Conjuntura do Agronegócio

1. Grupos de trabalho vão definir critérios para "climate bonds"

A Climate Bonds Iniciative, organização sem fins lucrativos sediada em Londres voltada a conectar investidores e projetos para mitigação das mudanças climáticas, anunciou a formação de grupos técnicos que vão estabelecer critérios para certificar a emissão de “climate bonds” para investimentos na agricultura.

Em fevereiro, foi criado um grupo técnico de trabalho agrícola e, em abril, será estabelecido um grupo de trabalho industrial. Os dois grupos reúnem representantes de investidores, acadêmicos, setor público, organizações ambientais e agrícolas e órgãos internacionais.

Eles estabelecerão os critérios de elegibilidade de projetos agrícolas de baixo carbono com base em critérios científicos, dentro do padrão de “climate bonds”.

Os grupos discutirão critérios específicos para culturas agrícolas anuais, cultivo de arroz alagado e sistemas agrícolas perenes, como agrofloresta, pomares, café, chá, cacau e óleo de palma. Também serão discutidos critérios para pastagens para gado e manejo de dejetos na criação de animais, além de projetos de agricultura controlada, como estufas e hidroponia.

Os critérios serão abertos à consulta pública em outubro e deverão ser lançados em janeiro de 2020.

O trabalho da Climate Bonds Iniciative ocorre em paralelo aos estudos do grupo técnico de especialistas da Comissão Europeia em finanças sustentáveis, que também está desenvolvendo critérios para financiamentos sustentáveis na agricultura. Segundo a organização, os dois estudos deverão, quando possível, se complementar.

No mundo, investimentos na agricultura representam uma parcela ínfima das emissões certificadas de “climate bonds”. Em 2017, aportes em agricultura e florestas representaram apenas 1% do valor dos “climate bonds”. Em 2018, a organização disse que os investimentos “continuaram pequenos”.

Segundo a Climate Bonds Iniciative, a definição de critérios provavelmente vai “catalizar investimentos e podem ser usados por governos para estabelecer regulações ou recomendações para a descarbonização do setor”.

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Fonte: Valor Econômico

2. Bolsonaro diz que abrirá agenda a parlamentares após voltar de Israel

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à TV Record na noite desta segunda-feira, que pretende abrir sua agenda para atender a parlamentares, em um esforço para a aprovação da reforma da Previdência. "Vou abrir minha agenda no Brasil, pelo menos meio dia, para atender a deputados e senadores", disse o presidente, que está em viagem a Israel. Bolsonaro voltou a afirmar que, sem a aprovação do projeto, o Brasil perde como um todo. "Se não aprovar a reforma da Previdência, todos perderão."

Bolsonaro afirmou que sua intenção com a reforma da Previdência é atender aos que estão para se aposentar, como o produtor rural, e as mudanças em pontos como o benefício de prestação continuada visam a combater as fraudes que existem.

O presidente respondeu ainda a questões sobre o desemprego no Brasil, que, segundo o IBGE, teve ligeira alta no trimestre encerrado em fevereiro, para 12,4% da População Economicamente Ativa (PEA), de 11,6% no trimestre móvel anterior.

Para Bolsonaro, "quando há pequena melhora na economia, a pessoa procura emprego e, se não encontra, aumenta a taxa de desemprego".

Sobre a viagem a Israel, Bolsonaro disse que o principal ganho foi a aproximação com o país e os acordos firmados em ciência, tecnologia e inovação. O Brasil e Israel firmaram no domingo seis acordos de cooperação em áreas como ciência e tecnologia, defesa, saúde e serviços aéreos.

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Fonte: Valor Econômico

3. Embrapa e Secretaria do Mapa realizarão novos estudos de zoneamento agrícola para o NE

A Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), iniciará em abril o desenvolvimento de estudos para indicação dos riscos climáticos para as culturas de caju, consórcio milho-braquiária, milho 1ª safra, feijão caupi e amendoim para a região Nordeste. O resultado dos trabalhos resultarão nas portarias de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

No próximo mês, os especialistas da Embrapa, juntamente com técnicos da SPA e de outras instituições, vão iniciar um trabalho para identificar sistemas e manejos menos vulneráveis a adversidades climáticas na região, além de aprimoramentos metodológicos para as culturas do Nordeste. Os primeiros resultados deverão estar prontos até novembro.

“Esses estudos possibilitam que novas regiões e culturas tenham zoneamento, com possibilidade de melhorar o acesso do produtor ao crédito e aos instrumentos de seguro e Proagro. Os agentes privados têm mais informações sobre os riscos das atividades e podem precificar melhor o crédito e os seguros rurais”, ressalta o diretor de Gestão de Risco do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola.

“A parceria com a Embrapa se fortalece a cada ano. Muitos pesquisadores da empresa estão dedicando tempo de trabalho para desenvolver metodologias visando a identificação e a mitigação de riscos para diversas culturas. O desafio agora é encontrar soluções para a agricultura no semiárido brasileiro”, explica o coordenador-geral de Risco Agropecuário do Mapa, Hugo Borges.

Zarc

O zoneamento agrícola, instrumento de política agrícola e gestão de riscos da agricultura, indica os tipos de solo aptos ao plantio, a época de semeadura e as cultivares recomendadas para cada município, a partir de uma metodologia validada pela Embrapa. O estudo é elaborado com o objetivo de atenuar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos.

O produtor deve observar as recomendações do zoneamento para ter direito ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), Proagro Mais (para a agricultura familiar) e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural (PSR). Além disso, alguns agentes financeiros já estão condicionando a concessão do crédito rural ao zoneamento, que hoje contempla mais de 40 culturas e sistemas de produção.

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Fonte: reuter/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Adama projeta faturar 20% a mais no mercado brasileiro neste ano

A subsidiária brasileira da Adama, empresa de agroquímicos de origem israelense e controlada pela ChemChina, deverá faturar US$ 700 milhões em 2019, um crescimento ao redor de 20% em relação aos US$ 582 milhões de 2018.

"Meu grande desafio é continuar crescendo no mercado. Temos a expectativa de romper neste ano a barreira dos US$ 700 milhões de faturamento", disse Romeu Stanguerlin, que assumiu as operações da Adama Brasil ontem, ao Valor. O executivo ocupava o cargo de diretor de marketing da empresa desde 2014. Antes disso, trabalhou por 22 anos na Syngenta - múlti suíça também controlada pela ChemChina.

O crescimento esperado para o ano é significativo, mas é inferior ao observado em 2018. "Tivemos um crescimento ao redor de 30% em relação a 2017. Bem acima do mercado, que a gente estima que tenha crescido cerca de 20%", disse Rodrigo Gutierrez, que era o presidente da Adama Brasil até sexta-feira e que, desde ontem, é o novo vice-presidente da companhia na América do Norte. Gutierrez ficará sediado em Miami, nos Estados Unidos.

Considerando também os negócios que a matriz da Adama fez diretamente para o Brasil, as vendas da empresa no país superaram US$ 647 milhões em 2018. A receita global da companhia somou US$ 3,9 bilhões no ano passado, 10,2% mais que em 2017.

Neste ano, os resultados tendem a ser beneficiados pelo fato de a Adama ter incorporado fábricas da ChemChina a suas operações. "E, no ano passado, a gente conseguiu aprovações regulatórias no Brasil, o que beneficiou os resultados", afirmou Gutierrez. Essas aprovações dizem respeito à origem de ingredientes ativos presentes nas formulações de agroquímicos. A fábrica que fornece a matéria-prima ativa tem de estar listada no registro do produto, e mudanças nesse quesito não são automáticas.

Num contexto mundial de restrição de matérias-primas na China, em decorrência do fechamento de fábricas que não seguiam normas ambientais, ter unidades próprias no gigante asiático traz benefícios estratégicos. "A gente está começando a colher resultados da integração com a China", disse Gutierrez.

Nos Estados Unidos, contou Gutierrez, a missão dele será estabelecer parcerias com distribuidores num mercado extremamente concentrado e que difere muito do mercado brasileiro. "A Adama ainda tem dificuldade para ter acessos aos agricultores nos Estados Unidos. É um mercado no qual as empresas de pesquisa têm participação muito forte", disse. "Mas uma facilidade grande é não lidar com a volatilidade cambial. Lá, um dólar é sempre um dólar", brincou.

O executivo também destacou que a velocidade de obtenção de novos registros de produtos na América do Norte é muito maior que no Brasil, o que deve facilitar seu trabalho. "Mas terei de encontrar maneiras para o agricultor perceber o valor desses produtos, apesar de rede de distribuição ser altamente concentrada", ponderou.

No Brasil, a Adama está entre as cinco maiores empresas do segmento de agrotóxicos e, atualmente, o país responde por cerca de um quinto da receita global.

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Fonte: Valor Econômico

5. Canal promissor

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) informou que assinou ontem um acordo com o governo panamenho que prevê intercâmbio de informações com vistas a identificar o potencial de exportações de soja e milho do país pelo canal do Panamá. Segundo a entidade, "a ampliação dos negócios e a redução do custo para a utilização do canal no médio e longo prazos são alguns dos resultados esperados". O acordo foi assinado durante o Panamá Brazilian Day, na capital panamenha. Em comunicado, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, lembra que atualmente há muitos navios operando com grãos, o que torna o frete pelo Atlântico mais barato, embora esse trajeto seja mais demorado do que pelo Canal do Panamá em direção a mercados da Ásia e do Oriente Médio.

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Fonte: Valor Econômico

6. Resultados da safra 2018/19 superam expectativas da AgBiTech Brasil

A subsidiária da australiana AgBiTech no Brasil registrou em 2018/19, seu primeiro ciclo comercial no país, 250 mil hectares de soja e tratados com seus inseticidas biológicos. No caso do algodão, a área deve chegar a 260 mil hectares. Os resultados ficaram acima das projeções iniciais.

A empresa obteve em agosto do ano passado o registro do Ministério da Agricultura para seu novo inseticida biológico Surtivo Soja. “É a primeira mistura de vírus a ser registrada em qualquer lugar do mundo”, afirmou, na ocasião, Adriano Vilas-Boas, diretor-geral para América Latina da AgBiTech.

A companhia australiana veio para o Brasil em 2013, por meio do Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB), para ajudar a conter, também com produtos biológicos, o surto da lagarta helicoverpa. Naquele ano, produtores de algodão tiveram uma grande perda com a praga nas lavouras.

A CCAB conseguiu registro emergencial e trouxe um inseticida à base do baculavírus ao país. Em nota, Vilas-Boas afirmou que o bom desempenho alcançado antecipou o planejamento da AgBiTech para a próxima safra no Brasil. A empresa trará novos produtos, ampliará a capacidade de sua fábrica no Texas (EUA) e elevará de 12 para 32 o número de engenheiros agrônomos da equipe técnica brasileira

Em 2019, a AgBiTech espera atingir em torno de 2 milhões de hectares tratados com baculovírus nas lavouras brasileiras de soja e algodão.

“Entre pequenas, médias e grandes propriedades, chegamos a 200 áreas comerciais acompanhadas na safra 2018/19. O índice de aprovação aos produtos, por parte de agricultores, ficou acima de 80%”, afirmou Vilas-Boas.

A expectativa da companhia é a assumir, até 2021, a primeira posição do mercado de bioinseticidas para lagartas. Segundo o executivo, esse mercado deverá movimentar entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em dez anos.

As operações no Brasil estão sendo financiadas pelo fundo Paine Schwarcz Partners, que investiu cerca de US$ 1,2 bilhão em diversas empresas do setor.

Em 2015, a empresa construiu uma fábrica nos Estados Unidos, com investimento de US$ 12 milhões e capacidade para atender produzir produtos para 15 milhões de hectares de lavouras.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Marfrig inicia operações em unidade de Várzea Grande

A Marfrig Global Foods anunciou hoje que iniciou as operações na unidade de Várzea Grande, em Mato Grosso, que foi adquirida da BRF em janeiro por R$ 100 milhões

O complexo inclui uma fábrica com capacidade de abate de 2 mil cabeças de gado por dia e outra unidade com capacidade de produção de 69 mil toneladas de hambúrgueres por ano, além de almôndegas e quibes.

“Uma unidade de abate e uma fábrica de hambúrgueres em um mesmo local faz com que a Marfrig economize recursos, ganhe escala e eficiência operacional”, disse, em nota, Miguel Gularte, CEO da operação América do Sul da companhia.

No complexo são empregados cerca de 2 mil pessoas e produzidos hambúrgueres que abastecem as principais redes de fast food no Brasil.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Operações da JBS no Brasil devem ser favorecidas por exportações

A maior demanda da China por proteínas em geral deverá beneficiar as exportações brasileiras de carne bovina em 2019 e ajudar a melhorar as margens da JBS nessa frente, afirmou Wesley Mendonça Batista Filho, diretor das operações da empresa do Brasil

“A China demandando mais carne bovina abre possibilidades de mais mercados no Brasil. Vemos oportunidade em mercados como Indonésia e até mesmo Estados Unidos”, disse ele durante teleconferência com analistas sobre os resultados da companhia no quarto trimestre de 2018.

De acordo com o executivo, num primeiro momento as operações de carne bovina e suína no Brasil serão beneficiados com aumento de faturamento, em decorrência da alta de preços das proteínas. “A velocidade de ajuste nessa cadeia é mais lenta”, afirmou. Segundo ele, a companhia está ajustando as operações para aumentar a capacidade instalada nas unidades habilitadas para exportar para a China.

Mas um dos motivos da queda de margens nas operações de bovinos no país, que é o aumento do preço de gado no mercado interno, deverá perdurar durante o ano. “Custos de gado continuarão pressionando resultados do negócio no Brasil”, disse.

Gilberto Tomazoni, presidente da JBS, reforçou que, apesar dos custos da matéria-prima serem um ponto de atenção, a companhia está “confiante com os resultados daqui para frente”.

O aumento de produção de carne bovina no Brasil poderia reforçar a valorização do gado, mas Batista Filho não vê essa relação como um problema para as operações no ano. “Temos unidades habilitadas para a China em quatro Estados diferentes no Brasil. A maior demanda nessas unidades não causaria um efeito adicional nas matérias-primas”, avaliou.

Sobre as operações de couro, Wesley Filho ressaltou que os negócios continuam desafiadores. “O preço do couro no mercado internacional tem caído muito. O negócio tem apresentado desempenho abaixo da margem histórica, apesar de sinais de melhora”, afirmou.

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Fonte: Valor Econômico

9. Fitch rebaixa nota da BRF para ‘BB’, com perspectiva estável

A agência de classificação de rating Ficth Ratings rebaixou a nota de probabilidade de inadimplência (IDR, na sigla em inglês) das notas sênior sem garantia da BRF, tanto em moeda estrangeira como em moeda local, de ‘BBB-‘ para ‘BB’, e revisou a perspectiva de negativa para estável. O rating em escala nacional foi rebaixado de ‘AAA(bra)’ para ‘AA+(bra)’, também com perspectiva estável.

O rebaixamento reflete, explicou a agência, o desempenho operacional “pobre”, a alta alavancagem e um ritmo de desalavancagem mais lento do que o inicialmente esperado devido a “múltiplos obstáculos” enfrentados pela companhia no ano passado.

A Fitch projeta que a relação entre dívida líquida e lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) - alavancagem - em 12 meses fique em 4,5 vezes no fim de 2019, diante das vendas de ativos e da esperada melhora do desempenho geral do Ebitda neste ano.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Etanol sobe aos motoristas de 16 Estados e do DF em uma semana

Os preços do etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) subiram em 16 Estados e no Distrito Federal e caíram em nove Estados na semana encerrada dia 30, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Não foi feita pesquisa no Amapá. No acumulado de quatro semanas (desde 3 de março), o biocombustível encareceu em 21 Estados e no Distrito Federal.

Apesar dessas altas, o hidratado encerrou o mês economicamente mais vantajoso do que a gasolina em quatro Estados - como acontece desde o fim de fevereiro, em um dos melhores cenários de competitividade para um fim de entressafra canavieira no Centro-Sul do país. Tem sido essa alta competitividade do produto que tem garantido vendas recorde desde o início do ano passado, com aumentos das vendas na comparação anual na casa dos 40%.

Na semana passada, o etanol continuou mais vantajoso que a gasolina em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Nesses Estados, os preços do biocombustível ficaram abaixo do patamar de paridade energética ante a gasolina para a média da frota flex brasileira, que é 70%.

A correlação mais vantajosa continuou sendo registrada em Mato Grosso (58,9%), onde a produção de etanol ultrapassa com folga o consumo, impulsionada pelo avanço da produção de etanol a partir de milho.

Em São Paulo, principal polo consumidor do país, o preço do etanol - que, em média, ficou em R$ 2,834 o litro - correspondeu a 69% do valor da gasolina na semana passada.

Apesar da valorização acumulada no mês, os preços do etanol nos principais Estados consumidores na última semana ainda estão abaixo dos patamares registrados um ano antes. Em São Paulo, o litro do biocombustível ficou na semana passada R$ 0,038 mais barato do que na mesma semana do ano passado. Em Mato Grosso, o litro do etanol ficou R$ 0,176 abaixo do valor de um ano atrás. Em Goiás, a diferença negativa chegou a R$ 0,289 o litro.

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Fonte: Valor Ecconômico

11. Vendas de etanol deverão continuar em alta no país

O etanol hidratado começou a nova safra sucroalcooleira do Centro-Sul (2019/20), nesta segunda-feira, com uma boa vantagem econômica para os motoristas em relação à gasolina nos principais centros consumidores do país, o que promete garantir a continuidade do aumento das vendas como tem sido observado nos últimos meses.

Em fevereiro, as vendas de hidratado somaram 1,729 bilhão de litros, crescimento de 39% ante um ano antes e um novo recorde para o mês de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado na sexta-feira.

Essas vendas aquecidas ocorreram em um mês em que o etanol estava mais competitivo do que a gasolina para a média da frota flex brasileira nos postos de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás — no Paraná, a vantagem se manteve apenas até a terceira semana de fevereiro. Juntos, os quatro Estados responderam por 77% das vendas totais.

Mesmo no ápice da entressafra do Centro-Sul, em março, o etanol manteve sua competitividade ante a gasolina nos postos dos mesmos quatro Estados. Na última semana do mês (encerrada dia 30), o preço médio nos postos de São Paulo, por exemplo, ficou em 69% do valor da gasolina (1 ponto abaixo do patamar de 70% em que os dois combustíveis são igualmente competitivos economicamente).

No fim de março do ano passado, o etanol só estava mais vantajoso do que a gasolina em Goiás (onde a correlação de preços alcançou 69%) e em Mato Grosso (com correlação de 67%).

A vantagem observada agora tem sido assegurada, principalmente, pelos repasses da alta do petróleo no mercado internacional à gasolina A (pura) nas refinarias da Petrobras. Em março, o preço médio da gasolina C (já misturada ao etanol anidro) no país subiu 2,7%, enquanto o preço da gasolina A foi elevado em 10,81% pela Petrobras no mês passado.

E o cenário para o mercado de etanol é ainda melhor se for considerada a perspectiva futura para os preços do biocombustível para os motoristas. “Além do etanol estar competitivo, o preço tem viés de baixa na bomba, porque os preços nas usinas também recuaram”, observou Tarcilo Rodrigues, diretor da Bioagência, que comercializa etanol.

Enquanto os preços da gasolina subiam em março nas refinarias e nos postos, os do etanol já começavam a recuar na porta das usinas diante da retomada da moagem em algumas localidades e da oferta ainda elevada nos estoques.

Em São Paulo, o indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado recuou 12,6% nas quatro semanas de março. Em Mato Grosso, que tem contado com oferta crescente das usinas que processam milho para produzir o biocombustível, o indicador Cepea/Esalq já recuou 6,8% desde a máxima alcançada na última semana de fevereiro (até 1 de março). Nas usinas de Goiás, o indicador Cepea/Esalq apontou queda de 15% no mesmo período.

Para Rodrigues, da Bioagência, essa queda deverá chegar aos consumidores nas próximas duas semanas, o que tende a ampliar ainda mais a vantagem do etanol ante a gasolina. “Em São Paulo, a correlação deve cair até 65% já na segunda quinzena de abril”. A pressão também deverá chegar aos Estados onde hoje o etanol está ligeiramente menos vantajoso do que a gasolina, como é o caso do Paraná.

Para Rodrigues, as vendas de etanol deverão se manter no patamar de 1,8 bilhão a 1,9 bilhão de litros pelo menos nos três primeiros meses desta safra — na temporada passada, as vendas nesse período ficaram, em média, em torno 1,4 bilhão de litros.

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Fonte: Valor Econômico

12. Exportação brasileira de açúcar cai 36,7% em março, segundo Secex

O Brasil exportou em março 1,119 milhão de toneladas de açúcar bruto e refinado, 6,8% a menos que o embarcado em fevereiro, de 1,2 milhão de toneladas, e 36,7% abaixo do total de 1,767 milhão de toneladas de igual mês de 2018.

Dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia divulgados nesta segunda-feira, 1º de abril, mostram que do total embarcado no mês passado 955 milhões de toneladas foram de açúcar demerara e 164 mil toneladas de refinado. Os dados consideram 19 dias úteis de março.

A receita obtida com a exportação total de açúcar em março foi de US$ 324,4 milhões, 7,5% menor que a registrada em fevereiro, de US$ 350,7 milhões, e 45,3% inferior à de março de 2018, de US$ 592,8 milhões.

No acumulado do primeiro trimestre de 2019 o volume exportado atinge 3,417 milhões de toneladas, queda de 28,3% ante o período de janeiro a março 2018, de 4,767 milhões de toneladas, com receita de US$ 985,8 milhões, recuo de 40,7% sobre o total de US$ 1,661 bilhão de igual período do ano passado.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural/UDOP

Grãos e Grandes Culturas

13. Novo presidente da Cooxupé confirma queda da produção

A produção de café arábica deverá cair 15% em relação ao ciclo passado na área de atuação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) na safra 2019/20, confirmou ao Valor Carlos Augusto Rodrigues de Melo, novo presidente da cooperativa mineira.

Se a estimativa prevalecer, a produção dos associados da Cooxupé deverá alcançar 7,2 milhões de sacas de 60 quilos, ante as 8,4 milhões de sacas do ciclo 2018/19.

A retração refletirá a bienalidade negativa da safra 2019/20, mas também os problemas climáticos observados em áreas produtoras em janeiro, quando as temperaturas ficaram acima da média e as chuvas, abaixo. "O clima tem, sim, interferência na próxima safra, ainda que o volume de chuvas dos dois meses seguintes tenha sido bom para as lavouras", disse.

A redução está em linha com a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira. Em janeiro, a estatal estimou um volume total entre 50,5 milhões e 54,5 milhões de sacas em 2019/20, de 11,6% a 18,1% menor que em 2018/19 (61,7 milhões). Rodrigues de Melo avaliou, ainda, que os preços baixos do café no mercado mundial tendem a prejudicar o faturamento da Cooxupé em 2019. "Com esses preços e custos, certamente teremos impacto no resultado", disse ele.

A cooperativa registrou faturamento de R$ 3,7 bilhões em 2018, alta de 3,2% ante 2017. Conforme Carlos Alberto Paulino da Costa, que deixou o cargo de presidente da cooperativa após quatro mandatos, o crescimento foi beneficiado pela elevada venda de fertilizantes, ainda que tenha sido prejudicado pela paralisação dos caminhoneiros. "A greve afetou a cooperativa por um mês e não conseguimos recuperar o tempo perdido".

O ex-presidente destacou, finalmente, que a Cooxupé deverá reavaliar investimentos previstos em torrefação diante desse cenário de menores preços pagos pelo produto.

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Fonte: Valor Econômico

14. Preços da soja reagem em Chicago

Os preços da soja subiram ontem na bolsa de Chicago e recuperaram as perdas de sexta-feira, quando a divulgação de estoques elevados do grão nos Estados Unidos pesou sobre as cotações. A alta refletiu a confirmação de compras chinesas da matéria-prima americana e novos sinais de avanço nas negociações entre Washington e Pequim para encerrar de vez as disputas comerciais entre os dois países. Inundações no Meio-Oeste dos EUA também colaboraram.

Os contratos para julho, que ocupam a segunda posição de entrega atualmente) registraram alta de 11 centavos de dólar (1,23%), fechando a US$ 9,0875 o bushel (medida equivalente a 27,2 quilos). Com isso, no ano a segunda posição passou a acumular ganhos de 1,54%, mas nos últimos 12 meses a queda ainda chega a 13,9%, segundo o Valor Data.

Ontem, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou que os exportadores americanos fecharam contratos de vendas de 828 mil toneladas à China com entrega neste ano-comercial 2018/19, que terminará em agosto. Somando-se compras confirmadas na sexta-feira, o volume chegou a 1,6 milhão de toneladas.

De acordo com a consultoria ARC Mercosul, os preços mais baixos na sextafeira por causa dos estoques impulsionaram as aquisições. Mas, paralelamente, a mídia americana diz que as negociações entre China e EUA avançaram depois da visita de uma delegação americana ao país asiático. Nesta semana, as conversas continuam com a visita de uma delegação chinesa a Washington.

Além disso, o clima nos Estados Unidos continua no radar dos investidores. Inundações no Meio-Oeste do país podem ter prejudicado cerca de 400 mil hectares de terra agricultável.

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Fonte: Valor Econômico

15. Cepea registra forte queda nos preços do milho

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) acabou registrando mais uma forte queda nos preços do milho, nas principais praças do País. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, os preços foram pressionados por diversos fatores.

“A pesquisa diária do Cepea acusou forte queda nos preços médios do milho na principal região de referência do produto no país, Campinas, neste primeiro dia de abril (antes fosse uma mentira!). Pressionados pelo aumento do ritmo de colheita e do consequente aumento da disponibilidade do produto em vários estados, os preços do milho caíram 2,62% no interior do país”, afirma.

Além disso, Pacheco indicou também que os embarques efetivos de milho para o exterior foram levemente menores na semana passada. “Segundo Índice T&F/Alphamar os embarques semanais atingiram 329.962,81 toneladas, contra 352.722,92 toneladas embarcadas na semana anterior. Já para o primeiro trimestre os embarques de milho foram maiores. O país exportou 891,9 mil toneladas em março e 6,8 milhões de toneladas nos três primeiros meses do ano, ante 4,88 milhões no mesmo período de 2018”, explica.

Nesse cenário, os exportadores acreditam que os embarques de milho vão ganhar força em abril e maio, em meio à necessidade de liberar espaço nos armazéns para a segunda safra do cereal, a ser colhida em meados do ano. “As cotações de milho na B3 começaram o mês de abril em queda para os meses de maio (-0,43%), julho (-0,28%) e novembro (-0,09%). Todos os demais meses cotados fecharam inalterados, neste primeiro dia de pregão de abril”, indica.

“Segundo o relatório diário da XP Agro, o mercado interno dos grãos está de olho no mercado externo. De maneira geral, a pressão é baixista, influenciada pelas quedas recentes na taxa de câmbio e das referências em Chicago. Na sexta-feira (29), o USDA revisou a projeção de área plantada em +5,41%, agora em 37,55 milhões de há", conclui.

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Fonte: Valor Econômico

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