Conjuntura do Agronegócio

1. Fim da isenção de ICMS para insumos deve gerar impacto de R$ 40 bi

A ameaça de governos estaduais em situação de emergência fiscal de cancelar o Convênio 100 do Conselho Nacional de Política Fazenda (Confaz), que desde 1997 isenta ou reduz o ICMS para diversos insumos agropecuários, provocaria um impacto de R$ 39,9 bilhões no custo de produção de 11 cadeias agropecuárias de nove Estados, segundo estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

No próximo dia 5 de abril, o Confaz, que reúne os 27 secretários estaduais de Fazenda, votará se prorroga ou cancela esse benefício fiscal, que já é oferecido por 22 anos para defensivos, fertilizantes e rações animais, que vence em 30 de abril. A área técnica do Confaz recomenda a prorrogação.

O convênio concede reduções na base de cálculo de ICMS nas operações interestaduais que variam de 30% a 60%, envolvendo a venda de inseticidas, fungicidas, herbicidas e também sobre farelo de soja, canola e milho quando utilizados para a fabricação de ração animal.

O setor sempre conseguiu convencer os governadores a renovarem o convênio tributário, que geralmente tem validade de seis meses ou, no máximo, um ano. Desta vez, porém, há um temor de que a crise fiscal mais acentuada nos Estados possa levar à não prorrogação do convênio e o consequente fim das isenções de ICMS.

Da última vez que o benefício foi prorrogado, no fim de 2017, somente o Rio de Janeiro havia decretado calamidade financeira. Contudo, agora já há sete Estados nessa situação, incluindo Mato Grosso e Rio Grande do Sul, tradicionais polos de produção agropecuária e que já vêm sinalizando nos bastidores serem contrários à prorrogação dos benefícios. Além dos Estados em calamidade pública, o governo de São Paulo também está apoiando o fim do benefício.

Renato Conchon, coordenador do Núcleo de Estudos Econômicos da CNA, explica que o estudo feito pela entidade conclui que a cobrança de impostos sobre esses insumos pode levar o produtor a repassar o custo para o preço final de seus produtos, com potencial de gerar um efeito inflacionário em alimentos e matérias-primas agrícolas. Nas contas da confederação, o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), indicador oficial de inflação no país, pode sofrer um aumento de 9,5% caso o benefício seja abolido.

“O Convênio 100 vai vencer em abril e, se não for prorrogado, o custo de produção vai subir de 8% a 11% para os agricultores. Para o pecuarista, representa um aumento de custo de 14%. Por isso a gente defende a manutenção do benefício e sua prorrogação por um período até maior, de três anos”, afirmou Conchon, durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara para debater o tema.

O secretário-executivo do Confaz, Bruno Pessanha, que não tem poder de voto no colegiado, disse que os secretários de Fazenda têm consciência da necessidade de continuar incentivando a agricultura no país, mas lembrou que as decisões do conselho precisam ser unânimes e dependem de análise técnica dos Estados. “Como é um convênio que já tem 22 anos, às vezes precisa de um aperfeiçoamento. Então é só definir um prazo novo, mas a análise será técnica”, declarou.

O deputado José Mário Schreiner (DEM-GO), que também é vice-presidente da CNA, lembrou que integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vêm mobilizando os secretários de Fazenda e governadores de seus Estados para que o benefício seja renovado. “Imagina se o agronegócio começar a não dar as respostas que o país espera?”, disse.

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Fonte: Valor Econômico

2. MP abre inquérito para apurar rompimento de barragem em Rondônia

O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) abriu um inquérito civil para apurar o rompimento de uma barragem em Oriente Novo, distrito do município Machadinho D'Oeste, a cerca de 350 quilômetros da capital Porto Velho, ocorrido na sexta-feira.

Segundo informações do MP-RO, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e das polícias Militar e Ambiental estiveram no local para avaliar os danos causados na região, que fica próxima ao município de Arquimenes (RO). O rompimento deixou 100 famílias isoladas, de acordo com a Polícia Ambiental de Rondônia.

A Agência Nacional de Mineração (ANM) foi notificada para que forneça os últimos relatórios de avaliação de segurança da barragem, que pertence à mineradora MetalMig. Ainda segundo o MP-RO, as licenças ambientais e de operação para o empreendimento estavam válidas.

A MetalMig alega que a barragem era composta somente por água e barro, não representando risco de contaminação do entorno por metais pesadas. A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia disse ontem que atividades de piscicultura e mineração de cassiterita são desenvolvidas na região, sendo necessária uma análise mais detida para determinar que tipo de resíduo foi despejado no meio ambiente.

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Fonte: Valor Econômico

3. França divulga programa para agricultura sustentável

A França divulgou seu programa prioritário de pesquisa de 30 milhões de euros para continuar seu movimento em direção à redução do uso de pesticidas. Chamado de 'Cultiver et Protéger Autrement', ou cultivando e protegendo diferentemente, em tradução literal, o programa se concentrará no uso de medidas de agroecologia, biocontrole e prevenção para proporcionar uma agricultura sustentável e de alto desempenho.

O governo informou que o pensamento por trás do programa é baseado em três princípios, que são a prevenção (profilaxia), melhor aproveitamento da agroecologia e repensar as cadeias de valor. No relatório resumido do programa, revelado na Feira Agrícola Internacional de Paris, em fevereiro, os autores observam que a proteção de cultivos, como praticada atualmente na França e no mundo, depende fortemente de abordagens curativas, usando produtos eficazes de proteção de cultivos.

O relatório observa que um dos princípios básicos da agroecologia é buscar maior biodiversidade funcional para melhorar a regulação biológica e os serviços ecossistêmicos. Esse aumento, acrescenta, deve ser considerado em diferentes escalas espaciais e em diferentes escalas de tempo. A agroecologia, diz, torna possível não simplesmente procurar alternativas aos pesticidas, mas empregar alavancas que aumentam a regulação biológica e limitam a presença de pragas.

O programa identificou dois cursos de ação: apela a projetos sobre vários temas e em diferentes ondas, focados nas "frentes da ciência" e ferramentas de estruturação, e eventos para a comunidade científica e setor agrícola.

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Fonte: Agrolink

Insumos

4. Rota 2030: Ministério da Economia recebe propostas de programas prioritários

A Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação (SDIC) do Ministério da Economia receberá propostas de programas prioritários de instituições interessadas em desenvolver programas de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação e de apoio ao desenvolvimento industrial e tecnológico para o setor automotivo, conforme regulamentação complementar do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística.

Nesta primeira fase, serão avaliadas apenas propostas de programas relacionados às seguintes linhas prioritárias:

• Incremento da produtividade da cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas

• Automatização de processos, conectividade industrial e manufatura avançada na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas

• Aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia de fornecedores do setor automotivo, incluindo máquinas agrícolas e rodoviárias autopropulsadas

• Fortalecimento da cadeia de ferramental e moldes destinados a produtos automotivos

• Estímulo à produção de novas tecnologias relacionadas a biocombustíveis, segurança veicular e propulsão alternativa à combustão

As propostas de programas prioritários devem ser encaminhadas pelas instituições interessadas para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., acompanhadas de documentação que comprove a experiência, e do Termo de Referência, constante do Anexo I da Portaria nº 86, de 12 de março de 2019.

A seleção de projetos prioritários ocorrerá em momento posterior por meio de chamamento público, conforme edital a ser definido pelo Conselho Gestor.

Conselho Gestor

A Portaria nº 86, publicada em 12 de março deste ano, disciplina o funcionamento do Conselho Gestor dos recursos a serem alocados em projetos e programas prioritários do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística.

O grupo, composto por representantes do Governo Federal, indústria automotiva, comunidade científica e representantes dos trabalhadores, é responsável por propor as diretrizes para utilização dos recursos, aprovar a classificação de projetos e programas de apoio ao desenvolvimento industrial e tecnológico para o setor automotivo e avaliar os resultados de programas e projetos desenvolvidos.

A primeira reunião do Conselho Gestor aconteceu no dia 22 de março.

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Fonte: MDIC/NovaCana

5. Benefícios dos bioherbicidas

Os bioherbicidas entraram em uso mais frequentemente depois que seus benefícios começaram a superar os problemas causados pelos herbicidas tradicionais e após, também, recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU). A partir disso, Lenda Nieto, uma ex-pesquisadora, afirma que os bioherbicidas não têm incompatibilidade com herbicidas sintéticos ou químicos, já que eles não são inibidos.

A pulverização mais adequada para as culturas pode ser feita por drones, por pulverizador traseiro ou plano. Nieto explica que "o bioherbicida mal chega, empoleira-se no tecido da planta e começa a agir às três ou quatro horas. Enquanto com o glifosato, por exemplo, começa-se a ver o efeito na planta após dez dias, porque a planta deve tomá-lo para a seiva, elevá-lo pelo dilema até que ele penetre toda a planta”.

A razão pela qual esse evento acontece é porque o bioherbicida entra em contato direto com a planta e o herbicida é sistêmico. Bioherbicidas são extratos de plantas diferentes, como gerânios ou urtiga, uma vez que produzem alelopatia para outras culturas. Isso, em termos mais autênticos, é que eles fazem as plantas que recebem a substância por meio da aspersão, morrem sem afetar as lavouras vizinhas.

"Os planos integrados de pragas e doenças devem ser levados em conta porque o bioerbicida geralmente tem que ser empregado como um integrador de um plano de manejo”, afirmou Deivis disse Suarez, coordenador do Uniagraria Research.

Ele explica que os produtos biológicos são aqueles que não possuem manipulação genética e lutam pela conservação da biodiversidade. Enquanto, os produtos orgânicos são aqueles que são usados para as melhores práticas ambientais, um exemplo disso é o uso de fertilizantes naturais.

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Fonte: Agrolink

6. Bayer recorrerá da decisão da Justiça dos EUA sobre o glifosato

A Bayer informou que vai recorrer da decisão da Justiça de San Francisco, na Califórnia, relacionada ao processo de um homem cujo caso de câncer foi associado ao uso do herbicida RoundUp, à base de glifosato. Em nota, a empresa diz se solidarizar com Edwin Hardeman, o autor da ação, e sua família, mas que está decepcionada com a posição dos jurados.

“Estamos decepcionados com a decisão do júri, mas esta deliberação não altera o peso de mais de quatro décadas de ciência extensiva e as conclusões de órgãos reguladores em todo o mundo que apoiam a segurança de nossos herbicidas à base de glifosato e que eles não são carcinogênicos. A Bayer apelará da decisão”, diz a nota.

No último dia 19 de março, a corte decidiu por unanimidade que o caso deve ir a julgamento. O próximo passo é a análise das evidências para saber se a Monsanto - dona da tecnologia do RoundUp e vendida para a Bayer - falhou na garantia de segurança do uso do produto. Se a empresa for responsabilizada, pode ser condenada a para indenizações.

“Este julgamento não tem impacto em casos futuros porque cada caso tem suas próprias circunstâncias factuais e legais. O júri neste caso deliberou por mais de quatro dias antes de chegar a uma conclusão, uma indicação de que, muito provavelmente, estava dividido sobre a evidência científica”, argumenta a empresa, no comunicado.

A Bayer afirma ainda que fará uma defesa vigorosa do uso do RoundUp. A multinacional defende que o glifosato tem sido usado com sucesso há mais de 40 anos e tem sido ferramenta valiosa para a agricultura sustentável. Acrescenta que agências regulatórias de várias partes do mundo atestam a segurança do produto, desde que seguidas as regras de aplicação.

A decisão judicial de San Francisco é mais um revés relacionado ao glifosato. Atualmente, a Bayer enfrenta cerca de 11,2 mil processos judiciais envolvendo o uso do RoundUp.

Em uma das ações de grande repercussão, a empresa foi condenada a pagar uma indenização de US$ 289,2 milhões a um ex-jardineiro que teve seu diagnóstico de câncer associado à exposição prolongada ao glifosato. Posteriormente, o valor da indenização foi reduzido pata US$ 78,5 milhões. A Bayer recorreu da decisão.

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Fonte: Globo Rrual

Proteína Animal

7. Lactalis mais perto de assumir Itambé

O tribunal arbitral que decidirá sobre a validade da venda da Itambé pela Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) à Lactalis concedeu uma antecipação de tutela (espécie de liminar) favorável à empresa francesa na disputa com a Vigor - que pertence à mexicana Lala -, segundo apurou o Valor.

A liminar em favor da Lactalis não é definitiva e uma decisão final deverá ser tomada no segundo semestre deste ano. Contudo, sinaliza a tendência de um desfecho favorável à empresa francesa.

A decisão permite que a Lactalis adote algumas medidas na Itambé, porém com salvaguardas até uma posição final, segundo fonte próxima ao caso. Mas cabe recurso e a tendência é que a Vigor caminhe nessa direção.

Dessa forma, a Lactalis pode, por exemplo, avaliar as sinergias que poderão ser feitas entre as duas empresas -- caso a compra seja definitivamente autorizada -, o que já é um bom adianto tendo em vista que já se passou mais de um ano do negócio.

Trata-se de mais um capítulo de uma longa batalha envolvendo as empresas. O desacordo teve início em 2017, depois que a Vigor - que pertencia ao grupo J&F - foi vendida para a mexicana Lala, por R$ 5,7 bilhões, em meio aos problemas gerados pela delação do controlador da holding, Joesley Batista, no âmbito da Lava Jato.

Em 2013, a Vigor adquiriu 50% da Itambé da CCPR, por R$ 410 milhões e o acordo de acionistas previa que a cooperativa tinha preferência na recompra dessa fatia em caso de venda da Vigor.

A CCPR optou por exercer esse direito, retomando o laticínio em 4 de dezembro de 2017. No dia seguinte, porém, anunciou a venda da Itambé à Lactalis, o que transformaria a francesa na líder em captação de leite no Brasil.

Para a Vigor, o acordo de acionistas foi descumprido, pois previa que era proibida a venda da Itambé para uma terceira empresa que fosse concorrente, como é caso da multinacional francesa.

A Vigor também defende que não foi respeitado o acordo de confidencialidade (NDA) em que Lactalis e outras empresas assinaram com a J&F quando fizeram propostas de compra pela Vigor, em meados de 2017. Pelo contrato, as empresas teriam de ficar dois anos sem negociar com a Itambé.

A CCPR afirmou, na ocasião, que a venda à Lactalis não descumpriu o acordo de acionistas, uma vez que este teria se encerrado quando a central voltou a controlar a Itambé. Procuradas pela reportagem, as empresas não se manifestaram.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. IPO nos Estados Unidos não é urgente, diz CEO da JBS

A tão esperada abertura do capital da JBS nos Estados Unidos pode demorar um pouco mais, indicou nesta sexta-feira o CEO global da companhia, Gilberto Tomazoni, em teleconferência com analistas. Embora a oferta na bolsa de Nova York seja um dos grandes objetivos da companhia, não é “não é uma questão de urgência”, argumentou o executivo.

“Nós temos um nível de alavancagem muito confortável. A questão é estratégica. É uma questão de qual é a estrutura de capital que pode trazer maior valor para o acionista”, afirmou.

Em 2018, a JBS reduziu a dívida bruta em cerca de US$ 2 bilhões. No fim do segundo trimestre de 2017, a dívida bruta da JBS somava US$ 18,6 bilhões. No fim de 2018, totalizava US$ 14,5 bilhões. A dívida líquida da companhia caiu de US$ 13,7 bilhões para US$ 12,2 bilhões, com relação entre dívida líquida e Ebitda — alavancagem — em 3,01 vezes. Ao fim de 2017, a alavancagem estava em 3,26 vezes.

“O IPO é uma das prioridades do Guilherme [Cavalcanti, diretor financeiro e de relações com investidores], mas não temos uma urgência para fazer isso”, disse Tomazoni, ressaltando que está buscando a melhor “arquitetura” que destrave valor aos acionistas.

A avaliação da JBS é que, com as ações listadas nos EUA, as operações da companhia estariam melhor representadas. Atualmente, mais de 75% do faturamento é gerado pelas operações fora do Brasil. Uma abertura de capital na bolsa de Nova York também daria a empresa maior acesso à liquidez.

Além disso, a listagem das ações nos EUA pode, na visão de analistas, aumentar o valor de mercado da companhia. Hoje, as ações da JBS são negociadas por um múltiplo (relação entre o preço da ação e o Ebitda projetado para 2019) da ordem de 5,5 vezes. Rivais listadas nos EUA, como Tyson Foods e Hormel Foods, são negociadas a um múltiplo superior a 8 vezes.

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Fonte: Valor Econômico

9. Uma janela de três anos para vender aos chineses

Além da Arábia Saudita, a rotina de Patricio Rohner, vice-presidente internacional da BRF, tem sido bastante consumida pela China, país estratégico para as pretensões da companhia brasileira no mundo.

Desde o início deste ano, o executivo argentino, que iniciou a carreira como vendedor da Sadia em Buenos Aires, responde também pelos negócios da BRF fora do Brasil, e não apenas no mundo muçulmano, como era até então.

Nesse processo, a China ganhou em importância para o executivo e para a BRF. No mês passado, o país asiático assumiu liderança no ranking dos principais importadores da carne de frango brasileira, desbancando ninguém menos que os tradicionais parceiros sauditas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa as agroindústrias.

No caso da China, o que tem chamado a atenção de Rohner é o surto de peste suína africana, que dizimou parcela relevante do plantel do país asiático. Cerca de 1 milhão de animais já foram sacrificados.

Ao Valor, Rohner ressaltou que a doença deixou de afetar apenas o preço da carne suína exportada pelo Brasil - a BRF é a maior agroindústria processadora de suínos do país -, e já se traduz em demanda mais firme tanto por carne suína quanto por carne de frango.

Dada a relevância da China no tabuleiro mundial da carne suína, com cerca de 50% do consumo total, não será possível abastecer a demanda de importações do país apenas com esse tipo de carne.

As últimas estimativas, como as do Rabobank, apontam para uma queda de 20% na produção chinesa de carne suína em 2019. De acordo com Rohner, a demanda do país asiático deverá ser maior que o normal por ao menos "três anos". Diante disso, ele considera inevitável que Pequim habilite mais frigoríficos do Brasil à exportação, ainda que a última tentativa dos frigoríficos brasileiros nesse sentido tenha fracassado, como já informou o Valor.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Vendas de etanol hidratado bateram recorde para mês de fevereiro

As vendas de etanol hidratado das distribuidoras aos postos de combustível alcançaram no mês passado 1,729 bilhão de litros, um recorde para os meses de fevereiro, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O último mês de fevereiro com melhor desempenho foi no ano passado, quando foram vendidos 1,242 bilhão de litros.

Na comparação anual, o crescimento registrado em fevereiro deste ano foi de 39%. No acumulado do primeiro bimestre deste ano, já foram vendidas 3,589 bilhões de litros, um avanço de 37% na mesma comparação.

O volume vendido em fevereiro só foi menor que dos seis meses anteriores, já que o Centro-Sul, principal região produtora, está agora em época de entressafra. Na comparação com janeiro, as vendas de fevereiro foram 7% menores.

Mesmo no Paraná, onde o etanol hidratado perdeu vantagem econômica em relação à gasolina no mês passado, as vendas superaram as do mesmo mês de 2018 em 45%, para 139,7 milhoes de litros, e só ficaram 5% abaixo do patamar de janeiro.

Em São Paulo, principal polo consumidor, a comercialização de etanol hidratado cresceu 36% na comparação com fevereiro do ano passado, alcançando 901,3 milhões de litros — queda de 6% ante o mês anterior.

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Fonte: Valor Econômico

11. Florescimento da cana-de-açúcar pode ser problema para safra 2019/20

De acordo com dados do monitoramento climático da consultoria Datagro, a safra 2019/20 no Centro-Sul deve apresentar uma série de áreas com florescimento. Segundo informações da consultoria, apresentadas durante evento da Bayer, em São Paulo, o período de indução floral teve início no dia 20 de fevereiro, terminando no último dia 20 de março.

O florescimento da cana-de-açúcar pode causar sérias perdas ao prejudicar a produtividade e comprometer o processo de extração de açúcar na indústria. Segundo especialistas, três variáveis climáticas são determinantes para o fenômeno. A primeira é a baixa variação da temperatura, seguida da precipitação acima de 200 mm e da baixa radiação solar por pelo menos 10 dias.

Mesmo variedades não floríferas podem sofrem este efeito quando colocadas em regiões onde as condicionantes são altamente favoráveis, florescendo e causando danos no rendimento da cultura. Alterações morfológicas e fisiológicas são os primeiros sintomas prejudiciais do florescimento, que acaba causando um acúmulo de sacarose na cana-de-açúcar.

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Fonte: RPA News/NovaCana

12. Etanol hidratado recua 7,66% e anidro cai 1,08% nas usinas

Com a desova de estoques para receber o início da produção na nova safra de cana-de-açúcar e com a paridade com a gasolina cada vez menos vantajosa, o etanol hidratado recuou 7,66% nas usinas paulistas entre segunda-feira e esta sexta-feira.

O litro do combustível variou de R$ 1,7686 para R$ 1,6332, em média, de acordo com o indicador divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). Já o valor anidro baixou 1,08%, de R$ 1,8591 o litro para R$ 1,8391 o litro, em média.

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Fonte: Agência Estado/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Coopercitrus prevê crescimento menor em 2019

A queda das cotações de commodities como café e açúcar, aliada à quebra na produção de soja por causa do clima adverso, deverão reduzir o crescimento da Coopercitrus neste ano, mas ainda assim o ritmo continuará forte.

Após ver sua receita crescer 29% em 2018, para R$ 4,1 bilhões, o avanço esperado em 2019 é de 17%, para R$ 4,8 bilhões. As sobras da cooperativa sediada em Bebedouro, no interior paulista, somaram R$ 112,5 milhões no ano passado.

"Diluímos as despesas fixas por meio de parcerias e ampliamos a participação em insumos e a diversificação das atividades. Mas, neste ano, o faturamento vai sentir o efeito da menor produção de soja", afirmou o presidente da Coopercitrus, Fernando Degobbi, ao Valor.

Segundo ele, a colheita do grão deverá registrar quebra de 25% na área de atuação da cooperativa. Os associados deverão entregar 260 mil toneladas da oleaginosa, 7,1% a menos que no ciclo passado.

Entre as commodities que tiveram maior redução nas cotações está o café, que responde por 14% do faturamento da cooperativa. "Os preços estão bem complicados e, muitas vezes, abaixo dos custos de produção" disse. "Vamos precisar de criatividade para honrar compromissos e colaborar para a redução dos custos de produção", afirmou.

Neste ano, a Coopercitrus espera negociar 1,2 milhão de sacas de café - entregues por 7,5 mil cafeicultores cooperados -, alta de aproximadamente 30% ante ao ano passado, apesar da bienalidade negativa da safra 2019/20. Na área de atuação da cooperativa, 900 mil hectares são dedicados ao café, 450 mil dos quais de associados.

Por outro lado, Degobbi espera boas notícias na área de cana-de-açúcar, que deverá registrar aumento de produtividade de 5% a 7% na safra 2019/20, que começa em abril.

A cooperativa também passará a contar com duas novas unidades neste ano. Uma em Alfenas, em Minas Gerais, e outra em Itumbiara, a primeira em Goiás. Em Minas o foco será o café, com armazém para recebimento de grãos em parceria com a trading chinesa Cofco International, que armazenará os grãos e terá preferência na compra.

Em Goiás a unidade, que deverá ser inaugurada em dois meses, terá como foco o armazenamento de insumos. A cooperativa afirma que é, hoje, a segunda maior vendedora de defensivos do país e que movimentou R$ 1,1 bilhão em 2018 neste segmento.

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Fonte: Valor Econômico

14. Sobras da Cooxupé cresceram 42% em 2018, para R$ 143,9 milhões

Maior exportadora de café do Brasil, a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) reportou sobras (lucro da cooperativa) de R$ 143,9 milhões em 2018, 42% acima do registrado no ano anterior (R$ 101 milhões), segundo informou a cooperativa nesta sexta-feira, em nota.

Do total, R$ 50 milhões serão direcionados aos cooperados — 70% a mais que em 2017, ano em que o valor distribuído somou R$ 29,5 milhões.

O faturamento da Cooxupé alcançou R$ 3,793 bilhões, alta de 2,8% ante ao resultado alcançado no ano passado.

No ano passado, a cooperativa mineira recebeu 6,45 milhões de sacas de café, volume 36% maior que em 2017.

A comercialização total de café (incluindo mercado interno e exportações) foi de 5,23 milhões de sacas em 2018, queda de 4,9% em relação ao ano anterior.

As exportações recuaram 3,3% ante a 2017, para 3,92 milhões de sacas do grão. As vendas no mercado interno recuaram 7,2%, para 1,02 milhão de sacas de café.

Já a SMC Specialty Coffees, empresa controlada pela Cooxupé com atuação em cafés especiais, exportou 87,8 mil sacas, crescimento de 35% comparado a 2017.

"As exportações diretas só não foram maiores por conta da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio, no entanto o resultado ainda ficou dentro do esperado pela cooperativa. O recebimento, por sua vez, bateu recorde”, afirmou o presidente Carlos Paulino, em nota.

A Cooxupé mantém em torno de 14,5 mil cooperados, com produção de café arábica nas regiões do Sul de Minas Gerais, Cerrado Mineiro e Média Mogiana do Estado de São Paulo. Em 2018, os cooperados produziram 8,4 milhões de sacas de café.

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Fonte: Valor Econômico

15. Cooxupé anuncia novo presidente

Depois de quatro mandatos à frente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Carlos Alberto Paulino da Costa será substituído por Carlos Augusto Rodrigues de Melo na presidência da cooperativa. Rodrigues de Melo atualmente é vice-presidente.

A cooperativa elegeu os novos membros para a diretoria dos próximos quatro anos em assembleia geral realizada hoje.

Paulino da Costa passa a ser membro do Conselho de Administração da Cooxupé. A vice-presidência ficará com Osvaldo Bachião Filho.

“Concluo esta etapa com a cooperativa muito feliz com os resultados que construímos ao longo de todos esses anos, compartilhando toda esta nossa trajetória com nossos cooperados e colaboradores, fundamentais para o sucesso da Cooxupé”, destacou Paulino, em nota.

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Fonte: Valor Econômico

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