Conjuntura do Agronegócio

1. China, UE e Índia na disputa pelo comando da FAO

A China, a União Europeia (UE) e a Índia entraram na disputa para fazer o sucessor do brasileiro José Graziano da Silva na direção-geral da Agência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Em meio à aproximação entre Brasília e Washington, há grande expectativa sobre quem o governo Jair Bolsonaro apoiará.

As candidaturas para o comando da organização dedicada a erradicar a fome e má nutrição no mundo podem ser apresentadas até 28 de fevereiro. Por enquanto, há cinco candidatos. A eleição ocorrerá durante a conferência da organização, a ser realizada em Roma entre 22 e 29 de junho. O segundo mandato de Graziano termina em 31 de agosto. O brasileiro comanda a FAO desde 2011. A eleição é secreta e ocorre em turnos. Cada país tem um voto.

O candidato chinês é o vice-ministro de Agricultura, Qu Dongyu, visto como forte concorrente. Sua campanha está em curso e ele esteve em Berlim num evento da FAO com 35 ministros de agricultura. Um dos pontos que Pequim usará a seu favor é a relação com a África, com projetos de bilhões de dólares. Por outro lado, alguns analistas avaliam que a China tem uma imagem de arrogância junto a alguns países africanos.

A China até recentemente visava cargos de influência discretos, abaixo da direção-geral de organizações internacionais. Quando tentou dar um salto maior e obter o comando da Unesco, a Agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, acabou derrotada pela então ministra francesa da Cultura Audrey Azoulay.

Com o apoio da UE, a francesa Catherine Geslain-Lanéelle, ex-diretora-geral da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, também está na disputa. Pesa a favor dela o simbolismo de sua eleição. Seria a primeira mulher a dirigir a FAO. A questão de gênero, porém, nem sempre faz a diferença, como mostrou a escolha do português António Guterres para a secretaria-geral da ONU, em 2016. Na ocasião, o sentimento era de que o cargo ficaria com uma mulher do leste europeu.

Com DNA protecionista, a francesa defende a Política Agrícola Comum (PAC) turbinada com 59 bilhões de euros. Para ela, subsídios agrícolas são aceitáveis desde que adaptados a objetivos como acabar com a má nutrição, o que não é bem o caso na Europa. Indagada sobre como países reagem a sua candidatura, afirmou que não vê “expressão de desgosto”.

A Índia, por seu turno, lançou Ramesh Chand, economista especializado na área agrícola. Nova Déli aparentemente tentou, sem sucesso, convencer Pequim a não disputar a eleição da FAO, segundo a imprensa indiana. Os outros candidatos são Médi Moungui, representante permanente dos Camarões junto à FAO, e Davit Kirvalidze, assessor do primeiro-ministro da Georgia e ex-ministro da Agricultura. A avaliação é que os dois têm poucas chances.

As cartas vão ficar mais claras em março, quando houver certeza contra quem se está jogando. Novos candidatos podem surgir. Mas os representantes da China e da UE, que começaram a campanha mais cedo, parecem ter vantagem.

A posição do Brasil, um dos líderes globais no setor agrícola e criador do programa Fome Zero, ainda não está definida. O Itamaraty e o Ministério da Agricultura vão discutir a situação. Vários países esperam para ver a posição dos americanos. O fato é que Washington quer conter a influência dos chineses na África.

Para o Brasil, é difícil votar contra China e Índia, sócios no Brics, o grupo dos grandes emergentes que fará seu encontro de cúpula este ano justamente em Brasília. Além disso, votar na francesa parece pouco provável dada algumas de suas posições, como a defesa de subsídios.

A eleição na FAO coincide com o aumento do protecionismo nos mercados agrícolas. Em 2018, os EUA deram subsídios diretos para produtores de soja, a Índia deu ajuda para seus produtores de açúcar, e a Rússia deflagrou nova estratégia de ajuda para a produção de trigo.

Além disso, a fome no mundo aumentou em 2017 pelo terceiro ano consecutivo, no rastro de conflitos e mudanças climáticas. A fome cresceu em quase toda a África e América do Sul. Atualmente, são 821 milhões de pessoas famintas — uma em cada nove na população mundial.

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Fonte: Valor Econômico

2. Agricultores prejudicados por lama de Brumadinho podem ser até 400

A Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg) estima entre 350 e 400 o número de produtores rurais prejudicados pelo rompimento da barragem 1 da Mina do Feijão, pertencente à Vale, em Brumadinho. A estimativa leva em conta os atingidos no próprio município e aqueles que estão em outras localidades próximas ao Rio Paraopeba, por onde está passando a lama da mineração.

O Serviço Geológico do Brasil acredita a “água turva” deve atingir o município de São José da Varginha nesta quarta-feira (30/1). E como a velocidade dos rejeitos está menor que a da água em condições normais, não é possível prever quando chegarão à Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, entre os municípios de Curvelo e Pompeu. A foz fica em Felixlândia, a 200 quilômetros de Brumadinho.

O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, afirma que será feito um levantamento minucioso das perdas de produtores não apenas de Brumadinho, mas de toda a área atingida. A intenção é levantar os prejuízos nas plantações, na estrutura das propriedades e equipamentos, além do endividamento.

Vilson afirma ter relatos de outras localidades que já estão sofrendo os efeitos do desastre ambiental. "À medida que a lama avança, vamos avaliando. Estamos fazendo um levantamento amplo e minucioso dos prejuízos diretos e indiretos. São cerca de 350 a 400 produtores que podem ser prejudicados em Brumadinho e outros municípios”, diz.

O Ministério da Agricultura estima que, só em Brumadinho, cerca de 180 propriedades rurais tenham sido prejudicadas. Na região, há, principalmente, produtores de frutas e hortaliças. Mas também criadores de gado de leite, galinhas e porcos, de onde tiravam sua renda e seu sustento.

Na região do Parque da Cachoeira, zona rural do município e uma das mais atingidas, produtores de hortaliças não apenas perderam a parte das plantações soterrada. O que restou não pode ser irrigado porque ficou impossível captar água.Eles dependiam do Rio Paraopeba para viabilizar o cultivo.

No último domingo (27/1), o presidente da Fetaemg esteve na região, onde se reuniu com um grupo de cerca de 20 agricultores familiares. Esses produtores decidiram formar um comitê para, junto com os técnicos e advogados da entidade para contabilizar os prejuízos e cobrar a reparação dos danos.

Sete desses agricultores fazem parte de uma comissão de atingidos, que foi formada na segunda-feira (28/1), depois de uma reunião com representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, líderes comunitários locais e do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brumadinho está reunindo as informações sobre os produtores locais para levar à comissão de atingidos e à Fetaemg.

"Temos que resolver a situação mais emergencial primeiro, para depois ver o que será feito. Produtores perderam a casa e a renda. Tem produtores endividados e que perderam tudo", diz o presidente do Sindicato, Mauro Pinto de Souza.

Globo Rural entrou em contato com a mineradora e questionou a empresa sobre a situação dos produtores rurais de Brumadinho. Até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.

Depois de cinco dias de operações de resgate em meio ao rastro de destruição deixado pela lama da barragem, a contagem oficial de mortos chegou a 84 e 276 desaparecidos.

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Fonte: Revista Globo Rural

3. Tereza Cristina rebate críticas de ONG ao agronegócio brasileiro

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, rebateu as críticas publicadas por Leila Salazar-López, diretora executiva da Amazon Watch, uma organização ativista com sede em São Francisco, no jornal norte-americano The New York Times sobre o agronegócio brasileiro e as ameaças do governo Jair Bolsonaro ao meio ambiente.

O artigo afirma que as promessas do presidente de abrir a Amazônia para negócios podem resultar em "um enorme desmatamento e na liberação de vastas emissões de gases de efeito estufa". "Isso não tem fundamento", disse a ministra ao Estadão/Broadcast.

A ministra afirma que 80% da Amazônia são protegidos por lei. "E isso não vai mudar", disse. "Eles falam em aumento do desmatamento, mas isso não tem nada a ver com o agronegócio", afirmou. Segundo a ministra, nos últimos anos 67% do desmatamento na Amazônia aconteceu em terras públicas, invadidas ou griladas. Ela afirma que em 2012 o desmatamento era de 27 mil quilômetros quadrados por ano e passou para 7,6 mil quilômetros quadrados em 2018. "Nessa conta entra ainda o desmatamento legal que acontece em 20% das terras", disse.

No artigo publicado no NYT, a autora afirma que as ameaças de Bolsonaro de reduzir os padrões fundamentais de direitos ambientais e indígenas são uma ameaça à estabilidade climática. Tereza Cristina garantiu que não haverá mudança sobre a lei ambiental de proteção à Amazônia no governo Bolsonaro.

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Fonte: Estadão Conteúdo

Insumos

4. Governo amplia prazo para contratação de linhas do Pronaf

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assinou nesta quarta-feira, 30, uma portaria que prorroga de um para dois anos o prazo de validade da Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

A portaria, publicada na edição de hoje do “Diário Oficial da União”, consta das 35 metas anunciadas para os 100 primeiros dias do governo Bolsonaro. Esta é a primeira medida da Secretaria de Agricultura Familiar, que antes estava vinculada à Presidência da República e que foi incorporada ao Ministério da Agricultura no atual governo.

A DAP é emitida por entidades e sindicatos de agricultores familiares e exigida pelos bancos para a concessão de financiamentos no âmbito do Pronaf. O documento é cobrado pelo governo para a adesão do produtor a programas de compra de alimentos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Em comunicado divulgado pela Pasta, a ministra afirmou que, com a validade anterior, de um ano, cerca de 2,5 milhões de registros estavam expirando ou já haviam expirado. Pela portaria revogada hoje, o prazo de validade da DAP vencia no próximo dia 27 de fevereiro.

“Foi evitada a possibilidade de colapso no sistema, o que prejudicaria agricultores familiares e cooperativas da agricultura familiar em todo o país”, afirmou o ministério, em nota.

As linhas do Pronaf estão com forte demanda, tendo registrado um volume de contratações junto aos bancos de R$ 15,2 bilhões, alta de 20% no acumulado dos seis primeiros meses da safra 2018/19 (de julho a dezembro do ano passado) em relação ao mesmo período da temporada anterior (2017/18).

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Fonte: Valor Econômico

5. Ministros prometem asfaltar trecho crítico da BR-163 até o fim de 2019

Fundamental para o escoamento da safra de grãos pelo Norte do país, a rodovia BR-163, que liga Mato Grosso aos portos do Pará, terá o “crítico” trecho final asfaltado até dezembro de 2019, o que deve ter reflexos positivos para a produção que será colhida no próximo ano. Essa é a meta do governo federal, anunciada hoje pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. No governo Temer, a promessa também foi feita, mas não foi cumprida.

Sob a administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o trecho de 51 quilômetros que dá acesso ao porto de Miritituba (PA) não raro sofre com as grandes filas de caminhões e atolamentos, especialmente durante o pico da colheita de soja — nos primeiros meses de cada ano.

A promessa do governo, atendendo a uma velha demanda do agronegócio, foi anunciada em cerimônia em Brasília que contou com a presença de quatro ministros. Além de Freitas, participaram Tereza Cristina (Agricultura), Sérgio Moro (Justiça) e Fernando Azevedo (Defesa), bem como autoridades do Exército, DNIT e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Freitas também anunciou hoje a segunda edição da Operação Radar, força-tarefa do governo para garantir o melhor escoamento dos caminhões nesse trecho da rodovia BR-163. Ambulâncias, suporte de militares e equipamentos para reboque de carretas são algumas ações disponibilizadas pelos órgãos de governo.

Maior produtor individual de soja do país, Eraí Maggi (primo do ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi), disse ao Valor que este ano ainda não há relatos de atolamentos ou congestionamento na rodovia em direção a Miritituba.

Segundo o caminhoneiro Wallace Landim, a circulação de caminhões ocorre sem grandes transtornos este ano porque o clima tem ajudado. “Como não choveu, não criou aqueles buracos gigantescos que vemos todo ano. Está tudo bem e o Exército já está jogando cascalho”, afirmou. Não fosse a menor incidência de chuvas, o escoamento da safra pelo Norte poderia ser tão difícil como nos últimos anos.

O volume de soja que passa pela BR-163 é significativo. De acordo com dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), 27,5% das 82,8 milhões de toneladas de soja exportadas pelo país no ano passado passaram pelos portos da região Norte do país.

Em 2019, o país deve exportar 73 milhões de toneladas, segundo estimativa da Anec. Ao todo, a produção brasileira no ciclo 2018/19 deverá alcançar 118,1 milhões de toneladas, de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em meados deste mês.

Com a pavimentação do trecho final da BR-163, o governo poderá avançar na concessão da rodovia. A proposta é conceder à iniciativa privada o trecho entre Sinop (MT), uma das principais regiões produtoras de grãos do país, e Miritituba. O trecho deve ser concedido entre 2019 e 2020, afirmou hoje o ministro da Infraestrutura.

A ideia, porém, é que a concessão não leve os tradicionais 25 a 30 anos, mas um período menor, por volta de dez anos, enquanto não for construída a Ferrogrão, ferrovia que tem o mesmo traçado da BR-163, mas ainda não saiu do papel.

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Fonte: Valor Econômico

6. Para garantir crédito rural, governo quer rever exigências a bancos

Devido ao esgotamento de recursos a juros subsidiados do Plano Safra 2018/19, a equipe econômica do governo deve revisar ao menos parte das regras do crédito rural, o que poderá resultar na ampliação de aportes a linhas que atendem médios e pequenos produtores — Pronamp e Pronaf, respectivamente —, apurou o Valor. Aumentar o subsídio ao grande agronegócio, no entanto, não está sobre a mesa.

Caso se confirmem, as mudanças significariam um recuo do governo Bolsonaro em relação ao aperto fiscal adotado no atual Plano Safra (2018/19) pela gestão anterior, do presidente Michel Temer.

Até agora, porém, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem adotando um discurso liberal na economia e sinalizado inclusive que pretende cortar subsídios ao crédito agrícola para a próxima safra, a 2019/20, mantendo juros subsidiados para médios e pequenos produtores e taxas de mercado, que são mais caras, para grandes produtores e agroindústrias.

De acordo com uma fonte do governo, os ministros do Conselho Monetário Nacional (CMN) podem decidir na reunião de quinta-feira alterar normas que, na leitura de representantes do setor de agronegócios, teriam contribuído para aprofundar a escassez de recursos para financiamento a taxas subsidiadas.

Uma das medidas em estudo é a ampliação dos percentuais (exigibilidades) tanto de depósito à vista quanto de poupança rural — principais fontes de recursos do crédito rural — que os bancos precisam direcionar para esses financiamentos. A mudança resultaria em mais recursos ao Pronamp e ao Pronaf.

Quando lançou o atual Plano Safra, válido para o período entre julho do ano passado e junho próximo, o governo reduziu de 34% para 30% a exigibilidade do depósito à vista das instituições financeiras, mudou o cálculo das exigibilidades e ainda editou regras que desestimularam os bancos a aplicar em crédito rural nesta temporada.

Analistas de mercado estimam que essas mudanças levaram a uma redução na oferta de crédito rural da ordem de R$ 34 bilhões. São justamente essas regras que o CMN avaliar rever — pelo menos em parte.

O tema vem sendo tratado em frequentes reuniões da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com integrantes da equipe econômica, como o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Procurada pela reportagem, a ministra não comentou.

Em dezembro, o Valor mostrou que estavam se exaurindo, bem antes do fim do Plano Safra, os recursos para o crédito rural, sobretudo nas linhas de investimento, como Pronamp, Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) e Prodecoop (voltado a cooperativas).

O cenário seria reflexo não só da mudança das regras de exigibilidades, mas também do forte ritmo de desembolsos dos financiamentos do Plano Safra até agora. No acumulado dos seis primeiros meses da temporada 2018/19, o volume de desembolsos de crédito rural aumentou 15,3%, para R$ 103,2 bilhões, segundo o Banco Central.

Linhas de crédito importantes, como Moderfrota (voltada a aquisição de máquinas agrícolas) e as de custeio agropecuário, que são as mais demandadas, também já deram sinais de que podem acabar até o fim de março.

Em geral, os governos remanejam recursos de linhas menos procuradas para as mais demandadas quando há necessidade. Porém, o diagnóstico é que desta vez essa estratégia é insuficiente e limitada, dado o teto de gastos que, desde 2017, limita os subsídios do Tesouro na equalização de taxas de juro.

Em função dessa escassez, os bancos estão ampliando as concessões de empréstimos ao campo com juros livres, que contam com recursos próprios das instituições, mas são contratadas a taxas mais altas que as do Plano Safra 2018/19 (essas taxas variam entre 6% e 7% ao ano, na média).

O Banco do Brasil (BB), líder desse mercado com participação de cerca de 60%, já oferta desde o início de janeiro financiamentos a taxas livres de 9,75% a 11,6% ao ano para grandes e médios produtores. Essas operações têm como fonte de recurso as emissões com Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). O banco também tem realizado mais captações no exterior voltadas para financiar produtores de soja e algodão.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Faturamento da C.Vale avançou para R$ 8,5 bilhões em 2018

A cooperativa paranaense C.Vale registrou um faturamento de R$ 8,5 bilhões em 2018, o que representou um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. As sobras - lucro que será distribuídos aos cooperados - serão de R$ 100 milhões.

Em nota, a C.Vale atribuiu a valorização da soja e do milho como fator principal que impulsionou o desempenho da cooperativa.

Já no segmento de carnes, o desempenho foi prejudicado pelos efeitos da greve dos caminhoneiros, pelas restrições impostas pela Europa e pela China, e pelo baixo nível de consumo do mercado interno.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Tyson Foods anunciou recall de 18 toneladas de nuggets nos EUA

A americana Tyson Foods anunciou recall de 18 toneladas de nuggets de frango por possível contaminação por materiais estranhos, como borracha, informou nesta manhã o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A agência disse que o recall envolve 36.420 libras de nuggets de frango que foram produzidos em 26 de novembro de 2018. O produto que está sendo retirado dos supermercados americanos é comercializado em embalagens plásticas de 5 quilos. Segundo o USDA, o produto foi enviado para a rede varejista de todo o país.

O USDA informou que não houve relatos confirmados de reações adversas por causa do consumo desses produtos. Segundo a agência, o problema foi descoberto pela Tyson após reclamações de consumidores a respeito da presença de materiais estranhos nos nuggets.

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Fonte: Valor Econômico

9. Guerra comercial é 'muito negativa' para BRF, diz Parente

A guerra comercial entre Estados Unidos e China é “muito negativa para BRF”, disse hoje o CEO global da companhia, Pedro Parente, em debate promovido em São Paulo pelo Credit Suisse.

“A gente vê o nosso custo aumentar e, por outro lado, o competidor [fica] em condições mais favorecidas do que nós”, disse o executivo, citando a distorção nos preços dos grãos. De acordo com Parente, os produtores de carne dos Estados Unidos foram favorecidos pelo conflito na medida em que Pequim reduziu drasticamente a importação dos produtos agrícolas dos EUA. Com isso, o preço da ração animal (basicamente milho e soja) para os produtores de aves e suínos caiu.

O efeito inverso aconteceu no Brasil. A China ampliou as importações de soja, o que teve reflexo negativo para o custo dos frigoríficos brasileiros, explicou Parente.

Do lado dos agricultores brasileiros, o impacto positivo da guerra comercial precisa ser minimizado, avaliou o presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, que também participou do debate. Segundo ele, os preços da soja no Brasil não sofreram grandes oscilações, já que o prêmio pago pela soja brasileira nos portos subiu, compensando as quedas na bolsa de Chicago.

No último mês, os prêmios pagos pela soja no Brasil em relação à cotação de Chicago já voltaram aos níveis normais devido ao pré-acordo comercial firmado entre Estados Unidos e China.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. China retoma compra de açúcar do Brasil e dá ânimo ao setor

As exportações brasileiras de açúcar para a China somaram 790 mil toneladas no ano passado, 132% mais do que em 2017. O número parece bom, mas foi 95% inferior ao da média anual das exportações de 2011 a 2016.

Em 2013, o Brasil chegou a exportar 3,5 milhões de toneladas de açúcar para a China. A redução das compras vinha ocorrendo há dois anos. No primeiro trimestre do ano passado, caiu para apenas 56 mil toneladas.

O avanço do açúcar brasileiro no mercado chinês em anos anteriores fez o país asiático colocar pesadas taxas de importação sobre o produto nacional. A alíquota ficou próxima de 95%, o que inviabilizou as compras da commodity brasileira pelas tradings que abastecem o mercado chinês.

No segundo semestre do ano passado, o cenário melhorou. Os chineses reduziram as alíquotas sobre a commodity brasileira e impuseram taxas também aos demais produtores mundiais.

A alíquota brasileira ficou no patamar da dos demais exportadores e o Brasil voltou a ganhar competitividade no mercado da China. A queda do preço do açúcar e a redução tributária recolocaram as tradings no mercado nacional de açúcar.

Preço e logística novamente compensaram as compras no Brasil. Além disso, o açúcar brasileiro tem qualidade superior à dos demais países, o que reduz os custos dos importadores durante o refino. Os números do segundo semestre do ano passado já indicaram um cenário um pouco diferente.

As exportações do período subiram para 733 mil toneladas e o mercado aposta em uma continuidade das importações chinesas. Se a China repetir nos dois semestres deste ano o número de julho a dezembro de 2018, ela poderá ajudar na recuperação das exportações brasileiras.

Em 2017, o país havia colocado 29 milhões de toneladas no mercado externo. Em 2018, foram 21 milhões, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Em receitas, as exportações totais do ano passado somaram US$ 6,5 bilhões, bem abaixo dos US$ 11,4 bilhões de 2017. Já a China gastou US$ 217 milhões com compra de açúcar no Brasil em 2018.

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Fonte: Folha de S. Paulo/NovaCana

11. Produção de cana atinge 46,4 milhões de toneladas em MS

Já na reta final da safra 2018/2019, a moagem de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul alcançou 46,4 milhões de toneladas. O volume registrado até 15 de janeiro é 6% maior com relação ao mesmo período da safra anterior.

Com encerramento oficial da safra no mês de março, a expectativa é atingir em breve o mesmo volume de cana processada na safra passada que foi de 46,9 milhões de toneladas. “Nesse momento estamos a 500 mil toneladas do total de cana processada na safra anterior. Acredito que será possível atingir o mesmo volume, já que em Mato Grosso do Sul, diferente dos outros estados, temos usinas operando até 31 de março”, afirma o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho.

Na segunda quinzena de janeiro, duas das 19 usinas permanecerão moendo no Estado, momento em que a maioria dos Estados produtores do Centro Sul já encerraram a safra atual.

Etanol e Açúcar - A produção de etanol hidratado atingiu 2,3 bilhões de litros, volume 45% maior com relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, a produção do etanol anidro segue com queda de 9% com a produção de 766 milhões de litros, 76 mil litros a menos que no ciclo anterior. No total, o Estado produziu mais de 3,1 bilhões de litros de etanol, volume recorde de produção.

De acordo com o acompanhamento da Biosul, a produção de açúcar permanece em baixa, com recuo de 35%. No período acumulado, foram produzidas 933 mil toneladas, enquanto que no mesmo período da safra anterior a produção foi de 1,4 milhão de toneladas.

O mix de produção se mantém no período com 84% da cana destinada a etanol e 16% a açúcar.

ATR - No período acumulado da safra, a quantidade de concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana foi de 134,13 kg, 2,7% acima do registro na safra passada.

Biosul - A Biosul – Associação de Produtores de Bioenergia de Mato grosso do Sul - é a entidade que representa a indústria sucroenergética do Estado. Foi criada em 2008, com perfil voltado para o associativismo, substituindo a estrutura sindical formada pelo Sindal-MS, Sindaçúcar-MS e Sinergia-MS (Sindicatos das Indústrias de Fabricantes de Álcool, de Açúcar e de Geração de Energia Elétrica de Pequeno e Médio Porte). Atualmente, todas as usinas em operação em Mato Grosso do Sul estão associadas à Biosul.

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Fonte: Diário Digital

12. Superprodução de etanol não altera preço na bomba

Mato Grosso do Sul deve produzir nesta safra, que termina em março, 3,1 bilhões de litros de etanol, volume 10 vezes maior que o consumo estadual registrado no período de um ano. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), de janeiro a novembro do ano passado, o consumo do combustível em Mato Grosso do Sul foi de 173 milhões de litros de etanol anidro e 120 milhões de litros do produto hidratado. Foi registrado um crescimento de 32% no uso do produto, em relação a 2017, impulsionado pela greve dos caminhoneiros realizada em maio do mesmo ano. No entanto, mesmo com a megaprodução, os consumidores dificilmente verão uma queda muito expressiva nos preços nas bombas.

Neste mês, de acordo com a pesquisa da ANP, o valor médio do etanol ficou em R$ 3,325 nos postos na venda ao consumidor em Mato Grosso do Sul. O preço mínimo encontrado foi de R$ 2,999 e o maior, de R$ 3,399. Os valores até tiveram um pequeno recuo em relação a dezembro, quando o custo médio apurado ficou em R$ 3,388.

ENTRAVES

A dificuldade em reduzir os custos do etanol, mesmo com as usinas quase no quintal de alguns municípios sul-mato-grossenses, está ligada ao artigo 6º da Resolução nº 43, da ANP, em vigor desde 2009, que proíbe a venda direta de etanol de usinas para postos de combustíveis. Ou seja, o álcool sai de uma usina de Rio Brilhante, por exemplo, vai até o estado de SP, paga ICMS de saída, é processado e retorna aos distribuidores, pagando novamente ICMS na entrada do Estado e outros tributos, além do frete. Isso impede que o produto tenha valores mais baixos, mesmo que a indústria esteja a poucos quilômetros do revendedor.

No entanto, foi aprovado no ano passado pelo Senado, o Decreto Legislativo 61/2018, que tem objetivo de suspender o artigo 6º, permitindo assim a venda diretamente do produtor aos postos. Atualmente, o projeto tramita na Câmara dos Deputados, porém, até o momento nada foi decidido.

O diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes (Sinpetro/MS), Edson Lazaroto, explica que a redução no valor do etanol só seria possível nesta condição, porém, argumenta que existem outros fatores que não foram analisados. “O que muitas pessoas não sabem é que não há garantia comprovada de que a venda direta diminuiria o preço do combustível. Isso porque o impacto direto começaria no transporte das usinas para os postos, visto que cada ponto de venda tem uma capacidade de armazenamento e o fracionamento da carga aumenta o valor do frete”, detalha.

TRUBUTAÇÃO PESA

Na avaliação de Lazaroto, a questão que deve ser prioridade e efetivamente influenciaria numa possível redução de preços é a tributação. “Hoje, o etanol produzido em Mato Grosso do Sul é bitributado, pois, quando é enviado para outros estados, é pago ICMS e quando volta também. Na minha opinião, o que deveria ser revista é a questão tributária em caráter nacional, para então estudar a viabilidade da venda direta”, argumenta.

Um levantamento feito pela Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural) aponta que a venda direta do etanol traz prejuízo aos consumidores, por fragilizar os processos de controle de qualidade dos combustíveis fornecidos aos postos revendedores. “Os postos teriam que investir recursos muito altos para instalar um laboratório de controle de qualidade do combustível, ação que atualmente é responsabilidade das distribuidoras”, observa Lazaroto.

O estudo aponta ainda que as usinas não têm estrutura logística para chegar aos mais de 40 mil postos espalhados pelo Brasil. Essa situação só é possível porque está a cargo das distribuidoras, que são responsáveis pelo transporte. A regulação em funcionamento no País define os papéis e as responsabilidades de cada agente na cadeia de suprimentos, por isso, nada impede que uma usina tenha uma distribuidora, desde que cumpra as regras estabelecidas pela ANP para o segmento.

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Fonte: Correio do Estado

Grãos e Grandes Culturas

13. Clima prejudica colheita e preços do feijão disparam

Janeiro está sendo um mês atípico para os produtores de feijão. Depois de um ano difícil, marcado por preços baixos, a leguminosa registrou alta de 60% desde o fim de dezembro e, nesta semana, chegou a R$ 330 a saca de 60 quilos. Apenas nos últimos sete dias, a valorização foi de 30%.

Ocorre que a colheita da primeira safra (o feijão tem três safras por ano) ficou aquém do esperado devido à prolongada estiagem no Sul e no Sudeste do país, e os estoques estavam magros em decorrência de uma terceira safra na temporada 2017/18 (finalizada em outubro) também abaixo das expectativas.

"A quebra média na primeira safra [de 2018/19] foi de 30%, mas há regiões importantes no Paraná e em Minas Gerais [principais Estados produtores neste período] onde chegou a 50%", diz o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders.

Por isso, sustenta, o atual aumento de preços não é especulativo. "Mesmo com uma menor demanda em janeiro, não temos feijão em quantidade disponível para atender a demanda", afirma.

O consumidor deverá sentir os efeitos da alta em fevereiro. Sem possibilidade de importar feijão carioca, já que o Brasil é o único país que produz a variedade mais consumida no mercado doméstico, a indústria e o varejo costumam repassar imediatamente as valorizações no campo.

O feijão carioca tem peso de 4,55% no grupo de alimentos do IPCA, e de 0,14% se levado em conta o indicador de inflação como um todo. Somente em dezembro (último dado disponível), o produto subiu 12,98% em relação a novembro. No ano passado, a alta foi de 4,55%

No início deste ciclo 2018/19, a expectativa era que a primeira safra de carioca chegasse a 800 mil toneladas, mas em seguida a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua previsão para 623 mil, por causa da seca. Em seu último relatório, a estatal voltou a baixar expectativas e passou a prever 613 mil toneladas.

Somadas as três safras da temporada corrente, a produção da variedade deverá chegar a 1,8 milhão de toneladas, ainda conforme a Conab. Essa também é exatamente a estimativa para o consumo interno.

Mas, mesmo que o consumidor queira comprar outro tipo de feijão, a oferta não é abundante. A quebra do feijão preto [as outras variedade são insignificantes na primeira safra] também é estimada em 20%. Para esta variedade, a expectativa de colheita, que chegava a 311,2 mil de toneladas, agora é de 291 mil.

Somados todos os tipos de feijão produzidos no país, a colheita deverá chegar a 3,1 milhões de toneladas em 2018/19, 0,6% menos que em 2017/18. O consumo total é estimado em 3,15 milhões de toneladas.

Para Lüders, o abastecimento de feijão será problemático até abril, quando começará a colheita da segunda safra da leguminosa. E a depender do comportamento do varejo e do consumidor, a saca poderá voltar a bater em R$ 400, como observado em meados de 2016.

"Os supermercados costumam subir os preços antecipadamente, antes de fazer novas compras, e as pessoas, com medo das pequenas altas, se abastecem mais de um produto que consideram essencial. Assim, as altas ficam mais expressivas. Foi o que vimos em 2016", afirma.

Segundo Lüders, a atual valorização do produto, expressiva, pode causar problemas, já que dificulta a programação dos próximos plantios, estimula a entrada de atravessadores e afasta consumidores. "A estabilidade é muito mais interessante para o produtor, desde que o valor de comercialização pague o custo de produção e gere uma certa rentabilidade". O custo de produção da primeira safra é calculado pelo Ibrafe em R$ 160 a saca.

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Fonte: Valor Econômico

14. Produtor de soja de Goiás segura vendas com incerteza sobre safra, fretes e preço

Sojicultores no sudoeste de Goiás, principal área produtora do Estado, têm segurado vendas da safra 2018/19 em meio a incertezas sobre custos dos fretes e apostando em preços melhores, diante de uma colheita menor no Brasil após o tempo adverso.

Quarto maior produtor do país, Goiás deve produzir 11,3 milhões de toneladas de soja neste ciclo, queda de mais de 4 por cento ante 2017/18, conforme o levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Assim como ocorreu em outras regiões brasileiras, a menor produção deve-se ao tempo quente e seco desde o final do ano passado, gerando produtividades desuniformes em Estados do Centro-Oeste, conforme avaliação da expedição técnica Rally da Safra, acompanhada pela Reuters nesta semana.

Com a colheita engrenando agora, produtores relataram que estão atentos ao tamanho efetivo da quebra de safra no país para ver se haverá alguma reação nos preços da commodity.

Alguns produtores afirmaram que já venderam antecipadamente mais de metade da safra, mas agora estão de olho numa eventual reação dos preços.

"Como a quebra foi grande, vamos esperar melhorar o preço", disse o produtor Murilo Monteiro, que cultiva 680 hectares em Jataí e Serranópolis, ambas em Goiás.

Ele prevê produtividade em suas lavouras em torno de 10 por cento menor na comparação anual, na casa de 62 sacas por hectare.

Atualmente, as referências de preço para a saca de soja em Goiás estão em torno de 66 reais, segundo dados do Instituto para Fortalecimento da Agropecuária do Estado (Ifag).

Mas produtores já venderam parte da safra atual a valores mais altos no segundo semestre do ano passado, quando a guerra comercial entre EUA e China estava mais acirrada. Isso explica as vendas mais lentas agora.

No ano passado, o produtor goiano viu a saca acima de 80 reais, em alguns momentos, segundo dados do Ifag, centro de estudos do setor no Estado.

Para André Debastiani, sócio analista da Agroconsult, contudo, uma safra de soja menor no Brasil pode não ter tanto reflexo sobre as cotações da oleaginosa na Bolsa de Chicago, que baliza o mercado mundial.

Isso porque o mercado está sobreofertado. Os Estados Unidos colheram cerca de 125 milhões de toneladas e ainda têm grande volume em estoques por causa da guerra comercial com a China, ao passo que a Argentina caminha para produzir mais de 50 milhões de toneladas neste ano, em forte recuperação após a seca em 2018.

"Acho que os melhores momentos de comercialização já passaram", afirmou Debastiani, integrante da equipe do Rally da Safra, organizado pela Agroconsult, que tem avaliado lavouras em Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso nesta semana.

MAIS INCERTEZAS

Para outros produtores, não é só o preço que retarda a comercialização.

"Já comercializei uns 50 por cento... Há um ano tinha uns 60 por cento... O que atrapalhou foi o frete, pois temos uma área afastada", destacou o produtor João Carlos Ragagnin, que cultiva 8,2 mil hectares em Goiás e espera retração de 5 a 10 por cento no rendimento de suas lavouras neste ano.

Desde meados do ano passado, como resposta à histórica greve de caminhoneiros, o transporte de cargas no Brasil é regulado por uma tabela de fretes mínimos, medida criticada pelo setor produtivo, que cita aumento de custos.

O destino desse tabelamento no governo do presidente Jair Bolsonaro é algo que muitos sojicultores querem saber.

O produtor Volmir Maggioni, que planta em cerca de 12 mil hectares em Goiás e Mato Grosso, comercializou 80 por cento de sua produção até agora, acima da média local.

Ele ressaltou, no entanto, que poderia ter havido espaço para mais travas de preços.

"Está segurando para ver o que vem de safra", disse, referindo-se à incerteza sobre o tamanho de sua produção após os problemas climáticos.

Sua colheita de soja precoce está atingindo aproximadamente 58 sacas por hectare, contra 65 há um ano.

Conforme Maggioni, houve um adiantamento de cerca de uma semana no desenvolvimento da soja precoce por causa do tempo quente e seco.

Na mesma linha, Waner Dias Rodrigues, coordenador de Negócios da Caramuru em Rio Verde (GO), afirmou que os negócios de produtores com a empresa estão mais tímidos até agora.

"O produtor está retraído devido às baixas produtividades... Acredito que, quem conseguir segurar, voltará a vender depois de abril, maio, quando as perdas já estarão consolidadas", comentou, acrescentando que a unidade da Caramuru no município do sudoeste goiano mantém a meta de movimentar neste ano 80 mil toneladas de soja, tal como em 2018.

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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas

15. Produtores de arroz do Rio Grande do Sul cobram apoio do governo

Produtores de arroz aguardam com ansiedade a 29ª Abertura Oficial da Colheita, que acontecerá na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS). A presença de autoridades federais no evento, que acontece no fim de fevereiro, pode trazer respostas que orizicultores esperam por parte do governo.

Alexander Velho, vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fedearroz), diz que os agricultores contam com a presença da ministra Tereza Cristina, e do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

“Esperamos que ela [Tereza Cristina] anuncie mecanismos de comercialização. Também solicitamos ao Banco do Brasil, responsável por mais de 60% do financiamento das lavouras de arroz, crédito de pré-custeio, para o produtor não precisar vender o arroz no momento da safra e, desta forma, ter uma melhor rentabilidade no segundo semestre”, conta o vice-presidente da Fedearroz.

A abertura nacional traz tecnologias para as culturas do arroz, soja e áreas diversificadas com pastagens e integração lavoura-pecuária. Nesta edição, a Embrapa Clima Temperado vai apresentar uma nova cultivar de arroz. De acordo com o pesquisador Ariano Magalhães Júnior, essa nova variedade é resistente aos herbicidas que controlam o arroz vermelho, considerado uma praga.

“É tendência de cultivo no estado. Ela tem um potencial produtivo muito interessante, produzindo em média 10 toneladas por hectare. Por ter ciclo precoce, também gera uma série de reduções, como uso de água e insumos”, explica Magalhães Júnior.

Entre os assuntos decisivos para o futuro das lavouras, os produtores vão discutir o crescimento do plantio de soja devido aos resultados insatisfatórios do cereal. “O produtor está se obrigando a buscar alternativas. Através da rotação com a soja, o orizicultor consegue diminuir os custos da lavoura de arroz”, explica Alexandre Velho.

Para o pesquisador da Embrapa, há outra vantagem: sustentabilidade no solo. “A soja traz a incorporação de nitrogênios, que serão utilizados nas culturas seguintes, como o arroz ou a pastagem”, finaliza.

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Fonte: Canal Rural

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