Conjuntura do Agronegócio

1. Governo amplia programa de aquisição de alimentos em Brumadinho

O governo federal anunciou um aumento o número de pessoas beneficiadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na região de Brumadinho (MG). A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 31.

Além disso, o porta-voz da Presidência, general Rêgos Barros, afirmou que serão destinados mais R$ 300 mil para fortalecer a compra de alimentos de pequenos agricultores do município, além dos R$ 120 mil já relacionados anteriormente, totalizando R$ 420 mil.

Outra medida anunciada foi a liberação do seguro-defeso para os pescadores da região afetados pelo rompimento da barragem de rejeitos minerais. A ação está sendo realizada em conjunto com o Ministério da Economia, com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Rio atingido por lama pode causar danos à saúde animal

As secretarias estaduais de Saúde, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais informaram que a água do Rio Paraopeba apresenta riscos à saúde humana e animal.

Os resultados iniciais do monitoramento feito pelo governo mineiro, após o rompimento da Barragem B1, Mina do Feijão, em Brumadinho, mostra os riscos. Com isso, por questão de segurança, até que a situação seja normalizada, as pastas não recomendam a utilização da água bruta do Rio Paraopeba para qualquer finalidade.

Embora o contato eventual com a água não cause risco de morte, as secretarias alertam que deve ser respeitada uma área de 100 metros das margens. Os bombeiros, que têm trabalhado em contato mais direto com o solo, conforme a Secretaria de Saúde, precisam utilizar todos os equipamentos de segurança.

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Fonte: Canal Rural

2. Embrapa anuncia plano de demissão voluntária

A Embrapa, estatal vinculada ao Ministério da Agricultura, terá um programa de demissão voluntária que poderá contemplar quase um terço do quadro de funcionários. O anúncio foi feito na quarta-feira pelo presidente da estatal, Sebastião Barbosa, em videoconferência com as unidades regionais, apurou a reportagem.

O Plano de Desligamento Incentivado (PDI), ao qual o Valor teve acesso, ainda precisa ser aprovado pelo conselho de administração da Embrapa, o que deverá ocorrer sem maiores dificuldades, de acordo com uma fonte a par do tema.

A medida faz parte estratégia de reestruturação da estatal, iniciado na gestão do presidente anterior, Maurício Lopes. De acordo com estudos da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Economia, cerca de 3 mil servidores da Embrapa teriam condições de aderir ao PDI, o que representa 31% do quadro de 9,5 mil funcionários da estatal. No último PDI, realizado pela Embrapa há dez anos, 1.339 empregados da empresa aderiram.

Após a realização do programa de demissão voluntária, a Embrapa poderá repor até 75% das vagas. As reposições, no entanto, dependem de aprovação de concurso público.

Para se aderir ao PDI, o servidor precisa ter 58 anos e pelo menos 20 anos de trabalho na Embrapa. A proposta estabelece que todos os desligamentos deverão ocorrer até 31 de dezembro de 2019, na modalidade de demissão em comum.

As regras preveem o pagamento de 20% dos valores depositados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e 50% do aviso prévio indenizado. Pelos termos do PDI, a Embrapa poderá pagar até R$ 350 mil por empregado.

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Fonte: Valor Econômico

3. Ministra será exonerada para assumir mandato na Câmara

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, será exonerada nesta sexta-feira, dia 1, para poder tomar posse como deputada federal por Mato Grosso do Sul. Ela foi eleita para o segundo mandato consecutivo e já foi diplomada em dezembro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado. Com isso, ficará afastada por três dias da pasta para assumir a cadeira no Congresso Nacional.

Ela retorna ao comando do Mapa na segunda-feira, dia 4. Nesse período, o secretário-executivo, Marcos Montes, que também foi deputado na legislatura que se encerra nesta quinta-feira, dia 31, e não tentou a reeleição por Minas Gerais, ficará como ministro interino.

O mesmo deve acontecer para os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Osmar Terra (Cidadania), ambos eleitos pelo Rio Grande do Sul, e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), de Minas Gerais.

Nomeação

Ficou para a semana que vem também a nomeação de Valdir Colatto como diretor do Serviço Florestal Brasileiro, órgão responsável pela gestão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que passou do Ministério do Meio Ambiente para os cuidados do Ministério da Agricultura. Colatto tem mandato como deputado federal até esta quinta-feira, 31.

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Fonte: Canal Rural

Insumos

4. Heringer demite e fecha fábricas para tentar administrar endividamento

A Heringer, uma das maiores empresas de fertilizantes do país, informou hoje, em comunicado ao mercado, que Rodrigo Bortolini Rezende e Pedro Augusto Lombardi Ferreira renunciaram aos cargos de diretor Financeiro e de Relações com Investidores e Controladoria e diretor de Suprimentos e Logística, respectivamente.

Com as renúncias, o presidente da companhia, Dalton Carlos Heringer, vai acumular o cargo de Rezende e Alfredo Fardin ficará interinamente na cadeira de Ferreira.

As renúncias não foram as únicas baixas na empresa. Fontes do segmento confirmaram ao Valor que houve diversas demissões hoje na companhia, e que a onda acontece em meio a uma crise preocupante.

Segundo a agência Reuters, a Heringer decidiu fechar fábricas e centros de distribuição como parte de uma reestruturação para enfrentar seu elevado endividamento.

A Reuters informou que, em mensagem a funcionários, Dalton Carlos Heringer afirmou que a reestruturação se tornou necessária depois que credores obtiveram na Justiça o direito de congelar contas da empresa para garantir o recebimento de pagamentos atrasados.

Os resultados recentes da companhia já sinalizavam problemas. No fim de setembro, as dívidas da Heringer somavam R$ 2,9 bilhões. No terceiro trimestre do ano passado, a empresa registrou receita líquida de R$ 1,2 bilhão, 20% menor que no mesmo período de 2017, Ebitda negativo de R$ 24,1 milhões, e prejuízo líquido de R$ 117,4 milhões.

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Fonte: Valor Econômico

5. UPL conclui compra da Arysta e cresce em agroquímicos

Seis meses após o anúncio da compra da Arysta, empresa de origem japonesa, pela indiana United Phosphorus Limited (UPL), a transação foi concluída e, a partir de agora, as empresas passam a operar de maneira integrada.

A UPL comprou a Arysta LifeSciense da americana Platform Specialty Products (PSP) por US$ 4,2 bilhões em julho do ano passado. Em 2019, a "nova" UPL, como tem sido chamada internamente, deverá registrar US$ 5 bilhões em vendas e US$ 1 bilhão em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). As sinergias iniciais estão estimadas em US$ 200 milhões neste primeiro ano, conforme estimativas divulgadas durante o anúncio da transação.

"Uma aquisição desse tamanho e não tivemos de vender nada. Isso mostra a complementariedade dos negócios. As empresas nasceram uma para a outra", brincou o diretor de operações, de estratégia e inovação da UPL, Carlos Pellicer. No Brasil, o atual presidente da Arysta para a América Latina, Fábio Torreta, será o responsável pelas operações da UPL. Rogério Castro, que era o presidente da UPL no Brasil, deixará a companhia.

A empresa continuará com o nome UPL, mas definiu mudanças estratégicas, entre as quais o desejo de ter uma postura mais aberta a inovações e de estreitar parcerias com entidades estatais, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e com universidades. "Essa é uma filosofia forte na Arysta que queremos reforçar na UPL", disse Pellicer.

Com a compra da Arysta, a UPL passa a ser a quinta maior empresa do mundo em vendas de agroquímicos. Pellicer avalia que o Brasil será fundamental na estratégia para manter essa participação. "O Brasil é o nosso maior mercado. E vamos manter as duas estações de pesquisa que temos, uma que já era da UPL e outra da Arysta", disse o executivo, que é brasileiro, já foi presidente da UPL no Brasil e acumula a função de liderar a integração das operações globalmente.

Segundo o executivo, o país deve concentrar toda pesquisa e desenvolvimento de produtos para soja. "O Brasil é o maior produtor e faz sentido concentrarmos as pesquisas aqui", afirmou Pellicer. De acordo com Torreta, novo CEO no Brasil, será preciso fazer novas contratações no país. "Vamos ter de ampliar a nossa equipe aqui. Temos 400 pessoas e teremos de contratar mais".

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Fonte: Valor Econômico

6. Pequenos e médios produtores terão mais R$ 6 bi em crédito rural

O Conselho Monetário Nacional (CMN) confirmou, em sua reunião de hoje, alterações na legislação com o objetivo de direcionar recursos para o financiamento a pequenos e médios produtores rurais.

A principal medida aprovada foi a alocação adicional de recursos para operações de custeio agrícola e pecuário no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

Segundo o Banco Central (BC), essa medida deve assegurar cerca de R$ 6 bilhões em novos recursos para os pequenos e médios produtores. A alocação de recursos adicionais tem caráter temporário, com vigência entre 1º de fevereiro e 30 de junho de 2019.

Há também uma mudança nas regras de financiamento agrícola com recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Essa mudança permite que os recursos captados via LCA alocados para o crédito rural possam ser aplicados em condições livremente pactuadas entre as partes. Segundo o BC, a instituição financeira vai discutir diretamente com o produtor as taxas do instrumento.

Antes, 35% das operações de LCA tinham que se direcionadas para operações rurais. Desse percentual, o banco tinha que contratar 40% até uma taxa de juros de 8,5% ao ano. Segundo o BC, esse limite fazia com que os bancos procurassem operações com risco reduzido. "Na hora que você deixa essa taxa para o mercado fazer, você permite que o agente e o produtor rodem muito mais livremente", disse Claudio Filgueiras, chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro do BC (Derop).

As mudanças aprovadas hoje, informou Filgueiras, fazem parte das discussões com vistas a um novo modelo de fomento à agricultura, com foco nos pequenos e médios produtores. “Estamos permitindo que produtores tenham mais recursos para concluir a safra”, disse.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Defesa Agropecuária paulista interdita Avícola Prearo

Os agentes do Serviço de Inspeção do Estado de São Paulo (SISP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, interditaram na manhã desta quinta-feira a Avícola Prearo, em Bariri, “por crimes que lesam o bolso e a saúde do consumidor”. Segundo o SISP, o estabelecimento já possui um histórico de autuações por fraudes desta natureza.

“É dever do serviço de defesa agropecuária do Estado coibir esse tipo de crime, que prejudica a economia e a saúde pública. Estamos vigilantes e nossos agentes de fiscalização estão espalhados por todo o Estado para fazer valer a lei. A fiscalização deve ser rigorosa para os fora-da-lei e instrutivas para os bem intencionados”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira.

De acordo com os agentes da secretaria, as análises de dripping test - que verifica a quantidade de água na carcaça de aves congeladas - constatou volume maior que o permitido. As condições de higiene e armazenamento dos produtos também estavam fora dos padrões exigidos. Além de muita sujeira, foram encontradas embalagens falsificadas, aves acondicionadas em geladeiras com temperatura inadequada e equipamentos quebrados.

As ações, coordenadas por médicos veterinários da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, ocorrem em diversos frigoríficos do Estado e seguem o que estabelece a Resolução SAA 36, de 21 de agosto de 2018.

Notícia na ítnegra

Fonte: Revista Globo Rural

8. Fisco paulista vê sonegação de R$ 350 milhões em ICMS do sebo de boi

A Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (31/01), a Operação Sebo Virtual, em diversas regiões do Estado, para reprimir fraude fiscal estruturada no comércio de sebo bovino, que teria lesado os cofres públicos em pelo menos R$ 350 milhões. A operação, em conjunto com a Divisão de Investigações sobre Crimes Contra a Fazenda do Departamento de Policia de Proteção à Cidadania da Policia Civil, mobiliza 60 agentes fiscais e 30 policiais civis, que executam trabalhos em 15 alvos, além de cumprirem seis mandados de busca e apreensão, nos municípios de São Paulo, Amparo, Vargem Grande do Sul, Jales, Dirce Reis e Barueri.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Fazenda, indícios reunidos pelo fisco paulista apontam para a existência de ao menos quatro grupos articuladores, com núcleos de atuação concentrados em São Paulo, Paraná e Rio. A estimativa é de que esses grupos teriam movimentado cerca de R$ 2,15 bilhões em operações somente no Estado de São Paulo e deixado de recolher aos cofres públicos R$ 350 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no período de cinco anos, "por meio da criação de empresas constituídas com o único objetivo de sonegar impostos".

"Estes grupos seriam formados por empresas de fachada e simuladas que teriam sido criadas especificamente para gerar e transferir créditos espúrios de ICMS", informa a Fazenda.

Os quadros societários seriam compostos por "sócios laranjas" com o objetivo de afastar eventual responsabilidade dos controladores do esquema pelos débitos tributários decorrentes. Ao simularem as operações, os beneficiários da fraude deixavam de recolher ICMS por meio de um creditamento indevido e superfaturado das empresas simuladas dentro e fora do estado de São Paulo, afirma a Fazenda.

Modus Operandi

De acordo com a legislação paulista, as operações com sebo dentro do Estado de São Paulo ocorrem sem o destaque do ICMS, cujo recolhimento fica diferido para o momento de sua transformação em subproduto.Com a ocorrência da industrialização o contribuinte deve arcar com a totalidade do ICMS não recolhido anteriormente em toda a cadeia de operações.

De outro modo, nas operações interestaduais não ocorre o diferimento do imposto.Segundo a Fazenda, "no intuito de escapar do alcance do fisco, os articuladores da fraude passaram a simular operações interestaduais, a fim de se aproveitarem de créditos fictícios e se eximirem da responsabilidade pelo pagamento do imposto que adviria das operações de industrialização do sebo dentro do estado".

Foram criadas inúmeras empresas de fachada em outros estados "com o objetivo de ocultar os reais vendedores nas operações com as indústrias de beneficiamento final". "Esse cruzamento de notas, contudo, não reflete a real circulação da mercadoria, já que, ao que tudo indica, o sebo circula somente entre frigoríficos e empresas beneficiárias paulistas.

"A operação Sebo Virtual busca provas, documentos físicos e arquivos digitais armazenados em computadores e servidores de dados das empresas "no intuito de responsabilizar, nas áreas administrativa e penal, os reais beneficiários do esquema fraudulento".

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Fonte: Revista Globo Rural

9. MT: carne bovina no varejo está quase 7% mais cara em 2019

A média de preços dos cortes de carne bovina atingiu R$ 22,46 por quilo no varejo de Mato Grosso, queda de 1,06% ante os valores verificados no início do mês, e alta de 6,87% em relação aos R$ 21,01 por quilo de janeiro de 2018. Os números foram divulgados nesta terça-feira, dia 29, pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu relatório semanal.

O Imea observa que, apesar da queda durante o mês, observa-se que 2019 se inicia com um mercado consumidor “em patamares mais elevados no comparativo anual, trazendo otimismo para o restante do ano”.

No atacado, o valor da carcaça casada do boi caiu 5,85% desde o início do mês, para R$ 10,14 por quilo. Entretanto, o resultado representa leve alta de 0,50% ante a média de dezembro, de R$ 9,29 por quilo, e avanço de 9,13% ante janeiro do ano passado.

Segundo o instituto, a desaceleração dos preços durante o mês é sazonal e está atrelada ao período em que o consumidor está mais descapitalizado, devido ao pagamento de taxas tributárias anuais e ao período de férias. Este contexto diminui a demanda por carnes. Com a retomada no consumo, prevista para fevereiro, a tendência é de melhora também nas cotações do boi gordo, que caíram 0,26% na variação semanal, a R$ 135,99 por arroba. Na mesma linha, a arroba da vaca gorda baixou 0,28%, para R$ 127,48.

“Com a contínua diminuição nas vendas realizadas pelo produtor ao longo da semana, a escala de abate segue em queda e finalizou a última semana, em média, com 5,91 dias”, destaca o levantamento. O único avanço foi observado no bezerro de 12 meses, cuja cotação subiu 0,68% na variação semanal, para R$ 1.249,73 por cabeça. Segundo o Imea, a melhora na procura por animais de reposição é o que permeia essa valorização de preço.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Canal Rural

Agroenergia

10. Fundo de investimentos solicita a penhora de bens da Atvos

Um credor da Atvos, novo nome da Odebrecht Agroindustrial, pediu nesta semana a penhora de ativos e de caixa da empresa para a quitação de dívidas. O fundo de investimentos americano Lone Star tem debêntures emitidas pela companhia que representam cerca de R$ 1 bilhão.

A dívida total da empresa é de cerca de R$ 11 bilhões. Desses, aproximadamente R$ 9 bilhões estão com bancos brasileiros, que negociam uma saída com a Odebrecht.

O Lone Star protocolou pedido de penhora de ativos reais, como cana-de-açúcar, e também do caixa da companhia, segundo pessoas que acompanham as negociações.

O comportamento tem sido agressivo, de acordo com conversas dentro da Atvos.

Na Odebrecht, avalia-se que a estratégia do fundo é fazer um “take over” (tomada hostil de controle). A unidade tem uma capacidade de moagem de 36 milhões de toneladas de cana. A dívida do grupo é de ao menos R$ 70 bilhões.

A coluna da Folha de São Paulo não conseguiu contato com o fundo.

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Fonte: Folha de S. Paulo/NovaCana

11. Preço do etanol contraria tendência da entressafra e cai 7,7% em São Paulo, aponta ANP

O preço médio do etanol comercializado nos postos do Estado de São Paulo em janeiro deste ano caiu 7,7% em relação ao mesmo período do ano passado, apontam dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A redução contraria a tendência de aumento do período da entressafra, quando as usinas interrompem a produção.

De acordo com o levantamento, feito a partir de informações coletadas em 6,6 mil postos paulistas, o litro do derivado da cana-de-açúcar foi cotado a R$ 2,63 até o último dia 26 contra R$ 2,85 em 2018. A cotação é a mais baixa entre todos os estados brasileiros, de acordo com a agência, apesar de uma alta de R$ 0,10 nos preços máximos praticados - de R$ 3,59 para R$ 3,69.

O preço menor resulta de fatores como a baixa na gasolina, influenciada pela redução na cotação do petróleo no exterior, segundo o economista Luciano Nakabashi, da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), em Ribeirão Preto (SP), um dos principais polos sucroenergéticos do país.

"O que a gente presenciou foi uma redução no preço da gasolina a partir de outubro e isso afetou também o etanol, porque os dois combustíveis estão muito relacionados, porque são substitutos: a hora que afeta o preço de um, a tendência é que o outro combustível vá na mesma direção", explica.

Segundo Nakabashi, o estoque em alta do etanol nas usinas também exerceu influência. Em 2018, as indústrias do setor focaram a produção do combustível em detrimento do açúcar, com valor de venda menos interessante no mercado internacional, e bateram um recorde de 11 anos nas unidades da região Centro-Sul do país.

"Acaba sobrando etanol no mercado, ainda mais que essa última safra foi muito mais voltada para a produção do etanol. Como o preço do açúcar não está atrativo, elas direcionaram o máximo possível da produção da cana para o etanol", afirma.

O presidente do Sindicato Brasileiro das Distribuidoras de Combustíveis (Sinbracom), Valdemar de Bortoli Júnior, confirma um aumento da procura pelo etanol depois que houve redução no preço. Os abastecimentos do etanol anidro nos carros, segundo ele, chegam a responder por 80% dos consumidores nos postos.

"Não é esperada essa baixa. Geralmente na entressafra a tendência do preço do etanol é subir, mas as usinas estão com muito estoque, então realmente o preço, apesar de o consumo ter subido, baixou", diz.

Para o economista da Fundace, a tendência é de que os preços se mantenham estáveis nos próximos meses se não houver alta no preço do petróleo nem questões macroeconômicas que influenciem o câmbio.

"A tendência não é de aumento do petróleo, pelo menos nos próximos meses. O câmbio, se não ocorrer alguma coisa assim, uma insegurança muito grande no curto prazo, tende também a se manter mais ou menos nesse patamar", afirma Nakabashi.

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Fonte: EPTV 1/G1

12. Safra de cana terá avanço de 6% este ano no Estado

O motivo para a superprodução de etanol em Mato Grosso do Sul é uma safra produtiva de cana-de-açúcar que já superou em 6% o total produzido no ciclo anterior. O volume processado de cana nas usinas sucroalcooleiras saltou de 46,9 milhões para 50 milhões de toneladas processadas até o momento, segundo dados da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul).

De acordo com presidente da entidade, Roberto de Hollanda Filho, outros índices da produção regional também impulsionaram o desempenho. “Além do resultado geral positivo, temos aumento de 26% na produção de etanol hidratado e uma queda de 9% no anidro. Além disso, o mix de produção também foi alavancado e, da safra passada para atual, a destinação da cana para processamento de etanol aumentou de 73% para 84%”, detalha.

O dirigente da Biosul explica que o Estado apresenta algumas peculiaridades que levam as usinas a trabalharem durante toda a safra. “Na maioria dos estados do Centro-Sul, o processamento terminou em dezembro. Aqui a situação se modifica em razão do regime climático inconstante, então, as agroindústrias já se adaptaram para atuar durante todo o ciclo”, argumenta.

Outro diferencial da safra sul-mato-grossense diz respeito à produção de açúcar, que terá uma queda de 64% na produção em relação ao ciclo 2017/2018. “Até o momento, foram processadas 613 mil toneladas de açúcar, contra 1,3 milhão de toneladas na safra passada. Essa retração é resultado dos preços praticados no mercado internacional, que diminuíram muito, então o produto deixou de ser tão atrativo quanto é o etanol, por exemplo”, observa Hollanda.

Quanto aos preparativos para a próxima safra, o presidente da Biosul antecipa que o planejamento está na fase de identificação territorial, renovação de canaviais e identificação das variedades mais produtivas e adaptadas ao clima do Estado. “O plantio para o próximo ciclo já começou, mas estamos focados em selecionar cultivares de cana que sejam resistentes às mudanças climáticas locais. A Biosul tem acompanhado os testes e, em breve, teremos novidades”, finaliza.

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Fonte: Correio do Estado

Grãos e Grandes Culturas

13. Oferta em alta derruba preço do suco de laranja

As perspectivas de crescimento da produção nos EUA e no Brasil abriram um alçapão sob as cotações do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) na bolsa de Nova York em janeiro.

Cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos futuros de segunda posição de entrega mostram que, em relação a dezembro, a queda do mês passado chegou a 10,3%. Na comparação com a média de janeiro de 2018, a retração foi de 15,3%.

A curva descendente, que ganhou força em julho do ano passado, tem sido determinada sobretudo pela expectativa de recuperação expressiva da safra de laranja da Flórida na temporada 2018/19, que nos EUA começou em outubro e terminará em setembro próximo.

As estimativas atuais apontam que a colheita no Estado americano, que reúne o segundo maior parque citrícola do mundo, chegará a 77 milhões de caixas de 40,8 quilos, 71% mais que em 2017/18, quando a safra foi bastante prejudicada por problemas climáticos.

Apesar do peso da Flórida na formação de preços em Nova York, os sinais de avanço no polo formado por São Paulo e Minas Gerais, que lidera a produção global de laranja, também já colaboram para manter as cotações deprimidas.

Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a colheita caiu cerca de 30% e ficou em 275 milhões de caixas no ciclo 2018/19, que chegará ao fim em junho. Mas, entre produtores e indústrias de suco, já é consenso que haverá incremento em 2019/20.

Os percentuais de aumento previstos ainda variam muito, até porque há incertezas climáticas no horizonte. Mas, em tempos de demanda global fraca, um copo de suco a mais já é o suficiente para manter os preços retraídos.

Com a queda da produção em 2018/19, os estoques de suco brasileiro nas mãos das principais indústrias exportadoras (Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company) voltaram a encolher.

Nos cálculos da CitrusBR, entidade que representa os exportadores, o volume deverá ficar em 146,7 mil toneladas no fim da temporada (30 de junho), ante as 342 mil registradas ao término da safra 2018/19. Essa queda, segundo fontes do segmento, poderá oferecer algum alento às cotações no segundo semestre.

Outra "soft commodity" cujos contratos de segunda posição de entrega também registraram queda do valor médio mensal em janeiro foi o algodão. Segundo o Valor Data, em relação a dezembro a retração foi de 4,6% e na comparação com janeiro do ano passado chegou a 7,7%.

Ocorre que com a melhora dos preços no ano passado, em razão de um aquecimento da demanda global liderado pela China, a oferta cresceu em diversos países, inclusive no Brasil, um dos principais exportadores, o que passou a pressionar o mercado.

Para café e açúcar - que, como o suco de laranja, têm o Brasil como principal país exportador -, janeiro foi de pequenas altas em Nova York, incapazes de mudar para melhor o humor de seus produtores ou dirimir suas preocupações.

Sob influência brasileira, mas também de outros países, as ofertas desses produtos continuam a ser consideradas confortáveis por analistas e têm pesado como uma bigorna sobre as cotações.

O açúcar encerrou janeiro com média 1,3% superior a de dezembro, mas 9% menor que a de janeiro de 2018. Nos últimos meses os preços têm oscilado entre 11 e 13 centavos de dólar, sem força para romper essa barreira e muito longe dos 20 centavos do início de 2017. O cenário não é muito diferente no mercado de café arábica.

Na bolsa de Chicago, soja e milho encerraram janeiro com leves altas - 1% e 0,5% - em seus preços médios em relação a dezembro. Os dois mercados continuam a ser influenciados pelas incertezas derivadas das disputas entre EUA e China.

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Fonte: Valor Econômico

14. Clima põe produtores de café em alerta

O baixo volume de chuvas e as altas temperaturas registradas em grande parte das lavouras de café do país em janeiro colocaram os produtores e o mercado em alerta. Na fase de granação, que ocorre nos primeiros três meses do ano, as chuvas são determinantes para o peso do fruto e o rendimento das plantações.

"A falta de chuva é um fator de alerta. Mas ainda é cedo para saber se haverá perdas por causa disso na safra 2019/20", diz Haroldo Bonfá, diretor da Pharos. Nos polos dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Bahia a precipitação média em janeiro atingiu 56 milímetros, 67,8% menor que no mesmo mês de 2018 (174 milímetros), segundo relatório da consultoria.

Conforme a mineira Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do país, em janeiro, até segunda-feira, choveu 74,8 milímetros em Guaxupé, apenas 25% da média para o período, que é 290 milímetros. "É uma redução muito significativa. Até dezembro as chuvas foram boas, mas depois o volume piorou muito", diz Eder Ribeiro dos Santos, engenheiro agrônomo da Cooxupé.

Nos últimos 29 dias até terça-feira, em 20 não houve chuvas superiores a 2 milímetros em Guaxupé. Santos compara o volume de chuvas de janeiro ao do mesmo mês de 2014. Naquele ano, a cidade ficou 26 dos primeiros 29 dias do mês sem chuvas acima de 2 milímetros. "Era um ano de bienalidade positiva e tivemos uma perda muito grande".

Para Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), ainda não há motivo para preocupações em relação à safra 2019/20. "O menor volume de produção estimado pela Conab, de 50 milhões de sacas, já leva em conta esse cenário". afirma.

A perspectiva de uma safra farta no Brasil, ainda que em ano de bienalidade negativa da espécie arábica, e os estoques elevados após o recorde de produção brasileira em 2018/19 tem pressionado os preços do grão no mercado internacional.

Nesta semana, porém, informações sobre chuvas em Minas e no Espírito Santo no fim de semana pressionaram as cotações. Na avaliação do corretor Thiago Cazarini, da Cazarini Trading Company, as chuvas nas regiões produtoras mineiras acalmaram os ânimos na bolsa de Nova York, mas isso não significa que a produção está garantida.

De acordo com o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, a previsão é que volte a chover em todas as regiões produtoras de café já nos primeiros dias de fevereiro, o que dará condições para o desenvolvimento das lavouras. "Vamos acompanhar se a previsão vai se concretizar. Se chover menos que o normal, os preços vão se recuperar", aposta Cazarini.

Outra questão que preocupa os produtores é a temperatura, maior do que a média histórica para este período do ano. Em Guaxupé, a média de janeiro foi 24,7ºC, ante a média histórica de 23,3ºC. "Isso se repetiu em todos os municípios monitorados pela Cooxupé. A temperatura elevada diminui o metabolismo da planta e o grão não enche", diz Santos, agrônomo da cooperativa.

De acordo com ele, como até dezembro choveu bastante, as lavouras estão em bom estado. Se o clima continuar como está, entretanto, o produtor não conseguirá fazer a próxima adubação, que depende do tempo úmido. "Se tivermos mais 15 dias sem chuva, o prejuízo para a planta será maior", afirma.

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Fonte: Valor Econômico

15. Blairo Maggi quer voltar a se concentrar nos negócios da Amaggi

O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi se despediu hoje da vida pública e anunciou que se concentrará no papel de acionista das empresas do Grupo Amaggi depois que cumprir um período de seis meses de quarentena.

O recado foi passado em um grupo de mensagens que Maggi mantém com amigos, políticos e empresários do agronegócio.

Maggi desistiu de disputar a reeleição para o Senado no ano passado e desde então vem declarando seu desejo de participar mais ativamente do dia a dia da Amaggi. Ele se afastou da rotina da empresa por causa do mandato de senador, encerrado nesta quarta-feira.

“Quero agradecer o apoio de todos com quem convivi ao longo de 16 anos de vida pública, na condição de governador, senador e por fim, ministro da República”, afirmou.

“Seguirei na condição de acionista das empresas das quais faço parte, observando, porém, a quarentena determinada na legislação para aqueles que exerceram função pública”, acrescentou.

A interlocutores, Maggi tem dito que quer voltar a se envolver em grandes projetos da Amaggi, como a possível participação da empresa na Ferrogrão, ferrovia que ligaria Sinop (MT) a Miritituba (PA), uma das prioridades do setor produtivo mato-grossense.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

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