operadores e quando eles não negociam, eles não cobrem o custo e você perde dinheiro, mas, no nosso caso, nossa equipe é menor e mais enxuta e nós não temos essa pressão e podemos esperar (pelas melhores oportunidades) ", disse ele.

Ele disse que a empresa também corre menos riscos.

"Quando nós tomamos um risco, nós só tomamos o risco onde temos uma perspectiva muito boa", disse ele.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

Grãos e Grandes Culturas

13. Com compradores cautelosos, liquidez de algodão é limitada

Compradores consultados pelo Cepea se mantêm cautelosos nas aquisições de pluma no mercado spot, trabalhando com o produto já contratado e/ou ofertando valores inferiores aos pedidos por vendedores. Assim, apenas alguns fechamentos têm sido captados no spot, ora com o comprador sendo flexível quanto à qualidade, ora o vendedor cedendo quanto ao preço.

Vale ressaltar, no entanto, que muitos vendedores com pluma de melhor qualidade seguem firmes nos preços pedidos, enquanto outros permaneceram retraídos, apenas cumprindo entregas de contratos. Nesse cenário, entre 5 e 12 de fevereiro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, fechou a R$ 2,9416/lp na terça-feira, 12, estável (+0,05%) em relação à semana anterior.

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Fonte: Cepea/Esalq/Agrolink

14. Mato Grosso aumenta exportações de soja mas receita é menor em 2019

Mato Grosso terminou janeiro exportando 337 mil toneladas de soja. Segundo relatório do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgado na última semana, houve acréscimo de 6,46% em relação ao mês de dezembro e aumento de 4,38 pontos percentuais na participação sobre o total embarcado pelo Brasil. No último mês, o Estado representou 15,6% de todo o volume de oleaginosa enviada ao exterior.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ao avaliar o relatório do ministério, apontou que os aumentos nos volumes embarcados não se traduziram em receitas maiores para os produtores mato-grossenses. Ao contrário, houve queda de 1,08% (também em relação a dezembro). Com isso, a receita obtida pelo Estado foi de aproximadamente US$ 125 milhões.

Em janeiro, ainda segundo o Imea, a China foi o principal destino da soja exportada por Mato Grosso, com 91,65% do total. O instituto aponta que o país asiático aumentou em 37,01% o volume comprado, passando de 226,05 mil toneladas em dezembro para 309,72 mil toneladas no último mês. “Dessa forma começa a janela de exportações que ganha ritmo a medida que a colheita no Estado avança”, destacou o Imea.

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Fonte: Só Notícias

15. Demanda forte valoriza soja brasileira

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea, os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quarta-feira (13.02) com preços médios da soja sobre rodas nos portos voltando a subir 0,81%, para R$ 78,02/saca, elevando o ganho de fevereiro para 1,22%. No interior, a média de preços subiu 0,66% para R$ 73,05/saca, elevando o ganho do mês para 1,11%.

“A alta de 1,05% no dólar e com nova compra de dois cargos de soja brasileira pela Sinograin, os prêmios de exportação de soja no Brasil estão se mantendo firmes, embora estáveis em relação ao dia anterior, quando subiram bastante. Além da demanda de exportação de farelo, há a maior demanda no mercado de carnes, neste momento”, informa o analista da T&F Consultoria Agroeconômica Luiz Fernando Pacheco.

FUNDAMENTOS

O padrão climático estabelecido sobre o Brasil e Argentina é mantido nas leituras atualizadas hoje, aponta a Consultoria AgResource: “Chuvas intensas são concentradas para todo o Centro-Oeste do Brasil, juntamente com o sul de Minas Gerais, todo o estado de São Paulo e o norte do Rio Grande do Sul, nestes próximos cinco dias. Mais de 85% das regiões brasileiras sojicultoras irão receber precipitações entre 15-70mm acumulados até o dia 18 de fevereiro”.

“Já para a Argentina e Paraguai o cenário é completamente oposto. As temperaturas elevadas e a falta de chuvas poderão limitar o progresso saudável da safra em ambos os países, caso este padrão permaneça por um longo período. A ARC alerta que os mapas trazem a volta das precipitações sobre a Argentina e Paraguai apenas após o dia 22 de fevereiro, podendo já ser contabilizado algum prejuízo decorrente das estiagens”, conclui a ARC Mercosul.

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Fonte: Agrolink

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