Conjuntura do Agronegócio

1. Painel sobre Mudança Climática recomenda redução no consumo de carne

“A terra já está sob crescente pressão humana e a mudança do clima aumenta a pressão”. Com essa mensagem clara começa a nota à imprensa do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, no lançamento do novo relatório sobre Clima e Terra.

Para manter o aquecimento global bem abaixo dos 2º C, como no compromisso do Acordo de Paris, é preciso incluir a redução nas emissões de gases-estufa na produção agrícola e na gestão da terra, segue o relatório. A meta “só pode ser conseguida reduzindo as emissões em todos os setores, incluindo o uso da terra e a produção de comida”, diz o comunicado do braço científico das Nações Unidas.

O resumo do relatório dirigido a formuladores de políticas públicas foi lançado nesta quinta-feira, em Genebra, depois de ter sido aprovado por delegados de 195 governos. Traz um resumo dos mais recentes estudos científicos sobre o tema produzidos por pesquisadores do mundo todo.

Uma das questões controversas nas discussões de aprovação do texto foi como tratar a mudança da dieta das populações. Países desenvolvidos defendiam que o relatório incluísse que o consumo de carne deva cair drasticamente em função das emissões de gás metano dos rebanhos. Metano é um dos mais nocivos gases do efeito estufa.

O ponto é sensível para países em desenvolvimento como o Brasil, grande produtor de carne global, e também para nações africanas e do sudoeste asiático, que sequer têm acesso a dietas de alta proteína.

Segundo reportou a agência Reuters, a conclusão do embate foi escolher uma linguagem mais cuidadosa no texto e exigir grandes mudanças na agricultura e nos hábitos alimentares para limitar o impacto do crescimento da população e a pressão sobre o solo e os recursos hídricos.

“Há certos tipos de dietas que têm pegada de carbono menor e colocam menos pressão sobre a terra”, disse à Reuters Jim Skea, professor do Imperial College de Londres. “Mas o IPCC não recomenda as dietas das pessoas”, disse aos jornalistas. Ele lembrou que o uso da terra pode ser tanto fonte quanto sumidouro de CO2, o principal gás do aquecimento global.

A melhor gestão da terra ajuda a combater a crise climática, disse o IPCC, mas não é a única solução. “Cortar as emissões de todos os setores é essencial. A janela para fazer estas mudanças está se fechando rapidamente. Se houver mais atraso na redução das emissões, perderemos a oportunidade de administrar com sucesso a transição”, continuou.

É a primeira vez que o IPCC produz um relatório do gênero. “É a primeira vez que a maioria dos autores de um relatório do IPCC – 53% – é de países em desenvolvimento”, disse Hoesung Lee, o presidente do Painel.

O relatório conclui que os impactos climáticos sobre a terra já são severos. Lembra que as ondas de calor e secas tornaram-se mais frequentes e intensas em algumas regiões e que a segurança alimentar já foi prejudicada. O clima afeta o rendimento das colheitas.

O texto alerta que o aumento da temperatura tem como ameaça a crise alimentar, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Com 1,5º C de aquecimento, os incêndios florestais se tornam de alto risco.

O relatório sugere que a ampla transformação exigida da agricultura e do uso da terra, além de necessária para que se atinjam as metas do Acordo de Paris, também precisa estar encaminhada até 2040.

O climatologista Johan Rockström, diretor do instituto climático alemão de Potsdam, o PIK, disse que o relatório “confirma que estamos diante de uma emergência planetária, que a janela para tomar ações decisivas está se fechando rapidamente e que os custos da inação serão catastróficos.”.

“Enquanto o relatório traça um quadro sombrio do que poderia acontecer, também aponta um caminho a seguir, incluindo oportunidades imediatas de ação”, afirma Rockström. “A ação da próxima década, que deve ser liderada pelos governos, irá determinar se podemos ou não emergir da emergência transformando nossa economia global com melhor equilíbrio entre nossa resposta climática, a proteção da biodiversidade e o desenvolvimento”.

O físico Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e um dos autores do relatório, lembra que o aumento da temperatura não é homogêneo. Em áreas continentais, como no Brasil ou nos Estados Unidos, o aumento da temperatura que se verifica no período pós Revolução Industrial é maior que a média global.

“Há regiões em que já estamos próximos de aumento de 1,5º C, que é o que o IPCC recomenda como limite, até o fim do século, para evitar maiores danos”, diz Artaxo.

A produção de alimentos e o desmatamento produzem 23% das emissões de gases-estufa induzidas pelo homem, diz o IPCC.

Pelo relatório, o potencial global de redução de emissões da agropecuária é de 4 bilhões de toneladas de CO2 equivalente até 2030, se forem adotadas boas práticas e bom manejo de solo.

“A mensagem mais importante do relatório é que tanto a degradação ambiental quanto as mudanças climáticas estão atuando juntas”, disse ao Valor Humberto Barbosa, professor e coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas e coordenador do capítulo de degradação ambiental.

O relatório, que começou a ser produzido há dois anos, tem sete capítulos que contemplam desde o processo de desertificação à gestão de riscos.

Barbosa, que esteve em Genebra, lembrou a importância dos biocombustíveis para mitigar emissões, mas a dificuldade de sua produção em condições de estresse climático. “A cana-de-açúcar precisa de dez litros de água para gerar um litro de etanol. Nos cenários climáticos com temperaturas mais altas e chuvas diminuindo, haverá deficiência de nutrientes e a produtividade cairá”, continua.

“Teremos que ter uma agricultura mais sustentável e mais eficiente tecnologicamente. Teremos que produzir mais, sem ameaçar os ecossistemas”, segue Barbosa.

“Sem um uso sustentável da terra e produção agrícola sustentável, não se consegue enfrentar a crise climática”, diz Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede de 40 organizações não-governamentais que trabalham com a questão climática.

“Mas se reduzirmos o desmatamento, restaurarmos florestas e tivermos práticas sustentáveis na produção de alimentos, isso será bom para a redução de emissões, a adaptação e resiliência às mudanças do clima e segurança alimentar”, continua.

“Nossa agricultura é muito eficiente e tecnológica em alguns setores e menos em outros”, diz Barbosa. “Nossa pecuária ainda não é eficiente. Ocupa muito espaço e degrada ecossistemas”, registra. O relatório do IPCC, contudo, não é prescritivo e não sugere políticas, lembra o professor.

“Conectando isso com o momento que estamos vivendo no Brasil, é preciso ver que estamos perdendo uma série de oportunidades”, segue Rittl.

“Estamos perdendo vantagens comparativas, pelo desmatamento e pela expansão da agropecuária em bases muito menos sustentáveis que a nossa capacidade, em especial a pecuária. O Brasil é um país-chave para os objetivos de longo prazo e corremos o risco de jogar tudo para baixo da esteira do trator por falta de visão estratégica e de senso de urgência em relação à dimensão da crise climática”, afirma.

“A preocupação, no Brasil, é que estamos em uma onda negacionista em vários sentidos. Em negar a mudança do clima [causada pelo homem], em dizer que não desmatamos. Ao fazer isso, viramos as costas para a crise e para as oportunidades. Corremos o risco de nos tornarmos um pária global”, diz Rittl. “Não só por emitir gases-estufa e destruir florestas, mas colocando por água abaixo a nossa reputação.”

Povos indíginas

Pela primeira vez um relatório do IPCC inclui e faz seguidas referências às contribuições dos povos indígenas e das comunidades locais para enfrentar a crise climática e se adaptar aos seus impactos. A referência ocorre sete vezes no sumário para formuladores de opinião.

“Baseado no conhecimento indígena e de comunidades locais, a mudança climática está afetando a segurança alimentar”, menciona o relatório, referindo-se a terras áridas da África e de regiões montanhosas na Ásia e América do Sul.

O fortalecimento dos direitos dos povos indígenas e de comunidades locais foi destacado para enfrentar a crise climática. “Práticas agrícolas que incluem indígenas e conhecimento local podem contribuir para superar desafios combinados da mudança climática, conservação da biodiversidade e no combate à desertificação e à degradação da terra”, diz o texto.

Líderes indígenas das Américas, África e Ásia escreveram uma declaração apoiando o reconhecimento dos governos do papel que os povos tradicionais desempenham no combate à mudança do clima. Pedem o reconhecimento de seus direitos e acabar com a criminalização dos povos indígenas.

A declaração representa lideranças indígenas e de comunidades em 42 países, abrangendo 1,6 bilhão de hectares de terra habitualmente usados ou administrados por eles e responsáveis por mais de 76% das florestas tropicais do mundo, segundo dizem no texto.

“Nossos conhecimentos tradicionais e administração sustentável das terras e florestas do mundo são fundamentais para reduzir as emissões globais para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus até 2030”, diz a declaração. “Cuidamos de nossas terras e florestas - e da biodiversidade que elas contêm - há gerações. Com o apoio certo, podemos continuar a fazer isso por muitas outras gerações.”

“Gerenciamos pelo menos 22% (218 gigatoneladas) do carbono total encontrado em florestas tropicais e subtropicais (incluindo fontes acima e abaixo do solo). Pelo menos um terço desse carbono – e provavelmente muito mais – está em áreas onde não temos o reconhecimento formal de nossos direitos à terra”, diz a declaração.

“A falha em reconhecer legalmente nossos direitos deixa nossas florestas vulneráveis a projetos ambientalmente destrutivos que devastam as florestas e liberam grandes quantidades de carbono na atmosfera. Reconhecer legalmente nossos direitos à terra e apoiar nossas iniciativas é vital para o sucesso dos esforços globais para mitigar as mudanças climáticas”, diz a declaração.

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Fonte: Valor Econômico

2. Análise: Povo da Argentina sonhava com mudanças há quatro anos

A Argentina vivia um clima de paralisia há exatos quatro anos, durante a disputa que conduziu Mauricio Macri à Presidência da República. O mercado imobiliário estava completamente parado. Nas empresas, era comum executivos contarem que investimentos em novos projetos e mesmo exportações ou importações haviam sido adiados à espera do resultado da eleição.

A sensação era a de um país cuja atividade se arrastava nos últimos momentos dos 12 anos de kirchnerismo no poder. O agronegócio parecia o mais ansioso pela mudança. Os oito anos de Cristina Kirchner na Casa Rosada (2007 a 2015) haviam sido marcados pelo conflito nas relações entre governo e produtores de grãos e pecuaristas.

Entre os fatos mais pitorescos, a exportação de trigo havia sido suspensa porque os produtores não viam sentido em pagar sobretaxas de exportação, impostas pelo governo. À população, Cristina repetia que seria o povo argentino o mais castigado caso as exportações de trigo provocassem aumento de preços no pão vendido no país.

No setor automotivo, também prevalecia um clima de compasso de espera. Apesar de a maior parte dos carros vendidos aos argentinos ser produzida no Brasil, as montadoras decidiram reduzir significativamente o ritmo desse comércio pela dificuldade em obter dólares.

Com nível de reservas reduzido, o governo havia restringido a liberação de dólares para importadores. Os fabricantes optaram, então, por dar prioridade à importação de peças, já que suas fábricas no país dependem, em grande parte, de componentes produzidos no Brasil.

A emissão de moeda sustentava um projeto populista que mantinha tarifas públicas subsidiadas. Era fácil viver num bairro de classe média, como Palermo, pagando pela conta de luz de um apartamento de dois dormitórios o equivalente a R$ 10,00 por bimestre. Valor mais baixo do que uma entrada no cinema.

No populismo de Cristina, não havia regras para beneficiar os mais necessitados, embora o foco da campanha por votos fossem os mais pobres. Acontece que cerca de 40% da população argentina concentra-se na região metropolitana de Buenos Aires. Os que ali vivem desfrutavam de subsídios em luz, gás e transporte público.

Já os moradores de outras regiões, como Córdoba ou Rosário, mesmo pobres, não recebiam tais benefícios. Ao reajustar os preços das tarifas, na tentativa de conter o dinheiro público que ia para o ralo, Macri ganhou a antipatia da população.

Naquele fim de período kirchnerista havia, entre os economistas e analistas, uma grande expectativa de que a eleição de um novo governante colocaria um ponto final também na mentira da divulgação de dados econômicos oficiais. Eram nitidamente falsos e motivo de piadas os índices de inflação, desemprego e pobreza, entre outros, que o governo passou a divulgar nos últimos anos do kirchnerismo.

Nos mercados internacionais, o governo de Cristina estava profundamente desgastado por uma intensa disputa judicial com os fundos “abutres”, como foram chamados os credores que rejeitaram a reestruturação da dívida externa do país, negociada em 2004 e 2010.

Depois de dois mandatos, Cristina estava impedida, por lei, de concorrer à eleição de outubro de 2015. Bem que ela tentou mudar as regras, mas foi derrotada no Congresso.

Na eleição de 2015, por conselho de Cristina, os demais políticos kirchneristas desistiram de concorrer. Não havia chances de eles vencerem porque a presidente havia direcionado todos os holofotes para si mesma. Mesmo assim, o candidato que ela apoiou, o então governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, saiu vitorioso das prévias, com vantagem de oito pontos percentuais sobre Macri.

Macri, um empresário que passou boa parte da vida cuidando dos empreendimentos da família, ganhou, no entanto, apoio de outros candidatos eliminados nas prévias.

O resultado do primeiro turno injetou ânimo no mercado financeiro e no meio empresarial. A vantagem de Scioli em relação a Macri diminuiu para 2,5 pontos percentuais. Analistas começaram a projetar como seria a nova Argentina, com seus problemas econômicos resolvidos.

O resultado do segundo turno, em 22 de novembro, foi apertado. Macri teve vantagem de apenas 2,9 pontos percentuais em relação a Scioli.

Em seu discurso, o então presidente eleito lembrou o dia em que se apresentou como uma opção para quem queria “deixar de votar nos mesmos”.

Agora candidato à reeleição, Macri foi derrotado nas prévias de domingo por uma diferença de mais de 15 pontos. O primeiro colocado foi o peronista Alberto Fernández. Mas a força vem com Cristina, a vice na chapa de Fernández.

Há poucos dias, um executivo argentino confidenciou não estar certo de que a reeleição de Macri é a melhor opção para a economia da Argentina. Como disse, os argentinos não se importam de reeleger quem já foi odiado se o presidente da vez mostrar-se incapaz de resolver os problemas do país.

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Fonte: Valor Econômico

3. IPCC quer campo mais sustentável

Ter políticas adequadas para estimular biocombustíveis é uma das ferramentas sugeridas por cientistas do mundo todo para combater a crise climática. Há, contudo, riscos ambientais e de segurança alimentar se não forem adotadas boas práticas de produção. Essa é uma das mensagens sobre bioenergia do relatório sobre Clima e Terra do painel científico das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês), lançado ontem, em Genebra.

É a primeira vez que o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, o IPCC, produz um relatório sobre clima e terra. No relatório, 100 cientistas de 52 países analisaram os estudos internacionais mais recentes sobre mudança do clima, desertificação, degradação dos solos, manejo sustentável da terra, segurança alimentar e fluxos de gases-estufa nos ecossistemas territoriais.

A recomendação é que a produção agrícola terá que ser mais sustentável se os países quiserem limitar o aquecimento da temperatura a bem menos de 2ºC até o fim do século, como está no Acordo de Paris. As emissões de gases-estufa relacionadas à agricultura e ao uso do solo respondem por 22% do total global. Cortar só as emissões de combustíveis fósseis não será suficiente para combater a crise do clima.

"Um dos destaques do relatório é que bioenergia e tecnologias de captura e estocagem de carbono de bioenergia têm enorme potencial", diz Marcelo Moreira, pesquisador e sócio do instituto de pesquisas Agroicone. Ele se refere às chamadas BEECS, tecnologia ainda sem viabilidade comercial, mas que pode capturar carbono na produção de biocombustíveis e torná-los mais eficientes.

O relatório aponta o risco da bioenergia se for mal produzida. Basicamente, usar muita terra para produzir biocombustíveis pode significar uma competição com a produção de alimentos em um mundo de 10 bilhões de habitantes em 2050. Pode também ocorrer degradação de solos e de recursos hídricos, e ter outras consequências ambientais.

"É evidente que a produção de biocombustíveis não deve gerar desmatamento e não se deve incentivar produção ineficiente e desenfreada", destaca Moreira. "Cana-de-açúcar é a cultura mais eficiente em produção de energia por hectare. Também é sabido que mais de 80% das áreas de cana-de-açúcar no Brasil estão em regiões onde a vegetação nativa aumentou nos últimos dez anos", diz nota do Agroicone à imprensa.

Moreira diz, ainda, que a política nacional de biocombustíveis conhecida por RenovaBio "tem causado profunda transformação de comportamento entre produtores de bioenergia. Ao colocar na mesa a possibilidade de receitas pela boa gestão ambiental, usinas estão investindo em sustentabilidade".

Bioenergia foi um dos temas polêmicos da conclusão do relatório do IPCC, assim como a produção e consumo de carne. O IPCC não produz ciência, mas compila os estudos produzidos internacionalmente sobre a temática.

"O problema é que alguns estudos não diferenciam boas e más práticas de produção e embaralhavam os resultados", diz Moreira. "E então a produção de bioenergia pode, em vez de combater a mudança do clima, ter efeito contrário."

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. BB eleva lucro com alta de tarifa e despesa menor

Com uma combinação de receitas em alta e despesas controladas, o Banco do Brasil atingiu um lucro líquido ajustado de R$ 4,432 bilhões no segundo trimestre, resultado 36,8% superior ao obtido pela instituição no mesmo período do ano passado e acima da média das projeções de analistas consultados pelo Valor, de R$ 4,113 bilhões.

“Esse resultado é fruto de uma estratégia de direcionamento correto de nosso capital para as atividades mais rentáveis, de um esforço de contenção de despesas e da modernização do banco”, disse Rubem Novaes, presidente do BB, nesta quinta a jornalistas.

No segundo trimestre, as rendas com tarifas somaram R$ 7,439 bilhões, volume 9,4% maior que o do mesmo período do ano passado. Já as despesas administrativas permaneceram sob controle, somando R$ 7,649 bilhões, queda anual 1,1% em relação ao segundo trimestre.

Recentemente, o BB anunciou um programa de reestruturação com enxugamento da estrutura de agências, remanejamento e liberação de pessoal. Com ele, o banco prevê gastar R$ 300 milhões neste ano, mas obter redução de despesas de R$ 500 milhões por ano a partir de 2020.

No esforço para atuar em linhas mais rentáveis, o banco tem visto sua carteira de crédito diminuir. Em junho, a carteira ampliada somava R$ 686,564 bilhões, volume que cresceu 0,2% em relação a março, mas recuou 0,4% na comparação com junho do ano passado.

O segmento de grandes empresas liderou a queda no período: fechou junho com carteira de crédito de R$ 102,824 bilhões, recuo de 3,2% frente a março e de 14,2% na comparação com junho do ano passado.

No entanto, também houve diminuição com o agronegócio, segmento em que o banco é líder, com a carteira encolhendo 1,9% em três meses e 3,6% em 12 meses, para R$ 181,206 bilhões no segundo trimestre.

“No segmento agroindustrial, assim como no segmento ‘large corporate’, o BB tem direcionado esforços para atender seus clientes via mercado de capitais”, disse Carlos Hamilton, vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do BB.

As receitas do BB com estruturação de operações no mercado de capitais alcançaram R$ 462 milhões no primeiro semestre, crescimento de 11,2% frente ao mesmo período do ano passado. No agronegócio, houve mais de 16 mil emissões de cédulas de produtor rural (CPR), oito CRAs e cinco CDCAs, totalizando R$ 9,4 bilhões.

Em contrapartida, o volume de empréstimos e financiamentos a micro e pequenas empresas deu sinais de reação, em linha com o objetivo do banco de crescer nessa área. O portfólio dessas companhias avançou 3,1% no trimestre e 3,2% em 12 meses, para R$ 60,736 bilhões.

O portfólio de pessoas físicas teve desempenho positivo e chegou ao fim de junho com R$ 204,046 bilhões. A cifra mostra crescimento de 2,1% no trimestre e de 7,6% em 12 meses.

Já a inadimplência — operações com atraso superior a 90 dias — alcançou 3,25% no fim de junho, vinda de 2,58% em março e 3,32% em junho do ano passado. Embora o banco não abra o nome, provavelmente o aumento tenha sido provocado pelo processo de recuperação judicial da Odebrecht no período.

Com o desempenho no trimestre, o banco revisou sua estimativa para o crescimento no crédito em 2019: era de expansão de 3% a 6%, mas passou para a possibilidade de uma queda de 2% a uma alta modesta de 1%. O vice-presidente de negócios de varejo do BB, Marcelo Labuto, disse que a capacidade ociosa da indústria e a migração ao mercado de capitais tem impacto a carteira de crédito, principalmente em pessoas jurídicas, o que levou à revisão de guidance.

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Fonte: Valor Econômico

5. Grande banco privado amplia fatia no crédito

Os bancos privados ganharam espaço e representavam 70,1% da carteira de crédito somada de Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil (BB) no fim de junho, retomando uma participação que não alcançavam desde o segundo trimestre de 2009.

Os quatro grandes bancos de capital aberto chegaram à metade deste ano com R$ 2,3 trilhões em empréstimos e financiamentos, um aumento de 4,7% em relação a junho de 2018. O crescimento teria sido de 7,1% se excluído da conta o BB, que encolheu no período.

Os números são emblemáticos do recuo estratégico do governo no mercado de crédito, objetivo declarado do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os outros bancos estatais também estão mudando suas políticas. O novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, já disse que o volume de desembolsos da instituição deve ficar em torno de R$ 70 bilhões por ano, menos da metade do que chegou a ser em 2013 e 2014. Na Caixa, a orientação é sair de operações com grandes empresas e concentrar o foco em pessoas físicas e pequenas companhias — segmentos para os quais anunciou cortes nas taxas de juros de diversas linhas.

Dados do Banco Central (BC) mostram que, em junho, as instituições financeiras de controle estatal somavam 49,4% do total de R$ 3,3 trilhões em empréstimos e financiamentos do país. Essa fatia chegou a 56% em 2015, auge da política de uso de bancos públicos para incentivar o consumo e os “campeões nacionais”.

O olhar para a segunda metade do ano sugere que esse movimento tende a se intensificar. Apesar do crescimento econômico menor que o esperado, Itaú e Bradesco mantêm projeções de forte crescimento em suas carteiras neste ano.

“Estamos bastante otimistas com o futuro. O bom encaminhamento da reforma da Previdência deve permitir que empresários finalmente possam pensar no longo prazo”, afirmou o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr, que disse esperar uma retomada dos investimentos nos próximos meses. O banco cresceu 8,7% no crédito em 12 meses até junho, e prevê alta de 9% a 13% no ano todo.

Enquanto isso, o BB reduziu suas estimativas para o crédito, e agora prevê que o volume de operações oscile entre queda de 2% e aumento de 1%. A projeção anterior era alta de 3% a 6%. “Estamos com a expectativa de que no fim do ano a economia volte forte, e que esse período até lá vai ser encoberto pelas medidas tomadas agora de estímulo à demanda”, disse o presidente do banco, Rubem Novaes, citando a liberação das contas de FGTS e PIS/Pasep.

O Banco do Brasil atribuiu a desaceleração nos empréstimos a uma mudança de estratégia no crédito rural e nas operações com empresas. Maior provedor de crédito agrícola do país, o BB diminuiu o volume de financiamentos para o setor. A carteira do agronegócio somava R$ 181,2 bilhões em junho, queda de 3,6% em um ano. No total, o banco fechou o semestre com R$ 686,6 bilhões em operações de crédito, queda de 0,4% frente a junho do ano passado. A instituição cresceu em pessoas físicas e pequenas companhias, em linha com o plano de se concentrar em segmentos com melhor relação entre risco e retorno. “Estamos tendo desempenho excepcional, apesar da economia devagar”, afirmou Novaes.

Embora tenha ficado aquém dos privados no crédito, o BB jogou para cima o lucro dos grandes bancos. O resultado combinado de Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander foi de R$ 21,6 bilhões no segundo trimestre, alta de 21,1% frente ao mesmo período do ano passado. Sem a instituição estatal, o resultado combinado teria avançado 17,6%, para R$ 17,1 bilhões. A instituição comandada por Novaes foi bem em receitas de tarifas e no controle de despesas, enquanto busca avançar na digitalização de suas operações.

Os bancos, de forma geral, têm procurado investir nos negócios digitais para aumentar a eficiência, reduzir despesas e se preparar para uma concorrência mais forte das fintechs e entre as próprias instituições financeiras.

O presidente do Itaú, Candido Bracher, disse que uma economia mais favorável torna “bastante provável” um aumento da competição entre os bancos. “Há um bom tempo tenho dito que não temos feito restrição adicional ao nosso apetite de risco na concessão. Se [a carteira] não cresce mais é porque não há demanda”, afirmou em teleconferência na semana passada.

O Itaú trabalha com a projeção de crescimento entre 8% e 11% na carteira de crédito em 2019, embora tenha avançado 5,9% até junho em termos anualizados. Isso significa que conta com um segundo semestre mais forte.

O presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, afirmou não saber se há espaço para uma melhora mais forte no crédito no segundo semestre. “Não acredito que será pior, não sei se será necessariamente melhor”, disse.

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Fonte: Valor Econômico

6. Cresce oferta de crédito fundiário

Com o orçamento apertado e críticas do governo Bolsonaro à reforma agrária, o Ministério da Agricultura quer desburocratizar a oferta de crédito fundiário a pequenos produtores. A linha oferece juros subsidiários para compra de terras.

Criado em 2003 e complementar à reforma agrária, o Programa Nacional de Crédito Fundiário tem como fonte de recursos o Fundo de Terras, que é alimentado pelo pagamento dos financiamentos mas também recebe pequenos aportes do orçamento federal de tempos em tempos - a última vez foi em 2013.

Para este ano, o governo disponibilizou R$ 300 milhões para o programa, ante R$ 215 milhões no último ano. A intenção do Ministério da Agricultura é que esse montante seja elevado para R$ 1 bilhão em 2020.

Segundo o secretário de Agricultura Familiar do ministério, Fernando Schwanke, o montante bilionário já existe, mas está "travado" nos últimos dois anos devido à burocracia para liberação dos recursos. "Vamos publicar um novo decreto que vai desburocratizar o crédito", afirmou.

Para a Contag, entidade que representa agricultores familiares, a demora em regulamentar o programa de crédito, que vem desde o início do governo Temer, paralisa os financiamentos. Neste ano, ainda não houve nenhuma proposta de crédito fundiário aprovada - há 500 pedidos parados. "O problema não é falta de recursos. A demanda existe. Mas esperamos que o governo destrave", disse o secretário de Política Agrária da Contag, Elias D'Ângelo.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. BRF vai antecipar reabertura de abatedouro de frango no Paraná

Em meio à recuperação de resultados da BRF, a dona da Sadia e Perdigão vai antecipar a reabertura do abatedouro de frangos de Carambeí, no Paraná. A planta voltará a funcionar em 2 de setembro, quase dois meses antes do cronograma original.

Em 27 de maio, os funcionários do abatedouro da unidade tiveram os contratos de trabalho temporariamente suspensos (lay off) por até cinco meses. No pior cenário, o abatedouro só retomaria a produção no fim de outubro.

Em nota, a BRF informou que duas linhas de abate de frango serão retomadas em setembro e uma terceira voltará a funcionar em outubro.

Para viabilizar a retomada da unidade, a companhia já deu início à incubação dos ovos para, posteriormente, fornecer os pintinhos aos granjeiros.

“Esse período foi importante para normalizar os estoques da companhia e otimizar a gestão da oferta para assegurar o equilíbrio do nosso sistema produtivo”, disse, em nota, o diretor regional da BRF no Paraná, Rubens Modena.

Em recente entrevista ao Valor, o CEO da BRF, Lorival Luz, afirmou que a empresa brasileira estava fazendo um pequeno aumento nos alojamentos de frangos nas granjas. A companhia vem ampliando a produção com vistas a abastecer a maior demanda externa, especialmente da China. O país asiático sobre com um surto de peste suína africana.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Receita com exportações de carne de frango caiu 6,4% em julho

As exportações brasileiras de carne de frango renderam US$ 665,6 milhões em julho, redução de 6,4% na comparação com os US$ 710,9 milhões registrados no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Na mesma base de comparação, os embarques de carne de frango ao exterior (incluindo produtos in natura e processados) recuaram 16,4%, passando de 463,5 mil toneladas para 387,6 mil toneladas.

Em nota, a ABPA argumentou que o desempenho das exportações brasileiras segue positivo. A queda dos embarques em julho é explicada por distorções provocadas pela greve dos caminhoneiros do ano passado, que atrasaram parte dos embarques que seriam enviados em maio.

Em julho, a China voltou a puxar as exportações brasileira, segundo a ABPA. O país asiático, que é o maior importador de carne de frango do Brasil, aumentou as compras do produto em 15% na comparação com julho do ano passado, para 52,7 mil toneladas, quase 14% do total.

No acumulado de 2019 até julho, as exportações brasileiras aumentaram 5,8%, alcançando 2,433 milhões de toneladas. A receita com os embarques cresceu 10,8%, atingindo US$ 4,072 bilhões.

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Fonte: Valor Econômico

9. Reajuste de preços reduz participação de marcas da BRF

Os aumentos de preços feitos pela BRF no mercado brasileiro contribuiram para o lucro da companhia, mas reduziram a participação de mercado de Sadia e Perdigão no mercado nacional.

No segundo trimestre, a participação de mercado da BRF nos mercados em que atua no Brasil foi de 44,2%, ante 45% no mesmo período do ano passado.

De acordo com a BRF, essa queda “já era um movimento esperado pela Companhia, dada a estratégia de rentabilizar a operação via liderança no repasse de preços e redução de investimentos diretos para o canal do varejo”.

Considerando as categorias, a maior queda foi registrada no mercado de alimentos congelados à base de carnes, no qual a participação saiu de 49,9% para 46,7%. Em embutidos, a participação caiu de 38% no primeiro trimestre para 37%.

Também houve queda em margarinas (a BRF é dona da marca Qualy), de 54% para 53,2%. A participação no mercado de frios ficou estável (50,3%).

Nesse processo, o volume vendido pela empresa no Brasil caiu 3,5% no segundo trimestre, na comparação anual, para 519 mil toneladas. Com os preços melhores, no entanto, a receita com vendas aumentou. No segundo trimestre, a receita líquida da BRF no Brasil aumentou 10,8%, para R$ 4,1 bilhões.

A rentabilidade também melhorou. Excluindo ganhos tributários, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado no Brasil aumentou 152,8%, para R$ 462 milhões. A margem Ebitda ajustada no mercado brasileiro chegou a 11,3%, ante 5% um ano antes.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Lucro da São Martinho caiu 12% no trimestre

As chuvas do início do período de moagem da safra sucroalcooleira atual (2019/20) provocaram interrupções no processamento de cana do Grupo São Martinho no primeiro trimestre da temporada (entre abril e junho), limitando a produção e dificultando a diluição dos custos. Nesse cenário, o lucro líquido da companhia caiu 12% em relação ao mesmo trimestre da safra passada, para R$ 91,5 milhões.

No período, a companhia moeu 9 milhões de toneladas de cana, quase 5% menos do que um ano atrás. E, ao entrar nas usinas, a cana teve rendimento também menor, da ordem de 7%. "Choveu muito em abril, perdemos metade do mês. Teve pouca produção para diluir custo fixo. Mas conseguimos um resultado muito bom, puxado por boa precificação", avaliou o presidente do grupo paulista, Fabio Venturelli.

Apesar dos preços do açúcar seguirem em níveis baixos, enquanto os do etanol sobem em pleno pico de safra, a São Martinho teve um trimestre mais açucareiro do que no mesmo período do ano passado. Tratou-se em parte de uma estratégia, dado que a companhia tinha contratos de açúcar para cumprir, mas também porque as chuvas atrapalharam a moagem da Usina Boa Vista, em Quirinópolis (GO), que só produz o biocombustível.

Com isso, apesar da menor quantidade de matéria-prima moída, a produção de açúcar até aumentou na comparação anual, em detrimento da fabricação de etanol. Em vendas, porém, o comportamento foi oposto: a receita com etanol foi maior,puxada principalmente pelos preços mais remuneradores, enquanto as vendas de açúcar ainda foram menores. A receita líquida caiu 2,1%, para R$ 256,7 milhões.

Segundo Felipe Vicchiato, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, as vendas do etanol desta safra só não foram maiores porque havia uma parcela da produção da safra anterior nos estoques que foi escoada em abril.

Os executivos ressaltaram que a tendência mais açucareira do primeiro trimestre não significa que a companhia manterá igual padrão até o fim da safra. Diferentemente de outras vezes, a companhia não divulgou estimativa para seu mix produtivo e, de acordo com Venturelli, a decisão sobre o que produzir tem sido tomada diariamente.

Ainda assim, a companhia já fixou o preço de venda de 555 mil toneladas, ou cerca de 80% da quantidade mínima de açúcar a produzir nesta safra. Isso deixa uma margem de 20% de açúcar (pouco mais de 200 mil toneladas), que ainda pode ter o preço fixado - ou, dependendo das condições, virar etanol. Vicchiato avaliou, porém, que, ainda que o etanol esteja com preços altos para este momento, os contratos do açúcar na bolsa de Nova York para março de 2020, combinados com o dólar atual, oferecem um preço "que não é tão baixo quanto já se viu".

A mudança das regras contábeis a respeito de arrendamentos (considerados agora como amortização), acabou aliviando a linha de custos operacionais e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Ainda assim, o Ebitda ajustado caiu 13,2%, para R$ 348,4 milhões. Com esse efeito e um aumento da dívida, o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) subiu de 1,46 vez em março para 1,61 vez no fim de junho.

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Fonte: Valor Econômico

11. Preços do etanol sobem na maior parte dos Estados do país

Os preços do etanol hidratado (que abastece diretamente os tanques dos veículos) aumentaram para a maior parte dos motoristas do país na semana passada, refletindo o repasse da alta do produto nas usinas.

De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o produto subiu em 17 Estados e caiu em outros oito, além do Distrito Federal. Mais uma vez não houve pesquisa no Amapá.

Apesar da alta do biocombustível, o produto segue mais competitivo do que a gasolina em cinco Estados e com folga. O etanol é considerado economicamente mais vantajoso para a média da frota brasileira quando seu preço está abaixo de 70% do valor da gasolina.

Em São Paulo, principal polo consumidor do país, o preço médio do etanol subiu 0,19%, para R$ 2,591 o litro. Em relação à gasolina, a relação ficou em 63,5%. Em Minas Gerais, o preço subiu 1,1%, para R$ 2,85 o litro, e a relação ficou em 62,1%.

Em Mato Grosso, onde o etanol registra o preço mais barato do país e a maior vantagem ante a gasolina, o litro do biocombustível teve alta de 1,38%, para R$ 2,502 o litro. Em reação à gasolina, o preço ficou em 56,3%.

Na média nacional, o preço do etanol nas bombas subiu 1,09%. Na mesma semana (de 5 a 9 de agosto), o etanol subiu também 1,09% nas usinas paulistas, segundo o indicador Cepea/Esalq (sem contabilizar custos de frete e impostos).

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Fonte: Valor Econômico

12. Archer eleva estimativa da safra de cana do centro-sul para 582 mi t

A safra de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil na temporada 2019/20 deve atingir 582 milhões de toneladas, informou nesta segunda-feira a Archer Consulting, cuja previsão anterior apontava para uma moagem de 575 milhões de toneladas.

De acordo com a consultoria, a produção de açúcar da região na temporada deve ser de 25,5 milhões de toneladas, ante 24,18 milhões de toneladas na estimativa prévia.

Já a produção de etanol em 2019/20 foi projetada em 29,86 bilhões de litros, versus 30,31 bilhões de litros anteriormente.

A Archer afirmou que o clima favorável está impulsionando a produtividade agrícola no centro-sul.

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