Conjuntura do Agronegócio

1. Ministério reduz previsão para o valor da produção agropecuária

Os problemas climáticos que prejudicaram lavouras de soja em importantes polos produtivos brasileiros em janeiro levaram o Ministério da Agricultura a promover um expressivo ajuste para baixo em sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) do grão no país em 2019, com reflexos negativos sobre os cálculos do VBP da agricultura e também da agropecuária em geral — cujo montante agora é previsto em R$ 564,3 bilhões, 1,1% menos que em 2018.

A partir das reduções das estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a colheita de soja no Brasil nesta safra 2018/19, o ministério passou a projetar o VBP da oleaginosa em R$ 129 bilhões neste ano, R$ 10,2 bilhões a menos que o previsto no início de janeiro. Em relação a 2018, quando a produção nacional bateu recorde, a queda chega a 9,4%.

Basicamente por causa dessa redução, a estimativa do ministério para o VBP das 21 principais lavouras do país passou a ser de R$ 372,1 bilhões, R$ 9,2 bilhões a menos que o projetado e janeiro e montante 3,1% mais baixo que o do ano passado. Entre os produtos agrícolas, vale destacar, ainda, as projeções de queda de 6,2% para o VBP da cana, calculado em R$ 57,2 bilhões neste ano e de alta de 15% para o milho (R$ 54,2 bilhões).

Mas o ministério também passou a traçar um cenário menos positivo para a pecuária. A estimativa para o VBP das cinco principais cadeias produtivas do segmento agora está previsto em R$ 192,2 bilhões, R$ 8,1 bilhões a menos que o projetado em janeiro mas valor ainda 3,2% superior ao computado para 2018.

Nesse grupo, o ministério projeta aumentos de 2,8% para os bovinos (78,5 bilhões), de 1,2% para os suínos (R$ 14,1 bilhões) e de 11,2% para o frango (R$ 59,2 bilhões).

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Fonte: Valor Econômico

2. Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento visita produção de frutas e camarão no interior do RN

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento cumpriu agenda de compromissos ao longo da sexta-feira (15) e manhã deste sábado (16) em Mossoró, na região Oeste potiguar. Na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, Tereza Cristina conversou com empresários da fruticultura irrigada e do setor salineiro.

À Inter TV Costa Branca, Tereza disse que foi a Mossoró atendendo a uma necessidade do ministério para conhecer a cadeia produtiva da fruticultura na região. A ministra ouviu algumas demandas dos produtores e disse que pretende voltar em breve com investimentos para o setor.

Em Mossoró, Tereza visitou a maior empresa exportadora de melões e melancias do Brasil, a Agrícola Famosa. Ela estava acompanhada de empresários, lideranças políticas e representantes do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex).

Ainda nesta manhã, a ministra deixou Mossoró para conhecer uma fazenda de produção de camarão no município de Pendência, que fica na mesma região. A visita foi agendada para a Fazenda Potiporã, considerada a maior produtora de camarões do país.

Na sexta, a ministra ainda recebeu a governadora Fátima Bezerra, que foi a Mossoró para tratar sobre regularização fundiária, desburocratização para acesso às linhas de crédito e simplificação de licenciamento dos barcos pesqueiros.

Alinhamento

O encontro aconteceu à noite. Segundo a assessoria do governo, a ministra reconheceu que a formalização dos pequenos produtores é a base de todo o processo de fortalecimento da agricultura familiar, “uma vez que permite acesso às linhas de financiamentos e programas governamentais, como o de compra direta (PNAI), e criação de redes de distribuição e comercialização”.

Ainda foi ressaltada a necessidade de simplificação das licenças para os barcos, visto que o atum representa 11% da pauta de exportações. A ministra, que estava acompanhada do Secretário Nacional de Agricultura Familiar, Fernando Schuwanke, considerou coerentes as pautas e afirmou que "simplificar não é precarizar" e que está aberta ao diálogo.

A governadora solicitou audiência com a ministra, que se prontificou a recebê-la em Brasília, para apresentar todas as necessidades do estado e enfatizou a importância da conclusão da transposição das águas do Rio São Francisco para o Rio Grande do Norte, destacando que “sem água não tem desenvolvimento agrário”.

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Fonte: G1

3. Mais Cooperativismo, novo sistema para desenvolver a atividade, é anunciado por Tereza Cristina na Paraíba

Em visita a Cabaceiras, no semiárido da Paraíba, o município onde chove menos em todo o país, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou neste domingo (17) que vai fortalecer os programas de incentivo às cooperativas do ministério com um novo sistema, o Mais Cooperativismo, em parceria com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). Tereza Cristina visitou as cooperativas dos Curtidores e Artesãos em Couro de Ribeira de Cabaceiras (Arteza) e dos Caprinocultores e disse ter ficado emocionada com o modelo de trabalho, que está proporcionando emprego e renda para a população local.

A ministra disse que os projetos são exemplo para todo o país, porque estão fazendo com que jovens, que deixaram a região em busca de melhor qualidade de vida, retornem para viver na cidade.

“Aqui tem um curtume que não usa produtos químicos, não está contaminando, está promovendo o desenvolvimento sustentável. Temos aqui o exemplo vivo do que é possível melhorar no país. Num município onde a gente deveria encontrar pobreza, a gente chega aqui e tem o prazer de ver um trabalho que pode ser replicado para todo o semiárido nordestino e para o Brasil inteiro. Isso aqui é um exemplo de sucesso para o Brasil”, elogiou a ministra.

A Cooperativa dos Curtidores e Artesãos em Couro (Arteza), fundada há 14 anos, trabalha a pele dos caprinos usando processo de curtimento vegetal. É usada a casca do angico, árvore abundante na região, sem aditivos químicos. A partir do produto são fabricados sapatos e bolsas.

Tereza Cristina disse que o cooperativismo é fundamental para o trabalho no campo e que o governo tem muito a fortalecer no setor. Ela já conversou com a diretoria da OCB e se encontrou, no Paraná, com dirigentes do setor. “O objetivo é fazer com que as pequenas também cresçam”, ressaltou.

Em relação à falta de água no Nordeste, a ministra voltou a afirmar que vai se reunir com o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, para discutir as ações que as pastas podem fazer juntas para minimizar o problema. “A ação tem de ser conjunta, não pode ser dispersa. Os ministros, toda segunda-feira, sentam para discutir as ações que podem realizar. Quem cuida da água é o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas vamos conversar com o ministro (Gustavo) Canuto, ver as soluções que podemos trazer para a região”, disse, defendendo também novas parcerias com os governos estaduais e os municípios.

A ministra se comprometeu a reforçar o apoio do ministério às cooperativas de Cabaceiras. "Vemos aqui um embrião que a comunidade realizou a duras penas. Agora, sei dos anseios da cooperativa para dobrar a produção e dar mais emprego nessa cadeia produtiva. O modelo está pronto! Vocês precisam de apoio, sim. A OCB está aqui, vários sindicatos, vocês são exemplo, saio daqui da emocionada, com a certeza de que temos condições de fazer o Brasil que nós queremos, o Brasil daqueles que trabalham”.

Tereza Cristina afirmou também que o governo não vai acabar com nenhum projeto social sério no país, mas apenas com aqueles em que o dinheiro some sem chegar a quem precisa. Ela disse que vai contar ao presidente Jair Bolsonaro o exemplo de sucesso que encontrou em Cabaceiras. “Vou mandar alguém do ministério para conhecer vocês e replicar em outros municípios esse exemplo de gente guerreira, que fez da adversidade o sucesso. Vou dizer ao presidente que temos casos de êxito no Nordeste e que precisamos apoiá-los. A região já tem muita que gente que transforma a adversidade em sucesso”, afirmou.

A criadores de cabra que produzem queijos recomendou que sugiram ao governo do estado aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) do Ministério da Agricultura. "Com isso, poderão vender esse queijo maravilhoso que vocês fazem para qualquer lugar do Brasil. Os consumidores terão certeza da qualidade de seus produtos e ninguém precisa vender escondido”.

A ministra encerrou, neste domingo (17), viagem de quatro dias ao Nordeste, tendo percorrido cidades do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, com a finalidade de planejar uma política dirigida ao semiárido e à região do país como um todo. Em março, deverá ir aos estados do Nordeste que não foram incluídos nesse roteiro inicial. A ministra viajou acompanhada do secretário de Agricultura Familiar do Mapa, Fernando Schwanke, e do presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa.

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Fonte: Mapa/Notícias Agrícolas

Insumos

4. Brasil ajudou Syngenta a voltar ao azul em 2018

A boa safra brasileira de grãos em 2017/18 beneficiou os resultados globais da Syngenta no ano passado. Desde o fim de 2017, a empresa de origem suíça é controlada pela ChemChina. Em entrevista ao Valor, Valdemar Fischer, diretor regional para América Latina da companhia, afirmou que o desempenho no país foi “excelente” e que “não poderia estar mais satisfeito”.

Segundo balanço divulgado nesta sext-afeira, as vendas na América Latina voltaram para níveis considerados mais "normais" após um 2017 difícil. Em 2018, as vendas de agrotóxicos na região subiram 20% em relação a 2017. Em sementes, o avanço foi de 55%, impulsionado pela aquisição da Nidera. As vendas totais na américa Latina somaram US$ 3,6 bilhões em 2018, avanço de 25,4% ante 2017.

“Em defensivos, o Brasil já é o nosso maior mercado em receita”, afirmou Fischer. O país responde por cerca de 20% da receita global, que somou US$ 13,5 bilhões em 2018. “No resultado global [que inclui sementes e flores], o Brasil pode ter ultrapassado os Estados Unidos, já que apresentou crescimento de vendas maior”, disse.

O bom desempenho no Brasil ajudou a múlti a sair do vermelho. Em 2018, o lucro líquido global ficou em US$ 1,44 bilhão, após prejuízo líquido de US$ 98 milhões em 2017, quando a provisão para liquidação de litígios nos EUA e o impacto de mudanças nos impostos no país comprometeram o resultado da empresa. Excluindo esses itens, em 2017 o lucro teria sido de US$ 1,25 bilhão.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) ficou em US$ 2,61 bilhões no ano passado, estável na comparação anual. A margem Ebitda foi de 19,3% ante 20,6% em 2017.

A proximidade com fornecedores chineses, pelo fato de a Syngenta ser controlada pela ChemChina, contribuiu para que os efeitos da escassez de matéria-prima para os agroquímicos fosse mitigada em 2018. “Houve uma falta de produtos que causou um estresse muito grande, mas conseguimos contornar”, disse Fischer.

Para 2019, o executivo acredita que uma estabilidade maior no cenário cambial brasileiro pode beneficiar a companhia. “Isso facilita muito as operações”, disse. Por outro lado, ainda imperam no mercado incertezas com relação ao tabelamento do frete rodoviário e à disputa comercial entre Estados Unidos e China.

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Fonte: Valor Econômico

5. Mau uso de agroquímicos causa perdas de R$ 2 bilhões

Pesquisas recentes revelam que o uso incorreto dos agroquímicos pode acarretar em perdas na ordem de R$ 2 bilhões para o agronegócio, pois são somados gastos com desperdícios e despesas de acidentes e intoxicações. Foi isso que afirmou o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador da Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agroquímicos (UR).

De acordo com ele, esse prejuízo pode afetar diretamente a cadeia de pequenos produtores e pessoas de baixa renda, que são maioria no Brasil, já que os dados compilados pela UR indicam que entre 25 milhões e 30 milhões de pessoas trabalham no agronegócio atualmente e, destes,5 milhões são analfabetas e 12 milhões exercem funções de contrato temporário. Além disso, 85% dos trabalhadores do setor não tem qualificação e estão trabalhando em pequenas propriedades.

O especialista afirma que é preciso capacitar os profissionais da área “tendo em vista a sustentabilidade do uso de agroquímicos ou defensivos agrícolas. Capacitar esses profissionais, também, para transmitir conceitos-chave de tecnologia e segurança usando a linguagem simples do homem do campo. Nas pequenas propriedades, sobretudo, predomina a desinformação que leva à carência de recursos de suporte ao uso seguro de agroquímicos. Nesses locais, em geral, contatamos baixos índices de utilização de equipamentos de proteção individual, por exemplo”.

Para finalizar, Ramos reconhece que existe uma polêmica discussão em torno do uso de defensivos agrícolas, mas ressalta que, na atualidade, é impossível praticar o agronegócio sem eles. Segundo o cientista, a extensão territorial do Brasil, que o faz ser um país tropical, torna inviável outra técnica de combate sem manejo químico de plantas daninhas, pragas e doenças que concorrem com as culturas.

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Fonte: Agrolink

6. BNDES destina R$ 30 milhões do Fundo Amazônia para cadastrar 55 mil imóveis rurais no Amazonas

Cerca de 55 mil proprietários rurais serão beneficiados com a regularização de imóveis no Amazonas. A medida é resultado de um repasse de R$ 30 milhões do Fundo Amazônia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O benefício implantará o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em 36 municípios do estado.

A implantação do Cadastro Ambiental Rural é uma política pública que aumenta a presença do Estado junto aos agricultores familiares, público-alvo do projeto. Com a promulgação do novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), o CAR foi instituído como registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, integrando as informações ambientais das propriedades e posses.

A partir deste Cadastro, haverá a identificação do passivo ambiental porventura existente e a celebração de termo de compromisso para sua efetiva recuperação, mediante a adesão dos fundiários ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).

O projeto — cujo prazo de execução é de três anos — estrutura-se em dois componentes: fortalecimento institucional e inscrição no CAR. O primeiro consiste no desenvolvimento de software de processamento cartográfico para o Estado do Amazonas, além do apoio às capacidades institucionais — por meio de transferência de tecnologia, suporte técnico-científico e a capacitação de recursos humanos. Já a etapa da inscrição pretende mobilizar os proprietários, mapear suas propriedades e registrá-las no sistema.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. Considerado o principal mecanismo internacional de pagamentos por resultados de REDD+ (redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal), o Fundo tem em carteira 103 projetos, no valor total de aproximadamente R$ 1,9 bilhão. A iniciativa recebeu doações voluntárias do governo da Noruega, seu principal doador, do banco de desenvolvimento da Alemanha, KfW, e da Petrobras.

Com apoio do Fundo Amazônia, já foram cadastrados 530 mil imóveis rurais em doze Estados brasileiros. Também foi possível aperfeiçoar os sistemas de monitoramento do desmatamento por satélites no Brasil e em outros países da Amazônia regional. O Fundo Amazônia também apoia 345 instituições de pequeno e médio portes que produzem e comercializam produtos e serviços sustentáveis — como açaí, castanha do Brasil, borracha, cacau, farinha de mandioca, artesanato, pescados e turismo comunitário —, beneficiando diretamente quase 150 mil pessoas.

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Fonte: G1

Proteína Animal

7. China isenta 14 empresas exportadoras de frango de taxa antidumping

A China confirmou as expectativas e oficializou um acordo de preços mínimos com 14 empresas e cooperativas brasileiras exportadoras de carne de frango, entre as quais BRF e JBS, mas confirmou a imposição de tarifas antidumping sobre as demais companhias do país.

Segundo o Ministério do Comércio chinês, os exportadores excluídos da lista de empresas e cooperativas que fecharam o acordo de preços mínimos deverão pagar tarifas de 17,8% a 32,4% a partir de domingo. A medida terá validade por cinco anos.

Além de BRF e JBS, estão na rol de 14 empresas Copacol, Consolata, Aurora Alimentos, Bello Alimentos, Lar, Coopavel, São Salvador Alimentos, Rivelli Alimentos, Gonçalves e Tortola, Copagril, e Vibra e Kaefer.

Apesar de representar um alento para o segmento, a decisão de Pequim desagradou à ABPA, entidade que representa os exportadores brasileiros de carne de frango.

“Conforme a ABPA tem defendido desde o início da investigação, não houve praticas de dumping e não há qualquer nexo causal entre as exportações de produtos avícolas do Brasil e eventuais situações mercadológicas locais. As provas já foram apresentadas pelo setor produtivo do Brasil”, afirma comunicado divulgado pela associação.

“Ao mesmo tempo”, continua o comunicado, “a ABPA e o governo brasileiro identificaram diversas violações no acordo internacional antidumping pela autoridade chinesa na análise de dano e nexo causal ao longo do processo. O conselho diretivo da ABPA analisará a decisão chinesa e submeterá suas considerações ao governo brasileiro para a decisão sobre futuras ações”.

Os exportadores que decidiram fechar o acordo, intermediado pela sócia do escritório de advocacia MPA Trade Law, Claudia Marques, o fizeram em razão da sinalização de que a China poderá reabrir seu mercado à carne de frango dos Estados Unidos como parte das tentativas dos dois países de pôr fim a suas disputas comerciais.

A volta da carne de frango americana ao mercado chinês, quatro anos após o país asiático vetar o produto devido a um surto de gripe aviária nos EUA, seria um grande um desafio para o Brasil. Os EUA são os segundos maiores exportadores de carne de frango, atrás do Brasil.

No ano passado, as exportações brasileiras de carne de frango à China somaram 438,8 mil toneladas e renderam US$ 799,7 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. Com participação de cerca de 10%, o país asiático foi o segundo principal destino dos embarques do país, atrás apenas da Arábia Saudita.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Ivan Monteiro é dispensado de quarentena para assumir cargo na BRF

Indicado para assumir o cargo de vice-presidente financeiro e relações com investidores da BRF, Ivan Monteiro, ex-presidente da Petrobras, foi liberado da quarentena a que estava submetido pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

A decisão, segundo apurou o Valor, foi tomada em reunião do colegiado nesta semana. O executivo cumpria período de quarentena, após deixar o comando da Petrobras no fim de 2018.

A quarentena é concedida a altas autoridades para evitar o uso de informações privilegiadas em benefício de interesses privados e em detrimento da administração pública. Como contrapartida ao impedimento temporário ao exercício de atividade privada, a lei estabelece que, durante o período de seis meses, a autoridade permanecerá recebendo a remuneração a que fazia jus durante o exercício do cargo.

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Fonte: Valor Econômico

9. Governo torna mais ágil autorização para importação de alimentos

O governo federal tornou mais ágil o processo de autorização para importação de alimentos de origem animal. As empresas não precisam mais mandar um representante a uma unidade regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) e podem, a partir de hoje (15), solicitar a autorização por meio digital.

Segundo o Ministério da Economia, com essa medida o tempo para emissão da autorização será reduzido. A expectativa é que, com o processo digital, o prazo entre o pedido e a autorização seja de uma semana. Em média, o processo demorava cerca de 40 dias. No ano passado, o Mapa recebeu 79.259 pedidos de autorização para importação.

A medida vale para as importações de países autorizados e estabelecimentos habilitados à exportação para o Brasil. As mercadorias devem ser registradas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa e estar rotuladas de acordo com a legislação específica, acompanhadas de certificado sanitário expedido pela autoridade competente do país de origem.

Conforme o Ministério da Economia, a modernização do serviço vai permitir o compartilhamentos dos processos entre as unidades, reduzindo tempo e custo. A economia prevista é de R$ 233 mil por ano para a administração pública. A estimativa de economia anual para as empresas importadoras, com base na metodologia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ultrapassa R$ 19 milhões.

A modernização do sistema foi possível após uma parceria entre o Ministério da Economia e o Mapa, primeiro órgão a assinar um plano de integração dos serviços à plataforma servicos.gov.br. As empresas importadoras de alimentos de origem animal devem acessar a página de serviços para fazer o pedido.

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Fonte: Agência Brasil/Notícias Agrícolas

Agroenergia

10. Quase tudo pronto para denunciar Índia na OMC

O Brasil em breve vai denunciar a Índia na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa dos subsídios do país a suas exportações de açúcar, o que é encarado como uma prática ilegal no mercado internacional da commodity.

Produtores brasileiros calculam que deixam de ganhar cerca de US$ 1,5 bilhão por ano com a queda dos preços de exportação provocado pelo açúcar subsidiado que a Índia joga no mercado.

A Camara de Comércio Exterior (Camex) deu sinal verde para o Brasil acionar a OMC contra os indianos no ano passado. O Valor apurou que os procedimentos para que os juízes do orgão multilateral sejam acionados estão praticamente concluídos.

A ideia é contestar duas práticas indianas: o apoio aos fornecedores de cana e os subsídios vinculados à exportação dentro de uma cota de 5 milhões de toneladas.

A reportagem também apurou que a Austrália, outro grande país exportador de açucar, deverá unir forças ao Brasil no caso contra a Índia. A Guatemala é outro país que tem sido consultado, mas ainda não está confirmada sua participação como parte diretamente envolvida na disputa.

"A Índia provoca um deslocamento de mercado e, mais importante, tem impacto no preço internacional", diz uma fonte brasileira. "Nossos exportadores passam a vender por um preço menor em razão da prática indiana".

Também por causa do açúcar, no ano passado o país apresentou denúncia contra a China em consequência de uma salvaguarda que praticamente fechou o mercado para o produto brasileiro. Ocorre que, logo depois, surgiram rumores de que a China teria feito um acordo para importar grande quantidade de açucar indiano, mais barato.

Fontes de mercado dizem, contudo, que até o momento, não se constatou nenhuma transação entre indianos e chineses. Mas o questionamento persiste. O sentimento é que a China quer realmente comprar o açúcar indiano em detrimento do brasileiro.

Depois de consultas com os chineses em Genebra, sem resultado prático, o Brasil tem agora o caminho livre para dar o passo seguinte, que é pedir a abertura de um painel (comitê de especialistas) na OMC para investigar a salvaguarda chinesa.

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Fonte: Valor Econômico

11. Lucro da Raízen Energia subiu 152% no 3º trimestre de 2018/19

A Raízen Energia teve lucro líquido de R$ 447,3 milhões no 3º trimestre da safra 2018/19, um crescimento de 152% na comparação com o mesmo período da temporada passada, apesar do desempenho mais fraco com o negócio de açúcar e etanol.

Com a incorporação dos resultados da trading de energia WX e com um forte desempenho de trading de derivados, a receita da companhia alcançou R$ 5,7 bilhões no trimestre, ante R$ 3,3 bilhões um ano antes, uma alta de 74,3%.

A receita com vendas de açúcar, porém, recuou 57%, para R$ 565,1 milhões, enquanto as vendas de etanol renderam R$ 2,5 bilhões, avanço de 47%.

Em compensação, as atividades de trading de energia e de derivados também resultaram em forte aumento dos custos com vendas, que dobrou na comparação anual, para R$ 5,2 bilhões.

Também cresceram os custos dos produtos sucroalcooleiros, já que a quebra da safra de cana impediu sua diluição e ainda houve valorização do diesel no período. Dessa forma, o custo em açúcar equivalente aumentou 13%, para R$ 680 por tonelada.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cedeu 6%, para R$ 842 milhões, refletindo os menores preços e volumes do açúcar vendido no trimestre.

O resultado líquido foi favorecido por uma redução de 55% na despesa financeira no trimestre, para R$ 49,6 milhões, devido à queda do dólar no período. Apenas a variação cambial diminuiu o saldo líquido das despesas financeiras em R$ 89,3 milhões.

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Fonte: Valor Econômico

12. Cosan nega negociações com Previ para compra de participação na Vale

A Cosan divulgou comunicado neste domingo (17) negando informações de que esteja em qualquer tipo de tratativas ou negociações com a Caixa de Previdência dos Empregados do Banco do Brasil (Previ) para comprar a participação do fundo de previdência na Vale.

Também ontem, o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, publicou nota informando que Rubens Ometto, dono e presidente do conselho de administração da Cosan, negocia com a Previ para comprar sua fatia na Litel. O fundo de pensão é dono de 80% da Litel, que, por sua vez, possui 21% da Vale.

“A companhia esclarece que, apesar de constantemente analisar oportunidades de novos investimentos, e manter contato com diversos participantes do mercado, não há qualquer tipo de tratativa ou negociação em curso com a Previ ou seus fundos a respeito da Vale”, diz trecho do comunicado da Cosan.

Em comunicado separado, a Litel divulgou uma carta da Previ também negando a negociação com Ometto. “A Previ nega que exista negociação em andamento com o Sr. Rubens Ometo ou qualquer outro terceiro e reitera que preza pela relação de transparência entre os acionistas e a companhia e continuará a se pautar pela boa fé, cumprindo diligentemente, e orientando o BB Carteira Ativa Fundo de Investimento em Ações que assim proceda, as disposições do estatuto social da Litel e observando, no que lhe for aplicável, as regras do acordo de acionistas da Vale”, diz trecho da carta da Previ.

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Fonte: Valor Econômico

Grãos e Grandes Culturas

13. Soja impulsionou avanço recorde da Coamo em 2018

Impulsionada pelo aumento da produção de soja, pelos bons preços do grão e pelo câmbio favorável às exportações, a paranaense Coamo, maior cooperativa agropecuária da América Latina, registrou em 2018 o maior avanço de sua história recente.

De acordo com resultados aprovados na sexta-feira em assembleia de cooperados, a Coamo encerrou o ano passado com receita total de R$ 14,8 bilhões, quase 34% maior que em 2017. Na mesma comparação, as sobras (lucros) do grupo cresceram 8%, para R$ 800,4 milhões.

Segundo José Aroldo Gallassini, presidente da cooperativa, além de a colheita de soja ter crescido na safra 2017/18 — a produção nacional bateu um novo recorde —, os volumes movimentados pela Coamo também cresceram graças à estratégia de comercialização dos associados.

De olho na tendência de aumento de preços que foi confirmada no início de 2018 com a quebra da safra argentina, muitos cooperados seguraram parte da colheita do ano anterior. Foram 46 milhões de sacas de 60 quilos, que ajudaram a turbinar o faturamento do grupo.

No total informou Gallassini, a Coamo recebeu cerca de 7,2 milhões de toneladas de grãos no ano passado. A soja representou entre 40% e 50% do total, e milho e trigo completaram o volume recebido em 112 unidades localizadas no Paraná, em Santa Catarina e em Mato Grosso do Sul.

Com o câmbio favorável, a Coamo liderou as exportações paranaenses em 2018 com o recorde de 4,6 milhões de toneladas de produtos, que representaram um faturamento de US$ 1,8 bilhão, também o maior já observado.

Conforme a cooperativa, do volume de grãos recebidos foram industrializadas em seu complexo industrial localizado em Campo Mourão (PR) 1,5 milhão de toneladas de soja e 196,1 mil toneladas de trigo, além de 3,7 mil toneladas de café e 6,5 mil de algodão em pluma.

Segundo Gallassini, os negócios nessa frente ganharão grande impulso a partir de agosto, quando deverão ser inauguradas a nova fábrica de processamento de soja e a refinaria de óleo de soja que estão sendo construídas no município de Dourados (MS).

Tais projetos absorveram a maior parte dos investimentos da cooperativa no ano passado, que totalizaram R$ 671,5 milhões.

Mas, apesar de comemorar os resultados expressivos de 2018, o presidente da Coamo está preocupado com o andamento da produção de grãos na área de atuação da cooperativa nesta safra 2018/19. Depois de um bom início de plantio, observa o dirigente, o clima adverso — falta de chuvas e calor excessivo — gerou quebras na colheita de soja no oeste e no noroeste do Paraná.

"Para a Coamo, essa quebra foi de cerca de 20%. E isso não significa que o preço vai subir, porque há excedente de soja no mercado internacional. Uma pena, porque nosso faturamento será afetado”, disse Gallassini ao Valor.

O dirigente — que tem 77 anos, foi o idealizador da criação do grupo, em 1970, e é seu presidente desde 1975 — também adiantou que no fim do ano apresentará aos cooperados uma proposta de profissionalização da gestão.

Se de fato a proposta for aprovada, em 2020 ele deixará de comandar o dia a dia e se tornará presidente do conselho da cooperativa.

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Fonte: Valor Econômico

14. Tradings irão monitorar fornecimento de soja no Cerrado

As maiores tradings de commodities agrícolas do mundo que participam do Fórum Soft Commodities - do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) - assinaram um compromisso para monitorar a cadeia de suprimento da soja no Cerrado. Participam do fórum as “ABCD” — sigla que reúne as tradings ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus — além da chinesa Cofco International e anglo-suíça Glencore.

As companhias vão reportar individualmente, a cada seis meses, o percentual de soja que originam no Cerrado dentre todo o volume do Brasil, começando a partir dos dados da colheita de 2018.

As tradings já integram um grupo de trabalho que conta também com produtores, organizações de consumidores e da sociedade civil e que vai definir incentivos financeiros e outras ações para o Cerrado.

Baseado em dados desse grupo, as tradings vão monitorar em conjunto os municípios com o maior risco de conversão de vegetação natural para cultivo de soja. A informação sobre a originação do grão nessas cidades será dividida entre compras diretas de produtores e compras indiretas, como através de cooperativas.

O primeiro relatório será divulgado em junho de 2019. Os documentos posteriores informarão ainda sobre ações específicas que serão tomadas para melhorar o engajamento direto das tradings com produtores para reduzir os riscos nas cidades. O processo contará com apoio da ONG Proforest.

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Fonte: Valor Econômico

15. Ampliação da oferta tende a restringir a bonança do algodão

O período de bonança vivido pelos produtores de algodão mundo afora está ameaçado pelo crescimento da oferta previsto para a temporada internacional 2019/20. A mais recente sinalização nesse sentido veio na semana passada, quando o Conselho Nacional do Algodão (NCC, na sigla em inglês) divulgou projeção de aumento de área de 3% nos Estados Unidos, para 5,8 milhões de hectares.

Considerado um aumento expressivo para os padrões americanos, a notícia pressionou as cotações na bolsa de Nova York, que caíram para o menor patamar em 14 meses. A tendência é que o cenário seja reforçado pela Austrália, que deverá ser o quarto maior país exportador no ciclo 2018/19 e onde também é esperado um aumento do plantio e recuperação de participação no mercado global.

Nos últimos três anos, os contratos de segunda posição de entrega do algodão acumularam alta de cerca de 22% em Nova York, passando de um patamar inferior a 59 centavos de dólar a libra-peso para quase 72 centavos de dólar. Esse salto estimulou a elevação da produção mundial. O Brasil não ficou de fora dessa barca e a área plantada no país passou de 940 mil hectares, em 2016/17, para 1,5 milhão em 2018/19, segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

No ciclo 2017/18, os produtores brasileiros foram beneficiados por adversidades que prejudicaram outros países. Nos EUA, a produção sofreu quebras e perdas de qualidade em decorrência do furacão Michael. Na Austrália, onde a produção é irrigada, a falta de água provocou uma redução de área de 43%, e a queda da produção foi estimada em 45%, para 566 mil toneladas, segundo o USDA. Na Índia, problemas com patentes fizeram a produção cair 7%, para 5,9 milhões de toneladas. Animados, os cotonicultores brasileiros deverão colher em 2018/19 um volume quase 25% maior, de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas.

As primeiras perspectivas apontam que os ventos não serão tão favoráveis na safra 2019/20, já que o aumento de área no mundo deverá pressionar as cotações, apesar do incremento da demanda mundial. Jack Scoville, analista da consultoria Price Futures Group, projeta que as cotações ficarão em torno de 65 centavos de dólar a libra-peso, o que representaria uma queda de quase 10% em relação a sexta-feira.

“A tendência é que a Austrália volte a elevar sua produção para algo em torno de 800 mil toneladas”, avaliou Gabriela Fontanari, analista da consultoria americana INTL FCStone. Já o diretor do Comitê Internacional do Algodão (ICAC, na sigla em inglês), Andrei Guitchonts, acredita que as secas deverão continuar a limitar o avanço da área australiana.

De todo modo, as estimativas para 2018/19 ainda apontam para um déficit de 5,5 milhões de toneladas de algodão na relação entre consumo e produção, e a perspectiva é que a China diminua sua área de cultivo, enquanto países como Turquia, Indonésia e Vietnã tendem a ampliar suas compras da commodity. “Temos de lembrar que várias fábricas de tecidos sintéticos estão sendo fechadas na China”, disse Gabriela Fontanari, ressaltando que a demanda pela fibra natural deverá se manter aquecida.

Paralelamente aos fundamentos de oferta e demanda, a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que dá sinais de que poderá arrefecer, continua a ser um pano de fundo das negociações em Nova York. Guitchonts, do ICAC, lembrou que parte da queda acumulada desde julho do ano passado, de quase 16% segundo cálculos do Valor Data, decorre da disputa entre os dois gigantes do comércio global. Caso Washington e Pequim entrem em acordo, pelo menos esse fator de pressão deixará de existir.

“Eu acredito em um acordo e na recuperação dos preços para patamares de 80 centavos de dólar por libra-peso, ou mais, até o fim da safra 2018/19”, afirmou. De acordo com John Pestell, trader na Índia, os preços ainda podem cair até o patamar de 60 centavos de dólar e, depois, se recuperar para um patamar entre 74 e 77 centavos de dólar a libra-peso.

Victor Ikeda, analista do banco holandês Rabobank no Brasil, avalia que os preços podem cair para 69,78 centavos a librapeso até o fim desta safra, considerando as quedas acentuadas no petróleo, matéria-prima para a produção do tecido sintético. Sem isso, disse, a tendência é de cotações acima de 70 centavos de dólar a libra-peso.

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Fonte: Valor Econômico

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