Conjuntura do Agronegócio

1. Futuro ministro do Meio Ambiente é afinado com o agronegócio

O futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciado hoje pelo presidente eleito pelo ‘twitter”, segue o figurino que Bolsonaro quer para o cargo. Um ministro “não-xiita” e afinada com o agronegócio. “Não vou permitir mais que o Ibama saia multando a torto e a direito por aí. Esta festa vai acabar”, disse o presidente eleito no início deste mês, ao reclamar que ele próprio foi multado pelo Ibama por pesca irregular.

Ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Ricardo Salles, 43 anos, se candidatou a deputado federal em São Paulo pelo NOVO, mas não foi eleito (obteve 36.603 votos). Salles tem apoio de várias entidades do agro, entre as quais a Sociedade Rural Brasileira, que na semana passada enviou a Bolsonaro uma carta defendendo a sua indicação.

Segundo a SRB, Salles “pode conciliar os interesses do produtor rural pelo aumento da produtividade com as questões ambientais de forma objetiva, com prioridade ao respeito às leis e às instituições”. O futuro ministro foi um dos criadores do Movimento Endireita Brasil (MEB).

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Fonte: Globo Rural

2. Número de ocupados no agro é o maior desde 2016

Após duas quedas trimestrais consecutivas, a População Ocupada (PO) no agronegócio cresceu 1,78% no terceiro trimestre de 2018 quando comparado aos três meses anteriores, segundo indicam pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com base em dados da PNAD Contínua, do IBGE.

Em termos absolutos, o total de empregados no setor atingiu 18,41 milhões de pessoas, número que não era observado desde o segundo trimestre de 2016. Já a evolução do contingente de trabalhadores do país foi de 1,52% no mesmo período. Com isso, a participação do setor agro no total de ocupados no Brasil foi de 19,88% no período de julho a setembro de 2018.

Ao analisar as variações no número de pessoas ocupadas registradas entre os segmentos que compõem o agronegócio, no período destacado (entre o segundo e o terceiro trimestres), houve crescimento para as atividades realizadas no segmento primário, ou “dentro da porteira” (3,12%), para os agrosserviços (1,25%) e para a indústria de insumos (0,36%). Já para a agroindústria processadora, o resultado foi de leve queda de 0,21% no número de pessoal ocupado.

Quanto aos ramos, pesquisadores do Cepea indicam que tanto a agricultura quanto a pecuária contribuíram para o aumento do número de ocupados atuando no segmento primário e, consequentemente, no agronegócio como um todo.

Especificamente, nota-se que as lavouras do café, cana-de-açúcar, laranja, produção florestal e soja foram as que mais influenciaram no desempenho positivo do segmento primário de base vegetal, ao passo que cereais e uva limitaram a performance. Já na pecuária, todas as atividades analisadas cooperaram para o crescimento da população ocupada no segmento, com destaque para a bovinocultura.

Adicionalmente, também marcou o terceiro trimestre de 2018 a tendência já observada nos últimos períodos no mercado de trabalho do agronegócio: melhora no nível médio de qualificação da população ocupada total no setor, mas, ao mesmo tempo, aumento no nível de informalidade dos empregos.

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Fonte: Cana Rural

3. PIB do agro cresceu 2,5% no 3º trimestre

A Agropecuária cresceu 0,7% no terceiro trimestre deste ano, de acordo com dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que teve alta de 0,8%. Foram gerados R$ 61,9 bilhões pelo setor do agro.

Na comparação do trimestre em relação ao mesmo do ano anterior, mostram crescimento de 1,3% para o PIB, sendo o da Agropecuária, de 2,5%. Foi o melhor resultado neste ano para o agronegócio, observa José Garcia Gasques, coordenado Geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Segundo o IBGE, a alta se deve, principalmente, a lavouras que têm safra relevante no terceiro trimestre e pela produtividade refletida na relação entre produção e área plantada. O desempenho da produção e da produtividade de culturas importantes como o café e o algodão superou o fraco desempenho da produção de lavouras como, cana-de-açúcar, mandioca, laranja e milho, disse Gasques. O IBGE destacou que contribuíram positivamente para os resultados do trimestre, os ganhos na pecuária e na produção florestal

O resultado acumulado de janeiro a setembro indica crescimento do PIB de 1,1%, Agropecuária (-0,3%), Indústria (0,9%) e Serviços (1,4%). A taxa negativa da Agropecuária deve-se ao pior desempenho neste ano, de lavouras com grande importância na formação da renda do setor, como cana-de açúcar, arroz, feijão, laranja, mandioca, milho e uva, destacou o coordenador.

O IBGE atualizou para o período 2000 a 2017, através da revisão das Contas Nacionais, a distribuição setorial das atividades que compõem o PIB, ficando em 5,4%, a Agropecuária, Indústria, com 21,3% e, Serviços, 73,3%.

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Fonte: Climatempo/UDOP

Insumos

4. Herbicida usado em lavouras de soja afeta a produção de parreiras no RS

Um herbicida usado em lavouras de soja para controlar plantas daninhas, chamado 2,4D, tem prejudicado as plantações de uva no Rio Grande do Sul. Resultados de 29 de 30 laudos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) confirmam a contaminação das parreiras, que ficam com folhas retorcidas, têm crescimento descontrolado e apresentam problemas para amadurecer.

O agrotóxico, que é transportado pelo vento depois da pulverização nos campos de soja, afeta uma área de mais de 1500 hectares espalhados pelo estado. Como o veneno é volátil, podendo ir 50 quilômetros ou mais de distância de onde foi usado, é difícil identificar qual vizinho é responsável pela aplicação.

Em uma propriedade da cidade de Candiota, 80 mil quilos deixaram de ser colhidos na última safra, o que representa um prejuízo de mais de R$ 500 mil reais. Por causa da contaminação, produtores esperam uma redução de 30% na próxima safra.

Além de afetar as plantações de uva, o agrotóxico também está prejudicando os campos de oliveiras, onde as áreas de mato e campo nativo estão secando.

O Ministério Público abriu um inquérito civil e técnicos, produtores e órgãos do meio ambiente foram ouvidos. Uma recomendação foi enviada à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para que fosse demilitada uma zona proibida para a aplicação do herbicida.

Segundo a promotora Anelise Grehs, coordenadora do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do MP, "a Fepam respondeu ao MP dizendo que teria muitas dificuldades em acolher essa recomendação, em razão do grande número de propriedades atingidas, e sugeriu, então, uma atuação conciliatória com os demais entes envolvidos. Só que, como consta nos autos, esses produtores rurais não podem mais esperar. Eles estão sofrendo prejuízos econômicos seríssimos. Vamos avaliar".

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Fonte: Globo Rural/UDOP

5. Fipronil pode ter dizimado abelhas na França

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Exeter e Fera Science Ltd, ambos no Reino Unido, encontrou evidências que implicam o inseticida fipronil como o culpado por uma massiva morte de abelhas na França nos anos 90. Em seu artigo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, o grupo descreve o estudo de dois inseticidas que supostamente estavam por trás das mortes.

A França sofreu uma grave mortandade das abelhas durante os anos de 1994 a 1998. A extinção, que estava ligada ao colapso das colônias, começou logo depois que os agricultores começaram a usar dois inseticidas, o imidaclopride e o fipronil. Muitos agricultores e alguns ambientalistas culparam o imidaclopride, mas nunca se provou que fosse a causa.

Nesse cenário, os agricultores pararam de usar os dois produtos e as mortes cessaram. Neste novo estudo, os pesquisadores revisaram a mortandade e relataram evidências de que o fipronil, e não o imidaclopride, causou o colapso das colmeias das abelhas e a consequente morte.

Para saber mais sobre o que realmente aconteceu, os pesquisadores realizaram testes de taxa de mortalidade dos inseticidas em abelhas em laboratório e, em seguida, montaram simulações projetadas para mostrar como os inseticidas afetavam as abelhas na natureza. Os pesquisadores relatam que suas simulações mostraram de 4.000 a 9.000 mortes a mais em comparação com um grupo de controle durante a primeira semana de exposição durante o teste de fipronil.

Eles afirmaram também que o fipronil tendia a bioacumular nos corpos das abelhas, enquanto o imidaclopride não, assim, a exposição prolongada ou repetida ao fipronil foi muito mais letal. . Embora o fipronil seja proibido pela União Europeia, as sementes tratadas com fipronil ainda podem ser vendidas em todo o continente.

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Fonte: Agrolink

6. Fux suspende multas da tabela de frete e caminhoneiros ameaçam parar

Em reação à decisão tomada na quinta-feira (6/12) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, grupos de caminhoneiros passaram a mobilizar, por WhatsApp, uma possível paralisação. O movimento ainda é incipiente e há dúvidas se vai se propagar.Na noite da quinta-feira, Fux decidiu suspender a aplicação de multas, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pelo descumprimento dos preços mínimos para serviços de frete rodoviário. As punições ficam suspensas até que o STF decida sobre a constitucionalidade do tabelamento, que os caminhoneiros preferem chamar de "piso mínimo".

A medida atendeu a pedido formulado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolada no dia 13 de novembro, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo. A entidade argumentou que as multas estavam sendo aplicadas pelo descumprimento de uma tabela que não foi feita conforme manda a lei.

A legislação prevê que os preços serão fixados após uma discussão entre os caminhoneiros, o governo e os usuários dos serviços de transporte. Mas os preços aplicados pela ANTT não foram determinados dessa forma. São ainda de uma tabela feita às pressas em maio passado para acabar com a greve. Pela falta de base legal para as multas, a entidade pediu a suspensão das punições.

Duro gople

Para os caminhoneiros, foi um duro golpe. A fiscalização pela ANTT era a única forma de assegurar o cumprimento dos pisos mínimos, uma vez que muitas empresas embarcadoras se recusavam a seguir a tabela e até ameaçavam colocar numa "lista negra" aqueles caminhoneiros que não aceitassem preços menores.A decisão de Fux causou revolta entre os motoristas autônomos.

"O STF está de brincadeira: aumentam o salário para quase R$ 40 mil e ferram com os caminhoneiros", escreveu Alexandre Fróes, que atua no porto de Itajaí (SC). "Vamos parar agora, aí vai ficar bom acabar com a festa." Já o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários de São Paulo (Sindicam - SP), Norival de Almeida Silva, o "Preto", disse ter dúvidas se uma eventual paralisação vai prosperar.

Antiga liderança do movimento, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer, divulgou entre os caminhoneiros um áudio onde diz que vê duas possíveis saídas para o impasse. Uma é pressionar a ANTT a implementar rapidamente um controle eletrônico sobre os serviços de transportes, que evitará que a carga saia de sua origem se o frete estiver abaixo do piso mínimo. A outra é uma "mobilização nacional forte", o que significará "confrontar o STF" para que decida, afinal se o piso mínimo é ou não constitucional.

"É uma batalha só, um tiro só", alertou. "Talvez seja o momento de a ANTT agilizar o sistema, daí a gente não precisa parar o País", comentou ele em conversa com o jornal O Estado de S. Paulo. A ideia de uma nova paralisação, disse ele, está em discussão na categoria e ainda não há uma decisão.

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Fonte: Estadão/Globo Rural

Proteína Animal

7. Marfrig assume liderança global em hambúrguer

Anunciada na sexta-feira, a compra de ativos da BRF na Argentina e no Brasil fará da Marfrig Global Foods a maior produtora de hambúrguer do mundo, afirmou na sexta-feira o CEO da companhia, Eduardo Miron, em teleconferência com jornalistas. Pelos termos do acordo anunciado, a Marfrig pagará R$ 315 milhões para assumir o controle da Quickfood, líder em hambúrguer na Argentina, e a fábrica de hambúrguer da dona das marcas Sadia e Perdigão em Várzea Grande (MT).

Com as aquisições, a capacidade anual de produção de hambúrguer da Marfrig deve quase dobrar, das atuais 124 mil toneladas para mais de 230 mil, de acordo com Miron. Com o negócio, a Marfrig passará a produzir hambúrguer no Brasil e na Argentina. Antes, só contava com fábricas de hambúrguer nos Estados Unidos e no Uruguai. O produto deve representar 10% do faturamento da Marfrig em 2019.

A companhia deve começar a operar os ativos que hoje pertencem à BRF em janeiro de 2019. A partir de Várzea Grande, a empresa pretende impulsionar as vendas de hambúrguer para grandes redes de restaurantes, acrescentou Miron. O Valor apurou que a Marfrig já está em negociações para fornecer ao McDonald's e ao Burger King no ano que vem. Essa possibilidade só foi aberta após o vencimento, em setembro, do contrato de não competição que a Marfrig tinha com a JBS, firmado quando a Seara foi vendida à rival.

Para a Marfrig, produzir hambúrguer será positivo de duas formas. Além de vender para o food service, que oferece maior rentabilidade, a empresa também dará um passo para equacionar um corriqueiro desafio dos frigoríficos no Brasil: o escoamento dos cortes do dianteiro bovino. Normalmente, as vendas dos cortes traseiros são mais relevantes.

Além disso, a reestreia da Marfrig no mercado brasileiro de hambúrgueres será com um "cliente cativo", disse Miguel Gularte, executivo responsável pelas operações de carne bovina da empresa na América do Sul. "Um cliente cativo facilita a execução do negócio" - esse cliente é a própria BRF, cuja linha de hambúrgueres continuará sendo feita em Várzea Grande, agora pela Marfrig.

Paralelamente, a Marfrig já estava construindo uma fábrica de hambúrguer em Bataguassu (MS), onde a empresa tem um abatedouro de bovinos. Conforme Gularte, não está definido se a empresa transferirá as linhas de produção de Várzea Grande para a nova planta, que deve ficar pronta até o fim do segundo semestre de 2019.

"Essa é a adequação que estamos discutindo", disse ele. Em Várzea Grande, o espaço é compartilhado com a concorrente Minerva, que possui um abatedouro de bovinos no mesmo site, e com a BRF. Os custos gerais são rateados, afirmou.

Do ponto de vista financeiro, a aquisição terá impacto limitado no índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da Marfrig, segundo Miron. "É uma operação considerada não material. O impacto de alavancagem é pequeno", disse, comparando o valor da aquisição (R$ 315 milhões) a um Ebitda anual de quase R$ 4 bilhões.

Segundo ele, a empresa não definiu como fará o pagamento da aquisição, mas parte poderá vir de seu caixa. Na semana retrasada, a Marfrig reforçou o caixa com a conclusão da venda da americana Keystone, por cerca de US$ 2,2 bilhões.

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Fonte: Valor Econômico

8. BRF terá que reconhecer perda contábil com venda de ativos argentinos

A BRF terá de reconhecer uma perda contábil com os ativos na Argentina, admitiu hoje o vice-presidente executivo da companhia, Lorival Luz, em teleconferência. Embora a perda não tenha impacto sobre o caixa, pelas regras contábeis deve ser calculada. Na prática, a BRF venderá os ativos na Argentina por um valor inferior ao que gastou para comprá-los.

O caso da Quickfood, avaliada em US$ 60 milhões na venda para a Marfrig, é um exemplo. Em 2012, a BRF comprou a empresa da própria Marfrig em uma troca de ativos, por mais de US$ 100 milhões.

Além disso, a BRF reforçou a Quickfood desde então, com investimentos na aquisição de marcas como a Vienissima, de salsichas. Em 2015, a empresa pagou US$ 43,5 milhões para assumir diversas marcas da argentina Molinos Río de La Plata.

Algumas dessas marcas, como Vienissima e GoodMark (de hambúrguer) passaram a integrar o portfólio da Quickfood. Outras marcas fazem parte dos outros ativos que a BRF colocou à venda na Argentina (Campo Austral, de carne suína, e Avex, de carne de frango).

Segundo Lorival, as perdas contábeis com essas vendas serão calculadas e divulgadas no balanço anual de 2018, que deve ser pubicado entre fevereiro e março do próximo ano.

Segundo o Valor apurou, a perda contábil que a BRF terá que declarar poderia ser menor se as negociações com a Minerva Foods tivessem avançado. De acordo com fontes, a Minerva chegou a fazer uma proposta não vinculante de cerca de US$ 80 milhões pela Quickfood, mas as conversas não avançaram.

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Fonte: Valor Econômico

9. BRF prevê melhora nos negócios de processados de carne bovina

A BRF informou há pouco, em comunicado, que além de contribuir para o cumprimento de sua meta de levantar R$ 5 bilhões e reduzir o endividamento, a parceria estabelecida com a Marfrig envolvendo a fábrica de Várzea Grande (MT) “trará impacto positivo no resultado do segmento de processados de carne bovina”.

Segundo os termos do acordo, a venda dos ativos da unidade mato-grossense para a Marfrig sairá por R$ 100 milhões. A Marfrig assumirá a operação da fábrica para a produção de hambúrguer e outros itens que continuarão sendo distribuídos e comercializados com as marcas da BRF.

"Com a operação, damos um passo importante na redução do endividamento da BRF, em linha com o plano já anunciado. A parceria com a Marfrig trará benefícios para as operações e rentabilidade das duas empresas, e uma oferta qualificada de nossos produtos”, afirma o COO da BRF, Lorival Luz, em comunicado.

Segundo a BRF, seu programa de desinvestimentos já alcançou R$ 822 milhões em transações assinadas.

“A meta da companhia é alcançar uma alavancagem líquida pro forma, medida pela razão dívida líquida/Ebitda ajustado, de 4,35 vezes em dezembro de 2018, considerando as operações previstas no plano de reestruturação acima mencionado. Os recursos da operação anunciada hoje, bem como os valores já assinados em outras iniciativas, serão integralmente utilizados para o pagamento das dívidas que vencem no primeiro trimestre de 2019”, informa a BRF.

Além da parceria envolvendo a fábrica de Várzea Grande, a BRF vendeu para a Marfrig sua participação na Quickfood, empresa argentina de carne bovina, por US$ 54,9 milhões.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Preços dos combustíveis no Brasil devem direcionar cotações do açúcar em 2019, diz Cofco

Os preços dos combustíveis no Brasil devem ser o principal motor dos preços mundiais do açúcar em 2019, disse José Eduardo Toledo, principal executivo do setor de açúcar da gigante chinesa de alimentos Cofco, em uma conferência na quinta-feira.

O Brasil dedicou uma maior parte de sua produção de cana ao etanol nesta temporada, uma vez que os preços globais do açúcar estagnaram.

Para a safra de cana 2019/20 do país, a Cofco vê um mix mínimo de açúcar em 33,5 por cento e o máximo em 48,6 por cento.

"Muitas pessoas perceberam que poderiam produzir muito mais etanol do que imaginavam", disse Toledo.

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Fonte: NovaCana

11. Cogeração de energia via biomassa de cana pode crescer 57% até 2030 com RenovaBio

A cogeração de energia no Brasil a partir da biomassa de cana-de-açúcar tem potencial para crescer cerca de 57 por cento até 2030, na esteira do RenovaBio, política de biocombustíveis que promete impulsionar o setor sucroenergético do país, disse à Reuters o dirigente de uma associação da indústria.

Atualmente, a capacidade instalada em usinas de cogeração movidas com cana é de 11,4 gigawatts, e mais 6,5 gigawatts poderiam ser adicionados nos próximos anos, projetou o presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte.

Segundo ele, tal incremento leva em conta, a partir da estrutura já existente, uma maior disponibilidade de biomassa e a geração via biometano.

No ano passado, das 367 usinas de cana no país, 209 comercializaram eletricidade para a rede, conforme levantamento da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

“O grande potencial reside no RenovaBio”, frisou Duarte.

Sancionada no fim de 2017, a Política Nacional de Biocombustíveis ainda passa por regulamentação e se insere na agenda de redução de emissões de carbono assumida pelo Brasil no Acordo do Clima de Paris. Pelas estimativas do próprio governo, o programa pode gerar investimentos de 1,4 trilhão de reais até 2030.

A expectativa, portanto, é de que o RenovaBio reverta anos de crise no setor sucroenergético, contribuindo para um aumento da produção de cana e, consequentemente, da disponibilidade de biomassa.

Investimentos inibidos

Mesmo diante desse cenário, no entanto, Duarte avalia que problemas na regulamentação do setor elétrico têm inibido maiores investimentos em geração pelos agentes do setor de cana.

As queixas da Cogen estão relacionadas a uma disputa judicial no mercado de energia, em que operadores de hidrelétricas conseguiram liminares para evitar custos com o chamado risco hidrológico – que surgem quando as usinas geram abaixo do previsto por questões como o nível dos reservatórios.

Essas isenções têm deixado elevados valores em aberto em um acerto de contas mensal do mercado, o que impacta o faturamento de usinas que produziram mais energia do que venderam em contratos.

As centrais movidas à biomassa ficam entre as prejudicadas, uma vez que elas em geral têm capacidade de produzir acima de suas garantias físicas, que é o montante de energia que podem negociar no mercado, segundo Duarte.

Na última liquidação financeira da CCEE, em novembro, as operações contabilizadas envolveram 11,6 bilhões de reais, mas só foram arrecadados 3,8 bilhões de reais para pagar os agentes com créditos a receber no processamento.

“O que precisamos é de previsibilidade”, afirmou Duarte.

Para ele, o setor de cogeração poderia ter uma capacidade maior de entregar energia ao sistema elétrico se a garantia física das usinas de biomassa fosse elevada para refletir sua real capacidade de geração, aliviando distorções decorrentes da disputa judicial na CCEE, uma medida em análise no governo.

Maior grupo sucroenergético do mundo e com capacidade instalada de 1 gigawatt de cogeração, a Raízen Energia, joint venture entre Cosan e Shell, também vê empecilhos à expansão do potencial em meio à disputa judicial.

“Que pessoa vai investir sem ter garantia de que vai receber? Não receber por inadimplência de geradores hídricos não faz sentido. Esse imbróglio faz a biomassa ser duplamente penalizada”, afirmou o responsável pela área de Energias Renováveis e Aquisições da Raízen Energia, Marcelo Couto.

Potencial

Apesar do atual imbróglio regulatório, a Raízen se mantém “bastante otimista” com o potencial da cogeração de energia com biomassa de cana-de-açúcar e até com biogás, segundo Couto.

Ele disse que os investidores em usinas de biomassa poderiam dar uma resposta “muito rápida” a incentivos para expansão, enquanto o biogás tem um “tremendo potencial” de crescimento.

Outro caminho para viabilizar a expansão da cogeração, segundo ele, seria uma expansão do mercado livre de eletricidade, na qual geradores podem negociar contratos diretamente com grandes consumidores, como indústrias e centros comerciais.

Em agosto, a Raízen anunciou um joint venture com a Geo Energética para a construção de uma usina de energia a partir do biogás produzido com subprodutos da cana. O empreendimento, que deverá receber investimentos de 153 milhões de reais, será levantado em Guariba (SP), onde a companhia já opera uma usina com capacidade para moer 5 milhões de toneladas.

A Raízen possui 26 usinas no total – todas são autossuficientes em energia e 13 delas vendem excedentes da produção de eletricidade no mercado.

O gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Zilmar de Souza, disse que as usinas à biomassa em geral ajudaram entre janeiro e novembro deste ano a poupar cerca de 17 por cento da energia armazenada nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste.

“A geração de energia pela biomassa, não intermitente em época de estiagem, certamente contribuiu para a redução do custo final da operação do sistema para o consumidor”, defendeu ele.

As unidades abastecidas com biomassa de cana representam cerca de 80 por cento da capacidade de geração com biomassa.

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Fonte: Reuters/NovaCana

12. Cepea: indicador do açúcar cristal sobe 5,24% em novembro

O indicador do açúcar cristal, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq/USP), fechou em alta de 4,01% em novembro, cotado a R$ 68,53/saca de 50 kg no dia 30. A média mensal foi de R$ 67,74/saca de 50 kg, 5,24% superior à de outubro (R$ 64,37/saca de 50 kg) e 5,19% acima da de novembro/17 (R$ 64,40/saca de 50 kg), em termos nominais.

Segundo o Cepea, o indicador açúcar cristal ESALQ/BVMF – Santos subiu 4,09% em novembro, fechando a R$ 68,92/saca de 50 kg no dia 30. A média mensal foi de R$ 67,37/saca de 50 kg, 3,89% superior à de outubro/18 (R$ 64,85/saca de 50 kg) e 3,96% acima da de novembro/17 (R$ 64,80/saca de 50 kg), em termos nominais.

Os pesquisadores do Cepea observam que o mês de novembro apresentou a maior média de preços do açúcar da temporada 2018/2019. “Isso porque as chuvas no correr do mês atrasaram a produção nas usinas e, consequentemente, reduziram a oferta do cristal no mercado spot. As unidades processadoras deram preferência à entrega de produto já contratado.”

Em relação ao andamento da moagem da cana-de-açúcar na região Centro-Sul, o levantamento do Cepea indicou que pouco mais da metade das usinas consultadas (aproximadamente 56%) já havia encerrado as atividades até o final de novembro. “As demais devem terminar a moagem já na primeira quinzena de dezembro, restando poucas processando na segunda quinzena do mês – neste caso, a maior parte nos estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul.”

Ao comentar o mercado da região Nordeste, os pesquisadores observam que as negociações seguiram lentas no mercado spot no mês passado. Os colaboradores do Cepea relatam que algumas usinas baixaram um pouco os valores de suas ofertas, com o objetivo de desovar seus estoques e também para “fazer caixa”. Somente na última semana do mês as negociações estiveram mais aquecidas, especialmente em Pernambuco e Alagoas.

O Cepea cita os dados do Sindaçúcar de Alagoas, segundo os quais a produção estadual de açúcar na safra 2018/2019 (até 31 de outubro) foi de 351,5 mil toneladas, contra 144,32 mil na moagem passada, “ou seja, forte crescimento de 143,56%”.

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Fonte: Golobo Rural

Grãos e grandes culturas

13. Safra brasileira é “pano de fundo” para pressionar preço do café, diz Carvalhaes

O aumento da produção brasileira tem sido um “pano de fundo” para pressionar os preços internacionais do café, apesar das expectativas de aumento do consumo da bebida no Brasil e em outros países. É o que avalia o Escritório Carvalhaes, de Santos (SP), em boletim de mercado, ao comentar a baixa das cotações, em Nova York, nesta semana.

“A recuperação da produção brasileira depois de três anos de severas secas sobre os cafezais e a forte alta do dólar frente ao real foram usadas como “pano de fundo” para a pressão sobre as cotações. Não interessa o fim dos estoques governamentais brasileiros, nem o fato da atual safra recorde ser apenas a necessária para abastecer nosso consumo interno e exportações neste ano-safra”, avalia a empresa.

Os principais contratos de arábica na Bolsa de Nova York terminaram a semana com desvalorização, reforçando uma tendência vista pelo menos desde o final de outubro. O vencimento para março de 2019 encerrou a sexta-feira cotado a US$ 1,04 por libra-peso. Para entrega em maio, a cotação foi de US$ 1,07. Os dois papeis têm sido os mais negociados.

De acordo com o Escritório Carvalhaes, foi a sétima semana seguida de baixa acumulada na bola norte-americana. Só nos últimos dias, a retração foi de mais de 2 mil pontos, o que representa uma perda de US$ 0,02 por libra. Na avaliação da empresa, a situação atual é frustrante para os cafeicultores brasileiros, que esperaram recuperar renda com a boa safra.

“Quando finalmente tiveram uma boa safra, com a qual contavam recuperar parte dos prejuízos de três anos seguidos de seca sobre seus cafezais, sofrem com a queda do preço do café de um lado e forte subida dos custos de produção do outro. Subiram os preços dos defensivos, fertilizantes, combustíveis, energia elétrica e fretes”, diz o boletim.

No mercado interno, um café arábica cereja descascado de bom preparo tem variado entre R$ 440 e R$ 450 a saca. Em Minas e na região da Mogiana Paulista, 60 quilos estão cotados entre R$ 430 e R$ 440.

Também em boletim de mercado divulgado nesta semana, a Cazarini Trading Company, de Varginha (MG), relata que foram realizados negócios, mas avalia como pontuais. E acrescenta que não se deve esperar muita mudança na situação para este final de ano. Resta, então, “torcer” para os produtores irem mais ao mercado e que mais negócios sejam realizados depois da virada.

Com procura reduzida neste momento, segundo a corretora, os diferenciais seguem inalterados para cafés de nível mais alto. Finos da região do Cerrado Mineiro têm sido cotados de R$ 450 a R$ 455 a saca de 60 quilos. Um produto de pior classificação e maior número de defeitos está entre R$ 375 e R$ 380.

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Fonte: Globo Rural

14. "Namoro intenso"

"Fizemos a abertura de capital para termos estrutura de expansão. Continuamos com o foco na aquisição de novas empresas, ampliação de market share onde já atuamos e conquista de novos mercados", afirmou Luciano Quartiero, presidente da Camil Alimentos, em evento para investidores ontem em São Paulo. Ele não nega que o primeiro ano de operações após o IPO de setembro de 2017 ficou abaixo das expectativas (as ações recuaram mais de 30%), mas não dá sinais de arrependimento. Revelou inclusive que a empresa, maior processadora de arroz e feijão da América Latina, mantém um "namoro intenso" para uma aquisição na Argentina.

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Fonte: Valor Econômico

15. Cepea: novembro foi de estabilidade para o preço do algodão

Novembro foi de estabilidade para o preço do algodão. De acordo com os analistas do Centro de estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq/USP), o mês passado foi marcado por disparidades nos preços colocados por compradores e vendedores. Tanto que o indicador para a pluma ficou praticamente estável, recuando 0,06% de 31 de outubro a 30 de novembro.

Na média de novembro, a cotação de referência apurada pelo Cepea foi de R$ 2,9492 por libra-peso, de acordo com relatório mensal de mercado, divulgado nesta sexta-feira (7). O valor é 4,09% menor que o registrado em outubro deste ano, mas 11,39% acima de novembro de 2017, ao menos reforçando o cenário de valorização da commodity de um ano para outro.

De acordo com o Cepea, da parte dos compradores, a principal reclamação era a dificuldade de encontrar a pluma na qualidade desejada. No entanto, para atender às necessidade mais imediatas, acabavam fazendo ofertas, com negócios sendo fechado apenas para pequenos volumes.

Do outro lado do balcão, a ponta vendedora esteve menos presente no mercado em novembro. Segundo os pesquisadores, a alegação era a de que boa parte da produção da safra 2017/2018 já estava vendida. Desta forma, a prioridade era cumprir os contratos fechados anteriormente, tanto para o mercado interno quando para exportação.

Números da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) compilados pelo Cepea reforçam a avaliação. Até 30 de novembro, 60,8% da produção da pluma da safra 2017/2018 estavam vendidas. Em Mato Grosso, maior produtor da pluma, as vendas chegaram a 84,59% da produção, de acordo com o Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea).

Mercado internacional

No mercado internacional, os principais vencimentos na Bolsa de Nova York acumularam alta entre os dias 31 de outubro e 30 de novembro, com as cotações se mantendo próximas dos US$ 0,80 por libra-peso. O contrato para dezembro subiu 0,39% e chegou a US$ 0,7716 por libra no último dia do mês passado. Para março de 2019, a alta foi de 0,78% com a cotação a US$ 0,7891 por libra. Maio de 2019 valorizou de 0,58% fechando novembro a US$ 0,7995.

“Os primeiros vencimentos acumularam alta em novembro, influenciados pelos enfraquecimentos do dólar e do petróleo no mercado internacional, contexto que melhora a competitividade e estimula a demanda pela fibra natural”, avaliam os pesquisadores do Cepea.

Em meio a este cenário, a paridade de exportação no porto de Paranaguá (PR) aumentou 4,3% em novembro, chegando a R$ 2,8485 por libra peso na condição Free Alongside Ship (FAS), em que o vendedor paga o custo do transporte até o local do embarque. O valor foi apenas 0,7% maior que o de outubro deste ano, mas 26,9% em relação a novembro de 2017.

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Fonte: Globo Rural

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