Clipping Agribusiness | 08 de janeiro
- Por: Juliane
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Conjuntura do Agronegócio
1. SP: PIB do agro recua 4,9% em 2018
O Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária em São Paulo registrou queda de 4,9% na renda em 2018, considerando os dados disponíveis até julho/18. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a renda foi menor tanto no segmento agrícola (-4,5%) quanto no pecuário (-6,8%).
Entre os destaques negativos, destaca-se o fraco desempenho do segmento primário do agro, com recuo de 14,1% em 2018. De acordo com o Cepea, o resultado negativo é influência da queda de atividades agrícolas importantes, como cana-de-açúcar e laranja. Destacam-se as altas no cultivo de algodão, soja e trigo.
Quanto ao segmento primário pecuário, recuou 8,1% no estado paulista. Apenas a atividade de bovinocultura de corte apresentou alta no período, motivada pelo aumento em quantidade produzida. Para as demais atividades acompanhadas, foram verificadas baixas, com destaque para suínos, devido à queda acentuada de preços; leite, que teve baixa acentuada de produção; e ovos, com baixa significativa de preços.
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Fonte: Datagro/Udop
2. Bolsonaro apoia agronegócio competitivo e integrado, diz Grisa
De acordo com o economista Gustavo Grisa, sócio-diretor da Agência Futuro, o novo governo Bolsonaro significa “maior possibilidade de evolução para um modelo de apoio ao agronegócio competitivo e integrado”. Projetando um “ambiente mais favorável” e “preço das commodities com perspectiva estável”, o especialista pede, porém, atenção a “questões ambientais internacionais que podem gerar retaliações não-tarifárias”.
“O desenvolvimento da bioeconomia é estratégico para o Brasil na próxima década. Nisso se incluem uma nova visão sobre agronegócio sustentável, bioética, agrotech, o posicionamento em termos de regulação nacional e internacional. Esse tema depende de uma boa coordenação entre as lideranças privadas, associativas e setoriais, e uma posição convergente entre Ministérios de Agricultura, Meio Ambiente, Economia, Ciência e Tecnologia no tema, assim como das agências de fomento”, diz relatório da Agência Futuro.
De acordo com a consultoria, a tendência principal é o Brasil “realinhar-se mais fortemente com as grandes economias ocidentais, mas parte desse posicionamento dependerá da gestão sobre eventuais barreiras não-tarifárias, do equilíbrio com posicionamentos multilaterais e a busca de maior inserção global, convergente com a política econômica”.
A Agência Futuro é uma empresa de consultoria e instrutoria focada em inovação pública, economia urbana e responsabilidade empresarial. Atuando desde 2009, a Agência Futuro foi responsável pela formulação de Programas de Governo, iniciativas para inovação, novo foco de gestão e administração pública, gestão empreendedora, inteligência fiscal e a incorporação de tendências internacionais ao ambiente público brasileiro.
Gustavo Grisa é formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com MBA em Negócios Internacionais pela Thunderbird School of Global Management (EUA), com atuação nas áreas de Estratégia, Inteligência e Risco Político e cursos de pós-graduação como o Business and Poverty Leadership Program da Universidade de Cambridge (Inglaterra). Antes da Agência Futuro, desenvolveu carreira executiva nas áreas de economia, inteligência estratégica e relações corporativas na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Brasil Telecom e Vale.
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Fonte: Agrolink
3. Balança tem superávit de US$ 1,887 bi na primeira semana de 2019
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,887 bilhão na primeira semana de janeiro, informou a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. O bom desempenho na abertura de 2019 resulta de exportações de US$ 3,860 bilhões e importações de US$ 1,973 bilhão. Em 2018, a balança comercial brasileira fechou com superávit de US$ 58,3 bilhões.
Pelo critério de média diária, as exportações tiveram um expressivo avanço de 66,2% na primeira semana do ano, quando comparadas a janeiro de 2018. O valor de US$ 1,287 bilhão exportado por dia foi puxado pelo aumento nas vendas das três categorias de produtos.
O embarque de itens básicos mais que dobrou (110,8% de alta para US$ 723,6 milhões) puxado por petróleo, minério de ferro, farelo de soja, soja em grãos, milho em grãos. Os bens semimanufaturados também avançaram 54,8% para US$ 185,0 milhões, com destaque para semimanufaturados de ferro/aço, celulose, ferro-ligas, ouro em formas semimanufaturadas e catodos de cobre. As vendas de manufaturados, por sua vez, subiram 30,4% para US$ 378,0 milhões, lideradas por laminados planos de ferro ou aço, aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, gasolina e veículos de carga.
A média diária de importações subiu modesto 1,9% na primeira semana de janeiro, quando comparada ao mês fechado de 2018, para US$ 657,7 milhões. Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (+47,3%), químicos orgânicos e inorgânicos (+44,1%), cereais e produtos da indústria da moagem (+39,0%), plásticos e obras (+14,3%), equipamentos eletroeletrônicos (+11,0%).
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Fonte: Valor Econômico
Insumos
4. Tereza Cristina volta a defender mais recursos para o seguro rural
A nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina, voltou a defender há pouco, na sede do Banco do Brasil, que o orçamento do programa de subvenção ao prêmio do seguro rural seja fortalecido no governo do presidente Jair Bolsonaro. Dificilmente o montante reservado pelo governo para o seguro ultrapassa R$ 400 milhões anuais.
“Nosso principal desafio se chama seguro e precisamos resolver esse entrave”, disse a ministra logo depois da posse do novo presidente do novo Banco do Brasil, Rubem Novaes. O aumento das verbas destinadas ao seguro agrícola é uma demanda antiga do setor de agronegócios. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tem recomendado que o orçamento aumente para R$ 1,2 bilhão.
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Fonte: Valor Econômico
5. Novo CEO do BB sinaliza corte no subsídio do crédito rural, descarta vender "joias da coroa"
O novo presidente-executivo do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou nesta segunda-feira planos do novo governo de reduzir subsídios para o crédito rural, passando a usar em vez disso mais seguros agrícolas.
"Você tem uma posição hoje do Banco Central e da Fazenda de que você deve dar menos apoio ao juro, menos subsídio ao juros, e dar mais apoio ao seguro agrícola", disse.
"Essa é uma tendência nova, que eu diria que talvez venha de cima pra baixo aqui pro banco... Agora, que há essa intenção dentro do governo, eu posso afirmar que há. Trabalhar mais com seguro e menos com subsídio", completou.
Mais cedo, durante a cerimônia de posse de Novaes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, adiantou que haverá novidades sobre crédito na próxima semana, mas a prioridade de sua pasta vão ser justamente os seguros.
JOIAS DA COROA
Novaes rejeitou intenção de vender ativos que considere críticos para as atividades principais do BB, chamadas por ele de joias da coroa.
"Tem a parte toda de administração de fundos, a de meios de pagamento, de seguridade, crédito para pessoa física e pequenas e médias empresas, indiscutivelmente as áreas mais rentáveis do banco", enumerou.
O executivo rejeitou no entanto planos para se desfazer de ativos mais importantes.
"Alguns analistas afirmam que a nova administração pretende vender as joias da coroa do banco, deixando-o fragilizado perante a concorrência. Nada mais falso", disse Novaes.
Contudo, para áreas que tenham menos importância para a estatal, o desinvestimento não está descartado. O BB tem, por exemplo, participação em empresas não financeiras, como a fabricante de implementos agrícolas Kepler Weber e na empresa de energia elétrica Neoenergia.
"Entendemos que alguns ativos do banco não guardam sinergia com suas atividades principais; nestes casos, realmente consideraremos os desivestimentos", explicou.
Nas mais lucrativas, o objetivo será abertura de capital e busca de parcerias, disse ele a jornalistas.
Novaes adiantou ainda que haverá mudanças na estrutura do banco, com alguns vice-presidentes se mantendo nos quadros do banco, porém com algumas trocas de cadeiras. Disse também que ainda não há decisão sobre um possível plano de demissão voluntária (PDV).
"É óbvio que redução de custo, enxugamento de despesa é sempre o objetivo de qualquer gestor. Desde que isso não prejudique o funcionamento do banco", afirmou.
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Fonte: Reuters/Notícias Agrícolas
6. Farsul: produtor deve comprar apenas insumos necessários para segunda safra
O dólar acumula queda de 4% nos primeiros dias de 2019. De acordo com o economista da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Antônio da Luz, o produtor comprar apenas os insumos necessários para a segunda safra. “Pensando em safra 2019/2020, é bom dar uma respirada. Existe uma tendência de que, se não houver nenhuma crise ou problema político novo, pode haver novas quedas no câmbio”, recomenda.
Um dos fatores que colabora para este movimento de queda da moeda americana é o fortalecimento do real. “Com a expectativa de crescimento e fortalecimento econômico, o real ganha força e a taxa de câmbio cai como consequência”, explica o especialista.
Segundo Da Luz, a equipe econômica de Jair Bolsonaro está fazendo as reformas e os investidores estão apostando que elas serão aprovadas. “O Brasil está indo rumo ao que deu certo no mundo todo”, afirma.
O economista também destaca que o Brasil “está muito barato em dólares”. Apesar do recorde na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e das ações da Petrobras na casa dos R$ 24, levando em consideração o câmbio pré-crise, ainda compensa mais para os estrangeiros. “Eles estão olhando o país como uma baita oportunidade”, diz.
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Fonte: Canal Rural
Proteína Animal
7. Fórum de Davos vai ampliar a pressão contra carne bovina
A presença do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Mundial de Economia em Davos, nos Alpes suíços, nos dias 22 e 23, vai coincidir com o aprofundamento de uma estratégia do fórum que busca incentivar a redução do consumo global de carne bovina. O Brasil lidera as exportações do produto, de acordo com estatísticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Em 2018, o Fórum de Davos lançou a iniciativa "Meat: the Future", em defesa de um maior equilíbrio entre o consumo de carnes e questões ligadas à saúde e ao ambiente. Para o evento que vai acontecer em duas semanas, publica agora uma pesquisa da Universidade de Oxford que defende a substituição de carne bovina por fontes alternativas de proteínas que vão desde insetos até carne sintética, passando por tofu, lentilha, nozes e jaca.
A pesquisa martela que o consumo excessivo de carne é perigoso para a saúde e calcula que sua substituição por outras fontes de proteínas representaria uma diminuição de 2,4% do número de mortes ligadas a uma dieta alimentar considerada inadequada - o percentual chegaria a 5% nos países ricos. O trabalho estima que essa substituição será cada vez mais importante, tendo em vista a demanda crescente por carne em mercados emergentes.
O impacto ambiental também seria importante, considerando que a produção de carne bovina era responsável, em 2010, por 25% das emissões de gases de efeito estufa ligadas ao setor de alimentos. Segundo a pesquisa, a produção de carne bovina tem uma intensidade de emissão de 23,9 quilos de CO2 por 200 quilocalorias (kcal), enquanto feijão, insetos, trigo e nozes, por exemplo, emitem apenas 1 quilo ou menos de CO2. Outros produtos como tofu, carne suína, alga e carne de frango produzem de 3 a 6 quilos de CO2.
O trabalho avalia que é insustentável uma produção global de carnes nos níveis projetados de crescimento e para alimentar 10 bilhões de pessoas por volta de 2050. Nesse cenário, estima que o avanço da Quarta Revolução Tecnológica, um tema central em Davos, traz promessas importantes. Aponta, por exemplo, que "foodtech" como a carne moída sintética estarão entre as principais opções nos próximos anos, e sugere para o cardápio também as micoproteínas, sobretudo as derivadas de cogumelos. Lentilhas, algas ou trigo, diz a pesquisa, se transformados podem resultar em bons hambúrgueres vegetais.
Mesmo os insetos, já sugeridos pela FAO, a Agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, podem ter seu destaque na dieta alimentar mais equilibrada defendida pelo Fórum de Davos. Podem tanto alimentar pessoas como, na forma de farelo, compor rações para animais. A expectativa é que o produto poderá gerar oportunidades de negócios para agricultores tanto da Europa quanto da América do Norte.
O estudo reconhece que, pelos preços atuais, proteínas alternativas mais recentes, incluindo insetos e algas, ainda não são competitivas com a carne produzida em larga escala. As opções mais recentes são caras, mas o preço cairá com o aumento da oferta. Os custos de carne sintética ("cultured meat"), por exemplo, tiveram forte redução nos últimos anos, de centenas de milhares de dólares por quilo para US$ 25 hoje. Dessa maneira, afirma o estudo, é possível colaborar com a saúde humana e com o ambiente sem abandonar totalmente o consumo de carnes. Basta aumentar os esforços por uma dieta mais diversificada e melhorar os processos de produção das carnes bovina, suína e de frango.
Outro estudo publicado pelo Fórum de Davos indica que a demanda mundial por carne bovina continuará em alta nas próximas décadas. Estima, por exemplo, que em 2030 a África estará consumindo 125% mais de carne bovina, 60% mais frango, 46% mais leite e 77% mais ovos que em 2010. E não em razão de um "super consumo", mas em linha com sua prevista explosão demográfica.
Em boa parte da Asia, de outro lado, o aumento da população começou a se estabilizar, mas a renda aumentou e tornou viável a ampliação da demanda por produtos da pecuária de melhor qualidade. Enquanto o consumo de carnes e pescados na Africa subsahariana deverá diminuir 3% até 2027, tende a aumentar 12% na Índia e 13% na China. A demanda no Brasil, que já é considerada elevada, deverá crescer em ritmo bem menor que na Índia e na China.
Para o Fórum Mundial de Economia, um compromisso de governos, indústrias de alimentos e sociedade civil por um menor consumo de carne bovina deve preservar a sobrevivência de milhões de pequenos pecuaristas em torno do mundo. Pelo menos 750 milhões deles sobrevivem com apenas 2 dólares por dia no Pacífico e na Africa.
A iniciativa "Meat: the Future" defende transformações em quatro setores: na indústria de alimentos, que deve elevar investimentos em proteínas alternativas; na pecuária, que precisa adotar modelos de produção mais sustentáveis; na indústria de insumos, para se adequar às mudanças; e na postura dos governos, para estabelecer regulações que apoiem transformações visando a reduzir riscos para a saude humana.
Em sua passagem por Davos, portanto, o presidente Bolsonaro terá oportunidade de repetir um argumento do ex-ministro da Agricultura Pratini de Morais, que no governo Fernando Henrique Cardoso dizia que as "vacas brasileiras são vegetarianas", por serem alimentadas a pasto. E não faltará oportunidade para isso. Em 22 de janeiro, primeiro dia do Fórum de Davos, uma das sessões com um bom número de debates previstos será justamente o "Diálogo sobre a Alimentação".
Notícia na ítnegra
Fonte: Valor Econômico
8. Exportador quer liberalização do comércio
Em meio às campanhas que tentam estimular o consumo de proteínas vegetais, não será surpresa se o Brasil e outros países exportadores de carnes propuserem uma negociação plurilateral - na qual participa quem quer - na Organização Mundial do Comércio (OMC) para promover uma liberalização na cadeia produtiva de proteína animal.
A ideia seria reduzir tarifas de importação tanto para carnes como para fertilizantes e outros produtos da cadeia produtiva, de forma a atrair também americanos e europeus para uma negociação específica e menos demorada. Se o plano de fato for para frente, seus resultados em muito dependerão do escopo das negociações. Se for muito amplo, com países tentando incluir cortes de tarifas para tratores ou aviões agrícolas, por exemplo, certamente será complicado.
Basta ver que na negociação plurilateral para a liberalização de bens ambientais, por exemplo, a Suíça chegou a propor uma redução de tarifa para iates, enquanto muitos países desenvolvidos recusavam a inclusão do etanol, proposto pelo Brasil. A partir daí, Brasília perdeu o interesse pelas tratativas. Mas a importância de uma liberalização no comércio de carnes é clara para exportadores, sobretudo em tempos de aumento da pressões contra o consumo do produto.
O Brasil lidera as exportações mundiais de carnes bovina e de frango, e está entre os quatro primeiros no segmento de carne suína. Em seu discurso de posse, o novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, mesmo em meio a seu anti-globalismo, afirmou que o Itamaraty terá um perfil mais engajado que nunca na promoção do agronegócio do país. O Valor apurou que os Estados Unidos, por sua vez, recentemente contactaram outras delegações defendendo negociações plurilaterais por produto - especificamente para trigo e milho, que são de seu especial interesse.
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Fonte: Valor Econômico
9. Volume dos embarques brasileiros bateu novo recorde no ano passado
Maior exportador de carne bovina, com quase 20% no comércio global, o Brasil bateu seu recorde em 2018. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o país exportou 1,639 milhão de toneladas no ano passado, um crescimento de 10,3% na comparação com as 1,485 milhão de toneladas exportadas pelos frigoríficos brasileiros no ano anterior.
Em receita, porém, o recorde de US$ 7,2 bilhões alcançado em 2014 não foi batido. No ano passado, os embarques de carne bovina renderam US$ 6,5 bilhões, incremento de 8% na comparação com os cerca de US$ 6,6 bilhões reportados pelos frigoríficos em 2017.
No ano passado, a China foi a grande responsável pelo crescimento das exportações de carne bovina do Brasil. De acordo com a Abrafrigo, China e Hong Kong representaram 43,8% das vendas, em volume, no ano passado. Em 2017, a participação era de 38,2%.
Ao todo, as exportações para China e Hong Kong - a maior parte da carne exportada para a região administrativa especial do país asiático é consumida na China continental - somaram 717,5 mil toneladas, aumento de 26,4% ante as 567,6 mil toneladas de 2017.
Com isso, a China ajudou a compensar o efeito negativo do embargo da Rússia, que ficou praticamente todo o ano sem comprar carne bovina do Brasil, destacou a Abrafrigo. Moscou proibiu a importação da carne brasileira em novembro de 2017 e só liberou as compras no fim de 2018.
Para 2019, a reabertura da Rússia deve contribuir para o avanço das exportações. A Abrafrigo estima que os embarques do produto crescerão ao menos 5%. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que representa as grandes indústrias, está bem mais otimista. Espera um crescimento de 31,4%.
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Fonte: Valor Econômico
Agroenergia
10. Preço do etanol caiu em 16 Estados na primeira semana do ano, diz ANP
Os preços do etanol hidratado recuaram para os motoristas da maior parte dos Estados do país na semana móvel encerrada dia 5, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O biocombustível ficou mais barato nos postos de abastecimento de 16 Estados em relação à semana imediatamente anterior, e mais caro em 10 e no Distrito Federal.
O etanol continuou mais vantajoso que a gasolina em cinco Estados: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Nestes, o preço do etanol ficou abaixo de 70% do preço da gasolina nos postos — patamar de equivalência energética entre etanol e gasolina para a média da frota flex brasileira.
Em São Paulo, maior polo consumidor de combustíveis do país, o preço do etanol caiu apenas 0,04% em uma semana, para R$ 2,643 o litro. Em relação à gasolina, esse valor ficou em 64,3%. Em Minas Gerais, outro importante polo de consumo, a relação entre os dois combustíveis ficou em 64,7%, com o etanol a R$ 2,982 o litro.
O Estado onde o etanol é mais vantajoso continuou sendo Mato Grosso, onde o preço do etanol ficou em R$ 2,726 o litro, 59,7% do preço da gasolina na semana.
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Fonte: Valor Econômico
11. Movido a petróleo, açúcar dispara em NY
O mercado de açúcar registrou forte valorização na sessão de ontem na bolsa de Nova York, rompendo o marasmo que vinha se estendendo há semanas. A alta refletiu, em grande medida, a valorização do petróleo nas bolsas internacionais e compras especulativas.
Os contratos de segunda posição de entrega (normalmente, os mais negociados), com vencimento em maio, fecharam o pregão com alta de 5,82% (70 pontos) ante o pregão de sexta-feira, para 12,72 centavos de dólar por libra-peso.
Fontes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmaram ontem agências internacionais que a Arábia Saudita cortaria suas exportações com o objetivo de elevar os preços para US$ 80 o barril. Os futuros do petróleo nos EUA chegaram a ter ganhos expressivos ontem após a notícia, acentuando a valorização acumulada no ano.
Uma alta do petróleo aumenta a pressão por altas nos preços da gasolina ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde o etanol hidratado pode se tornar uma opção economicamente mais atrativa aos motoristas. Se esse cenário se mantiver pelos próximos meses, as usinas brasileiras podem voltar a apostar mais na produção de etanol do que no açúcar, como fizeram durante a moagem da safra 2018/19, que termina oficialmente em março.
Boletins meteorológicas indicando baixo índice de chuvas no Brasil também geraram uma onda de compras especulativas. Após um dezembro com precipitações abaixo da média histórica no Centro-Sul, previsões de chuvas também abaixo da média em janeiro levantaram receios com uma eventual quebra na safra de cana de 2019/20 (que começa em abril).
"As pessoas começaram a ficar mais apreensivas. Mas só vai ter quebra se a seca se prolongar até fim do trimestre", afirmou Henrique Akamine, gerente de análise de mercado da trading Czarnikow. Ele avalia que os preços podem subir até os 13 centavos de dólar a libra-peso, mas que é mais provável "andarem de lado" no curto prazo.
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Fonte: Valor Econômico
12. Etanol: exportação cresce e rende quase US$ 100 milhões a mais em 2018
O Brasil exportou em 2018 um total de 1,699 bilhão de litros de etanol, um aumento de 19,73% ante o acumulado de 2017 – 1,419 bi de litros. A receita total do ano alcançou US$ 900,6 milhões, 11,64% a mais do que os US$ 806,7 milhões em 2017. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 2, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Em dezembro de 2018, o Brasil exportou 107,4 milhões de litros de etanol, queda de 27,4% na comparação com os 147,9 milhões de litros embarcados em novembro de 2018 e aumento de 64,8% ante dezembro de 2017, quando foram embarcados 65,2 milhões de litros.
A receita cambial com a venda do biocombustível alcançou US$ 53,5 milhões no último mês de 2018, recuo de 31,1% ante os US$ 77,6 milhões registrados em novembro. Em relação aos US$ 40,4 milhões de dezembro de 2017, houve avanço de 32,3% no faturamento.
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Fonte: Estadão Conteúdo/Canal Rural
Grãos e Grandes Culturas
13. Produção e preços do cacau aumentaram no país em 2018
Os produtores brasileiros de cacau tiveram motivos para comemorar no ano passado. Além do aumento da colheita, depois de dois anos de severas estiagens que fizeram tombar a colheita na Bahia, os preços pagos pelas indústrias moageiras aos agricultores também se recuperaram.
A TH Consultoria, sediada em Salvador, estima que a receita proveniente da produção tenha totalizado R$ 1,9 bilhão, um crescimento de 64,1% ante 2017. A maior parte desse aumento foi puxada pela alta do preço médio recebido pelos produtores - de 34,9%, para R$ 142,44 a arroba.
Segundo Thomas Hartmann, diretor da consultoria, essa variação refletiu tanto o movimento do câmbio, dada a alta do dólar ante o real em 2018, quanto a elevação dos preços futuros da amêndoa na bolsa de Nova York.
A colheita, de acordo com estimativas da TH, cresceu 21,7%, para 198,2 mil toneladas, com avanços na Bahia e no Pará, que lideram a produção nacional.
A Bahia voltou a ser o maior Estado produtor de cacau do país, após perder a liderança para o Pará em 2017. Em 2018, foram colhidas nas lavouras baianas 125,2 mil toneladas, um incremento de 26%. Mas a base de comparação é baixa e o volume ainda é menor do que a média registrada em anos melhores. Entre 2012 a 2015, a produção baiana anual média atingiu 155 mil toneladas.
O preço médio recebido pelos cacauicultores da Bahia subiu 34,5%, para R$ 144,90 a arroba. Dessa forma, a receita da atividade na Bahia aumentou quase 70% ante 2017, para R$ 1,2 bilhão. Esse valor representa a segunda maior receita nominal da história.
O Pará, por sua vez, colheu praticamente 73 mil toneladas, um crescimento de 14,9%. O volume só não foi maior do que o de 2015, quando o Estado produziu um recorde de mais de 73 mil toneladas.
O preço pago ao produtor paraense subiu ainda mais - 35,2%, para R$ 138,06 a arroba. Dessa forma, a receita da atividade no Pará subiu 55,3%, para R$ 671,5 milhões, um recorde nominal.
O cenário para 2019 ainda é incerto, mas Hartmann observa que o clima para a safra temporã, colhida de maio a julho, é favorável.
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Fonte: Valor Econômico
14. Exportação de soja do Brasil inicia ano com média diária 70,6% maior, diz Secex
A média diária de exportações de soja do Brasil na primeira semana do ano foi 70,6 por cento maior na comparação com o registrado em todo o janeiro de 2017, informou nesta segunda-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Os embarques ainda firmes de oleaginosa brasileira ocorrem após o país ter vendido um recorde de quase 84 milhões de toneladas de soja em 2018, na esteira de um forte apetite da China em meio à guerra comercial com os Estados Unidos.
Conforme a Secex, até a primeira semana de janeiro, o que compreende apenas três dias úteis, foram exportadas 121,3 mil toneladas de soja por dia, totalizando 363,9 mil toneladas. Há um ano, a média diária de embarques foi de 71,1 mil toneladas.
Em dezembro, contudo, o Brasil exportou mais, com cerca de 211,6 mil toneladas de soja por dia, ainda de acordo com os dados da secretaria.
A expectativa é de que esses negócios aumentem a partir de agora, tendo em vista que já há áreas com colheita de soja.
No caso do milho, houve incremento de 57,3 por cento na comparação anual, para uma média diária de 216,1 mil toneladas até a primeira semana de janeiro. Segundo a Secex, o total enviado ao exterior foi de 648,3 mil toneladas do cereal.
Em dezembro, o Brasil embarcou 200,7 mil toneladas de milho ao dia.
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Fonte: Reuters/Udop
15. Rabobank reduz safra de soja no Brasil para 119 mi/t. Mas para alterar patamar das cotações, perdas precisam ser bem maiores
Ao longo de 2018 todas as projeções apontavam para safras recordes no Brasil durante 2019. Porém, alterações climáticas ao longo do mês de dezembro resultaram em novas estimativas que reduziram o número esperado, principalmente no que diz respeito a cultura da soja.
“No caso da soja tínhamos uma expectativa de que o Brasil pudesse alcançar uma safra recorde considerando que o Brasil tinha tido um bom volume de chuvas em novembro e um plantio que ocorreu dentro das melhores condições, estimávamos uma safra na ordem de 123 milhões de toneladas. Com base nas informações que nós tivemos em dezembro, a gente vê que houve uma piora nas condições das lavouras brasileiras, em especial no Paraná e Mato Grosso do Sul, e condições levemente piores do que tivemos no ano passado. Por esse motivo nós revisamos a nossa projeção para algo em torno de 119/120 milhões de toneladas”, diz Victor Ikeda, analista de grãos da Rabobank.
Apesar desse cenário de menor oferta do que o esperado, que até o momento aponta perda de 5 milhões de toneladas de soja na América Latina, o analista destaca que seria necessário uma oferta ainda muito menor, que giraria em cerca de 20 milhões de toneladas a menos na América Latina, para que fossem sentidos reflexos diretos nos preços encontrados para venda dos grãos.
MILHO
Já para a cultura do milho, a expectativa da Rabobank é de aumento na produtividade estimulado pelo plantio que deve ocorrer dentro das melhores janelas de cultivo. “Ainda é cedo para avaliarmos possíveis impactos de clima, mas a gente acredita que boa parte do milho safrinha, que hoje representa quase 70% da nossa composição de oferta aqui do Brasil, deve ser cultivada dentro da melhor janela ideal de cultivo e isso tende a resultar em produtividades superiores do que se viu no ano passado quando boa parte do plantio acabou ocorrendo fora da janela ideal. Basicamente a gente acredita em uma recomposição de oferta. Na safra 2017/18 o Brasil produziu algo em torno de 80 milhões de toneladas de milho e a gente acredita que para esse ano devemos ter algo em torno de 90 milhões de toneladas na safra total”, destaca Victor.
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Fonte: Valor Econômico