Conjuntura do Agronegócio

1. Em carta, 44 entidades reiteram apoio à reforma da Previdência

Quarenta e quatro entidades ligadas ao agronegócio acabam de enviar uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) manifestando preocupação com o processo de aprovação da reforma da Previdência e apoio à proposta encaminhada ao Congresso (PEC 06/2019).

“A reforma da Previdência Social será responsável por destravar investimentos públicos e privados, bem como colocar o Brasil numa rota de crescimento sustentável e capaz de aproveitar suas diversas vocações, o que tem o colocado na condição de potência na produção de alimentos, fibras e energia renovável. Esse é um legado que só este governo e esta legislatura são capazes de deixar”, diz um trecho da carta, assinada por entidades “que representam cerca de 90% da produção agropecuária brasileira”.

Assinam o documento CNA, Abag, ABCS, ABBA, ABCZ, Abiec, Abifumo, Abipesca, Abiove, ABPA, Abrafrigo, Abramilho, Abrass, Abrapa, Acrimat, AgroBio Brasil, Alcopar, AMPA, Andef, Aprosmat, Aprosoja Brasil, Aprosoja-MS, Aprosoja-MT, Cacafé, CitrusBR, CNC, Faep, Faesp, Fiesp, Famato, FenSeg, FNBF, Fórum Nacional Sucroenergético, ibá, OCB, Orplana, Sindan, Sindicerv, sindiveg, SRB, Unem, Unica, Unipasto e Viva Lácteos.

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Fonte: Valor Econômico

2. Ministra cria comitê para formatar PL do autocontrole

O Ministério da Agricultura implementou nesta terça-feira um comitê formado por fiscais da Pasta e pelo setor privado com o intuito de ajustar o texto final do projeto de lei que pretende ampliar o autocontrole em agroindústrias de alimentos.

Segmentos como os de carnes e de lácteos já adotam práticas de autocontrole em seus estabelecimentos industriais, que incluem menor frequência de fiscalização e maior responsabilidade das empresas na garantia de qualidade de seus produtos.

Para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, casos recentes como a Operação Carne Fraca, não podem ser impeditivos para que o ministério avance nas discussões sobre autocontrole. A operação revelou um suposto esquema de corrupção entre fiscais federais e funcionários de frigoríficos.

“[Autocontrole é] Arriscado por quê? Então quer dizer que as nossas indústrias são irresponsáveis? Carne Fraca foi um processo que foi corrigido. Ou o Brasil vai ficar a vida inteira falando de Carne Fraca? Está na hora de o ministério assumir suas responsabilidades e os empresários assumirem as suas”, afirmou Tereza após reunião sobre o assunto no ministério.

“Está na hora de o Brasil andar na inspeção, na responsabilidade de cada um, todo mundo assumindo seu papel. Está na hora de a gente virar adulto nesse jogo, que é um jogo importantíssimo e que, se o Brasil não assumir essa maturidade, nós vamos ter dificuldade pelo tamanho das nosso mercado, das nossas exportações", completou.

A ministra não fez qualquer previsão sobre o envio do PL ao Congresso. Segundo ela, uma lei para aprofundar a regulamentação do autocontrole não é “uma coisa que é feita da noite para o dia” e o Ministério da Agricultura ainda precisará oferecer certas garantias aos países importadores de que não haverá descuido com a segurança sanitária dos alimentos e insumos produzidos no Brasil.

A primeira versão do PL, antecipada pelo Valor foi considerada vaga por entidades do setor agropecuário e por parte dos fiscais agropecuários.

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Fonte: Valor Econômico

3. Escritório comercial em Jerusalém gerou "desconforto", diz ministra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, admitiu nesta terça-feira que a criação do escritório comercial brasileiro em Jerusalém, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, provocou “desconforto” e “descontentamento” em segmentos do agronegócio brasileiro preocupados com possíveis retaliações de países árabes às exportações, sobretudo de carnes.

“Aqui no ministério conversamos com muita gente, as coisas estão calmas. Há um desconforto, vamos assim dizer, mas as relações vão continuar”, afirmou Tereza após um encontro no Ministério da Agricultura sobre autocontrole em empresas de alimentos. “Existe uma confiança entre a agricultura brasileira e o consumidor dos países islâmicos e vamos continuar perseguindo esse bom relacionamento com países árabes”, acrescentou.

A ministra lembrou, contudo, que Bolsonaro anunciou apenas um escritório de negócios do governo brasileiro, e não da transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, como temiam os exportadores. “Foi um meiotermo”, ponderou.

Tereza Cristina também adiantou que no dia 10 terá um jantar com embaixadores de países árabes, que já estava agendado antes da viagem de Bolsonaro a Israel, e que aproveitará o encontro para manter o diálogo com os importadores de carnes do Oriente Médio.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. “Agritech” israelense SeeTree desembarca no Brasil

Fundada em setembro de 2017 em Israel, a “agritech” SeeTree está desembarcando no Brasil. Com ferramentas de inteligência artificial, a empresa informa que cria perfis de saúde e produtividade de árvores de culturas permanentes que podem colaborar para ampliar a produtividade das plantações ou evitar doenças, por exemplo.

No Brasil, a empresa adianta que fornecerá seu serviço, inicialmente, para fazendas de frutos cítricos, que em muitas regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais já há alguns anos sofrem com a incidência da doença conhecida como greening.

Segundo a empresa, que começou a operar nos EUA em janeiro, sua tecnologia e os serviços de medição oferecidos digitalizam cada árvore individualmente. A extração de dados é feita a partir de imagens de alta-resolução e sensores multiespaciais obtidas com o uso de drones, em conjunto com pesquisas no solo com coletas de amostras de árvores de baixa produtividade para análises posteriores.

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Fonte: Valor Econômico

5. Governo de SP recua e apoia renovação de incentivo de ICMS para insumo

Sob pressão do setor de agronegócios e da indústria de agroquímicos instalada no Estado, o governo de São Paulo recuou e deverá apoiar a renovação do Convênio 100 do Confaz, que concede isenção de ICMS a agrotóxicos, fertilizantes e rações desde 1997, mas expira no fim de abril.

Ontem, em reunião com deputados da bancada ruralista do Congresso, o governador João Dória Junior se comprometeu com o setor de agronegócios a defender a prorrogação desses incentivos fiscais por mais um ano. Entidades setoriais querem que o Confaz estenda o convênio por mais três anos.

Na próxima sexta-feira, secretários estaduais de Fazenda de todo o país se reúnem em Brasília para decidir se renovam ou não o convênio fiscal. O benefício já foi prorrogado por diversas vezes, mas desta vez os produtores rurais, principalmente de grãos, temem pelo seu fim, já que sete Estados já decretaram calamidade financeira.

Nas votações do Confaz é preciso unanimidade para aprovar ou rejeitar medidas tributárias.

Além de Estados em dificuldade, como Mato Grosso e Rio Grande do Sul, São Paulo também vinha sinalizando nos bastidores interesse em votar contra a prorrogação do convênio, sob a alegação de que várias indústrias de químicos já deixaram o Estado nos últimos anos atraídas por melhores incentivos fiscais.

Entidades de produtores e até o setor industrial, representado por grandes multinacionais de defensivos e fertilizantes, vinham defendendo a manutenção do benefício, argumentando que sua retirada poderia implicar aumento de custo de produção e até reflexos na inflação. Um estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgado na semana passada sustentou que a não renovação poderá ter impacto de R$ 40 bilhões para o setor agropecuário.

"As indústrias defendem a renovação do Convênio 100. Se ele cair, elas vão fazer as contas e podem decidir em mudar para outro Estado ou até deixar de produzir determinado item de seu portfólio", disse ao Valor o presidente do Conselho de Agronegócios da Fiesp, Jacyr Costa Filho.

Frederico D'Avila, vice-presidente da Aprosoja São Paulo, associação que reúne os sojicultores paulistas, disse que o tema preocupa muito os produtores do Estado. Ele teme que uma eventual retirada do benefício fiscal acarrete em futura fuga de indústrias de agroquímicos do interior de São Paulo. "Os Estados quebrados podem até votar contra [a prorrogação do convênio], mas se São Paulo fizer isso, será um tiro no pé", afirmou.

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Fonte: Valor Econômico

6. Bolsonaro defende incentivo à agricultura orgânica

O presidente Jair Bolsonaro defendeu, via Twitter, o incentivo à agricultura orgânica. Em uma série de postagens, ele disse que o governo tem buscado meios de dar suporte ao segmento para mais produtores conseguirem se regularizar e ampliar a oferta desse tipo de produto no Brasil. Na avaliação dele, existe um “gigantesco potencial de alcance” desse tipo de produto no país.

“A ideia de estarmos desenvolvendo políticas de fomento para o desenvolvimento da agricultura orgânica, é para trazê-lo mais perto do consumidor, para que o produto seja o mais socializado e não alcance só um nicho de mercado daqueles consumidores que podem pagar mais caro”, postou o presidente, que está em visita oficial a Israel.

Bolsonaro mencionou que uma das iniciativas que impulsiona a produção orgânica no Brasil é a Política Nacional de Alimentação Escolar. Ele lembrou que essa política incentiva a aquisição de alimentos produzidos pela agricultura familiar local para as instituições de ensino.

O presidente informou ainda que, em parceria com outros ministérios, a pasta da Agricultura está organizando uma série de atividades para fomentar a agricultura orgânica no Brasil. Um delas será a 15ª edição da Semana Nacional dos Orgânicos, prevista para a última semana de maio. O tema será “Qualidade e Saúde: do Plantio ao Prato.

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Fonte: Revista Globo Rural

Proteína Animal

7. Empresas de frango processadas nos EUA

Um grupo de empresas que inclui Kraft Heinz, Conagra e Nestlé entraram com uma ação no tribunal federal de Chicago, nos EUA, alegando que Tyson Foods e Pilgrim's Pride (controlada pela brasileira JBS), entre outras processadores de aves, trabalharam juntas para inflacionar os preços do frango no país.

Os documentos judiciais sustentam que as empresas acusadas se uniram para manipular preços de 2008 a 2016. Dizem que os fornecedores de frango, de maneira coordenada, sacrificaram aves a fim de reduzir a oferta e valorizar o produto.

De acordo com os documentos, "executivos seniores de oito dos dez réus do Georgia Dock [denominação das empresas que ficam numa mesma região] eram membros de um secreto 'Conselho Consultivo da Georgia Dock', que desempenhou um papel na compilação e manipulação do preço de referência".

Além da Pilgrim's e da Tyson, estão entre os réus Fieldale Farms, Perdue, Sanderson Farms, Koch Foods, Claxton Poultry, Harrison Aves, Mar-Jac e Wayne Farms.

De acordo com comunicado da Tyson, o novo processo está simplesmente tentando se aproveitar de reclamações feitas em outros casos. "Essas reclamações não mudam nossa posição de que as alegações são infundadas". Procurada pelo Valor, a JBS preferiu não comentar.

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Fonte: Valor Econômico

8. Captação de leite de grandes laticínios cresceu 1% em 2018

A captação de leite por parte das principais indústrias de lácteos do país andou de lado em 2018 e cresceu apenas 1,2% em relação a 2017, segundo ranking elaborado pela Leite Brasil, associação que reúne produtores. Juntos, os 13 maiores laticínios do país captaram 7,5 bilhões de litros - o equivalente a 30% da captação formal do país, que somou 24,4 bilhões de litros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O Brasil vem crescendo muito pouco - e, em alguns casos, decrescendo - desde 2014, com o país ainda em crise e com a baixa demanda", afirmou Roberto Jank Jr, diretor da Leite Brasil. Para ele, um avanço mais relevante deverá acontecer com a retomada do crescimento da economia e a consequente elevação na demanda por leite e derivados.

O levantamento da entidade apontou, mais uma vez, a Nestlé como primeira colocada, ainda que a multinacional suíça tenha reduzido em 4,6% sua captação no ano passado, para 1,6 bilhão de litros. O número de produtores que fornecem à companhia também diminuiu para 3 mil, uma queda de 22,9%. Em contrapartida, o volume entregue por produtor aumentou 12,6%, para 829 litros por dia em 2018, o que indica uma preferência da multinacional por pecuaristas mais profissionalizados e produtivos.

"O aumento da capacidade de produção diária de leite dos nossos produtores foi um grande destaque em 2018", salientou, em nota, Rene Machado, head de Milk Sourcing da Nestlé. "Com esse aumento da capacidade de produção diária dos produtores, a empresa atingiu a captação necessária para as operações", disse o executivo, ao destacar as ações da empresa para estimular a produtividade dos fornecedores.

Outras empresas do ranking apresentaram movimento semelhante. É o caso a Embaré, que ocupa a quarta colocação e registrou recuo na captação de 4,7%, para 542,7 milhões de litros. O laticínio reduziu em 9,2% o número de fornecedores, que ampliaram em 6% o volume entregue.

O número de produtores de leite que fornecem para as empresas que integram o ranking recuou, no total, 3,2%, para 36,1 mil. Mas esses produtores ampliaram o volume entregue aos laticínios em 6,4%, em média, no ano passado.

"O número de produtores tende a diminuir, e aqueles que permanecem na atividade devem se tornar mais profissionais. É algo que aconteceu no mundo todo e é inexorável", afirmou Jank Jr.

O ranking não considera dados de três grandes players do segmento: Lactalis, Italac e Itambé (CCPR). Fontes do mercado estimam que essas empresas poderiam estar entre as cinco primeiras, com a Italac próxima da segunda colocação. Se o ranking considerasse essas empresas, representaria aproximadamente 40% do volume total captado com inspeção no país no ano passado, ou 9,7 bilhões de litros.

A Laticínios Bela Vista, dona da marca Piracanjuba, se manteve em segundo lugar - posição alcançada no ano passado, quando a Lactalis deixou de participar do ranking -, com 1,3 bilhão de litros captados, alta de 4,9% ante 2017.

Também se destacou pelo crescimento na captação a Cooperativa Agroindustrial de Londrina (Cativa), que ampliou em 56,3% o volume, para 300 milhões de litros, ainda que com um aumento de quase seis vezes no volume adquirido no mercado spot, que chegou a 78,5 milhões de litros.

O maior aumento no número de fornecedores, de 23,9%, foi registrado pela Danone. O volume entregue por dia para a companhia, contudo, recuou 28,1%.

O maior incremento no volume entregue por dia foi alcançado pela Unium, mantida pelas cooperativas Frisia, Castrolanda e Capal. Os produtores ampliaram o volume por dia em 22,3%, mas o número de fornecedores recuou 12,1%.

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Fonte: Valor Econômico

9. Metade das exportações de carne do Uruguai é de frigoríficos brasileiros

O Uruguai é uma enorme fazenda, como me disse Miguel Gularte, CEO da Marfrig para a América Latina. Ele nos acompanha numa viagem de sul a norte do país pela Rota 5. Percorremos até agora 500 quilômetros até chegar a Tacaurembo, quase na fronteira com o Brasil. Nesse percurso, o que mais vi foram fazendas e caminhões carregados com eucalipto, segundo maior item de exportação do Uruguai.

Já as vendas externas de carnes do país rendem US$ 1,8 bilhão por ano e os dois maiores responsáveis por essas exportações são brasileiros: os frigoríficos Marfrig e Minerva. A celulose, por sua vez, rendeu US$ 1,6 bilhão à balança comercial uruguaia em 2018.

Quase tudo o que o Uruguai exporta vem do agro – celulose, carne, leite, soja, arroz – e se no Brasil o objetivo hoje é ter mais animais por hectare, por aqui, se tem uma cabeça para cada 2 campos de futebol, ou seja, é 0,7 cabeça por hectare. E o país quer manter isso, na verdade, usam o dado como marketing, embora a limitação seja também de clima. Dizem que produzem com isso uma carne gourmet a pasto.

Os uruguaios já conseguiram exportar carne para o Japão e apesar do consumo interno de carne bovina ser mais alto do mundo – são 60kg per capita ao ano – sobra produto no país. Então, tem de exportar mesmo. O Uruguai tem 3,3 milhões de habitantes e 12 milhões de bovinos e 8 milhões de ovinos. É muita carne para pouca gente.

A saída dos frigoríficos é fornecer uma carne muito especial e ter portfolio rico e variado. No frigorifico da Marfrig de Tacaurembo, tem um cardápio bem sofisticado, de tipos de cortes de carne.

A carne vem de rebanhos selecionados de raças britânicas como hereford e angus e as cruzas deles. Tem desde carne orgânica, bresaola, típica dos italianos ao pastrame. Um dianteiro vendido para o Egito custa US$ 3.700 por tonelada. Já um kasher negociado para Nova York o valor chega a US$ 7,5 mil por tonelada.

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Fonte: Revista Globo Rural

Agroenergia

10. Consecana aprova novo modelo de pagamento da cana que prevê prêmios

A diretoria do Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo (Consecana) aprovou, na semana passada, um novo formato de pagamento aos fornecedores de cana às usinas que prevê acréscimos aos valores pagos para além do valor da matéria-prima.

O novo formato prevê o pagamento de um prêmio associado à qualidade da matéria-prima, além de pagamentos adicionais referentes ao “compartilhamento de valor” através do reconhecimento de indutores de maior eficiência e sinergia, além da incorporação dos preceitos do RenovaBio.

O prêmio referente à qualidade será avaliado conforme a pureza do caldo da cana, que aumenta o rendimento na indústria, e começará a ser pago já nesta safra 2019/20, por quinzena. Em nota, a Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana) informou que elaborará uma cartilha com os detalhes da apuração e do pagamento desse prêmio.

O Consecana também recomendou que as usinas e os fornecedores negociem bonificações ou premiações adicionais que possam refletir “eventuais particularidades de uma determinada região produtiva ou que visem ao ganho de eficiência e produtividade”, como informou a Orplana, em nota. Esses ganhos podem estar atrelados, por exemplo, à distância entre fornecedores e indústrias ou ao nível de demanda por cana.

A organização dos produtores disse também estar elaborando um estudo com os pontos que podem gerar valor adicional para a cana.

Além disso, a diretoria do Consecana determinou à Câmara Técnica do conselho a elaboração de estudos para avaliar como incluir os preceitos do RenovaBio ao sistema de precificação da cana.

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Fonte: Valor Econômico

11. Copersucar começa a receber precatórios

As usinas representadas pela Copersucar em uma ação contra a União referente ao tabelamento de preços do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) na década de 1980 começarão a receber a primeira parcela do precatório de R$ 5,6 bilhões ganho na Justiça neste mês, conforme apurou o Valor com fontes que acompanham o assunto. A liberação desse dinheiro vem em um momento em que o segmento continua apertado pelos preços baixos do açúcar e deverá resultar em uma melhora de liquidez para as companhias ativas. Procurada, a Copersucar preferiu não comentar.

O valor bruto da primeira parcela, de R$ 873 milhões, foi depositado judicialmente em maio do ano passado, mas liberado para a Copersucar sacar apenas no fim de março de 2019. A liberação foi possível após a Justiça negar recursos de alguns credores de usinas, que haviam pedido a penhora dos valores a serem repassados às empresas que lhes deviam. Entre esses credores estão dois bancos e um escritório de advocacia.

O valor a ser repassado às empresas deverá ser descontado da cobrança de PIS/Cofins, de 9,25%, o que resultará em um repasse líquido de R$ 792 milhões. Havia dúvidas no mercado se seria preciso descontar ainda os 34% de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido. Questionada pela própria Copersucar a respeito da cobrança tributária, a Receita Federal respondeu recentemente que incidiria apenas a cobrança de PIS/Cofins.

O precatório será rateado entre cerca de 40 empresas, que reúnem as quase 100 unidades sucroalcooleiras que eram associadas à Copersucar em 1990 e que foram representadas no processo. Entre as companhias que serão beneficiadas estão a São Martinho, o Grupo Virgolino de Oliveira e a Zilor, além de empresas em recuperação judicial e outras que até já decretaram falência.

Além do precatório de R$ 5,6 bilhões - que se refere a uma ação contra o controle dos preços de 1989, cujo valor foi corrigido pela Taxa Referencial (TR) -, a Copersucar venceu em junho outro processo, relativo ao controle de preços de 1985 a 1989, de R$ 10,6 bilhões - mas a cooperativa reclama R$ 2,2 bilhões a mais nessa ação. Caso esse valor seja acolhido, a Copersucar terá direito, no total, a R$ 18,4 bilhões da União em indenizações pelo controle de preços da época do IAA.

Os R$ 10,6 bilhões se referem à indenização corrigida em parte pela TR (referente ao período de 1985 a 1988) e em parte pela diferença entre o IPCA e a TR (de 1985 a 1989) - e, assim como o primeiro precatório, será pago em seis parcelas anuais. Tais pagamentos serão feitos até dezembro de cada ano.

Somando os pagamentos do primeiro e do segundo precatórios, a Copersucar repassará montantes bilionários todo ano entre às ex-cooperadas até 2025. Após o pagamento de dezembro de 2019, serão repassados R$ 2,6 bilhões, mas o valor chegará a R$ 4,2 bilhões após o pagamento de dezembro de 2023.

A entrada desses recursos deve salvar os balanços de muitas usinas que estavam com dificuldades e, para aquelas com melhor perfil operacional, deverá aumentar ainda mais a capacidade financeira. Algumas companhias já venderam os direitos creditórios sobre esses precatórios buscando antecipar a receita, como a Cosan e a Usina Arapoã. Para algumas usinas em recuperação judicial, cogita-se transformar o recebível em unidade produtiva isolada (UPI) para pagar credores, apurou o Valor.

"Esses recursos vão dar um impulso de liquidez para o setor e várias empresas vão ficar com perfil de crédito bom", disse Luiz Prado, um dos sócios da Makalu Partners, que já negociou alguns recebíveis de empresas que têm valores a serem repassados pela Copersucar e preferiu não dar detalhes das operações.

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Fonte: Valor Econômico

12. Produtores etanol do Nordeste e estados vizinhos criam entidade setorial

Representantes do setor sucroenergético das regiões Nordeste, Centro-Sul e Norte do Brasil criaram a Associação de Produtores de Açúcar e Bioenergia. A nova entidade reúne membros de 30 empresas e associações de nove estados nordestinos, além de Pará, Goiás e Espírito Santo. A associação surge após uma cisão setorial sobre o apoio à venda direta de etanol de usinas para postos, sem a intermediação de distribuidoras.

Representantes dessas regiões, principalmente do Nordeste, conseguiram na Justiça a autorização para a venda direta do biocombustível.

A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), que reúne usinas do Centro-Sul, principal polo produtor do País, é contrária ao comércio sem intermediários. "No nosso planejamento estratégico, focaremos a necessidade de empoderar as teses genuínas da produção nacional. (...) No contexto atual, acentuaram-se nos últimos anos muitas distorções, sobretudo fruto do desequilíbrio existente nos mercadores compradores dos nossos produtos", informou Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar) e eleito presidente executivo da nova associação. Segundo ele, a intenção é ampliar no número de associados e chegar a até 50 membros esse ano.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

Grãos e Grandes Culturas

13. Produção de milho do Brasil deve alcançar 94,1 mi de t, diz Datagro

A consultoria Datagro estimou, nesta terça-feira (2/4), que o Brasil deve produzir 64,4 milhões de toneladas de milho no inverno na safra 2018/19, um aumento de 21% ante a temporada anterior. Para a safra de verão, a projeção de produção é de 26,7 milhões de toneladas, crescimento de 3% ante 2017/18. A produção total do Brasil deve atingir 94,1 mi de t em 2018/19 (+15% ante o ciclo anterior).

Segundo o chefe de Grãos da Datagro, Flávio Roberto de França Jr., até momento, o clima tem sido "bastante favorável" para o desenvolvimento da safrinha de milho, com chuvas regulares. "Podemos ter uma surpresa positiva no número da safra de inverno." Segundo ele, com as precipitações registradas em boa parte das regiões produtoras até o momento, já é possível dizer que esta deve ser uma safra superior à de 2018.

A colheita de verão, segundo França Jr., está dentro da média histórica, em 69,3% do total, e o plantio de inverno está praticamente concluído, com 98,7% da área plantada, em comparação com média de 99,0%.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

14. Exportações do complexo soja sobem 4,2% em volume mas recuam 2,3% em receita

As exportações brasileiras do complexo soja somaram 10,674 milhões de toneladas em março, com receita de US$ 3,928 bilhões. Em relação a igual período de 2018, os embarques aumentaram 4,2% em volume, mas recuaram 2,3% em receita. Já ante fevereiro, houve aumento de 50,3% em volume e de 52,7% em receita. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 1º de abril, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Com a colheita adiantada da soja da safra 2018/19 e a demanda chinesa ainda firme por causa da guerra comercial, os embarques do País estão mais acelerados do que há um ano. Contudo, o preço por tonelada embarcada de soja em grão, farelo e óleo está abaixo de um ano atrás.

No acumulado de 2019, o Brasil já exportou 21,233 milhões de toneladas de soja, farelo e óleo, 22,7% acima de igual intervalo do ano anterior. A receita obtida com as vendas externas do complexo nos três primeiros meses de 2019 somou US$ 7,822 bilhões, 16,4% acima do primeiro trimestre de 2018.

As exportações de soja em grão somaram 8,955 milhões de toneladas em março. Na comparação com igual período de 2018, quando foram embarcados 8,813 milhões de toneladas, o aumento chegou a 1,6%. A receita com as vendas externas do grão atingiu US$ 3,253 bilhões, queda de 5,3% em relação a fevereiro do ano passado (US$ 3,434 bilhões). Na comparação com fevereiro, quando foram embarcados 6,091 milhões de toneladas, as exportações aumentaram 47% em volume.

Em receita, o incremento foi de 47,4% ante o total de US$ 2,206 bilhões de fevereiro. O preço médio do produto exportado foi de US$ 363,3/tonelada, ante US$ 389,7/tonelada em março do ano passado e US$ 362,2/tonelada em fevereiro. No acumulado de 2019, foram exportados 17,2 milhões de toneladas, 30,2% acima de igual período de 2018. A receita totalizou US$ 6,274 bilhões (+22,5%).

De farelo de soja, o volume exportado somou 1,605 milhão de toneladas, incremento de 21,3% em relação a março de 2018, quando o Brasil enviou ao exterior 1,323 milhão de toneladas. Ante fevereiro, quando os embarques somaram 976,4 mil toneladas, houve aumento de 64,4%. A receita com a exportação em março totalizou US$ 597,3 milhões, aumento de 17,8% em relação aos US$ 507,1 milhões de igual período de 2018. Em relação ao mês anterior, quando o faturamento somou US$ 341,8 milhões, o crescimento foi de 74,8%.

O preço médio por tonelada ficou em US$ 372,1, ante US$ 383,2 em março de 2018 e US$ 350,1 em fevereiro.No acumulado deste ano, os embarques somaram 3,842 milhões de toneladas, aumento de 1% ante igual período de 2018. A receita somou US$ 1,420 bilhão (+2,7%).

Já de óleo de soja, as exportações em fevereiro somaram 114,1 mil toneladas, aumento de 7,9% em relação a igual mês de 2018, quando os embarques haviam somado 105,7 mil toneladas. Em relação a fevereiro, quando foram embarcadas 36,6 mil toneladas, o aumento foi de 211,7%. A receita referente às vendas externas somou US$ 77,4 milhões em março. A queda foi de 2,4% ante igual período do ano passado, quando os recursos com a exportação haviam totalizado US$ 79,3 milhões.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

15. Soja: ‘Foi uma safra melhor do que se imaginou no começo da colheita’

A produtividade nacional da soja foi menor nesta safra 2018/2019, muito por culpa do clima. Mas o resultado final pode não ser tão ruim assim, pelo menos na estimativa realizada pela consultoria Agroconsult, após percorrer mais de 1,3 mil propriedades de todo o país, com o Rally da Safra. Segundo o consultor André Pessôa, o Brasil deve colher 118 milhões de toneladas, uma das maiores projeções realizadas até o momento, inclusive bem acima da realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 113 milhões de toneladas.

Os problemas climáticos marcaram a produção do país nesta temporada, como a estiagem em regiões importantes como Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia e Piauí. Juntos estes estados registraram quase 10 sacas a menos por hectare.

A média nacional de produtividade de soja caiu para 54,6 sacas por hectare, ante as 57,9 sacas do ciclo anterior. Aumento só no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os dados foram divulgados pela consultoria Agroconsult, após o Rally da Safra, que percorreu 1.315 lavouras.

“É uma safra de contrastes. Começou muito mal e terminou muito bem. Mesmo dentro das regiões que tiveram adversidades de clima. Tem produtor que sofreu mais que outros. Alguns apostaram em um manejo melhor de palhada e conseguiram reduzir os impactos do clima. Foi uma safra melhor do que se imaginou no começo da colheita”, afirma o consultor André Pessôa.

E a próxima safra?

Nesta safra 2018/2019 o Brasil aumentou a área de soja em 2,5%, chegando a 36 milhões de hectares, segundo dados da Agroconsult. Mas será que o país conseguirá manter um crescimento parecido para 2019/2020?

“Acredito que a área para a próxima safra (2019/2020) será maior, mas não muito. Há uma preocupação dos produtores porque os custos continuam elevados. A relação de troca, está três ou quatro sacos pior que a safra anterior. Então vou precisar comprometer mais soja da minha safra atual para plantar a safra que vem”, diz Pessôa.

A indústria de insumos já percebeu que os produtores estão receosos em relação aos custos. “A gente vê que no começo da colheita, em algumas regiões, eles estavam preocupados com a perda de 10 sacas por hectare. A gente vê que depois de uma safra dessa eles devem se planejar melhor para a próxima”, afirma o líder de novos negócios Corteva, Christian Pflug

Para ter acesso ao que é necessário para plantar, muitos produtores irão precisar de crédito. Aliás, a produção de soja é o maior cliente dos subsídios do governo, que garantiu o benefício.

“Queria tranquilizar o produtor rural sobre as especulações de tirar o Banco do Brasil do crédito, Isso até pode acontecer um dia, mas não esse ano. Será algo gradual, sempre dando preferência a quem mais precisa”, afirma o secretário de política agrícola, Eduardo Marques.

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Fonte: Canal Rural

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