Clipping | Agribusiness | 21 de novembro
- Por: Juliane
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Conjuntura do Agronegócio
1. BNDES reabre linha para renegociação de dívidas agropecuárias
O BNDES informou que reabriu nesta segunda-feira, 12, a linha de renegociação de operações contratadas pelos programas agropecuários do governo federal operados com recursos do banco. As renegociações estavam suspensas desde o início do ano por causa da substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de Longo Prazo (TLP).
O Ministério da Fazenda já havia autorizado, em julho, o BNDES a renegociar as dívidas contratadas originalmente pela TJLP até 31 de dezembro de 2017. Segundo o BNDES, o banco vinha trabalhando desde então para implementar as novas condições, sobretudo em relação aos trâmites para equalizar as taxas de juros, em seus sistemas de tecnologia da informação.
Os produtores só podem renegociar cada operação até duas vezes durante sua vigência. Podem ser renegociadas as parcelas com vencimento no ano civil e prorrogado o vencimento final do contrato em até um ano, mantidas as demais condições financeiras pactuadas. Os pedidos de renegociação devem ser acompanhados de informações técnicas que permitam aos bancos credenciados pelo BNDES comprovar os motivos da incapacidade de pagamento e seu impacto na renda do produtor rural.
As operações de financiamento poderão ser contratadas com os 55 agentes financeiros (bancos públicos, privados, de cooperativas, de montadoras de veículos, agências de fomento e cooperativas de crédito) credenciados para operar com recursos do BNDES. Os agentes podem solicitar novas garantias e são responsáveis pela análise e aceitação dos pedidos de renegociação.
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Fonte: Valor Econômico
2. Mecanização muda perfil tecnológico do campo paulista
Impulsionada na década passada pelo protocolo que proibiu a queima de cana-de-açúcar, a mecanização da colheita da matéria-prima mudou de vez o perfil tecnológico do campo paulista, confirma o Levantamento das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo (Lupa), em fase de finalização pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculados à Secretaria da Agricultura.
O trabalho mostra que, dentro de um universo de 334.741 de Unidades de Produção Agropecuária (UPAs) espalhadas pelo Estado na temporada 2016/17 (3,1% mais que em 2007/08), 117.723 recorriam à colheita mecânica, duas vezes mais na mesma comparação (57.473). O total não inclui apenas propriedades canavieiras, mas é composto sobretudo por elas, os motores do agronegócio paulista.
Em contrapartida, o número de UPAs com colheita manual, dedicadas principalmente a frutas cítricas e café, encolheu de 209.003 para 156.656 na comparação. “Certamente, há UPAs dedicadas a cultivos que manterão o procedimento manual para colheita, a exemplo de olerícolas e frutas”, pondera o Lupa 2016/17, espécie de censo agropecuário de São Paulo.
Em termos de área, a colheita mecânica passou a ocupar 8,980 milhões de hectares em 2016/17, ante 4,464 milhões em 2007/08, ao passo que a manual recuou de 209 mil hectares em 2007/08 para 156,6 mil em 2016/17. O levantamento mostra que a área rural ocupada total diminuiu de 20,5 milhões de hectares para 20,3 milhões na mesma comparação. E que houve flagrante redução das áreas de pastagens e mesmo de culturas perenes — em parte graças à maior eficiência proporcionada pela mecanização —, que permitiu o avanço de áreas ocupadas por culturas temporárias como grãos, reflorestamento e vegetação natural.
Ainda em relação ao perfil tecnológico, o Lupa 2016/17 aponta que, na comparação com 2007/08, houve aumentos das áreas de produção de grãos que recorrem ao plantio direto (de 759 mil para 1,819 milhão de hectares) e à irrigação (de 15,8 mil para 20,5 mil hectares). “Também foi notável [40,8%, para 12.395] a expansão do número de UPAs que passou a adotar o manejo integrado de pragas no período. O emprego dessa tecnologia comporta maior grau de sustentabilidade ambiental, uma vez que permite ajuste preciso do tratamento fitossanitário, trazendo, adicionalmente, vantagens econômicas devido ao menor uso de insumos”, realça o trabalho.
Entre outras tantas informações, o Lupa mostra que paralelamente ao avanço do uso de tecnologias nas lavouras, cresceu também a lista de agropecuaristas de São Paulo que acessam ferramentas de financiamento e proteção. O número de Unidades de Produção Agropecuária que recorreu a crédito rural saiu de 49.916 em 2007/08, para 79.518 em 2016/17, e no caso das contratações de seguro rural o rol passou de 10.926 para 28.267.
Nesse avanço do uso de tecnologias e de ferramentas de financiamento e proteção, pesou a evolução do grau de instrução dos produtores. Se em 2007/08 50.622 proprietários de UPAs tinham ensino médio completo, o número aumentou para 67.727. No caso de agropecuaristas com curso superior completo, o número registrou alta de 62.561 para 74.777. “Empregar novas soluções tecnológicas nos sistemas produtivos requer conhecimentos, por vezes, complexos. Houve acentuada queda nos níveis mais baixos de formação entre os agricultores paulistas. somados os sem instrução com aqueles apenas alfabetizados, a diminuição constatada foi de 71%”, afirma o trabalho.
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Fonte: Valor Econômico
3. Exportação do agronegócio do Brasil cresce 5,7% em outubro, diz ministério
As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram 8,48 bilhões de dólares em outubro, alta de 5,7 por cento em relação ao mesmo mês de 2017, impulsionadas pelos embarques de soja, celulose e carne bovina, informou o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira.
As vendas externas do complexo soja (grão, farelo e óleo) cresceram 78,8 por cento em relação a outubro de 2017, somando 2,62 bilhões de dólares, com os embarques do grãos seguindo fortes pela demanda da China.
"A maior parcela desse valor foi gerada pelas exportações de soja em grãos, que alcançaram volume recorde para todos os meses de outubro com 5,35 milhões de toneladas (+115,1 por cento), o que resultou em uma cifra também recorde para o mês de outubro de 2,11 bilhões de dólares (+124,2 por cento)", disse o ministério.
As vendas de carnes totalizaram 1,35 bilhão de dólares no período, uma redução de 5 por cento ante o mesmo mês do ano anterior. Houve aumento de 3,5 por cento no volume comercializado, com 608 mil toneladas.
O principal item negociado no mês foi a carne bovina, com 619 milhões de dólares (+3,3 por cento).
Em relação à quantidade, verificou-se novo recorde de comercialização da carne bovina in natura para os meses de outubro, com 136 mil toneladas negociadas, segundo o ministério.
Em terceiro lugar no ranking dos setores do agronegócio que mais exportaram em valor, os produtos florestais registraram a soma de 1,12 bilhão de dólares, com crescimento de 10,2 por cento ante mesmo mês do ano anterior. O principal produto negociado foi a celulose.
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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas
Insumos
4. Tereza Cristina defende mais recursos para seguro rural
Diante do cenário de aperto fiscal no país, a futura ministra da Agricultura, a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), estuda um modelo de financiamento ao agronegócio em que o Tesouro reduziria o volume de recursos destinados ao custeio agrícola, realocando parte dele para subsidiar o seguro rural.
Com a proposta, ela quer atacar um problema apontado como um dos maiores gargalos do setor agropecuário. O orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) dificilmente ultrapassa a casa dos R$ 400 milhões e, não raro, sofre com contingenciamentos, sendo considerado insuficiente para proteger as lavouras brasileiras dos efeitos das intempéries. Hoje, apenas 10% da área plantada com grãos no Brasil tem alguma cobertura de seguro.
O aumento dos recursos para subsidiar o seguro rural seria um estímulo para os bancos privados ampliarem a oferta de crédito a produtores e a empresas do setor agrícola, disse a futura ministra em entrevista exclusiva ao Valor. O Banco do Brasil lidera atualmente os financiamentos ao setor rural e tem cerca de 60% desse mercado.
“Talvez a gente não tenha recursos suficientes para fazer custeio e seguro de safra. Então, tendo a garantia da apólice de seguro com mais recursos, acho que os bancos privados vão aumentar o volume de crédito na agricultura, porque aí não corre o risco do clima”, disse.
A proposta está sendo analisada pela equipe de transição do governo e deve ser amadurecida e apresentada nas próximas semanas ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente eleito Jair Bolsonaro.
A deputada, que já enfrenta uma rotina cheia de compromissos da transição de governo com uma equipe de cinco técnicos, defende outras mudanças no sistema de financiamento rural no país. Ela disse que o ministério, sob seu comando, vai propor um manual de crédito rural mais simplificado e menos burocrático, e tentar aprovar uma Lei Plurianual para a agricultura, com um orçamento planejado para um período de cinco safras, nos moldes da “Farm Bill” americana.
Para isso, a futura ministra conta com o apoio da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), a bancada ruralista do Congresso, a qual presidirá até o fim de dezembro e que bancou sua indicação para o cargo.
Apesar de ter se reduzido a menos da metade nas eleições de outubro –– dos 242 deputados e senadores que tentaram a reeleição, 117 obtiveram sucesso ––, a bancada ruralista vem ganhando influência não só no Legislativo como no Executivo e já reivindica mais espaço no futuro governo, podendo participar da escolha do ministro do Meio Ambiente.
Para Tereza Cristina , a bancada terá ainda mais importância nos primeiros anos da nova legislatura, quando entrarão em debate projetos como o da reestruturação da defesa agropecuária, o que flexibiliza o registro de agrotóxicos e o que revisa a lei para o licenciamento ambiental.
Ela acredita que os ruralistas poderão se consolidar como base aliada de Bolsonaro no Congresso, votando com o governo projetos de lei não só de interesse do agronegócio. Além disso, avalia que há deputados derrotados nas eleições qualificados para secretarias do Ministério da Agricultura ou outras funções na Esplanada. “Acho que o presidente mostrou uma vontade enorme de fortalecer a Frente quando pediu para indicar um nome. Então isso é uma demonstração de que ele quer uma parceria não só técnica como também política”, ressaltou ela.
Segundo a futura ministra, o governo Bolsonaro tem um plano para o Ministério da Agricultura, que vem sendo desenhado desde a campanha presidencial e inclui maior abertura comercial para o agronegócio, fortalecimento de pequenas cadeias produtivas, melhoria do ambiente de negócios e maior estímulo à produção agrícola no Nordeste.
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Fonte: Valor Econômico
5. Heringer teve prejuízo de R$ 117,4 milhões no terceiro trimestre
Conforme relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no acumulado de janeiro a setembro, o prejuízo líquido da empresa brasileira alcançou R$ 441,451 milhões, 331% maior que a perda de R$ 102,425 milhões de igual intervalo de 2017.
A receita líquida da companhia chegou a R$ 1,186 bilhão entre julho e setembro, resultado 20% menor que um ano antes. Com os números do trimestre, a receita líquida atingiu R$ 2,464 bilhões no acumulado até setembro, baixa de 17,2%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Heringer ficou negativo em R$ 24,149 milhões no trimestre passado. No mesmo período de 2017, o Ebitda havia ficado positivo em R$ 14,745 milhões. A margem do terceiro trimestre deste ano ficou negativa em 2%.
De janeiro a setembro, o Ebitda acumulado ficou negativo em R$ 116,115 milhões, com margem negativa de 3,7%. Nos nove primeiros meses do ano passado, o Ebitda estava positivo em R$ 20,648 milhões.
As ações da companhia vêm sendo penalizadas nos últimos dias na B3. Nesta quarta-feira, os papéis da Heringer caíram 6,20%, sendo negociados a R$ 5,14.
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Fonte: Valor Econômico
6. Expectativa de mais negócios no mercado de terras em 2019
Embora os preços das terras agrícolas tenham continuado a apresentar oscilações expressivas em algumas regiões do país em 2017, as incertezas políticas e econômicas que marcaram a cena nacional frustraram a expectativa de retomada de negócios. É o que aponta o "Agrianual 2019 - Anuário da Agricultura Brasileira", publicação da IEG FNP que começou a circular esta semana.
Ao Valor, Márcio Perin, analistas em terras da Informa FNP, Roberto Souza, diretor técnico da consultoria, e Victor Carvalho, gerente do Agrianual, afirmaram que o comportamento desse mercado não mudou em 2018, mas que esperam uma retomada de transações a partir de meados do ano que vem, desde que a economia confirme as expectativas e apresente reação mais palpável."
"No início de 2018 havia a expectativa de que o mercado de terras poderia iniciar um processo de recuperação, com melhora de liquidez dos negócios e aumento dos preços. Entretanto, o que se observou no primeiro semestre do ano foi o agravamento da instabilidade política, reforçada por incidentes como a greve dos caminhoneiros, que desencadeou deficiências de abastecimento por todo país", afirma a publicação.
Em tempos de conjuntura nebulosa, lembra Márcio Perin, normalmente a terra se torna um "ativo de segurança, a última coisa que um produtor rural vende". Daí as poucas notícias de negócios efetivamente fechados em 2017 e 2018. Mas também não houve transações com grandes descontos como algumas observadas em 2015 e 2016. "Havia um temor de que essa tendência fosse se generalizar, e apesar de o setor agrícola ter navegado por águas turbulentas a espiral negativa não aconteceu", afirma ele.
Particularmente no segmento de soja, observa, os bons preços e a rentabilidade produtiva no campo diminuíram a pressão por negociações forçadas, aliviando a sensação de que haveria uma multiplicação de pedidos de recuperação judicial por parte de empresas de produtores rurais. Houve alguns casos, é verdade, mas a marola não se transformou em uma onda. "Foram mais raios e trovões do que chuvas", compara o analista.
Mas, apesar das raras compras e vendas, os valores das terras agrícolas continuam a subir e descer. Segundo o Agrianual, a maior valorização de 2017 foi registrada em áreas de média capacidade de produção de café em Barra da Estiva, na Bahia, onde o hectare alcançou, em média, R$ 5.583, 40% mais que em 2016. Áreas de pastagens nos municípios de Castanhal, no Pará, e Gaúcha do Norte, em Mato Grosso, e áreas de grãos em Boa Vista e Bonfim, em Roraima, também registraram valorização de mais de 30%.
Também houve fortes quedas. Áreas de cerrado em Vilhena, em Rondônia, tiveram desvalorização de 19% em relação a 2016, para uma média de R$ 2 mil por hectare. Pastagens em Janaúba, em Minas Gerais, Crateús, no Ceará, e Pimenta Bueno, em Rondônia, além de uma região de floresta amazônica em Ariquemes, também em Rondônia, perderam entre 14% e 17% de seus valores nominais, conforme levantamento que consta na publicação.
Na maioria dos casos, explica Perin, o valor nominal da terra agrícola acompanha os preços das commodities, reflete a repetição de boas ou más condições climáticas e "precifica" a infraestrutura logística à disposição em uma determinada região. Mas há correções e ajustes que independem desses fatores. Podem ser provocados, por exemplo, pela construção de um condomínio residencial próximo ao perímetro urbano de um polo de produção agropecuária. Ou simplesmente por um banho de realidade.
No balanço parcial da FNP sobre o comportamento dos preços nos dez primeiros meses deste ano, a maior valorização em outubro foi registrada em uma área de produção de café arábica em Vitória da Conquista, na Bahia: 33,3% em relação ao mesmo mês de 2017, para R$ 8 mil por hectare. No polo de grãos de Unaí, em Minas Gerais, houve alta de 26,7%, para R$ 19 mil por hectare, e o terceiro maior avanço - de 25%, para R$ 5 mil - foi numa região de olericultura em Irecê, na Bahia.
Na contramão aparecem áreas de pastagem formada em Alagoinhas, na Bahia (queda de 12,5% em outubro, para R$ 3,5 mil por hectare), e de cerrado em Tangará da Serra e Pontes e Lacerda, em Mato Grosso - baixas de 12,5% e 12%, respectivamente, para R$ 3,5 mil e R$ 2,2 mil por hectare. "Em 2019, será página virada. A expectativa do mercado é de continuidade das reformas nos primeiros meses do próximo governo, o que pode ajudar a destravar o mercado de terras. Mas também será preciso entender quais serão as políticas voltadas ao setor e à infraestrutura", afirma Perin.
Outro ponto que ajuda a conter as transações e que poderá ter alguma definição na era Bolsonaro é a compra de terras por estrangeiros. "Há novos rumores de flexibilização, só que também precisamos esperar um posicionamento mais claro do presidente eleito e do novo Congresso sobre a questão. Há grande expectativa, mas também muita gente já cansada de esperar", diz o analista. Bilionário, o mercado de terras agrícolas carece de dados consolidados sobre transações efetivamente realizadas, uma vez que as transações são registradas em cartórios espalhados por todo o país.
Notícia na íntegra.Fonte: Valor Econômico
Proteína animal
7. Pilgrim's disputa ativos da BRF na Europa e Tailândia
A americana Pilgrim's Pride, empresa de carne de frango controlada pela JBS, é uma das cinco interessadas que continuam na disputa para adquirir os ativos que a BRF pôs à venda na Europa e na Tailândia, disseram duas fontes ao Valor. A informação foi antecipada na quarta-feira pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor. Procurada, a BRF não comentou. A JBS não respondeu.
A Pilgrim's foi uma das oito empresas que fizeram propostas não vinculantes pelos ativos da BRF na Tailândia e Europa, apurou a reportagem. Das oito, a BRF escolheu cinco para seguir no processo. Conforme o cronograma divulgado semana passada pela BRF, os interessados devem fazer suas ofertas vinculantes até 15 de dezembro. O banco Morgan Stanley assessora a BRF na venda dos ativos.
Segundo uma fonte, a Pilgrim's não fez a melhor proposta, mas os valores podem ser alterados na oferta vinculante, se de fato for feita. Em relatório divulgado em julho, o BTG Pactual estimou que a BRF gastou US$ 463 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) nas aquisições que resultaram na plataforma que a companhia brasileira tem na Tailândia e na Europa.
Em teleconferência com analistas na quarta-feira, o executivo-chefe de operações da JBS, Gilberto Tomazoni, disse que a Pilgrim's avalia aquisições. O executivo não revelou os alvos. "A Pilgrim's tem olhado aquisições. É uma coisa que não depende de nós", disse Tomazoni, sustentando que as decisões da Pilgrim's são independentes. Tomazoni preside o conselho de administração da empresa de frango, que tem ações listadas na Nasdaq.
No ano passado, a Pilgrim's adquiriu, da própria JBS, a irlandesa Moy Park. Com isso, ingressou no mercado europeu de aves. Se vencer a concorrência pelos ativos da BRF, fortalecerá sua posição na Europa e chegará à Ásia, a região do planeta onde a demanda por carnes mais cresce.
Indiretamente, a aquisição dos ativos da BRF pela Pilgrim's também fortaleceria a Seara, empresa brasileira de carne de frango controlada integralmente pela JBS.
Os ativos da BRF na Europa incluem uma rede de distribuição ampla que, antes da dona das marcas Sadia e Perdigão ser proibida de exportar carne de frango do Brasil ao continente europeu, tinha fundamental importância para a empresa.
Se a Pilgrim's fizer a aquisição, a Seara poderá ampliar sua presença no mercado europeu. No terceiro trimestre, a participação do bloco europeu nas exportações já aumentou, disse Tomazoni, na teleconferência. No período, 14% das exportações tiveram como destino a Europa. No terceiro trimestre do ano passado, essa fatia foi de 11%. A BRF foi proibida de exportar para a União Europeia em abril.
Para a BRF, a venda casada das operações na Europa e na Tailândia é essencial, uma vez que as duas operações são interligadas. A carne de frango cozida produzida na Tailândia é quase que toda exportada para a Europa.
A venda dos ativos faz parte do plano da BRF para obter R$ 5 bilhões neste ano e assim reduzir seu elevado índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado), que atingiu 6,7 vezes em setembro. O objetivo da gestão Pedro Parente é reduzir esse índice para 4,35 vezes até dezembro.
Com a venda das operações na Europa, na Tailândia e também na Argentina, a BRF pretende angariar R$ 3 bilhões. Para completar os R$ 5 bilhões, a empresa aposta em medidas como a diminuição dos estoques (o que reduz capital de giro) e a antecipação de R$ 750 milhões em recebíveis.
Na quarta-feira, as ações da BRF subiram 1,6% na B3, a R$ 20,09. Na esteira da divulgação do balanço do terceiro trimestre, que foi considerado "excepcional" por analistas, as ações da JBS dispararam, liderando o Ibovespa com valorização de 15,7%, a R$ 11,40.
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Fonte: Valor Econômico
8. IPO nos EUA é prioridade da JBS, mas depende das condições de mercado
A listagem da JBS Foods Internacional na bolsa de Nova York segue como uma prioridade para a JBS, afirmou hoje o presidente do conselho de administração da companhia, Jerry O’Callaghan, em teleconferência com analistas.
“A companhia, há vários anos, busca ter uma listagem mais adequada à realidade das das atividadesç. Temos algo próximo de 60% oriundo das atividades que a gente tem na América do Norte”, argumentou Jerry.
O executivo ponderou que o IPO da subsidiária, que responde por mais de 80% das vendas da JBS, depende das condições de mercado, em um indicativo de que a tão aguardada listagem da empresa na bolsa americana não deverá ocorrer no primeiro semestre de 2019.
O executivo não fez alusão ao atual momento, mas o cenário é bastante negativo para as empresas de carnes com ações listadas nas bolsas americanas.
No acumulado deste ano, as ações da Tyson Foods, por exemplo, recuaram 28,2% na bolsa de Nova York. Os papéis da Pilgrim’s, controlada pela JBS, caíram 38% na Nasdaq.
As empresas de carnes têm sido afetadas pelo cenário de produção recorde de carne nos Estados Unidos, que reduziu os preços no país.
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Fonte: Valor Econômico
9. JBS USA faz acordo de US$ 4 milhões para encerrar ações trabalhistas
A JBS USA, subsidiária responsável pelas operações da JBS nos Estados Unidos, chegou a um acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA para encerrar duas ações trabalhistas nas quais a empresa era acusada de discriminação racial e de gênero nos processos de contratação das unidades que a JBS em Hyrum (Estado de Utah) e em Cactus, no Texas.
Embora sem assumir culpa, a JBS USA pagará US$ 4 milhões em indenizações para encerrar os processos, informou o Departamento do Trabalho dos EUA, em nota divulgado ontem. A JBS USA também concordou em contratar um consultor independente para avaliar o processo de contratação para as áreas de produção de todos os frigoríficos do grupo.
Procurada, a JBS negou veementemente ter discriminado funcionários. “Como uma das organizações com maior diversidade dos Estados Unidos, representada por mais de 80 nacionalidades em seus 65 mil funcionários nos EUA, a discriminação simplesmente não faz parte da cultura da JBS USA”, informou a companhia, em comunicado à imprensa.
A JBS USA ponderou que, embora negue as acusações, “mais pode ser alcançado” por meio de parcerias. O acordo firmado seria uma parceria nesse sentido, informou a empresa.
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Fonte: Valro Econômico
Agroenergia
10. Superávit global de açúcar deve cair para 2,2 milhões de toneladas
A Organização Internacional do Açúcar (OIA) fez uma redução expressiva em sua estimativa para o superávit global de açúcar na safra 2018/19, iniciada em outubro. Em sua segunda projeção para a temporada, a organização previu que o excedente será de 2,2 milhões de toneladas - anteriormente a estimativa era de 6,747 milhões de toneladas.
A revisão para baixo é reflexo das reduções nas estimativas de produção para Brasil, Índia, União Europeia e Paquistão. Agora, a OIA avalia que a produção global de açúcar desta safra será menor do que na anterior, de 180,488 milhões de toneladas, ante 182,703 milhões de toneladas estimadas para a temporada passada.
Para o Brasil, a OIA projetou que a produção desta safra deverá ser de 31,8 milhões de toneladas (ante 31,9 milhões de toneladas estimadas em 2017/18). Estimou ainda que o país deve exportar 20,8 milhões de toneladas de açúcar (ante 22,9 milhões de toneladas na safra passada). Para a Índia, a projeção é de uma produção de 32 milhões de toneladas, ante 32,250 milhões de toneladas na safra passada, e para a União Europeia (UE) de 17,9 milhões de toneladas, ante 19,681 milhões de toneladas produzidas em 2017/18.
A organização estimou que o consumo global deve ter crescimento menor do que na safra passada. Foi de 1,73% em 2017/18 e deve ficar em 1,65% neste ciclo. Essa taxa está “em linha” com o ritmo médio de crescimento dos últimos dez anos, de 1,67%, avaliou a OIA. O consumo global, assim, deve alcançar 178,316 milhões de toneladas nesta safra.
Como a OIA ainda avalia que esta safra será de excedente, o volume de açúcar nos estoques deve continuar a crescer. Em sua nova projeção, os estoques finais da commodity totalizarão 93,363 milhões de toneladas, ante 92,245 milhões de toneladas na safra passada.
No entanto, dado o ritmo de crescimento estimado para o consumo, a relação entre estoque e uso deve cair de 52,58% na safra passada para 52,36% nesta.
A OIA ainda ajustou para baixo sua estimativa para o superávit de açúcar na safra 2017/18 em 1,317 milhão de toneladas, para 7,280 milhões de toneladas.
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Fonte: Valor Econômico
11. Adecoagro investe para ampliar capacidade de armazenagem de etanol
A companhia argentina Adecoagro, listada na bolsa de Nova York, está investindo R$ 21,2 milhões na construção de quatro tanques de estocagem de etanol em suas usinas brasileiras, em linha com recentes investimentos para aumentar a moagem de cana-de-açúcar e ante os esforços para maximizar a produção do biocombustível.
Em teleconferência com analistas nesta sexta-feira, Renato Junqueira, diretor de Açúcar, Etanol e Energia da Adecoagro, afirmou que a capacidade de estocagem de etanol deve aumentar 43% com esses aportes. Atualmente, as três usinas que a companhia tem no Brasil têm capacidade para estocar 177 mil litros do produto, e passará a 257 mil litros quando o investimento estiver concluído.
Segundo Junqueira, a maior capacidade de estocagem serve “para evitar vender etanol no pico da safra”, quando os preços estão mais baixos com a oferta abundante. Em relatório de resultados, divulgado ontem, a Adecoagro ressaltou que as vendas poderão ser postergadas por três a seis meses, ocorrendo no período de entressafra do Centro-Sul.
No último trimestre (encerrado em 30 de setembro), a Adecoagro registrou lucro líquido de US$ 3,5 milhões, ante prejuízo no mesmo período do ano passado, e receita líquida de US$ 202,2 milhões, queda de 21%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do negócio de cana caiu 13,9%, para US$ 64 milhões.
Atualmente, as usinas da companhia já têm uma capacidade elevada de produção de etanol, com um mix que chega a 75% do volume de cana processada. Com recentes ajustes na Usina Ivinhema, localizada no município de mesmo nome, em Mato Grosso do Sul, o mix deve ir para 80%.
Neste ano-safra (a Adecoagro considera como safra o período de janeiro a dezembro) , a companhia processou 8,6 milhões de toneladas de cana, 7,1% a mais do que no mesmo período do ano passado. Para Junqueira, a moagem de cana deste ano deve ser 5% menor do que a estimada inicialmente por causa das chuvas recentes, que superaram a média histórica.
“Mas o clima melhorou a perspectiva para a próxima safra, especialmente para o primeiro trimestre de 2019 [de janeiro a março]”, afirmou o executivo. A Adecoagro praticamente não realiza parada para manutenção, processando cana também nesse período. Em sua estimativa, 90% da cana que deixará de ser processada neste ano deve ser moída no ano que vem.
Notícia na íntegra.
Fonte: Valor Econômico
12. Empresa de equipamentos planeja fazer oferta por usina da Renuka no PR
A Teston, empresa do Paraná que fabrica e comercializa equipamentos para a colheita de cana, pretende apresentar um lance no leilão da Usina Vale do Ivaí, controlada pela indiana Renuka Vale do Ivaí, que está em recuperação judicial desde 2015. A informação, antecipada pela Reuters, foi confirmada pelo Valor.
Segundo uma fonte a par do processo ouvida pela reportagem, até o momento, a companhia paranaense, que é credora da Renuka do Brasil, é a única que manifestou interesse em participar do leilão judicial da usina localizada em São Pedro do Ivaí (PR), no dia 18 de dezembro. O edital do leilão não prevê um lance mínimo para a unidade produtiva isolada (UPI, que não carrega passivos).
A companhia que adquirir a usina, porém, terá que fazer investimentos adicionais na indústria e na parte agrícola para recuperar a produtividade da operação, segundo a mesma fonte. Atualmente, a Usina Vale do Ivaí conta com uma oferta de 3 milhões de toneladas de cana em seu entorno.
O leilão da unidade do Paraná ocorrerá no mesmo dia do leilão da Usina Revati, localizada em Brejo Alegre (SP), da Renuka do Brasil, que também está em recuperação judicial. As duas companhias são controladas pelo grupo indiano Shree Renuka Sugars.
Até o momento, o fundo Castlelake, que tem foco em ativos “podres”, foi o que mais apresentou interesse na Usina Revati e foi quem negociou com a empresa e os credores os termos do plano e do edital de venda, conforme já informou o Valor. Conforme a fonte, mais dois fundos indicaram que podem participar do leilão da unidade, mas não chegaram nem a consultar os dados da unidade.
Diferentemente da Usina Vale do Ivaí, a Usina Revati não operou nesta safra (2018/19). Para colocá-la em operação, o comprador terá que fazer um aporte de pelo menos R$ 30 milhões na indústria para a manutenção dos equipamentos, além de investimentos na área agrícola, afirmou a fonte ao Valor. Se o comprador tiver caixa, a oferta de cana poderá garantir a operação, já que a maior parte dos fornecedores da região costumam vender cana no mercado físico (spot), sem contrato.
O plano da Shree Renuka Sugars é se desfazer de todos os ativos que detém no Brasil no longo prazo. A Usina Madhu, em Promissão (SP), a segunda que a companhia controla em São Paulo, tem a venda já prevista no plano de recuperação aprovada pelos credores. Já a venda da Usina Cambuí, em Marialva, a segunda unidade da companhia no Paraná, não está prevista no plano, mas a expectativa é alienar o ativo no futuro, afirmou a fonte.
Notícia na Íntegra.
Fonte: Valor Econômico
Grãos e grandes culturas
13. EUA reclamam na OMC de subsídios da Índia a produtores de algodão
Bastou a Índia elevar suas exportações de algodão para a China, ocupando espaço que era de produtores americanos, para os Estados Unidos alvejarem os indianos na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Esta semana, o governo de Donald Trump reclamou no Conselho de Bens da OMC que os subsídios que a Índia vem dando a seus produtores de algodão excedem amplamente o limite legal autorizado pela entidade global.
Como país em desenvolvimento, a Índia pode dar subsídios equivalentes a 10% do valor da produção. No entanto, pelos cálculos dos EUA, o país asiático deu subsídios entre 53,7% e 67,9% do valor da produção de 2010 a 2017.
Washington observa que a Índia é o segundo maior produtor agrícola do mundo, e tem um papel importante no mercado internacional do algodão. Desde 2006 é o segundo maior produtor da commodity, só atrás da China, e desde então continuou aumentando a produção.
A Índia é também o segundo maior exportador de algodão desde 2007, com pico de vendas de 2 milhões de toneladas em 2013. E a tendência é que amplie tanto produção como estoques, coincidindo com aumento das exportações.
A contestação de cifras apresentadas anteriormente pela Índia, num comitê da OMC, coincide com o aumento das exportações indianas para a China, depois que Pequim impôs sobretaxa de 25% sobre o produto vendido pelos EUA.
Os embarques indianos à China aumentaram de forma significativa recentemente. E a expectativa em Nova Delhi é aumentar em até cinco vezes as vendas para o mercado chinês no ano fiscal 2018/2019 que começa em outubro.
Além de se beneficiarem da demanda chinesa em decorrência da guerra comercial com os EUA, os exportadores indianos aproveitam a depreciação da rúpia para vender mais para o vizinho chinês.
Segundo os indianos, os estoques chineses de algodão diminuíram e o país voltou a ser um importador líquido para atender a demanda do setor têxtil.
Vietnã e Bangladesh são outros grandes compradores do algodão indiano. Enquanto isso, os EUA contabilizam perdas nas exportações e só resta mesmo reclamar.
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Fonte: Valor Econômico
14. Lucro da SLC Agrícola caiu 49,5% no 3º trimestre, para R$ 35,6 milhões
A SLC Agrícola, uma das maiores empresas produtoras de grãos do país, informou na noite de ontem que registrou lucro líquido de R$ 35,6 milhões no terceiro trimestre, uma redução de 49,5% na comparação com o lucro de R$ 70,5 milhões do mesmo período do ano passado.
No terceiro trimestre, a receita líquida da SLC totalizou R$ 408,4 milhões, queda de 11,1% na comparação com os R$ 459,6 milhões reportados um ano antes.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da SLC diminuiu 24,4%, para R$ 88,3 milhões. A margem Ebitda ajustada da companhia caiu 3,8 pontos percentuais, de 25,4% para 21,6%.vv
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Fonte: Valor Econômico
15. Gávea Investimentos reduz participação acionária na Terra Santa
A Gávea Investimentos informou que vendeu 532.930 ações ordinárias da Terra Santa Agro SA. Com isso, reduziu sua participação na companhia de 11,22% para 8,24%.
Em contrapartida, a gestora de recursos aumentou sua participação em instrumentos derivativos ligados à Terra Santa, de 2,97% para 5,95%. Assim, a exposição total dos fundos geridos pela Gávea na Terra Santa mantiveram-se em 14,19%.
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Fonte: Valor Econômico