Conjuntura do Agronegócio

1. Leia íntegra da nota conjunta sobre acordo UE-Mercosul

Segue, abaixo, a íntegra da nota conjunta divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores a respeito da conclusão das negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia divulgada nesta sexta-feira:

NOTA CONJUNTA

Conclusão das Negociações do Acordo entre o MERCOSUL e a União Europeia – Bruxelas, 27 e 28 de junho de 2019

Em reunião ministerial realizada nos dias 27 e 28 de junho, em Bruxelas, foi concluída a negociação da parte comercial do Acordo de Associação entre o MERCOSUL e a União Europeia (UE). Participaram, pelo Brasil, o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.

O acordo é um marco histórico no relacionamento entre o MERCOSUL e a União Europeia, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Em momento de tensões e incertezas no comércio internacional, a conclusão do acordo ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade.

O acordo comercial com a UE constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Pela sua importância econômica e a abrangência de suas disciplinas, é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado pelo MERCOSUL. Cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.

Com a vigência do acordo, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros. As empresas brasileiras serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE.

O acordo reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés.

O acordo garantirá acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros. Em compras públicas, empresas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da UE, estimado em US$ 1,6 trilhão. Os compromissos assumidos também vão agilizar e reduzir os custos dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens.

O acordo propiciará um incremento de competitividade da economia brasileira ao garantir, para os produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos. A redução de barreiras e a maior segurança jurídica e transparência de regras irão facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, com geração de mais investimentos, emprego e renda. Os consumidores também serão beneficiados pelo acordo, com acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos.

Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo MERCOSUL-UE representará um incremento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos dos fatores de produção. O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.

A UE é o segundo parceiro comercial do MERCOSUL e o primeiro em matéria de investimentos. O MERCOSUL é o oitavo principal parceiro comercial extrarregional da UE. A corrente de comércio birregional foi de mais de US$ 90 bilhões em 2018. Em 2017, o estoque de investimentos da UE no bloco sul-americano somava cerca de US$ 433 bilhões. O Brasil registrou, em 2018, comércio de US$ 76 bilhões com a UE e superávit de US$ 7 bilhões. O Brasil exportou mais de US$ 42 bilhões, aproximadamente 18% do total exportado pelo país. O Brasil destaca-se como o maior destino do investimento externo direto (IED) dos países da UE na América Latina, com quase metade do estoque de investimentos na região. O Brasil é o quarto maior destino de IED da UE, que se distribui em setores de alto valor estratégico.

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Fonte: Valor Econômico

2. Hogan: Cotas garantem que produtos do bloco sul não invadirão Europa

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, concluído hoje em Bruxelas após 20 anos de discussões, “irá consolidar uma política estratégica e uma parceria econômica e criar oportunidades significativas para o crescimento sustentável de ambas as partes”, anunciou a Comissão Europeia em um comunicado.

O comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, diz que o acordo trará benefícios também para os produtores europeus. Segundo ele, as cotas concedidas ao Mercosul assegurariam que “não há nenhum risco” de que produtos do bloco sul americano invadam o mercado europeu e ameacem os agricultores da Europa.

O tratado, na avaliação de Hogan, irá “melhorar a competitividade” dos produtores europeus. Segundo ele, os europeus insistiram em proteger setores sensíveis para os agricultores do continente.

Para a comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmström, “é um momento histórico”.

A Comissão acrescenta ser o primeiro principal parceiro a firmar um pacto com o Mercosul e ressalta que o acordo comercial irá cobrir uma população de 780 milhões de pessoas.

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Fonte: Valor Econômico

3. Exportadores agrícolas do Brasil comemoram acordo com União Europeia

Representantes de exportadores agrícolas brasileiros comemoraram hoje o anúncio do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Nos casos de suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais, a acordo prevê a eliminação de tarifas. Nas áreas de carnes, açúcar, etanol, arroz, ovos e mel, os membros do Mercosul terão acesso preferencial ao mercado europeu — por meio de cotas.

“O setor agropecuário estava aguardando muito pelo acordo, que tem viés positivo. A mensagem mais importante no momento é que o Brasil está mais inserido no comércio mundial”, afirmou a superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra.

Ao Valor, o diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, afirmou que o segmento se surpreendeu positivamente com o fato de o acordo fechado entre Mercosul e União Europeia prever a total eliminação das tarifas que hoje incidem sobre as variações do produto que partem do Brasil com destino ao bloco europeu.

Atualmente, disse Netto, essas tarifas variam entre 12% e 15% do valor exportado. A depender da especificação do suco de laranja essas taxas serão zeradas em um período que varia de sete a dez anos. “Não estava no radar a eliminação das tarifas”, afirmou Netto.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela CitrusBR, nos 11 primeiros meses da safra 2018/19 (julho do ano passado a maio último) os embarques brasileiros de suco de laranja totalizaram 870,3 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ) e renderam US$ 1,6 bilhão, com quedas de 17% e 16%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ciclo anterior.

Nesse período, as vendas para a UE somaram 560 mil toneladas, com queda de 6% na comparação aos primeiros 11 meses da temporada 2017/18, e renderam US$ 1 bilhão, baixa de 5%.

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa as agroindústrias exportadoras de carne de frango e suína, também comemorou. Segundo a associação, o acordo prevê uma cota de exportação de carne de frango de 180 mil toneladas no ciclo de 12 meses.

“O volume acordado é expressivo, suficiente para que o Brasil mantenha sua posição com parceiro em prol da segurança alimentar europeia” afirmou Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA. Ele acompanhou as negociações e participou da missão liderada pela ministra da Agricultura esta semana, em Bruxelas.

O acordo também definiu a viabilização de embarques para carne suína e ovos processados brasileiros para o bloco europeu. Segundo a ABPA, há pelo menos meia década o Brasil realizava investidas para embarcar estes produtos para a União Europeia.

Para os exportadores brasileiros de café solúvel, os embarques ao bloco europeu poderão crescer 30% nos próximos cinco anos. A negociação prevê que as taxas de importação, que hoje são de 9% para o produto brasileiro, sejam zeradas progressivamente em quatro anos.

A União Europeia é segundo maior cliente do café solúvel brasileiro, atrás apenas dos Estados Unidos. No ano passado, o Brasil embarcou 470 mil sacas do produto para os países do bloco econômico, com receita US$ 72 milhões. O volume total exportado pelo Brasil de café solúvel em 2018 foi de 3,6 milhões de sacas de 60 quilos em 2018, com receita de US$ 595,7 milhões.

“Com isso, passamos a competir em igualdade de condições com paises da União Europeia e também com o Vietnã”, disse Aguinaldo José de Lima, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). O Vietnã é o segundo maior exportador de café do mundo - atrás do Brasil — e o maior produtor de robusta.

"Ganhos"

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o acordo resulta de um texto no qual “houve ganhos dos dois lados”. “Não há acordo em que só uma parte ganha. Onde não ganhamos em volume, ganhamos em redução de tarifas”, disse.

Tereza disse que preferia não entrar em detalhes sobre as cotas presentes no acordo até a publicação do texto oficial — que deve ser divulgado no fim de semana, segundo o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

A ministra participou de entrevista a jornalistas brasileiros ao lado do chanceler e do Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, em Bruxelas.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Banco do Brasil mantém volume de crédito rural para safra 2019/20

O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira que ofertará na safra 2019/20, que terá início em 1º de julho, o mesmo montante de R$ 103 bilhões disponibilizado na atual temporada (2018/19), que terminará no fim desta semana.

A instituição, líder histórica desse mercado no país, esclareceu, no entanto, que esse volume de crédito será 20% superior ao que foi efetivamente aplicado pelo banco no presente ciclo.

Do valor total programado, o BB informou, em comunicado, que R$ 91,5 bilhões serão para o crédito rural a juros controlados e R$ 11,5 bilhões para o crédito agroindustrial a juros livres, os mesmos valores ofertados em 2018/19. Na divisão por porte do produtor, o banco público disponibilizará R$ 14,1 bilhões para a agricultura familiar, R$ 1 bilhão a mais que no atual ciclo, e R$ 77,4 bilhões para médios e grandes produtores, R$ 1 bilhão a menos.

O banco ainda destaca que apoiará as empresas do agronegócio com a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) para “captar recursos com taxas atrativas e adequar o perfil de suas dívidas ao seu fluxo de caixa”.

A apresentação do volume de crédito foi feita pela equipe da vice-presidência de Agronegócios do banco em eventos regionais em cidades importantes para o setor do agronegócio — sem uma cerimônia formal, como nos últimos anos.

Por fim, o banco ainda informou que as operações de custeio no âmbito do Pronaf poderão ser realizadas através de aplicativo do BB, que permitirá a renovação dos contratos, sem necessidade de o produtor comparecer a uma agência.

Nos primeiros 11 meses da safra 2018/19 (julho do ano passado a maio último), os desembolsos de crédito rural do BB alcançaram R$ 69,7 bilhões, mesmo patamar de igual período da temporada passada (R$ 70,4 bilhões).

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Fonte: Valor Econômico

5. Bayer criará comitê para monitorar efeitos de processos contra Roundup

O conselho de supervisão da Bayer aprovou uma série de medidas para enfrentar a crise gerada pelas derrotas milionárias na Justiça americana envolvendo o Roundup — marca comercial do herbicida glifosato, desenvolvido pela Monsanto.

Desde que a Bayer concluiu a compra da Monsanto, no ano passado, os processos envolvendo o herbicida passaram a ser de sua responsabilidade. Segundo nota divulgada pela múlti, o conselho reconhece o efeito negativo dos processos nas cotações dos papéis da companhia na bolsa de Frankfurt e, para amenizá-lo, um novo comitê do conselho de supervisão vai monitorar intensivamente a questão, consultar o conselho de administração e fazer recomendações sobre a estratégia nos processos enfrentados.

Em agosto de 2018, quando o ex-jardineiro Dewayne Johnson ganhou um processo contra a Monsanto em San Francisco ao sustentar que tinha desenvolvido um tipo de câncer por causa do agrotóxico, começou o inferno astral da Bayer. De lá para cá, houve uma enxurrada de novas ações, e o número já supera 13 mil apenas nos Estados Unidos.

Em março, a Bayer perdeu mais um processo em San Francisco. Em ambos, a múlti foi condenada a pagar US$ 80 milhões aos reclamantes. Em maio deste ano veio a maior derrota: a múlti foi condenada a pagar US$ 2,1 bilhões a um casal da Califórnia que acusou a companhia de encobrir os riscos à saúde associados ao uso do Roundup.

De acordo com a Bayer, o novo comitê será composto igualmente por representantes de acionistas e funcionários e por oito membros do conselho de supervisão. A múlti recorre das decisões.

O aumento dos processos envolvendo o glifosato não têm agradado aos acionistas da empresa. Em maio, mais da metade deles (55%) se recusou a ratificar as decisões tomadas pela diretoria no ano passado — entre as quais a efetivação da aquisição da Monsanto.

Segundo a ala descontente, o negócio colocou o futuro da Bayer em risco. Na prática, a votação não tem efeito sobre a administração da múlti ou sobre a compra da Monsanto. Mas, segundo analistas, pode abalar a relação da diretoria com os investidores. Na reunião anual realizada em 2018, 97% dos acionistas haviam aprovado as ações da diretoria.

Outro ponto que visa a diminuir os efeitos negativos nas ações da Bayer foi a contratação do advogado americano John H. Beisner, especialista em processos que envolvem responsabilidade de empresas em relação a danos, para assessorar o conselho fiscal em questões ligadas aos processos, incluindo táticas de julgamento e mediação, de maneira contínua. Beisner participará das reuniões do novo comitê e se reportará regularmente ao conselho de supervisão.

"Estamos convencidos de que, com sua experiência, John H. Beisner dará conselhos muito valiosos e concretos sobre processos em andamento, bem como sobre a mediação", disse Werner Wenning, presidente do conselho de supervisão da Bayer, em nota.

Em maio, um juiz americano nomeou o advogado Kenneth Feinberg como mediador para as negociações judiciais nos processos federais contra o Roundup. Em nota, conselho de supervisão e o de administração deram às boas-vindas ao advogado.

“Ken Feinberg tem uma excelente reputação e um excelente histórico como mediador em algumas das decisões mais complexas dos últimos anos. Trabalhar com ele garantirá uma abordagem profissional e cuidadosa nas próximas discussões ”, disse Wenning.

Durante a reunião de hoje, o conselho de supervisão também reforçou que está fazendo avanços na estratégia de aumentar a especialização dentro do próprio conselho, avaliando alguns candidatos “muito qualificados”.

“A Bayer tem uma responsabilidade especial como a principal empresa de ciências da vida do mundo — e nós damos as boas vindas aos passos que o gerenciamento está tomando na definição de novos padrões. Estamos convencidos de que essas medidas e nossas decisões tomadas hoje contribuirão para restaurar a confiança de nossos proprietários e interessados nas grandes contribuições da Bayer para resolver alguns dos maiores desafios da sociedade”, afirmou Wenning.

Na bolsa de Frankfurt, o desempenho da Bayer não tem sido dos melhores. Neste ano, os papéis da companhia já caíram mais de 6%, para 56,60 euros hoje. No começo de agosto, antes de concluir a compra da Monsanto e do primeiro processo perdido em San Francisco, as ações estavam em 95,75 euros.

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Fonte: Valor Econômico

6. CMN aprova as condições do Plano Safra 2019/20

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira as resoluções que regulamentam o aumento das taxas de juros pré-fixadas com recursos controlados e as regras de funding de crédito rural no âmbito do Plano Safra 2019/20, anunciado pelo governo na semana passada e que reservou mais de R$ 200 bilhões para a temporada que terá início em 1º de julho.

Mas houve algumas novidades. Uma delas é que o CMN decidiu que as taxas pós-fixadas de juros nas operações de crédito rural que não tiveram adesão significativa de produtores rurais passarão a valer apenas para operações de investimentos na safra 2019/20.

O colegiado de ministros do CMN confirmou que os juros pré-fixados das operações com recursos controlados (depósitos à vista e poupança rural) serão de até 8% ao ano para grandes produtores. Para as linhas do Pronamp (médios produtores), as taxas serão de 6% nas operações de custeio agropecuário e de 7% para investimentos.

Já os contratos do Pronaf (agricultura familiar) terão taxas de 3% e 4,6% ao ano em suas diversas linhas voltadas para pequenas agroindústrias, jovens, atividade extrativista, alimentos básicos etc.

“Na próxima safra, a distribuição de subvenção será maior para os pequenos do que para agricultores empresariais. E assim conseguimos converter uma situação em que os grandes tinham mais recursos. O foco agora será em pequenos e médios”, afirmou o subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, Rogério Boueri.

No caso do Moderfrota, principal linha de crédito rural subsidiada pelo governo voltada a investimentos (compra de máquinas e implementos agrícolas), as taxas serão de 8,5% e 10,5% ao ano. A partir da safra 2019/20, o limite do valor financiável das máquinas cairá para 85%, ante 90% em 2018/19. O maquinário enquadrado no Moderfrota também não poderá ser financiado com recursos do Pronamp, o que era permitido.

Entre outras linhas de investimento, as taxas de juros pré-fixadas das linhas do Funcafé também foram confirmadas em 7% e 9,5% ao ano, enquanto as taxas do Programa ABC (Agricultura Baixo Carbono) serão de 5,25% e 7% ao ano, e as do PCA (armazenagem) serão de 6% e 7% ao ano.

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Fonte: Valor Econômico

7. BRF recebe oferta por parte de ativos no Oriente Médio

A BRF recebeu uma oferta da ordem de US$ 350 milhões (R$ 1,3 bilhão) por ativos no Oriente Médio, disseram duas fontes ao Valor. O Bank of America Merrill Lynch (BofA) assessora a companhia na operação, de acordo com essas fontes. Procurada, a BRF não comentou.

Ainda não há uma decisão sobre o tema, disse uma fonte, ressaltando que o negócio no Oriente Médio ainda levará algum tempo para ser definido. De acordo com uma pessoa a par do assunto, a Saudi Agricultural & Livestock Investment Company (Salic), gestora vinculada ao Reino da Arábia Saudita, desponta como uma das principais interessadas nos ativos da BRF no Oriente Médio. Nas negociações, a Salic é assessorada pelo Rabobank. Procurada, a gestora não respondeu e o banco informou que, "por questões de confidencialidade, não confirma e não comenta transações de mercado".

As negociações da BRF no Oriente Médio já estavam em curso há alguns meses e ocorrem de forma desvinculada das tratativas para uma fusão com a brasileira Marfrig, que seguem em andamento.

Em 10 de junho, durante evento em Campinas (SP), o presidente do conselho de administração da BRF, Pedro Parente, evitou dar detalhes sobre as discussões com a Marfrig, mas reforçou que a companhia segue em busca de parcerias na Arábia Saudita e na Turquia. "Em algum momento, essas coisas amadurecem e anunciamos, mas não estamos parados", disse na ocasião.

Conforme o Valor antecipou em 21 de maio, a companhia brasileira considera vender uma participação minoritária nos negócios de distribuição que possui na região e também na fábrica de alimentos processados em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos.

Na área de distribuição, a BRF é dominante nos Emirados Árabes Unidos, Omã, Kuwait e Catar. A posição da empresa nessa área foi construída entre 2012 e 2016, com as aquisições das empresas que distribuiam produtos da marca Sadia na região: Federal Foods, Al Khan Foods, Alyasra Food e QNIE.

Para adquirir esses ativos, a BRF gastou (incluindo a assunção de dívidas) cerca de US$ 430 milhões. Na fábrica de Abu Dhabi, inaugurada em 2014, a companhia brasileira investiu mais de US$ 160 milhões.

A venda de uma fatia minoritária no Oriente Médio deve ajudar a BRF a acelerar o processo de redução do endividamento e a cumprir objetivos estratégicos. Com um parceiro no Oriente Médio, a companhia brasileira pretende fortalecer a presença na região, ingressando na produção de frango na Arábia Saudita para deixar de ser apenas uma grande exportadora.

O movimento da BRF rumo ao mercado saudita é uma reação à política de substituição de importações que vem sendo implementada nos últimos anos pelo país. A intenção da Arábia Saudita é que, até 2020, a produção local abasteça 60% de seu consumo de frango.

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Fonte: Valor Econômico

8. Marfrig vai produzir carne de carbono zero em parceria com a Embrapa

A Embrapa e a Marfrig Global Foods vão começar a produzir no segundo semestre uma carne que visa reduzir ou neutralizar a emissão de carbono na agropecuária. O projeto vem sendo desenvolvido desde agosto de 2018 em Mato Grosso do Sul.

“A carne baixo carbono consiste na integração lavoura-pecuária, onde será possível otimizar o espaço da produção de boi ao juntar com a produção agrícola. Já a carne carbono neutro integra a floresta com a pecuária. A ideia é que a gente produza boi fazendo com que a compensação de carbono equivalente seja colocada na própria forma como se produz", disse o diretor de sustentabilidade da Marfrig, Paulo Pianez, que foi entrevistado por uma equipe de Globo Rural nesta quinta-feira (27/6), durante transmissão pela página da revista na rede social Facebook. A ideia, segundo o executivo, é que a produção pecuária diminua a quantidade de gases de efeito estufa gerados nos locais de produção.

A Embrapa fez um levantamento que mostrou que mais de 10 milhões de hectares no Brasil tem condições de produzir a carne baixo carbono em modelo de integração lavoura pecuária. Além disso, após o início efetivo da produção, agregará valor a carne com um selo de qualidade internacionalmente reconhecido.

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Fonte: Revista Globo Rural

9. Há a intenção de unir as duas empresas, diz diretor da Marfrig sobre fusão com a BRF

O diretor de sustentabilidade da Marfrig Global Foods, Paulo Pianez, explicou, nesta quinta-feira (27/6), que a pouca informação em relação à possível fusão do grupo com a BRF é uma consequência da necessidade de análise de documentos e do período de 90 dias necessário para a análise dos processos internos das duas empresas.

A afirmação foi feita durante entrevista à Globo Rural transmitida pelo Facebook. "Há a intenção da fusão. São duas grandes empresas com grau de complementariedade enorme. Se isso vier a acontecer, juntará dois grandes potenciais e abrangerá um mercado muito maior de proteína animal”, disse.

O anúncio da fusão entre a BRF e a Marfrig foi feito no dia 30/5. Desde então há muita expectativa no mercado de carnes em relação à operação da companhia resultante da união das operações das duas empresas. A fusão poderia resultar em uma companhia com faturamento quase R$ 80 bilhões e que dominaria o mercado, já que a BRF opera com a produção de frangos e suínos e a Marfrig é a segunda maior produtora de carne bovina do mundo.

Notícia na Íntegra

Fonte: Revista Globo Rural

Agroenergia

10. Grupo sucroalcooleiro USJ lucrou R$ 6,7 milhões na safra 2018/19

O Grupo USJ apresentou resultados operacionais e financeiros melhores na safra 2018/19 do que na temporada anterior, mas seu resultado líquido caiu por causa da contabilização de imposto de renda a pagar. O lucro líquido da companhia ficou em R$ 6,7 milhões, em queda de 73%.

Em contrapartida, a receita operacional líquida do USJ cresceu 1,5% na comparação, para R$ 548,5 milhões, e a companhia reduziu seu custo operacional em 2%, para R$ 466,9 milhões.

A geração de caixa foi ligeiramente negativa e a companhia encerrou o exercício com R$ 110,8 milhões em caixa. A dívida líquida, por sua vez, cresceu 27%, para R$ 1,4 bilhão.

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Fonte: Valor Econômico

11. Decreto atualiza Comitê RenovaBio e define início de emissão de CBios

O governo federal publicou nesta sexta-feira, 28, no Diário Oficial da União (DOU), o Decreto 9.888, que atualiza regras da política nacional de biocombustíveis, o RenovaBio. O documento, assinado pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão, e pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, revoga o decreto anterior sobre o tema, o 9.308, de março de 2018.

Entre as mudanças, a principal é a definição do início da emissão dos Créditos de Descarbonização (CBios) para 24 de dezembro deste ano, dias antes do início da vigência do RenovaBio, prevista para janeiro de 2020.

Criados no RenovaBio, os títulos corresponderão a uma tonelada de gás carbônico retirada da atmosfera por um combustível renovável ou emitida pelo combustível fóssil. Produtores de bicombustíveis, como etanol, biodiesel e bioquerosene – redutores de emissões – comercializarão os CBios. Distribuidoras terão de adquiri-los para atingir metas individuais de redução, correspondentes à fatia de cada companhia no mercado de combustíveis fósseis.

O novo decreto alterou restabelece o Comitê da Política Nacional de Biocombustíveis – Comitê RenovaBio, órgão multiministerial que monitorará a adoção e o cumprimento do programa. As mudanças no Comitê RenovaBio, no entanto, foram técnicas e apenas para adaptá-lo às alterações nos nomes e funções dos ministérios ocorridas no governo do presidente Jair Bolsonaro.

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Fonte: Agência Estado/NovaCana

12. KPMG se credencia como firma inspetora do RenovaBio

Em breve, a KPMG deve passar a oferecer serviços de certificação para usinas de etanol e biodiesel interessadas em participar da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Na última quinta-feira (27), a diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou credenciamento da empresa como firma inspetora do programa.

O credenciamento, por sua vez, foi oficializado em despacho da ANP publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1), tornando a empresa a quinta firma inspetora cadastrada no RenovaBio. A mais recente foi a Fundação Carlos Alberto Vanzolini, que recebeu aval há cerca de duas semanas.

A KPMG havia dado entrada no pedido junto à ANP no final de maio.

Fundada em 1987, a KPMG é mais conhecida pelos serviços de auditoria e consultoria. É uma das quatro maiores empresas do ramo no mundo com atuação em mais de 150 países e 207 mil empregados.

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Fonte: BiodieselBR/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Acordo Mercosul-UE deve favorecer exportações de café

Exportadores de café avaliaram de forma positiva o fechamento do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, assinado nesta sexta-feira (28/6), em Bruxelas, por representantes dos dois blocos. Para representantes do setor, o acordo fortalece a marca Cafés do Brasil no bloco, que é um dos maiores consumidores mundiais e um dos principais destinos do produto brasileiro.

“Fortalece o marca Brasil, aumenta laços, incrementa parcerias. Para nós é motivo de satisfação”, afirmou o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), Nelson Carvalhaes. “O Brasil volta a ser inserido na política de acordos internacionais de uma maneira inteligente, produtiva”, acrescentou.

Atualmente, o maior consumidor mundial de café são os Estados Unidos, seguidos pelo Brasil. De acordo com o CeCafé, dos dez principais destinos do café brasileiro, seis são países da Europa, liderados por Alemanha, Itália e Bélgica. Além deles, estão Reino Unido, em processo de saída do bloco, França e Turquia, que não integra o bloco.

Na visão do Conselho, o Brasil tende a atender mais o mercado da União Europeia, cliente de longa data do produto brasileiro. A exigência de qualidade do bloco é cada vez maior e a cadeia produtiva brasileira tem condições de atender o mercado europeu com produto de qualidade.

“O café brasileiro já é muito bem posicionado na comunidade europeia. Tem rastreabilidade, é sustentável. Temos leis ambientais e sociais severas, com resultado econômico positivo”, disse Carvalhaes. “Ter um acordo com alguém que já é um parceiro de fato fortalece e ajuda muito”, acrescentou o executivo.

Ganho de mercado

Para o segmento de café solúvel, o acordo entre Mercosul e União Europeia tende a representar a recuperação de um espaço perdido por problemas de competitividade, explica diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Aguinaldo José de Lima. A depender do desempenho do ano, o mercado europeu alterna entre o segundo e o terceiro lugar no ranking de destinos do produto brasileiro.

Lima explica que, até pelo menos dez anos atrás, o café solúvel brasileiro fazia parte do Sistema Geral de Preferências da União Europeia. Mas foi retirado e passou a fazer parte de uma cota de importação, substituída posteriormente por uma tarifa de 9%, em vigor até hoje.

“Mesmo com a tarifa, o Brasil se torna competitivo, mas, ao longo do tempo, estávamos perdendo share porque competíamos com a indústria da própria União Europeia, com tarifa zero, e concorrentes como Vietnã e Índia, que têm vantagens logísticas e tarifas menores”, explicou o executivo.

Segundo o diretor da Abics, as novas regras preveem uma redução gradual dessa tarifa de importação por um prazo de quatro anos. A partir do quinto, o café solúvel brasileiro passa a ser livre de taxa. Na avaliação de Aguinaldo Lima, ao mesmo tempo em que a tarifa cai, a participação no mercado europeu tende a aumentar, podendo elevar em pelo menos 30% os volumes exportados para o bloco.

“Essa perspectiva de redução da tarifa nos dá uma condição de competitividade. A redução gradual da tarifa tende a trazer mais participação de mercado. Deixamos de perder espaço e passamos a ganhar”, diz Lima.

De acordo com a Associação, o Brasil exportou em 2018 o equivalente a 470 mil sacas de 60 quilos em café solúvel para a União Europeia, que geraram uma receita de US$ 72 milhões. Os embarques totais do produto brasileiro no ano passado foram equivalente a 3,7 milhões de sacas, com uma receita de US$ 600 milhões.

Procurada pela reportagem, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), informou que ainda avalia os possíveis efeitos do acordo entre Mercosul e União Europeia.

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Fonte: Revista Globo Rural

14. Acordo Mercosul-UE pode até zerar tarifas sobre suco de laranja, diz CitrusBr

O acordo comercial Mercosul-União Europeia atende a demanda da indústria de suco de laranja e abre espaço para que as empresas adotem novas estratégias de acesso ao mercado europeu. A avaliação foi feita em nota oficial pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBr), que reúne as maiores indústrias de suco de laranja do país.

De acordo com a CitrusBr, as tarifas médias para a entrada do suco de laranja brasileiro no mercado europeu variam de 12,5% a 15%, a depender do produto.

“A retirada completa ou parcial melhora a competitividade do suco de laranja em relação a concorrentes como o México, que nos últimos anos conseguiu firmar bons acordos comerciais e aumentou sua participação no mercado mundial de forma significativa”, disse, em nota, o diretor executivo da entidade, Ibiapaba Netto, em nota oficial.

O acordo, assinado por representantes dos países dos dois blocos, prevê alterações de tarifas sobre diversos produtos, que podem chegar a zero em um período de até dez anos, a partir da entrada em vigor do acordo entre os dois blocos.

“A CitrusBR, em nome de suas empresas associadas, reconhece o esforço das autoridades envolvidas e deseja que a tramitação da aprovação deste histórico acordo aconteça com a maior celeridade por parte dos países membros.

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Fonte: Revista Globo Rural

15. Estados Unidos plantam menor área de soja desde 2013, diz USDA

Em meio a fortes inundações que atingiram o cinturão de produção de grãos nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura do país estimou, nesta sexta-feira (28/6) uma área 10% menor de soja na temporada 2019/2020 em relação à anterior, totalizando 32,39 milhões de hectares. É a menor área desde 2013, de acordo com o USDA. Do total, os sojicultores americanos deverão colher o grão em 32,07 milhões de hectares.

Milho

Diferente da soja, a área de milho na safra 2019/2020 deve ser 3% maior que a da temporada anterior, totalizando 37,11 milhões de hectares. De 48 Estados pesquisados pelo USDA, 40 tiveram aumento de plantio, de acordo com o relatório divulgado nesta sexta-feira (28/6). Ainda de acordo com o USDA, a área de milho a ser colhida deverá ser de 33,83 milhões de hectares.

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Fonte: Revista Globo Rural

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