Conjuntura do Agronegócio

1. Ministra está otimista com viagem aos EUA

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta terça-feira em são Paulo, em evento organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo grupo Koelnmesse, que está otimista com a visita que fará aos Estados Unidos na semana que vem, acompanhando a comitiva do presidente Jair Bolsonaro.

Um dos principais pleitos do ministério é reabrir o mercado americano à carne bovina in natura brasileira. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) proibiu as compras em meados de 2017, após identificar abscessos (acúmulos de pus) em cargas exportadas pelo Brasil.

"A expectativa é boa. Estamos levando toda a documentação [...] para que todo o nosso parque de frigoríficos possa exportar. Toda a burocracia já foi resolvida”, afirmou. A jornalistas, Tereza disse esperar “boa vontade” dos EUA. “Já cumprimos tudo o que nos foi pedido e estamos prontos para fazer as exportações ou receber alguma missão que eles queiram”, acrescentou a ministra.

Sobre o pedido da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para que os americanos eliminem as tarifas ao açúcar brasileiro, a ministra se mostrou favorável. “Para nós é um assunto muito importante e é recorrente. Há muitos anos o mercado fica do mesmo tamanho. Eles têm os interesses deles e o nosso açúcar é muito competitivo”, disse.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

2. Proposto um fundo para dívidas

O Ministério da Economia apresentou ontem a deputados da bancada ruralista uma proposta de criação de um fundo garantidor mantido com recursos privados como solução para parte do endividamento agrícola no país. Chamado de "Fundo de Aval Solidário", o "colchão" serviria para ampliar as garantias oferecidas pelos produtores aos bancos, numa tentativa de reduzir o risco das operações e baixar juros.

A proposta, apresentada pelo subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Boueri, sugere que os produtores se organizem em grupos de dez e forneçam parte das garantias. Outra parte seria entregues por fornecedores, indústrias ou bancos, e outra pelo BNDES.

A ideia é que o fundo facilite o acesso de produtores ao Programa "BNDES Pro-CDD AGRO", linha criada em 2018 para renegociar dívidas rurais. Dos R$ 5 bilhões disponibilizados, porém, o banco liberou até hoje apenas R$ 30 milhões. Somente os arrozeiros gaúchos, por exemplo, têm atualmente uma dívida bancária acumulada de R$ 1,3 bilhão.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

3. Mulheres na liderança do agro

A Corteva AgriscienceTM, Divisão Agrícola da DowDuPont, deu início às aulas da Academia de Liderança das Mulheres no Agronegócio. A iniciativa, realizada em conjunto com a Fundação Dom Cabral (FDC) e a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), está oferecendo capacitação e aprimoramento, de forma gratuita, a 20 brasileiras que trabalham com agricultura. Neste primeiro módulo, realizado na cidade de São Paulo (SP), as participantes tiveram acesso a um conteúdo focado em liderança, estratégia e inovação.

Além de módulos sobre “Política e Contexto Macroeconômico” e “Gestão de Riscos no Agronegócio”, ministrados pelo professor Alexandre Mendonça de Barros. A proposta do programa é reverberar todo este conhecimento, que está sendo adquirido na Academia, de maneira que as participantes possam também desenvolver projetos em suas regiões, que criem redes de irmandade e que aumentem a participação feminina no agronegócio e nos espaços de poder como cooperativas, associações e sindicatos.

“Na Corteva, nós acreditamos, de verdade, que é preciso criar ações que contribuam para a igualdade de gêneros. Mais do que isso, sabemos que, para superar as desigualdades, é preciso fomentar oportunidades e capacitar as mulheres para que tenham mais chances de estar em cargos de liderança. Por isso, este programa é tão importante para nós. Porque através dele, vamos propiciar a ocupação de novos espaços”, afirma Rosemeire dos Santos, gerente de relações governamentais da Corteva AgriscienceTM, Divisão Agrícola da DowDuPont, no Brasil.

Notícia na íntegra

Fonte: Agrolink

Insumos

4. Syngenta prevê crescimento de dois dígitos no Brasil neste ano

Os resultados da Syngenta no Brasil deverão superar o desempenho do segmento de insumos agrícolas em geral em 2019, afirmou ao Valor Valdemar Fischer, diretor regional para América Latina da multinacional de origem suíça controlada pela ChemChina, "Acreditamos que a indústria deva crescer um dígito, e nós devemos crescer dois dígitos", disse o executivo durante a Expodireto, feira organizada pela cooperativa Cotrijal em Não-Me-Toque (RS).

Fisher calcula que as vendas de agrotóxicos cresceram cerca de 15% no país em 2018. No ano anterior, houve queda de 7%, para US$ 8,9 bilhões, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg). Segundo ele, a Syngenta manteve a liderança no mercado brasileiro de defensivos mesmo após a aquisição da americana Monsanto pela alemã Bayer.

Depois de um 2017 difícil, em 2018 os negócios da Syngenta na América Latina voltaram a níveis considerados "normais". As vendas de agrotóxicos na região subiram 20% em relação ao ano anterior. Em sementes, o avanço foi de 55%, impulsionado pela aquisição da Nidera. As vendas totais da múlti na América Latina somaram US$ 3,6 bilhões. O Brasil responde por cerca de 20% da receita global da Syngenta, que somou US$ 13,5 bilhões em 2018.

"Esperamos que 2019 seja igual. Não precisamos que seja melhor", disse Fisher. Em 2018, com as mudanças na fiscalização ambiental na China e o consequente fechamento de diversas empresas químicas, houve falta de matéria-prima para a produção de agroquímicos no mundo.

Mesmo com a proximidade com fornecedores chineses, pelo fato de ser controlada pela ChemChina, a Syngenta também foi afetada pela situação. "Tivemos faltas, mas conseguimos contornar esses efeitos. Neste ano, não teremos falta de produtos. Vai ficar mais caro, mas não haverá falta", afirmou Fischer.

A estatal chinesa ChemChina mantém acordos com o conglomerado químico Sinochem que têm privilegiado a Syngenta. "Nós temos preferência na hora de receber o fornecimento. Isso deve evitar a falta de matéria-prima para a produção".

Em julho de 2018, o presidente da Sinochem, Ning Gaoning, foi nomeado presidente da ChemChina, substituindo Ren Jianxin. Apesar de ter o mesmo presidente, os dois grupos negam que tenham planos de unir suas operações.

Na área de sementes, a Syngenta planeja continuar ganhando participação de mercado brasileiro. Em 2018, com a compra da Nidera, a empresa acrescentou variedades de soja ao portfólio e passou do quarto para o terceiro lugar em participação de mercado.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

5. Tegram inicia obras para duplicar capacidade de movimentação de grãos

O consórcio que administra o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), anunciou nesta terça-feira o início da segunda fase de obras do terminal para duplicar a capacidade operacional. O consórcio é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte, Glencore, Corredor Logística e Infraestrutura e ALZ Terminais Portuários. O valor do investimento não foi informado.

As obras, previstas para terminarem no primeiro semestre de 2020, permitirão a movimentação de mais de 12 milhões de toneladas de grãos (soja, milho e farelo de soja) por ano. A estrutura atual do terminal permite a movimentação de mais de 7 milhões de toneladas por ano, e a ocupação da capacidade vem crescendo nos últimos anos.

Em 2018, a movimentação alcançou 6,3 milhões de toneladas, superior às 4,4 milhões de toneladas do ano anterior. Esse volume foi embarcado em 99 navios, que tiveram como destino, em sua maioria, a Ásia, além de Europa, África e América do Norte.

Nesta segunda fase de obras, será duplicada a linha de embarque para operar mais um berço de atracação, que funcionará de forma simultânea ao berço atualmente utilizado. Para isso, será adquirido um segundo shiploader para carregamento de navios, que permitirá alcançar uma taxa de embarque de 5 mil toneladas de grãos por hora, e a ativação de uma segunda moega ferroviária, que permitirá a descarga de oito vagões simultaneamente, a uma taxa de 4 mil toneladas de grãos por hora.

A estrutura atual do terminal, que começou as atividades em 2014, para operar um berço de atracação é composta por quatro armazéns com capacidade estática total de 500 mil toneladas de grãos. Também há equipamentos de alta tecnologia, como um shiploader, moegas rodoviárias com oito tombadores que permitem receber mais de 950 caminhões ao dia (total de 44 mil toneladas descarregadas diariamente) e moega ferroviária com capacidade para descarregar quatro vagões simultaneamente, a uma taxa de 2 mil toneladas de grãos por hora.

Quando for concluída a segunda fase, a expectativa do Tegram é receber 80% do volume de grãos por ferrovia e os 20% restantes por rodovia. Atualmente, 56% dos grãos chega ao terminal pelo modal rodoviário e 44% por trilhos. Os grãos são originados em seis Estados: Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Mato Grosso e Pará.

Segundo o consórcio, é possível aumentar a eficiência operacional caso a participação da descarga ferroviária seja ampliada, diminuindo períodos de ociosidade.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

6. Juros do Plano Safra não devem diminuir

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, acredita que não há espaço, dada a visão econômica do governo, para uma redução da taxa de juros média praticada nas linhas de crédito rural a juros controlados do Plano Safra, fixada em 7% ao ano nesta temporada 2018/19. Esse é o patamar de juros dos contratos de custeio agropecuário, por exemplo, e vale para médios e grandes produtores.

O Banco Central e os ministérios da Economia e Agricultura começaram as discussões em torno da elaboração do próximo Plano Safra (2019/20) voltado à agricultura empresarial, que entrará em vigor em 1º de julho. "O juro do Plano Safra é muito difícil baixar. Mas está razoável, porque, na verdade, o juro real é de cerca de 3%", disse a ministra ao Valor na semana passada.

Tereza pretende lançar o novo plano no máximo até meados de abril, com mudanças no sistema de crédito rural em meio aos sinais de esgotamento dos recursos públicos. A tendência, repetida à exaustão pelo governo, é manter ou até ampliar financiamentos a juros controlados para médios e pequenos produtores e cortar aos poucos os recursos subsidiados destinados a grandes produtores, que ficarão cada vez mais submetidos a juros de mercado.

Entidades do setor de agronegócios pedem que as taxas de juros do Plano Safra 2019/20 sejam reduzidas e que o volume de recursos seja pelo menos mantido - no ciclo 2018/19, foram disponibilizados R$ 191,1 bilhões para a agricultura empresarial. Já a Contag, confederação de trabalhadores rurais, reivindica uma ampliação de R$ 31 bilhões para R$ 35 bilhões no montante de crédito a juros subsidiados para a agricultura familiar.

Ontem, em evento promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo grupo Koelnmesse em São Paulo - a Anufood Brazil -, Tereza Cristina afirmou que negocia no governo, para 2019/20, ao menos a manutenção do nível de recursos de 2018/19. Segundo ela, dos pouco mais de R$ 222 bilhões ofertados neste ciclo para as agriculturas empresarial e familiar, R$ 219 bilhões já foram liberados.

Mas a maior briga de Tereza Cristina será para ampliar o orçamento do programa de subvenção ao seguro rural para cerca de R$ 1 bilhão - a rubrica para 2019 prevê R$ 440 milhões. Aumentar as verbas para essa finalidade nunca foi prioridade nos governos anteriores, mas a ministra vê na atual equipe econômica "muito mais vontade para fazer isso", disse na entrevista da semana passada.

"Agora tem que ver de onde vai sair o dinheiro. Não tem milagre, não tem varinha de condão. E é preciso priorizar. O que as equipes técnicas estão tratando é de onde podemos arrumar recursos para isso, já que não tem dinheiro para equalizar [as taxas de juros] para todo mundo", admite Tereza.

Outra batalha será garantir taxas de juros não tão elevadas para os empréstimos para produtores de grande porte com base em recursos livres de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). "O teto de juros para os grandes teria que ser de 9%", destaca. Os financiamentos a juros livres com LCA estão sendo ofertados pelos bancos com taxas de 9,75% a 11% ao ano, em média.

Recentemente, Tereza pediu ao presidente do BNDES, Joaquim Levy, para que o banco de fomento também emitisse mais LCA. Levy já sinalizou que gostaria que a instituição financiasse mais médias e pequenas empresas do setor de agronegócios.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Minerva reduz alavancagem, mas tem prejuízo

Depois de passar quase todo o último ano pressionada pelo endividamento excessivo, a Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, conseguiu reduzir o índice de alavancagem de forma substancial no quarto trimestres graças ao aumento de capital de cerca de R$ 1 bilhão e à geração de caixa livre de mais de R$ 300 milhões.

Mesmo assim, a companhia brasileira fechou o quarto trimestre no vermelho, com prejuízo líquido de R$ 92,1 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2017, porém, a perda diminuiu 70,6%. No acumulado do ano passado, o prejuízo mais que quadruplicou, alcançando R$ 1,2 bilhões.

De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Edison Ticle, a Minerva teria fechado o quarto trimestre no azul, com um lucro da ordem de R$ 10 milhões, se não fossem itens não recorrentes - a maior parte sem efeito no caixa - como a redução de R$ 18,8 milhões no valor a recuperar para o ativo imobilizado, despesas de R$ 24,1 milhões em razão da hiperinflação na Argentina e quase R$ 60 milhões do resgate de títulos no exterior.

No quarto trimestre, a Minerva reportou melhores resultados operacionais. No período, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 462,8 milhões, um crescimento de 27,4% na comparação com os R$ 362,4 milhões vistos no mesmo intervalo do ano anterior. Com isso, a margem Ebitda ajustada passou de 9,2% para 10%. Na mesma comparação, a receita líquida aumentou 16,3%, para R$ 4,6 bilhões.

De acordo com Ticle, o melhor resultado operacional foi sustentado, entre outros fatores, pela evolução da rentabilidade da Athena Foods, empresa que reúne as operações da Minerva Foods fora do Brasil e que está em processo para a abertura de capital na bolsa de Santiago, no Chile. Com uma participação de 41% nas vendas totais da Minerva no quarto trimestre, a Athena registrou uma margem Ebitda de 8,2% no período, ante uma margem de 7,1% um ano antes.

Além disso, a Minerva conseguiu gerar caixa por meio da redução da necessidade de capital de giro. Segundo o executivo, a geração de caixa livre do quarto trimestre foi responsável por quase metade de todo o caixa que a companhia gerou em 2018. A empresa obteve esse resultado a partir da redução dos estoques.

Na avaliação de Ticle, a geração de caixa ajudou a companhia a reduzir sua alavancagem para além do que os analistas de mercado esperavam por causa do aumento de capital. Se não tivesse gerado caixa, a companhia teria reduzido o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) para algo próximo de 4,3 vezes em dezembro passado, ante 5 vezes em setembro. No entanto, a redução foi ainda maior, e o índice de alavancagem caiu a 3,9 vezes.

Para 2019, a Minerva mantém a desalavancagem como meta. Para tanto, o IPO da Athena Foods será fundamental. Com os recursos da abertura de capital, que deve ocorrer entre abril e maio, a empresa poderá trazer o índice para níveis considerados saudáveis em um negócio volátil como é o de commodities, abaixo de 3 vezes. O planejamento da Minerva para este ano prevê uma receita líquida entre R$ 16,5 bilhões e R$ 17,5 bilhões, ante R$ 16,2 bilhões no ano passado.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Salmão OGM é aprovado para consumo nos EUA

O governo dos Estados Unidos liberou a empresa AquaBounty Technologies para vender o seu salmão geneticamente modificado para consumo humano no país, mas de três anos depois que a Food and Drug Administration aprovou, pela primeira vez, um animal transgênico para tal finalidade. De acordo com os desenvolvedores, o peixe cresce duas vezes mais rápido que o salmão do Atlântico convencional com 25% menos de ração e contribuirá para um fornecimento de alimentos mais sustentáveis.

A FDA afirmou que desativou na sexta-feira uma decisão de alerta que bloqueou a importação do salmão. Além disso, a diretora executiva da AquaBounty, Slyvia Wulf, assinalou que a ação permitirá que a empresa "comece a produzir e comercializar o salmão AquAdvantage nos Estados Unidos". A empresa, sediada em Massachusetts, tem uma unidade de "crescimento" em Indiana e sinalizou que seu salmão reduziria a dependência dos Estados Unidos em frutos do mar importados.

A senadora Lisa Murkowski, que bloqueou a venda do salmão AquAdvantage nos Estados Unidos desde 2015, afirmou estar cética de que as regras federais de rotulagem dos alimentos exigirão a rotulagem dos peixes, então ela está buscando uma legislação que exija um aviso de "engenharia genética" para aparecer no mercado. “Continuo tendo sérias preocupações sobre a junção de DNA de dois animais para produzir um novo peixe comercializável, criando essencialmente uma nova espécie. Os consumidores americanos merecem saber o que estão comprando e, finalmente, comer”, disse Murkowski.

O outro senador do Alasca, Dan Sullivan, disse os políticos não irão “desistir dessa batalha para proteger a pesca sustentável e de classe mundial do Alasca e o direito dos consumidores de saber o que estão colocando em seus pratos".

Notícia na íntegra

Fonte: Agrolink

9. Tereza Cristina: "já cumprimos as exigências para exportar carne aos EUA"

A expectativa para a reabertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina in natura brasileira "é muito boa", reforçou nesta terça-feira, 12, em São Paulo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Na segunda-feira, a ministra anunciou que integrará a missão brasileira aos Estados Unidos em março, quando o presidente Jair Bolsonaro terá agenda com o presidente norte-americano, Donald Trump. Em entrevista coletiva durante a Anufood - Feira de Alimentos e Bebidas, organizada pela Koelnmesse e a FGV Projetos, Tereza Cristina garantiu que a questão burocrática para a reabertura do mercado dos EUA para a carne bovina in natura do Brasil "já foi resolvida". E complementou: "Só precisamos ir lá e esperar a boa vontade dos americanos".

Ela informou, ainda, que o mercado dos EUA está apenas "suspenso". "Mas já cumprimos todas as exigências para fazer essas exportações de carne", assegurou. Ela não revelou, porém, que tipo de contrapartida o Brasil oferecerá para reconquistar o direito de exportar carnes para os EUA. "Não posso contar a contrapartida que o Brasil dará; isso é segredo da negociação." Os EUA suspenderam a compra de carne bovina in natura do Brasil em 22 de junho de 2017, sob a alegação de problemas sanitários na proteína, sobretudo abscessos na carne - consequência, entre outros motivos, do manejo incorreto na vacinação. Desde então, o Ministério da Agricultura e o setor exportador de carne bovina do Brasil vêm tentando reabrir o mercado norte-americano, sem sucesso.

Notícia na íntegra

Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

Agroenergia

10. Vendas de etanol hidratado das usinas bateram recorde em fevereiro

As vendas de etanol hidratado (que abastece diretamente os veículos) pelas usinas do Centro-Sul bateram recorde em fevereiro, em plena entressafra na região, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

No mês, as usinas comercializaram 1,7 bilhão de litros de etanol hidratado, crescimento de 46,6% na comparação com os 1,17 bilhão de litros vendidos no mesmo período do ano passado.

“O volume de hidratado vendido em fevereiro deste ano representa um recorde histórico para o mês e sinaliza a manutenção das vendas aquecidas do biocombustível”, afirmou, em nota, o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.

No acumulado da safra 2018/19, que termina em março, as vendas de etanol hidratado cresceram 36%, para 19,2 bilhões de litros.

Na segunda quinzena de fevereiro, quando operaram apenas oito usinas, a moagem de cana foi residual. Foram processadas 543 mil toneladas no período, queda de 25,66% na comparação anual. No acumulado da safra, a moagem totalizou 564,1 milhão de toneladas, redução de 3,6%.

A produção de etanol hidratado, resultado tanto do processamento de cana como das usinas que estão usando o milho como matéria-prima, totalizou 109 milhões de litros na última quinzena, praticamente estável na comparação anual. No acumulado da safra, a produção de etanol hidratado no Centro-Sul do país aumentou 42,4%, para 21,3 bilhões de litros.

A produção de açúcar totalizou 2 mil toneladas na última quinzena, queda de 52,7% na comparação anual. No acumulado da safra, a produção do adoçante caiu 26,4%, para 26,4 milhões de toneladas.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

11. Cosan lança campanha publicitária e vai patrocinar corridas de rua

O grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto, lançará na próxima sexta-feira sua primeira campanha publicitária em 80 anos de fundação. O objetivo é vincular mais o nome Cosan a seus vários negócios, que vão de distribuição de combustíveis a logística ferroviária. A companhia quer ampliar a visibilidade da marca Cosan, que continua muito associada a uma produtora (usina) de açúcar e etanol.

O mote da campanha será “Eu sonho e corro atrás”. A Cosan decidiu não revelar o valor que a holding e suas empresas controladas — Raízen, Comgás, Rumo e Moove — vão desembolsar nesse projeto, que será atrelado a um programa de patrocínio de corridas de ruas — as tradicionais maratonas — em todo o país.

No todo, a Cosan e as controladas vão patrocinar 110 provas de corridas de rua no país (1,4 mil quilômetros) no período 2019-2021, entre elas as maratonas de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, São Silvestre e Volta da Pampulha (em Belo Horizonte).

A razão da escolha por corridas de rua, afirmou Marcos Lutz, presidente do grupo Cosan, é que esse esporte é um dos mais praticados atualmente. “Por isso, tornou-se a ideia âncora de comunicação na companhia. “A Cosan quer ser líder em patrocínio de corridas de rua”, informou. A campanha foi criada pela consultoria N Ideias, de Nizan Guanaes.

O grupo Cosan tem investimentos nos setores de agronegócio, distribuição de combustíveis e de gás natural, lubrificantes e logística. É dono de 50% da Raízen, que produz açúcar e etanol e é a segunda maior distribuidora de combustíveis do país, com a marca Shell; controla a Comgás, distribuidora de gás natural; a Rumo, maior operador logístico de base ferroviária e portuária; e também a Moove, fabricante de lubrificantes.

No ano passado, a companhia teve receita líquida consolidada de R$ 59,68 bilhões, com lucro líquido de R$ 1,65 bilhão.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

12. Brasil pede cota para açúcar na China para evitar briga na OMC

O Brasil pediu para a China abrir uma cota de importação de 3 milhões de toneladas de açúcar, com tarifa menor, para evitar uma demorada disputa diante dos juízes da Organização Mundial do Comércio (OMC), conforme apurou o Valor.

A proposta brasileira, apresentada há algumas semanas, continua sem resposta. Se o silêncio de Pequim persistir, restará a Brasília pedir formalmente um "painel" (comitê de investigação) na OMC contra uma salvaguarda imposta pela China, sob o argumento de proteger o produtor local, que praticamente impede a entrada do açúcar brasileiro em seu mercado.

A possibilidade de uma disputa com os chineses parece maior, já que o governo de Jair Bolsonaro já demonstrou ter pouca paciência em casos como esse. Basta ver a disputa aberta contra a Índia na OMC, também envolvendo açúcar.

Para especialistas, disputas contra a Índia e, provavelmente, contra a China, sócios no Brics, grupo dos grandes países emergentes, poderão ter uma dimensão parecida com os contenciosos abertos - e ganhos - pelo Brasil contra os EUA no caso do algodão e contra a União Europeia em outro caso envolvendo açúcar.

Pelo Acordo de Salvaguardas da OMC, um membro pode restringir as importações de um produto temporariamente, por meio de tarifas mais altas ou outras medidas, se a indústria doméstica estiver gravemente atingida ou fortemente ameaçada pelo aumento das importações.

Um surto de importações que justifique a adoção de salvaguarda pode ser um aumento real dos volumes comprados ou pode ser um aumento proporcional em relação à produção da indústria doméstica, mesmo que a quantidade importada não tenha efetivamente aumentado.

Em princípio, as medidas de salvaguarda se aplicam a todas as importações, e não apenas às de um determinado país. Países em desenvolvimento que representam menos de 3% das exportações podem ser excluídos da barreira. Em certas circunstâncias, um país exportador pode buscar compensação por perda de comércio por meio de consultas ou, se não houver acordo, pode elevar as tarifas sobre as exportações do país que aplica a salvaguarda.

Em maio de 2017, a China aplicou uma salvaguarda para proteger seus produtores de açúcar. Manteve em 15% a tarifa cobrada nas importações dentro da cota, que é de 1,95 milhão de toneladas por ano, mas para os volumes que superam esse limite a alíquota passou de 50% para 95% no primeiro ano. É de 90% atualmente e, em maio, recuará para 85%.

A medida chinesa atingiu quatro exportadores: Brasil, Austrália, Tailândia e Coreia do Sul. Os demais não foram afetados por terem menos de 3% de fatia de mercado.

Em julho de 2018, pressionado pelos grandes exportadores a rever a barreira, Pequim revisou sua salvaguarda e estendeu as alíquotas maiores também para as importações procedentes de países menores, no que chamou de "condições iguais" para todos os exportadores.

Mas o Brasil continuou pressionando a China, por ser o maior prejudicado e por considerar que a investigação de salvaguarda não respeita realmente as regras da OMC.

As exportações brasileiras para a China, que variavam de 2,5 milhões a 3 milhões de toneladas por ano antes da barreira, caíram para entre 200 mil a 300 mil toneladas.

Levantamento da União da Industria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostra que, entre agosto de 2018 e janeiro de 2019, os embarques para a China ficaram 58% abaixo da média exportada nos últimos anos, uma perda significativa naquele que era o principal destino das exportações brasileiras de açúcar.

No ano passado, o inconformismo do Brasil em relação à salvaguarda chinesa levou Brasília a acionar o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC contra os chineses. Na primeira etapa, foram realizadas consultas bilaterais em busca de uma solução mutuamente satisfatória, como diz a OMC.

Para evitar que o contencioso chegue aos juízes, o Brasil propôs então que a China abra uma cota adicional de importação de 3 milhões de toneladas com alíquota de 50%, como era a tarifa extra-cota anterior à aplicação da salvaguarda.

Pelas regras da OMC, essa cota adicional valeria para todos os exportadores. Mas, na expectativa da Unica, ela poderia reproduzir o cenário anterior, fora da cota, o que daria uma grande vantagem às vendas brasileiras - como o país tinha antes da salvaguarda.

O Brasil representava mais de 50% das importações chinesas de açúcar, sendo a grande maioria desse volume fora da cota. Além da cota adicional, o Brasil pediu para a China esclarecer se pretendia ampliar a duração da salvaguarda, que inicialmente é de três anos, mas pode ser estendida, segundo as regras da OMC.

Os chineses ouviram, anotaram e até agora não responderam ao Brasil. "O prazo está se esgotando", diz Eduardo Leão de Souza, representante da Unica. Ele observa que o governo brasileiro tem tido boa vontade, mas que sem uma resposta de Pequim o jeito vai ser focar em uma disputa na OMC.

O setor privado ainda tem expectativa de uma nova rodada de conversas com a China, na qual os chineses acenem com alguma medida que atenue a situação para o Brasil.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

Grãos e Grandes Culturas

13. Conab e IBGE baixam projeções para grãos

A falta de chuvas e o forte calor em importantes polos produtivos de soja do país nos últimos meses levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a novamente reduzir suas estimativas para a produção de grãos do país nesta safra 2018/19, cuja colheita está em andamento.

Em decorrência dos reflexos das intempéries na produtividade das lavouras, a Conab passou a calcular a produção de soja em 113,5 milhões de toneladas, 1,8 milhão a menos que o previsto em fevereiro e volume 4,9% inferior ao do ciclo 2017/18. Sob essa influência, atenuada por um aumento na projeção para o milho, a previsão da estatal para a colheita total de grãos caiu para 233,3 milhões de toneladas, ainda 2,5% mais que em 2017/18 e segundo maior volume da história, perdendo apenas para o do ciclo 2016/17.

Em levantamento divulgado também ontem, o IBGE baixou sua estimativa para a produção de soja para 113,4 milhões de toneladas e diminuiu a projeção para a colheita total para 228,8 milhões. A Coordenação de Agropecuária do IBGE lembrou que as lavouras de soja mais prejudicadas foram as plantadas antecipadamente - paradoxalmente, quando o clima era favorável.

De acordo com a Conab, mesmo as variedades de soja que tinham potencial de recuperação, como as de ciclo médio, frustraram as expectativas dos agricultores diante da falta de chuvas. Em entrevista em Brasília, porém, o diretor de diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Guilherme Bastos, afirmou que ainda há uma possibilidade de que as plantações cultivadas com soja de ciclo tardio tenham se beneficiado com o regime de chuvas "um pouco mais regulares" do mês de fevereiro.

Para a produção de milho de verão, a estimativa da Conab também foi reduzida. A projeção para 2018/19 foi cortada em 240 mil toneladas, para 26,21 milhões. Mas a colheita de milho de inverno (safrinha), que está em fase de plantio, teve sua estimativa elevada em 2,1%, para 66,6 milhões de toneladas. Na comparação com a temporada 2017/18, que sofreu com o clima adverso, a nova projeção representa um expressivo aumento de 23,6%.

Outra cultura que teve as estimativas de produção cortadas por Conab e IBGE foi o arroz. Segundo a Conab, a colheita do cereal ficará em 10,6 milhões de toneladas, 11,8% menor que a do ciclo 2017/18. O IBGE foi na mesma linha - passou a projetar 10,5 milhões de toneladas - e ressaltou que a redução está concentrada no Rio Grande do Sul, Estado que lidera a colheita nacional.

"Nos últimos anos, em virtude dos preços pouco compensadores, têm-se verificado, no Rio Grande do Sul, redução da área plantada com arroz irrigado em função do aumento do plantio de soja. A rotação dessas culturas melhora o solo e favorece o rendimento médio de ambas", analisou o IBGE.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

14. Camil inaugura planta em Suape

A Camil Alimentos inaugurou ontem sua 13ª fábrica. A unidade absorveu investimentos de R$ 22 milhões e foi instalada em Suape, Pernambuco. Segundo a empresa, a planta pode ser utilizada para a produção de arroz, feijão e açúcar e tem um centro de distribuição anexo.

A nova fábrica substituirá uma unidade localizada em Recife que será fechada. Os funcionários serão redirecionados para Suape. "O Nordeste é uma região foco para a Camil há anos. Porém, para ampliar nossa presença e liderança, investimos para incrementar a capacidade produtiva local", disse, em comunicado, Luciano Quartiero, CEO da Camil.

A fábrica de Suape tem capacidade para 10 mil toneladas de produtos por mês, 3,5 vezes superior à da unidade de Recife. "Com o uso de tecnologia de ponta, a nova planta garante eficiência e qualidade, reduz tarefas repetitivas e mitiga riscos", informa o comunicado da empresa.

Notícia na íntegra

Fonte: Valor Econômico

15. Agricultura eleva preços mínimos de café, trigo e laranja

Os preços mínimos do café, trigo e laranja foram reajustados entre 3,93% a 20,83%, informa o Ministério da Agricultura. "O reajuste leva em consideração os custos variáveis de produção apurados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)", diz a pasta em nota.

A portaria com os novos valores será publicada nesta terça-feira, 12, no Diário Oficial da União. O aumento dos preços foi aprovado em reunião realizada no último dia 27 de fevereiro pelo Conselho Monetário Nacional.

O café arábica passou de R$ 341,21/saca para R$ 362,53/saca, alta de 6,25%. Já o café conilon saiu de R$ 202,19/saca para R$ 210,13/saca (+3,93%). A laranja in natura do tipo Citrus sinensis tem agora preço mínimo de R$ 15,95 a caixa de 40,8 kg, reajuste de 20,83%. O preço do trigo em grão em todos as regiões brasileiras subiu 12,16% - o trigo tipo 1, melhorador, para os Estados da Região Sul, ficou em R$ 42,49/saca.

Notícia na íntegra

Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

Siga nossas Redes Sociais

Receba nossas Notícias

SiteLock