Conjuntura do Agronegócio

1. Puxados pelo agro, apenas 6 estados devem superar recessão econômica

Apenas seis estados vão conseguir apagar neste ano os estragos causados pela recessão econômica. Levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada mostra que Pará, Roraima, Mato Grosso, Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso do Sul serão os únicos a superar o Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2014, quando o país entrou na pior recessão da história.

O desempenho, puxado pela iniciativa privada, deve dar um pouco de fôlego aos novos governadores, que terão de cortar gastos e reduzir a folha de pagamento para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Quase todos estão com as despesas de pessoal acima do limite de 60% e enfrentam dificuldade para pagar servidores. Mas, com crescimento maior, a arrecadação tende a aumentar e dar ligeira folga aos cofres públicos.

Nos demais 20 estados e no Distrito Federal, os novos governadores não vão ter o mesmo alívio. Pelo levantamento, eles terão crescimento abaixo da média nacional e não conseguirão voltar ao nível pré-crise. Alagoas, Maranhão e Sergipe são os que estão mais distantes do patamar de PIB registrado em 2014. “Em vários locais, esse nível só deverá ser alcançado em 2020 ou 2021”, diz o economista da Tendências, Adriano Pitoli, responsável pelo levantamento Cenários Regionais 2019-2023.

Ele explica que, no caso dos seis estados, a economia foi impulsionada pelo bom desempenho do agronegócio, pela maior exposição ao mercado internacional e pela maturação de projetos de mineração, como o da Vale, no Pará.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Canal Rural

2. Rondonópolis reassume posição de maior exportador de MT

O município de Rondonópolis reassumiu a primeira posição no ranking das cidades que mais exportam no estado de Mato Grosso. Rondonópolis já liderou esse ranking no passado, mas nos últimos anos havia sido superada pela cidade de Sorriso, sendo que em 2018 a cidade polo da região sul/sudeste do estado reassumiu a posição de maior exportadora de Mato Grosso.

As exportações de Rondonópolis durante o ano de 2018 totalizaram US$ 1,318 bilhão, o que é equivalente a 12,8% das exportações de Mato Grosso e colocaram o município como o 39º maior exportador do país. No mesmo período, as importações da cidade chegaram a US$ 631 milhões, gerando um saldo positivo na balança comercial de US$ 687 milhões. Esse valor importado coloca o município como o maior importador de Mato Grosso, sendo responsável por 39,6% das importações do estado, o que o coloca na 67ª posição entre os maiores importadores do país.

As tortas e outros resíduos sólidos de soja são responsáveis por 67% do volume exportado, enquanto a soja propriamente dita foi responsável por 13% das exportações do município. O milho foi responsável por 9,6% do total exportado, enquanto a carne bovina foi responsável por 2% e o óleo de soja foi responsável por 1,5% do total exportado por Rondonópolis.

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Fonte: A Tribuna MT/Notícias Agrícolas

3. Reforma agrária e demarcações serão "passadas a limpo", diz Nabhan Garcia

Todos os processos de ocupações de terras do País, desde as medidas de reforma agrária do Incra, passando por demarcações de terras indígenas pela Funai e por delimitações de terras quilombolas pela Fundação Palmares, serão alvo de um levantamento pelo governo Bolsonaro.

"Vamos passar a limpo todas as questões fundiárias no Brasil", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antonio Nabhan Garcia.

Amigo próximo do presidente Jair Bolsonaro e ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Nabhan teve aval do presidente para redefinir as políticas fundiárias do País. Ele promete uma mudança radical no setor.

"Vai ser feito um levantamento amplo para ver a situação real da regularização fundiária. Você acha que tem irregularidades só no Incra? Tem irregularidade em muitos outros setores também", disse Nabhan. "Tudo tem que ser analisado com um olho neutro e isento, sem nenhum tipo de tendência, vínculo político ou ideológico, sem interferência de ONGs."

Uma das medidas que serão tomadas - e que já foi cobrada por Bolsonaro - será a revisão do processo de demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. "Há muitas situações que terão de ser revistas e apuradas, de uma forma neutra e imparcial. Mas isso não se faz na correria, no grito. Então, não tenho prazo definido para concluir isso."

Sem mencionar nominalmente o Partido dos Trabalhadores (PT), Nabhan disse que todos os processos de destinação de terras no País precisam ser revisitados, porque foram conduzidos, nos últimos anos, por motivações ideológicas. "Essa contaminação política e ideológica é total, ela está em todos os setores, nas questões quilombolas, na reforma agrária e nas questões indígenas. Isso praticamente predominou em toda questão fundiária no País nos últimos anos", declarou o secretário. "Infelizmente, o que aconteceu é que houve uma interferência política e ideológica muito grande em todo esse processo. Dessa forma, as coisas nunca saem como deveriam sair, contentando um e descontentando outro. Depois que fizermos esse levantamento, vamos tomar as medidas necessárias."

Um dos primeiros atos do governo Bolsonaro foi retirar os processos de demarcação de terras indígenas da Funai, repassando essa atribuição para a nova secretaria criada dentro do Ministério da Agricultura. A missão de identificação e reconhecimento de terras quilombolas também saiu da Fundação Palmares e migrou para a secretaria de Nabhan. O mesmo ocorreu com as atividades do Incra.

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Fonte: Estadão Conteúdo/DCI

Insumos

4. Falta de internet no campo faz produtor perder tempo e dinheiro

Érico Kolya trocou a vida na cidade pelo campo há dois anos, dividindo sua rotina entre a queijaria e o computador. A tecnologia, para o sítio localizado em Cabreúva (SP), é usada para divulgar fotos e vídeos da produção. O empreendedor reforça que, estando no meio rural, é necessário apresentar o trabalho e o melhor caminho são as redes sociais. “É super importante ter uma página no Instagram e Facebook, um site que mostre o que a gente faz e também o nosso conceito e filosofia da produção”, diz.

Mas fazer divulgação é uma tarefa mais difícil sem acesso à internet de qualidade. Kolya, por exemplo, depende do plano 3G do celular. Ele roteia o sinal do equipamento para conectar o notebook, porém nem sempre os aparelhos se comunicam corretamente. A falta de sinal também impede pagamento via cartão de crédito e emissão de boletos.

“Eu tenho que me planejar. Geralmente vou para São Paulo e encosto em um café. Não é o ideal, por ser muito barulhento, mas é a forma que encontro de falar com alguém via skype”, relata. Segundo o vendedor, às vezes, nem sinal para ligação ele tem.

Abrir um empório em São Paulo está nos planos de Marina Asnis, mas ela tem encarado todos os problemas da falta de conectividade. “Fui a uma queijaria em Porto Feliz, peguei um monte de queijinhos, na hora que passei o cartão, ele disse: ‘Não deu’. Falei que ia tentar de novo, ele responde: ‘Sinto muito, mas não vai dar’”, conta. Segundo ela, a sorte foi ter dinheiro na carteira. “Infelizmente, também não é culpa deles”, completa.

Melhorou, mas nem tanto

Em um ano, o Brasil ganhou 10 milhões de novos usuários na internet, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2016 e 2017, o percentual de pessoas conectadas na zona rural passou de 32% para 39%. Enquanto o número de pessoas que diz não ter acesso à rede nas cidades é de 1%, o índice no campo é muito maior: 21%.

“É uma grande dificuldade que o Brasil precisa aprimorar. Nosso país está bem defasado em relação ao resto do mundo”, afirma André Cardoso da Silva, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Solução

Para o produtor de vinhos Rodrigo Ismael, a conectividade deixou de ser problema. Ele tem uma propriedade voltada ao turismo rural na Serra da Mantiqueira, interior de São Paulo, e instalou internet via satélite. “Preciso informar aos meus clientes o que a gente vai oferecer, porque trabalhamos com reservas antecipadas”, explica.

Além da comunicação direta, a conexão facilitou o pagamento da clientela. “Os meus recebimentos eram feitos em dinheiro, cheque e depósito posterior. Passou a ser feito praticamente 90% via cartão de crédito”, relata.

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Fonte: Canal Rural

5. Modificação genética aumentou rendimento em 40%

Um estudo publicado nesta quinta-feira (03.01), na revista Science, mostrou que o uso de técnicas de modificação genética resultou em um aumento de 40% no rendimento de plantas de tabaco. O estudo, realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Illinóis, nos Estados Unidos, e é o primeiro do gênero feito em campo experimental.

Nesse cenário, os pesquisadores trabalharam na enzima de fixação de carbono RuBisCO, que é essencial na transformação do dióxido de carbono atmosférico em biomassa vegetal e também reage com o oxigênio para produzir subprodutos disfuncionais. A partir disso, a fotorrespiração desintoxica esses subprodutos e os converte em moléculas úteis.

Como os métodos comumente utilizados na busca pelo aumento da produtividade, como pesticidas e irrigação, estão sendo otimizados, a eficiência fotossintética está se tornando a primeira opção para alguns cientistas da área. Isso porque os resultados sugerem um método que poderia ser usado para superar as limitações inerentes da fotossíntese natural para melhorar a produtividade e de outras culturas importantes globalmente, como arroz ou trigo.

Usando o tabaco como modelo de cultivo, os pesquisadores introduziram vias metabólicas não-nativas e sintéticas que reciclaram mais eficientemente os subprodutos da oxigenação da RuBisCO. O tabaco foi usado devido, em parte, à facilidade de manipulação genética, bem como à sua natureza resistente e produção abundante de sementes, o que o torna adequado para fins de pesquisa.

De acordo com os resultados de experimentos em condições de casa de vegetação e no campo sob condições agrícolas, as vias sintéticas levaram a grandes aumentos na biomassa de peso seco. "A planta pode dedicar essa energia ao seu crescimento, em vez de usá-la para metabolizar as moléculas tóxicas", diz o principal autor do estudo, Donald Ort.

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Fonte: Agrolink

6. Falta de conhecimento prejudica edição genética

Um novo relatório do Pew Research Center, localizado nos Estados Unidos, afirmou que a falta de conhecimento científico está correlacionada com medos indevidos sobre modificação genética, produtos químicos e técnicas comuns na produção de alimentos. Esta é uma das conclusões deste trabalho que analisou a reação dos norte-americanos em relação a uma série de fatores que envolvem a produção de alimentos.

Os pesquisadores estimam que cerca de metade do país acredita que os aditivos alimentares representam um risco grave para a saúde ao longo do tempo (51%) e um número semelhante acredita que os alimentos geneticamente modificados (GM) ou transgênicas, são piores para a saúde (49%). No entanto, existe uma certa ligação entre um baixo nível de informação científica com o medo de certos alimentos que passaram por técnicas não naturais.

Nesse cenário, níveis mais baixos de informação científica estão associados a níveis mais elevados de risco percebido, sendo que 43% do grupo com baixo conhecimento científico disse que os pesticidas em produtos representam um grande risco para a saúde de uma pessoa ao longo do tempo, enquanto apenas 20% do grupo com alto nível de alfabetização científica disse a mesma coisa. E 38% daqueles com alto nível de conhecimento científico acreditam que os alimentos transgênicos são piores para a saúde do que os alimentos não transgênicos, enquanto 52% daqueles com baixo conhecimento científico dizem o mesmo.

Um estudo diferente da Pew descobriu que a maioria dos americanos acredita que os cientistas estão divididos sobre a segurança dos alimentos geneticamente modificados, embora não seja esse o caso. Isso porque, mais de 250 instituições técnicas e científicas em todo o mundo afirmam que são alimentos seguros.

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Fonte: Agrolink

Proteína Animal

7. Carne bovina: mercado virou

Desde novembro do ano que passou, semana após semana os preços da carne bovina sem osso vendida no atacado pelos frigoríficos acumulavam valorizações, contudo nos últimos sete dias o mercado entrou em revés.

Na média de todos os cortes pesquisados a desvalorização foi de 1,7% nestes primeiros dias de 2019.

Este desempenho de certa forma já era esperado, pois janeiro é sazonalmente marcado pela mudança de comportamento das vendas, que começam a recuar após um período de intenso crescimento, normalmente observado nas últimas semanas do ano que se encerrou.

Mas vale lembrar que, ao longo de 2018 o consumo interno não surpreendeu, porém conseguiu absorver o aumento dos abates sem grandes pressões nos preços da carne.

E embora a margem da indústria em 2018 tenha ficado ao redor de 6 pontos percentuais abaixo da média de 2017 é preciso considerar que em 2018 esta margem foi construída em cima de preços mais sustentados da matéria-prima (boi gordo).

Mas para este ano que se inicia as expectativas colaboram para preços mais firmes no mercado da carne, tanto pelo possível aumento da demanda doméstica, em decorrência da retomada mais consistente da situação da economia, quanto pela diminuição da oferta de gado, em função do início do ciclo de retenção de matrizes.

Notícia na ítnegra

Fonte: Scot Consultoria/Notícias Agrícolas

8. Agricultura familiar: governo estabelece limite mínimo para compra de leite

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira, dia 4, um projeto que estabelece limite de leite adquirido através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A medida, que foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), indica que o mínimo comprado por dia de cada agricultor familiar será de 35 litros.

Criado em 2003, o PAA permitia na época da apresentação do projeto a compra direta dos pequenos produtores, sem necessidade de licitação, de volume de leite correspondente a R$ 8 mil por ano, o que equivaleria a cerca de 22 litros por dia. O valor foi aumentado no final de 2017 para R$ 9,5 mil por ano.

Segundo o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), autor da medida, foi uma grande inovação determinar que a compra diária deveria ser baseada em litros e não em valores por período. Na avaliação dele, o programa é importante, mas um limite baixo impede um maior desenvolvimento da atividade leiteira em sua região.

Ele argumenta que, com o limite que vigorava em 2015, houve uma diminuição em cerca de 80% no número de fornecedores de leite para o PAA na Paraíba, resultando em desemprego no campo e redução da qualidade de vida, com impactos inclusive na saúde pública da população.

Alteração no projeto

O texto inicial indicava um limite mínimo de 150 litros diários, no entanto, a medida recebeu uma emenda na Câmara reduzindo o volume proposto para 35 litros.

A relatora da matéria, senadora Ana Amélia (PP-RS), disse em seu relatório reconhecer o mérito da proposta original. Ela, no entanto, alegou limitação orçamentária e equilíbrio entre as diversas formas de compra do PAA para apoiar a modificação da Câmara.

“Nesse sentido, o limite de 35 litros por dia, proposto e aprovado pela Câmara dos Deputados, mostra-se mais factível e com menor potencial de afetar significativamente outras modalidades do PAA”, afirmou.

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Fonte: Agência Senado/Canal Rural

9. Israel estuda importar carne congelada brasileira, diz embaixador

O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, disse que há uma expectativa no seu país para a visita do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Em entrevista à Agência Brasil publicada neste sábado, ele afirmou que está certo de que a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém acontecerá, mas que não há ainda uma discussão sobre prazos. E apontou que Israel estuda aumentar suas relações comerciais com o Brasil por meio da aquisição de carne congelada.

"O governo brasileiro é soberano para dizer quando. A transferência acontecerá, mas aguardamos o momento. Essas coisas não serão obstáculos para a nossa relação”, disse. Segundo ele, Israel estabeleceu, por meio de decreto, que vai parar de comprar “carne viva” e passará a importar carne congelada. “O mercado de Israel de carne congelada pode superar US$ 200 milhões ou US$ 300 milhões por ano”, disse.

Ele afirmou ainda que se discute uma parceria entre os governos na área de satélites, para construção conjunta na base de Alcântara.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Canal Rural

Agroenergia

10. Usina de cana-de-açúcar é classificada como "armazenadora" no sistema Gedave

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo publicou, na edição do dia 22 de dezembro de 2018, a Resolução SAA n. 59, de 21 de dezembro de 2018, que aprova as normas e os procedimentos para o monitoramento da cadeia produtiva do agrotóxico e afins de uso agrícola, que serão registrados pelo Sistema Informatizado da Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo para Gestão de Defesa Animal e Vegetal - GEDAVE. A novidade na resolução é a inserção da figura do armazenador dos agrotóxicos.

A mudança surgiu para atender a um pedido do setor sucroenergético e outros segmentos do agronegócio paulista. De acordo com nota da Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar, a estrutura inicial do Gedave não refletia as operações realizadas pelo setor da bioenergia, uma vez que as usinas não poderiam ser qualificadas como comerciantes/distribuidores de agrotóxicos e tão pouco como fabricante de agrotóxicos, que compram e armazenam estes produtos, que serão utilizados ao longo da safra.

O Gedave, que entraria em vigor a partir de janeiro de 2019, foi postergado para o início de 2020. A prorrogação do cadastro foi conquistada em novembro de 2018 pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim, forte aliado do setor da bioenergia e pelo então Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Sérgio Ferreira Jardim.

Prazos

As usinas deverão se cadastrar no sistema Gedave como "Armazenador" até o dia 30 de junho de 2019. E, a partir de 01 de janeiro de 2020, deverão informar a geração, a transferência e o uso de saldo de produtos no sistema.

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Fonte: Udop

11. Porte da cana energia desafia programa nutricional e colheita, mas rusticidade, produtividade e custos menores já compensam

A cana energia é uma variedade de cana que possui mais fibras e por isso pode ser mais indicada para o setor do etanol de segunda geração. Apesar dessa vantagem, a cultura dessa variedade ainda não é muito difundida nas lavouras do Brasil.

“Nós vemos que a cana energia necessita de um manejo agronômico e uma adubação diferenciada a fim de potencializar a produção de biomassa da cultura. Outros ajustes na colheita como uma colheita mais eficiente e com custo operacional adequado. Então eu percebo nesses últimos anos que é uma cultura com grande potencial, mas que necessita de uma atenção e um desenvolvimento de uma colheita com qualidade e eficiência e um manejo agronômico, sobretudo nutricional, para potencializar a cultura”, conta Sérgio Gustavo Quassi de Castro,- pesquisador da AgroQuatro-S.

A cana energia pode chegar a até 5 metros de altura e, justamente por ser mais ereta e possuir mais colmos, acaba extraindo mais nutrientes e precisando de adubação diferenciada, com níveis maiores de aplicações. Tudo isso propicia que essa variedade atinja um potencial produtivo maior.

“Considerando a colheita integral, já chegamos a ver até produção próximas de 200 toneladas de biomassa por hectare. Todavia, na minha experiência, eu vejo que varia de 100 a 120 toneladas e isso já um excelente resultado tendo em vista que ela é cultivada em regiões mais marginais à cana de açúcar, em que essa modalidade não vai bem seja por questões térmicas, hídricas ou até mesmo por menor fertilidade do solo”, explica Castro.

Essa destinação da cana energia por áreas mais alternativas à produção da cana de açúcar comum se dá pelo mais elevado custo e dificuldade de produção e colheita, mas que é compensado pela maior produtividade quando comparado à cana tradicional nesses locais.

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Fonte: Notícias Agrícolas

12. Produção de açúcar da Índia cresce 6,7% no acumulado da safra, diz associação

As usinas indianas produziram 11,05 milhões de toneladas de açúcar entre 1º de outubro e 31 de dezembro, 6,7 por cento mais na comparação com igual período do ciclo anterior, já que as unidades deram início ao processamento de cana mais cedo do que o normal no Estado de Maharashtra, disse nesta sexta-feira uma associação de produtores.

Maharashtra, o segundo maior produtor do país, produziu 4,4 milhões de toneladas de açúcar durante o período, um aumento de 14,6 por cento em relação ao ano anterior, informou a Associação de Usinas de Açúcar da Índia (Isma, na sigla em inglês) em um comunicado.

A produção no Estado de Uttar Pradesh, no norte do país e o maior produtor de açúcar, ficou em 3,1 milhões de toneladas, uma queda de quase 7 por cento em relação ao ano passado.

A Índia, maior consumidora de açúcar do mundo, deve produzir de 31,5 milhões a 32 milhões de toneladas do adoçante no ano comercial de 2018/19, iniciado em 1º de outubro, mais do que a demanda local de cerca de 26 milhões de toneladas, segundo estimativas da Isma.

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Fonte: Reuters/Agrolink

Grãos e Grandes Culturas

13. Falta de chuvas no Sul já ameaça novo recorde na colheita de soja

A falta de chuvas no Sul do país poderá impedir que a produção brasileira de soja bata um novo recorde nesta safra 2018/19. O maior volume colhido até agora foi o do ciclo passado (2017/18), estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 119,3 milhões de toneladas.

Na semana passada, a INTL FCStone reduziu em 4 milhões de toneladas sua projeção para a colheita total. A estimativa da consultoria passou a ser 116,3 milhões de toneladas, o que significaria uma queda de 2,5% ante 2017/18. Se confirmada, a queda deverá afetar as exportações. Segundo os novos números da FCStone, o país deverá embarcar 72 milhões de toneladas, 12% menos que o recorde de 82 milhões de toneladas da safra passada.

Projeções como essas têm ajudado a oferecer alguma sustentação aos preços da soja na bolsa de Chicago. Na semana passada, os contratos futuros para março subiram 3%, para US$ 9,345 por bushel.

"Nossos levantamentos levam em consideração a seca do início de dezembro que afetou principalmente Mato Grosso do Sul e Paraná", afirmou Ana Luiza Lodi, analista de mercado da FCStone.

Em sua revisão, a consultoria cortou a estimativa para o Paraná, segundo maior Estado produtor de soja do país, de 19,5 milhões para 17 milhões de toneladas.

De acordo com Luiz Fernando Roque, analista da Safras & Mercado, ainda é cedo para estimar o tamanho das perdas na temporada 2018/19. "Mas uma coisa é certa: não vamos ter safra recorde".

De acordo com Roque, cerca de 10% da safra brasileira de soja está sob algum risco de perdas. "Isso seria uma redução de cerca de 2 milhões de toneladas. Mas são lavouras em risco. Não quer dizer que haverá uma perda nesse patamar". A última projeção da consultoria Safras, que deverá ser atualizada ao fim da semana que vem, apontava para 122,2 milhões de toneladas da oleaginosa.

Para Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, a perda de produção de soja no país como um todo dificilmente aumentará daqui para frente. Mas algumas regiões do Rio Grande do Sul, por exemplo, podem sofrer mais. "As chuvas voltaram em quase todo o país. O problema é que estão irregulares", disse. Segundo ele, as chuvas intensas entre setembro e outubro obrigaram o replantio de soja em algumas áreas do Rio Grande do Sul.

Mas essas perdas gaúchas deverão ser compensadas em outras regiões. O clima no Matopiba - confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - e Minas Gerais "pode trazer boas surpresas", disse Santos.

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Fonte: Valor Econômico

14. Cultivo de cacau, trabalho para gente grande

Passaram-se quase duas décadas desde o primeiro compromisso firmado pela indústria de cacau para que as empresas começassem a monitorar seus fornecedores com vistas a erradicar o trabalho infantil nas lavouras do oeste da África. Parte das companhias ainda está implementando seus "sistemas de monitoramento e remediação de trabalho infantil", mas, entre as empresas que já o aplicam, levantamentos recentes tornaram-se mais rigoroso e os casos registrados de crianças nas plantações da região aumentaram.

Líder mundial no processamento de cacau, a suíça Barry Callebaut identificou 4.230 casos das "piores formas de trabalho infantil" em fazendas fornecedoras na temporada 2017/18 (outubro de 2017 a setembro de 2018). Foram quase 20 vezes mais casos que na safra anterior (247). Os dados constam no último relatório de sustentabilidade da empresa, divulgado em dezembro.

Conforme a companhia, o aumento reflete a cobertura de um número maior de fornecedores. "Todos os casos das piores formas de trabalho infantil que o grupo encontrou estão sendo remediados", informou a Barry Callebaut em relatório.

Na cadeia de suprimentos da Olam International na Costa do Marfim, foram identificadas dois grupos de fornecedores com trabalho infantil em 2017. O levantamento, publicado pela multinacional com sede em Cingapura em dezembro de 2018, foi conduzido pela Associação do Trabalho Justo (FLA, na sigla em inglês), da qual a Olam faz parte e que realiza avaliação independente da empresa todos os anos. Em 2016, a associação não localizou nenhum caso na cadeia da companhia na Costa do Marfim.

Na última avaliação, a FLA identificou, por exemplo, um trabalhador contratado como se tivesse 18 anos, mas com aparência de 14, e casos de adolescentes de 14 e 16 anos que desempenhavam tarefas perigosas, como poda de árvores com ferramentas afiadas. A associação também ouviu produtores em quatro fazendas que admitiram empregar crianças - algumas no corte de mato, outras na aplicação de agrotóxicos ou na colheita.

Em uma das cooperativas fornecedoras, um trabalhador "visivelmente abaixo da idade mínima para trabalhar" foi impedido por seu empregador de responder a perguntas, o que, conforme a associação, "pode mascarar outras formas de abuso ou violência".

Ao Valor, a Olam afirmou que estabeleceu "ações específicas para atender aos pontos levantados" pela FLA e que "já está dando passos para implementá-los para garantir que nenhuma criança esteja sujeita a práticas ilegais, inaceitáveis e inseguras em fazendas de cacau". A empresa acrescentou que seu objetivo é alcançar 100% de rastreabilidade do cacau que origina diretamente até 2020.

Maior empresa de alimentos do mundo, a suíça Nestlé identificou 7.002 crianças trabalhando em fazendas ou comunidades monitoradas na Costa do Marfim pelo Nestlé Cocoa Plan em 2017 - trata-se do programa de sustentabilidade da companhia, que publicou no ano passado seu primeiro relatório focado em trabalho infantil. O Nestlé Cocoa Plan cobre um terço de toda a cadeia de suprimentos de cacau da multinacional e começou a monitorar Gana em 2018.

Desde o início do monitoramento na Costa do Marfim, em 2012, foram identificados 7.327 casos de trabalho infantil. De acordo com a Nestlé, 51% das crianças identificadas não estão mais trabalhando.

No relatório, a empresa suíça afirma que o número apurado em 2017 é "significativo" e que é "precisamente porque o Nestlé Cocoa Plan tem um sistema que essas crianças foram identificadas com sucesso e que nós, portanto, temos como apoiá-las". Segundo a companhia, seu objetivo é chegar a 2020 com originação de 230 mil toneladas de cacau pelo plano, cerca de 57% do fornecimento total.

Segunda maior processadora de cacau do planeta, a americana Cargill começou a implantar um sistema de monitoramento de trabalho infantil em oito cooperativas da Costa do Marfim na safra 2016/17 e, para 2017/18, previa ampliar o alcance para mais nove. Não há dados sobre identificação de casos de trabalho infantil no relatório do programa de sustentabilidade da múlti, o Cargill Cocoa Promise, da safra 2016/17. O relatório de 2017/18 será publicado em maio.

Ao Valor, a Cargill informou que "não tolera, sob nenhuma circunstância, o uso de tráfico humano, trabalho forçado ou trabalho infantil em suas operações em cadeias de suprimento. Conforme tomamos ação para entender melhor e atender potenciais questões, vamos continuar trabalhando ativamente para proteger os direitos humanos, com um compromisso inabalável para proteger os direitos das crianças ao redor do globo". A empresa afirmou que tem o compromisso de zerar incidentes de trabalho infantil na cadeia até 2025.

A americana Mondelez começou a implementar o monitoramento de seus fornecedores em 2016 em Gana, e em 2018 estendeu o trabalho para a Costa do Marfim. Porém, a empresa não informou em seu último relatório, sobre 2017, a quantidade de casos de trabalho infantil identificados. A companhia informou que seu objetivo é estender o projeto de sustentabilidade, o Cocoa Life, a 200 mil produtores até 2022.

Contexto

Nem todo trabalho executado por crianças e adolescentes é considerado trabalho infantil pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O termo "trabalho infantil" é definido pela entidade como "o trabalho que priva a criança de sua infância, seu potencial e sua dignidade, o que prejudica seu desenvolvimento físico e mental". A Iniciativa Internacional do Cacau (ICI) acrescenta que "trabalho infantil" é o que interfere na educação da criança, o que força que ela saia prematuramente da escola ou que a obrigando a combinar estudos com trabalho árduo e excessivo. Segundo a OIT, "qualquer trabalho que provavelmente vai prejudicar a saúde física mental e moral da criança e a segurança não devem ser feitos por ninguém com menos de 18 anos". As "piores formas de trabalho infantil" incluem trabalho escravo ou análogo à escravidão, uso de crianças em prostituição ou pornografia, uso de crianças em atividades ilegais e trabalhos cuja natureza prejudica a saúde, segurança e a moral da criança.

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Fonte: Valor Econômico

15. CNC: O café na nova estrutura do Ministério da Agricultura

No dia 1º de janeiro, através da Medida Provisória nº 870, que trata da organização básica dos Órgãos da Presidência da República, foi mantida a estrutura do Conselho Deliberativo da Política Cafeeira (CDPC) e, no dia 2, foi publicado o Decreto nº 9.667, que aprovou a nova estrutura regimental do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

As mudanças trazidas pelo Decreto estão em sintonia com a governança defendida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, que prevê um Estado mais enxuto e eficiente, com redução dos níveis de hierarquia e, consequentemente, dos cargos comissionados.

Trabalhamos com afinco, durante o período de transição governamental, para que fosse reservada uma estrutura para o café, separada das demais culturas perenes, que garantisse uma gestão eficiente do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), sempre em sintonia com as necessidades do setor produtivo, o que somente é possível com o fortalecimento do CDPC.

O Decreto nº 9.667 ratifica a manutenção do CDPC na estrutura do Mapa, sendo que a Secretaria de Política Agrícola (SPA) proverá todos os serviços de apoio para seu efetivo funcionamento. Também separa uma estrutura exclusiva para a gestão do Funcafé, dentro do Departamento de Comercialização e Abastecimento da SPA. Foi mantida, ainda, a Coordenação Geral do Funcafé, com destinação de quatro cargos comissionados para tratar exclusivamente da gestão do Fundo.

Estamos confiantes que o Governo Bolsonaro trará grandes oportunidades para a política cafeeira e já desempenhamos nosso papel na construção de pontes e de relacionamento com a nova equipe. Lembramos que o secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio, já foi diretor do Café no Mapa, por nossa indicação, e possui amplo conhecimento das características e da dinâmica do setor café.

Diante da estrutura mais enxuta, o papel das entidades de representação ganha força para apoiar o trabalho do Governo, via apresentação de demandas tecnicamente fundamentadas, que sejam exequíveis. Neste sentido, é fundamental que estejamos unidos e trabalhando em sintonia para fortalecer o CNC, de maneira a ampliar os impactos de nossa atuação institucional em Brasília (DF).

Este é o resultado de um intenso trabalho realizado por nós, que culminou na manutenção, em separado – conforme Artigo 16, itens XI, XII e XIII – da aplicação dos recursos do Funcafé, do acompanhamento e do controle das aplicações dos recursos do Fundo e na elaboração da proposta do orçamento anual, ainda com a competência de assessorar o secretário de Política Agrícola nos assuntos relativos ao CDPC, destacando a nossa indicação do servidor de carreira, Sílvio Farnese, como seu gestor.

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Fonte: CNC/Notícias Agrícolas

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