Clipping Agribusiness | 19 de fevereiro
- Por: Juliane
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Conjuntura do Agronegócio
1. Chuvas fazem agronegócio gaúcho 'perder' R$ 2 bilhões, diz Farsul
Os produtores gaúchos deverão deixar de ganhar R$ 2,02 bilhões com o impacto do excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, que reduziu as estimativas para a colheita nas lavouras de arroz, soja e milho, segundo levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul). De acordo com a entidade, o Estado deixará de colher 1,7 milhão de toneladas nas três culturas.
Conforme o levantamento, o impacto total no PIB do Estado deve ser de R$ 6,6 bilhões, considerando também agroindústria, distribuição e serviços para o agronegócio.
A cultura mais prejudicada foi a soja. As perdas com as chuvas praticamente anularam o aumento de produção inicialmente estimado para o grão. A estimativa inicial era de um aumento de produção de 1,1 milhão de toneladas da oleaginosa para a safra 2018/19. No entanto, o excesso de pluviosidade reduziu a estimativa em 1 milhão de toneladas, e a safra de soja no Estado deverá ter um crescimento real de apenas 102,5 mil toneladas. Dessa forma, a cultura deverá deixar de ganhar R$ 1,4 bilhão.
No caso do arroz, a perspectiva inicial já era de uma redução na produção de 464 mil toneladas em razão da menor área cultivada neste ciclo em comparação com o anterior. Mas as chuvas devem causar uma redução adicional de 683,8 mil toneladas, o que deve fazer com que a safra deste ano seja 1,1 milhão de toneladas menor que a última. Dessa forma, a receita com as lavouras de arroz deverão ser R$ 571,6 milhões menores.
Já a safra de milho deste ano do Estado deverá ser 30,5 mil toneladas inferior ao esperado inicialmente. Em receita, a redução do potencial de ganhos é de R$ 17,8 milhões.
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Fonte: Valor Econômico
2. Risco de El Niño no país é reduzido
Não há a probabilidade de ocorrência do fenômeno climático El Niño nos próximos 90 dias no Brasil, avalia Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, em boletim. "Em todas as regiões monitoradas no Pacífico, as temperaturas estão em processo de resfriamento. Se houvesse El Niño de fato, as águas estariam aquecendo", disse.
Na semana passada, o Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA confirmou que o padrão climático El Niño está caracterizado, entrou em vigor e deve permanecer "ativo" até meados de outubro. Apesar dessa avaliação, o fenômeno deve ser fraco.
"Embora as temperaturas da superfície do mar estejam acima da média, as observações atuais e os modelos climáticos indicam que esse El Niño será fraco, o que significa que não esperamos impactos globais significativos durante o restante do inverno e até a primavera [no Hemisfério Norte]", disse Mike Halpert, vice-presidente do NOAA, em nota.
De acordo com Santos, da Rural Clima, no Brasil o cenário continuará apresentando características neutras para El Niño e La Niña. "Não devemos ver características de El Niño no Brasil - secas no Norte e muita chuva no Sul. Os modelos sinalizam para muita chuva para o Centro-Norte do Brasil em fevereiro e março. Todos os modelos de previsão estão sinalizando um decréscimo de probabilidade do El Niño", ressaltou.
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Fonte: Valor Econômico
3. Valor da Produção Agropecuária é estimado em R$ 564,3 bilhões
O valor bruto da produção agropecuária (VBP) está estimado em R$ 564,3 bilhões para este ano, de acordo com dados de janeiro. O resultado está pouco abaixo do total registrado em 2018, quando foi tingido o valor de R$ 570,3 bilhões.
José Garcia Gasques, coordenador geral de Avaliação de Políticas e Informação da Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura, observa que, embora as projeções de produção das lavouras e da pecuária sejam boas, os preços mais baixos de diversos produtos têm conduzido a um desempenho menos favorável do que o do ano passado.
As lavouras apresentam queda real de 3,1 %, e, a pecuária, aumento de 2,2 %. Com produção de R$ 372 bilhões, as lavouras representam 66% do VBP. Já a pecuária produz R$ 192,2 bilhões e responde por 34% do índice.
Os produtos que têm sustentado o VBP são, soja, cana-de-açúcar, milho, algodão e café. Na pecuária, os destaques são para a forte redução de preços de ovos e a queda por anos consecutivos dos preços do leite. A contribuição mais positiva deve ser dada por carne bovina, suína e de frango. Esses oito produtos devem gerar R$ 447,3 bilhões e representam 79 % do VBP.
Destaques
O melhor desempenho neste início de ano é observado no algodão herbáceo, que apresenta aumento real de 1,7 % no valor da produção. O acréscimo se deve especialmente à produção mais elevada neste ano.
A produção de amendoim cresceu 2,2 %, de banana, o aumento é de 3,4 % e, milho, 15%. No caso da batata-inglesa, o aumento foi maior, de 40,9%, assim como o do feijão, que atinge 53,6 %. Nos casos do feijão e da batata-inglesa, o aumento decorre exclusivamente dos preços, que tiveram aumentos de 55,9 % e 51,6 %, respectivamente.
Há um grupo grande de produtos com redução do valor da produção. Alguns desses têm forte impacto na geração de renda na agricultura como o arroz, café, cana-de-açúcar, mandioca, soja, tomate, trigo e uva. Em muitos casos, a redução se refere não apenas a preços mais baixos em safras consecutivas, mas também à redução da quantidade produzida.
A região Centro-Oeste continua na liderança do VBP, com volume de R$ 159,9 bilhões em janeiro. A área central é seguida pelo Sul, que atingiu produção de 142,4 bilhões e o Sudeste com R$ 135,4 bilhões. O Nordeste registrou o valor bruto de R$ 50,7 bilhões e o Norte, R$ 34,7 bilhões.
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Fonte: Canal Rural
Insumos
4. Exportação de colhedoras de cana compensa parte da baixa das vendas internas
A demanda aquecida por colhedoras de cana no mercado externo foi um alento, em 2018, para as fabricantes instaladas no Brasil, onde as vendas recuaram. E para 2019, quando o cenário no mercado interno ainda reserva incertezas, a expectativa é que as exportações continuem aceleradas.
Conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2018 as vendas domésticas desses equipamentos recuaram 10,8%, para 643 unidades, bem abaixo de projeções iniciais que sinalizavam 750 unidades. Foi o menor volume da série estatística, que começou em 2013. A Anfavea contabiliza as vendas das montadoras AGCO, Agrale, CNH Industrial e John Deere.
"O ano passado foi particular. Além da incerteza política que antecedeu as eleições, tivemos problemas climáticos que afetaram os canaviais na primeira metade do ano, o que levou grandes grupos a adiarem investimentos", disse Paolo Rivolo, diretor comercial da Case IH, marca da CNH Industrial, múlti italiana sediada no Reino Unido.
Já as exportações do país cresceram 25,9% no ano passado em relação a 2017, para 233 unidades. A demanda elevada da Índia e da Tailândia impulsionou os negócios, que alcançaram o melhor resultado em cinco anos. Somente em 2013 o resultado foi superior (242 unidades).
Rivolo afirmou que em 2019 a demanda dos dois países deverá continuar aquecida, tanto que prevê exportações firmes da Case IH. De acordo com ele, metade da quantidade prevista para o ano já está negociada. A partir de sua fábrica em Piracicaba (SP), a Case exporta colhedoras também para Argentina e Cuba, entre outros países.
A americana John Deere também se beneficiou da demanda externa aquecida. A empresa exportou 160 unidades em 2018, 68,4% mais que em 2017. A maior demanda estimulou o aumento de 8,3% na produção em 2018, para 586 unidades. No mercado interno, porém, as vendas caíram 14,7%, para 365 máquinas.
Depois do encolhimento do ano passado, as companhias estão um pouco mais otimistas em relação ao mercado doméstico. Rivolo, da Case projeta que, no total, as vendas somarão entre 650 e 700 unidades. "Os grandes grupos voltaram a comprar. Este ano começou diferente de 2018, com muito mais movimento".
Segundo ele, o telefone voltou a tocar após as eleições. "Começaram a aparecer encomendas de grandes volumes novamente. Ampliamos nosso market share de setembro para dezembro". Rivolo disse que um grande grupo sucroalcooleiro recentemente adquiriu um bom número de colhedoras da marca.
Rivolo estima que a Case deverá vender mais colhedoras de cana na soma dos mercados interno e externo em 2019 ante ao total das duas frentes no ano passado. Mas o avanço tende a ser modesto. "Não temos informações de que o setor [sucroalcooeiro] terá uma crise e vemos espaço para novos investimentos em maquinário", disse.
O cenário, contudo, ainda é incerto. Segundo a União das Indústrias de Cana-de-açúcar (Unica), desde o início da safra 2018/19, em abril, a moagem de cana somou 563,29 milhões de toneladas na região Centro-Sul do país, 3,5% menos que no mesmo período da temporada 2017/18.
"O etanol ainda está melhor, mas nem todas as usinas têm a possibilidade de flexibilizar a produção para ampliar de forma expressiva a aposta no etanol", ponderou Alexandre Assis, gerente de contas-chave América do Sul da americana AGCO. "Quem pode está ampliando ao máximo a produção do biocombustível em detrimento do açúcar, mas essa não e a realidade de todas as usinas".
Como a empresa direciona quase toda a produção de colhedoras de cana ao mercado interno, está mais cautelosa. "Esperamos que o mercado fique estável em 2019, o que ainda está longe do potencial, uma vez que as vendas já somaram 1,4 mil unidades em 2013", disse Assis. Para ele, a demanda interna deverá começar a melhorar apenas em 2020.
A AGCO produz colhedoras de cana com a marca Valtra em Ribeirão Preto (SP). No ano passado, fabricou apenas três unidades, ante 28 em 2017, e vendeu 20, quatro a mais que em 2017. Assis destacou, entretanto, que o tempo de renovação da frota para a cultura é mais curto do que em lavouras como as de grãos. "Na cana, devido ao alto período de uso, a renovação ocorre em três anos. Na soja, são cerca de dez anos", disse.
Nesse cenário, mostram os dados da Anfavea, a produção de colhedoras de cana no Brasil, liderada pela John Deere, diminuiu 5,4% em 2018, para 982 unidades.
Na avaliação de Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea, o segmento sucroalcooleiro teve um 2018 difícil devido a questões climáticas e de preços, especialmente do açúcar, o que deverá levar as usinas a repensar suas estratégias.
Miguel Neto está entre os que acreditam que a demanda por colhedoras deve melhorar em 2019. "Isso vai depender de uma série de fatores, como a confiança do produtor, o equilíbrio entre os estoques e preços de açúcar e de políticas públicas. Mas estamos otimistas".
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Fonte: Valor Econômico
5. Robôs no campo: como a tecnologia afeta a agricultura
São cada vez mais frequentes as notícias de que máquinas inteligentes estão corroendo empregos em todo o mundo. Estudos recentes antecipam que a metade de todas as atividades desempenhadas hoje por trabalhadores poderá ser automatizada até 2050. Isso equivaleria a deslocamentos na força de trabalho sem precedentes na história da humanidade.
A boa notícia é que o mercado de trabalho seguirá evoluindo e certamente veremos a criação de novas oportunidades e novos tipos de ocupação no futuro. Empregos vão se deslocar para regiões, faixas etárias e indivíduos que adquirirem novos atributos e competências. Nesse mesmo sentido, a demanda por trabalhadores que precisem suportar longas horas de trabalho físico ou de esforço repetitivo e exaustivo deverá se reduzir.
As mudanças esperadas no mundo do trabalho terão enorme impacto no futuro da produção de alimentos. Em 2050, sete em cada dez pessoas viverão nas cidades e já vemos agora a mão de obra tornar-se escassa no campo. Portanto, máquinas e equipamentos deverão se tornar imprescindíveis para garantir a segurança alimentar no futuro. E a automação digitalmente pilotada trará ganhos importantes em eficiência e precisão, ajudando a agricultura a superar práticas pouco sustentáveis.
Os avanços em inteligência artificial (IA) já estão permitindo o surgimento de máquinas capazes de executar tarefas sem envolvimento ou orientação humana direta. Já vemos o surgimento de robôs projetados para executar tarefas complexas de forma autônoma, com velocidade e precisão. Tais máquinas poderão em breve povoar o campo, monitorando o desenvolvimento de lavouras e criações, medindo performance e detectando deficiências nutricionais, ocorrência de pragas, escassez hídrica, impactos ambientais, entre muitas outras tarefas.
Neste momento, não é demais imaginar drones ou robôs, munidos de sensores sofisticados e sistemas inteligentes, capazes de percorrer ou sobrevoar lavouras levando defensivos a serem aplicados de forma autônoma, precisa e em baixos volumes sobre plantas daninhas, insetos-praga ou partes das plantas atacadas por doenças. Tal avanço reduzirá drasticamente muitos riscos relacionados ao uso de agroquímicos nas lavouras, pois volumes extremamente baixos e aplicação direcionada e precisa tornarão possíveis utilizar a quantidade correta, apenas no local requerido, no momento mais adequado.
Esses poucos exemplos representam a ponta do iceberg no processo de mudanças que ocorrerá no campo, cada vez mais dominado pela digitalização e pela automação. Uma nova força de trabalho adaptável a essa nova realidade precisará ser formada. Por isso, é prudente que os países invistam agora no preparo de suas forças de trabalho, com especial ênfase na capacitação dos seus trabalhadores, em substituição à prática mais comum, que é a proteção de empregos apenas.
O futuro exigirá, por exemplo, sofisticação das políticas fiscais e trabalhistas, que precisarão criar condições que estimulem as empresas a contratar e manter trabalhadores qualificados e bem treinados, que custam mais caro. Além disso, será preciso aprimorar as capacidades desse contingente de forma contínua.
Tais mudanças exigirão pessoas capazes de fazer bom uso dos mais nobres atributos humanos: a inteligência e a criatividade. E poderão também fazer aflorar mais empatia, humanidade e sensibilidade no mundo do trabalho, qualidades que nos diferenciam e que dificilmente serão incorporadas pelas máquinas.
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Fonte: Revista Globo Rural
6. Ministra defende irrigação e retorno de desconto na eletricidade de produtores rurais
Em visita à Usina Japungu, em Santa Rita, na Paraíba, onde se reuniu neste sábado (16) com produtores do setor sucroalcooleiro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu que o Congresso Nacional discuta o decreto assinado pelo ex-presidente Michel Temer, em 28 de dezembro do ano passado, que vai acabar com os descontos para produtores rurais no pagamento das contas de energia elétrica.
A ministra disse que ouviu queixas do setor produtivo durante toda a sua visita ao Nordeste. Tanto os pequenos produtores quanto os grandes reclamaram de altos custos da energia, nos quatro estados por onde a ministra passou: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Tereza Cristina disse que foi convidada a debater o assunto na próxima semana com a liderança do governo na Câmara dos Deputados, onde ela soube que já está havendo uma mobilização contra o fim dos descontos na conta de luz.
“O decreto vai contra tudo o que estamos discutindo com o setor produtivo”, disse a ministra aos produtores da Paraíba. Ela explicou, no entanto, que os parlamentares terão de tratar da questão diretamente com a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem cabe dar a palavra final sobre o tema.
O decreto de Michel Temer determinou a redução dos descontos para produtores rurais em 20% ao ano, até chegar a zero daqui a cinco anos. Atualmente o setor produtivo tem uma redução nas tarifas que varia de 10% a 30%. Os agricultores argumentam que os altos preços da energia impactam muito o custo da produção.
A ministra afirma que ouviu reclamações em todas as reuniões, tanto dos pequenos agricultores que plantam acerola orgânica no projeto Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba, no Piauí, por exemplo, quanto dos produtores do setor de açúcar e álcool da Paraíba.
Na reunião com o setor, Tereza Cristina defendeu também que o Ministério da Agricultura tenha um programa nacional de irrigação para o campo, de forma a tentar melhorar o abastecimento de água para os produtores do Nordeste. Hoje, os programas de irrigação estão vinculados ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
Ela também defendeu o projeto RenovaBio, a política para biocombustíveis que está sendo implementada no Brasil, e disse que vai estudar como fazer a cultura do algodão voltar a crescer novamente no Nordeste.
Política de fomento
Um dos objetivos, segundo Tereza Cristina é unificar as ações voltadas para a irrigação, atualmente dispersas em diferentes órgãos do governo. “Precisamos ter uma política de fomento da irrigação”, defendeu.
A ministra disse estar entusiasmada com “inciativas exitosas” que conheceu na região, nesses dias. E argumentou que a água precisa ser destinada à produção, para torná-la eficiente e competitiva e proporcionar qualidade de vida aos nordestinos.
“Para ocupar o potencial que o Brasil tem de crescimento no cenário internacional, precisamos ser mais agressivos e competitivos”, afirmou. Acompanhada do presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, disse que o conhecimento, a tecnologia, precisam sair das academias e chegar ao campo. “Vamos deixar a vaidade de lado, trabalhar para democratizar o acesso à ciência”. Como ministra, destacou que quer dar sua contribuição para que isso aconteça.
Projetos de sucesso
Tereza Cristina disse que percorrerá no fim de março estados da região Nordeste não contemplados na atual viagem, para elaborar uma política a ser lançada até junho para o semiárido e para toda a região, o que será feito conjuntamente com outros ministros.
“Conheci muitos projetos de sucesso que podem ser replicados e outros que precisam de apoio para deslanchar. É disso que vamos tratar em Brasília, com colegas, como o Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), porque água é um assunto importante aqui e isso é com ele”.
Gotejamento subterrâneo
A usina Japungu em Santa Rita é conhecida por utilizar a irrigação por gotejamento subterrâneo no cultivo da cana-de-açúcar. Com o uso desse sistema israelense, a propriedade passou a ter produtividade média de 112 toneladas de cana por hectare, nos 3.550 hectares onde funcionam as canalizações de água.
No restante da fazenda, onde não há irrigação, o rendimento médio é de 45 toneladas por hectare. “A diferença impressiona e faz com que a cada ano a expansão das canalizações seja da ordem de 800 hectares”, explica o responsável pelo sistema de irrigação, Alexandre Guerra.
O método consiste em uma rede de mangueiras enterrada no solo. A cada 50 centímetros, gotejadores liberam a água já com doses de adubo. A durabilidade da rede é de 15 anos. Gastar 40% menos de água e 30% menos de energia, além de ampliar a produtividade, é uma das vantagens desse método de irrigação.
A matriz da empresa destina 60% da cana cultivada para a fabricação de álcool e os outros 40% são transformados em açúcar. A proporção é explicada pelo recuo dos preços do açúcar ocorrido no mercado internacional. A Japungu tem índice alto de mecanização, mas, mesmo assim, emprega 3 mil funcionários, número que aumenta na época de safra.
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Fonte: Ministério da Agricultura/NovaCana
Proteína Animal
7. Minerva faz roadshow de olho em IPO
A brasileira Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, intensificou as conversas com investidores para a oferta inicial da ações (IPO, na sigla em inglês) da Athena Foods, subsidiária que reúne suas operações fora do Brasil, na bolsa de Santiago, no Chile.
Executivos da Minerva aproveitaram a passagem por Dubai, onde ocorre a feira de alimentos Gulfood, para realizar um roadshow com investidores do Oriente Médio e da Ásia, apurou o Valor. A Minerva mantém boas relações no Oriente Médio. A Saudi Agriculture and Livestock Investment Company (Salic), gestora do Reino da Arábia Saudita, é a maior acionista da Minerva, com 32,9% das ações.
No roteiro, que incluiu cerca de 20 reuniões, estiveram Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e Cingapura. Conforme anunciado, a Minerva pretende abrir o capital da Athena Foods até abril. A intenção da companhia brasileira é vender até 25% do capital da Minerva, obtendo entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhões.
O objetivo da Minerva Foods com o IPO da subsidiária é reduzir o endividamento e ampliar a produção da Athena na Argentina, com a abertura de frigoríficos. No ano passado, a empresa brasileira faturou cerca de R$ 16 bilhões. A Athena representa cerca de 40% desse total.
Notícia na ítnegra
Fonte: Valor Econômico
8. Frigoríficos buscam atalhos para vender ao Irã
Para contornar os obstáculos criados pelas sanções econômicas dos Estados Unidos ao Irã, os frigoríficos brasileiros lançam mão de diferentes - e criativas - estratégias para acessar o mercado de carne bovina do país do Oriente Médio. A engenharia, que inclui a exportação de carne bovina por via indireta, sobretudo por rodovias pela Turquia, coloca o Irã como um dos mais relevantes destinos do produto brasileiro, com participação expressiva dos grandes frigoríficos nesse comércio.
Estimativas do setor privado obtidas pela reportagem mostram que as companhias brasileiras já estão exportando mais carne bovina ao Irã por via indireta do que diretamente. No mês passado, quase 4,5 mil toneladas enviadas à Turquia, Omã e Emirados Árabes Unidos tiveram o Irã como destino final. "A despeito das dificuldades, é um mercado que está bombando", disse um executivo que não quis se identificar devido à sensibilidade do tema.
Na prática, o Irã responde por mais de 7% das exportações brasileiras de carne, que em janeiro totalizaram US$ 457 milhões. Somados os embarques indiretos e diretos que constam nos dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques ao país persa ultrapassaram 8,5 mil toneladas em janeiro. Com isso, o Irã empata com os europeus como o quinto maior cliente do Brasil nessa frente.
Em dezembro passado, segundo mês após a entrada em vigor das sanções americanas, concentradas no sistema financeiro e no transporte marítimo, o efeito foi ainda maior. Naquele mês, o Irã foi o terceiro maior cliente - só atrás de China e Hong Kong -, respondendo por cerca de 15% das vendas. No período, foram mais de 15 mil toneladas de carnes enviadas ao Irã, sendo dois terços do volume vendido por via indireta.
De acordo com um empresário consultado pelo Valor em Dubai, durante a Gulfood (feira de alimentos voltada ao Oriente Médio), a exportação indireta é uma das maneiras de "driblar" a imensa burocracia imposta a quem pretende exportar para o Irã. Mas não só. Embora o comércio de alimentos não seja alvo das sanções econômicas dos EUA, os armadores estão mais resistentes e encareceram o frete para restringir a relações com o Irã, afirmou outra fonte. Nesse cenário, a exportação indireta surge como alternativa.
A menor disposição dos armadores marítimos não é o único entrave para vender ao Irã. No Brasil, praticamente nenhum banco realiza operações de câmbio que tenham como lastro a exportação ao Irã. Segundo dois empresários consultados pelo Valor em Dubai, somente os bancos Paulista e Máxima - principalmente o primeiro - realizam a operação.
Em busca de atalhos para contornar as sanções dos EUA e alavancar as exportações de carne bovina do Irã, a reportagem também apurou que os frigoríficos brasileiros receberam com entusiasmo, no ano passado, uma sondagem feita por emissários chineses. A proposta, que acabou não prosperando, era que a China importasse petróleo do Irã. Parte do pagamento seria feita com carne brasileira.
Procurado, o embaixador do Brasil em Teerã, Rodrigo de Azeredo Santos, reconheceu, em entrevista por telefone, que há mais dificuldades para exportar ao Irã. O embaixador disse que chegou a tratar com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre o tema, buscando explicar que o relacionamento com o Irã não está proibido nas áreas de alimentos, insumos hospitalares e medicamentos e que, portanto, os bancos poderiam atuar. "Mas os grandes bancos têm relacionamento muito intenso com os bancos americanos", disse ele, explicando as razões pelas quais as instituições financeiras evitam contratos ligados ao Irã.
De acordo com Azeredo, desde que seguida todas as regras de compliance exigidas - com segurança jurídica para os armadores -, é viável exportar aos iranianos. "Há muito desconhecimento, mas é possível vender", acrescentou. Como argumento de que a área de alimentos está livre das ações, o embaixador citou que, no ano passado, os Estados Unidos obtiveram uma receita de US$ 400 milhões na exportação de soja e equipamentos médicos para o Irã.
O diplomata também fez questão de destacar a importância do Irã para a balança comercial. Segundo ele, o país persa dá ao Brasil seu quinto maior superávit comercial, atrás de China, Argentina, Países Baixos e Hong Kong. A maior parte das vendas feitas ao Irã é de produtos do agronegócio. No ano passado, milho (US$ 1 bilhão), soja (US$ 511 milhões) e carne bovina (US$ 328 milhões) foram os principais produtos exportados pelo Brasil ao Irã.
Considerando apenas as vendas diretas, o agronegócio brasileiro obteve US$ 2,2 bilhões com as exportações para o Irã em 2019, de acordo com dados da Secex compilados pelo Ministério da Agricultura. Segundo estimativa do embaixador do Brasil em Teerã, a receita com as exportações indiretas ao país persa renderam outros US$ 2 bilhões ao país. Se depender do otimismo dos frigoríficos brasileiros, esse montante será ainda maior este ano.
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Fonte: Valor Econômico
9. SNA: Guedes está sensível a demandas de produtor de leite após fim de tarifa
O ministro da Economia, Paulo Guedes, está "sensível" às demandas de produtores brasileiros preocupados com o fim da tarifa antidumping sobre o leite importado da Europa e Nova Zelândia, afirmou Alberto Figueiredo, diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). Guedes participou na sexta-feira (15/2) de um almoço na sede da SNA, ao lado do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O evento, que comemorava os 122 anos da SNA, no Rio, não estava previsto na agenda oficial do ministro.
"O presidente da SNA (Antonio Melo Alvarenga Neto) e ele (Guedes) conviveram muitos anos juntos em diversas entidades educacionais e universitárias. De modo que são muito amigos pessoais", contou Figueiredo. O diretor da SNA disse que o assunto da tarifa sobre a importação de leite esteve em pauta durante uma reunião esta semana no Ministério da Agricultura, em que participaram os ministros Paulo Guedes, Tereza Cristina, da Agricultura, e Onyx Lorenzoni, da Casa Civil.
Agora vimos um fato inusitado, que é a união dos ministros em torno da solução dos problemas. Essa semana tivemos uma reunião no Ministério da Agricultura com o ministro Paulo Guedes, a ministra Teresa Cristina e o Onyx Lorenzoni, todos juntos tentando resolver o problema da crise da importação de leite. Então estamos em tempos novos, e a SNA viveu esses 122 anos para assistir a essa novidade, a esse Brasil de hoje", relatou Figueiredo.
O diretor da entidade agrícola afirmou que o ministro Guedes prometeu ajuda ao setor para o fim do impasse em torno de questões que preocupam o setor, como a crise em torno da tarifação do leite. "Sem dúvida nenhuma, (ele) está absolutamente sensível a todas as causas, inclusive com a sensibilidade de voltar atrás em algumas decisões que já haviam sido tomadas, como, por exemplo, a suspensão da tarifa de antidumping do leite vindo da Europa e da Nova Zelândia", declarou a jornalistas após o evento da SNA.
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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural
Agroenergia
10. Lucro da Raízen Energia subiu 152% no 3º trimestre de 2018/19
A Raízen Energia teve lucro líquido de R$ 447,3 milhões no 3º trimestre da safra 2018/19, um crescimento de 152% na comparação com o mesmo período da temporada passada, apesar do desempenho mais fraco com o negócio de açúcar e etanol.
Com a incorporação dos resultados da trading de energia WX e com um forte desempenho de trading de derivados, a receita da companhia alcançou R$ 5,7 bilhões no trimestre, ante R$ 3,3 bilhões um ano antes, uma alta de 74,3%.
A receita com vendas de açúcar, porém, recuou 57%, para R$ 565,1 milhões, enquanto as vendas de etanol renderam R$ 2,5 bilhões, avanço de 47%.
Em compensação, as atividades de trading de energia e de derivados também resultaram em forte aumento dos custos com vendas, que dobrou na comparação anual, para R$ 5,2 bilhões.
Também cresceram os custos dos produtos sucroalcooleiros, já que a quebra da safra de cana impediu sua diluição e ainda houve valorização do diesel no período. Dessa forma, o custo em açúcar equivalente aumentou 13%, para R$ 680 por tonelada.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cedeu 6%, para R$ 842 milhões, refletindo os menores preços e volumes do açúcar vendido no trimestre.
O resultado líquido foi favorecido por uma redução de 55% na despesa financeira no trimestre, para R$ 49,6 milhões, devido à queda do dólar no período. Apenas a variação cambial diminuiu o saldo líquido das despesas financeiras em R$ 89,3 milhões.
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Fonte: Valor Econômico
11. Grupo de açúcar Tereos obtém ‘alívio financeiro’ até 2022
O grupo francês de açúcar Tereos, que foi atingido por uma queda no mercado do adoçante, informou nesta segunda-feira que conseguiu um empréstimo que deve lhe dar algum alívio financeiro enquanto espera por uma recuperação nos preços da commodity.
Em dezembro, a Tereos – que na temporada passada se tornou a segunda maior fabricante de açúcar do mundo – reportou um prejuízo semestral de 100 milhões de euros (113 milhões de dólares) e disse que espera estar no vermelho em todo o ano financeiro pelo segundo ano consecutivo.
Os contratos futuros do açúcar bruto encerraram o ano de 2018 em seu menor patamar em 10 anos, pressionados pelo forte excesso de oferta global.
A União Europeia liberalizou seu mercado de açúcar em setembro de 2017, pondo fim a um sistema de preços mínimos garantidos e cotas de produção protegidas. Isso deu aos produtores mais liberdade para se expandir e exportar, mas o pior cenário emergiu, com os produtores da UE expostos aos baixos preços mundiais.
A Tereos disse que garantiu um empréstimo de 250 milhões de euros que expira em 2022 e quitará metade de seu bônus de 500 milhões de euros com vencimento em março de 2020 com um ano de antecedência.
O empréstimo está sendo fornecido por BNP Paribas, Natixis e Rabobank, informou a Tereos em comunicado. “Isso nos permite ganhar tempo para ver como as coisas evoluem no mercado de açúcar”, disse um porta-voz da Tereos.
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Fonte: Reuters/Nova Cana
12. Setor de cana se recupera em AL depois de registrar pior safra da história devido à seca
A seca dos últimos anos afetou a produção de cana-de-açúcar em Alagoas. É a principal cultura do estado. Mas, agora, produtores e usinas registram uma recuperação.
A Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas estima que devem ser moídas cerca de 16 milhões de toneladas de cana nesta safra. Um crescimento de 16% em relação à anterior.
Esse acréscimo representa um aumento de 1,2 milhão de toneladas de açúcar e quase 500 milhões de litros de etanol.
A cana responde por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano. Com a estiagem prolongada, a última safra foi considerada a pior da história. Foram moídas apenas 13 milhões de toneladas, prejudicando a economia local.
Os fatores climáticos contribuíram para a recuperação do setor e as 15 usinas do estado participaram da moagem deste ciclo. Em uma delas, em Coruripe, litoral Sul, devem ser beneficiadas 900 mil toneladas, um crescimento de quase 30%. A usina funciona em sistema de cooperativa.
"Nós contamos com um clima melhor. A cooperativa também estimulou o cooperado a renovar o canavial, e ele tem respondido a isso. Este ano, a gente deve fechar a safra com uma média em torno de 60 toneladas por hectare. Isso, anos atrás, ficava abaixo de 50 toneladas", diz Klécio Santos, presidente da cooperativa.
"A gente só tinha tido índices negativos nos últimos anos. Agora, nós estamos numa curva de ascendência. Nós estamos numa recuperação. Nós ainda somos o maior produtor de cana do Nordeste", afirma Edgar Filho, presidente da associação.
A moagem de cana no Nordeste termina em abril.
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Fonte: NovaCana/Globo Rural
Grãos e Grandes Culturas
13. Café: Incidência de ferrugem na safra pode reduzir produção em até 35%
A ferrugem do cafeeiro pode reduzir a produção do Brasil em até 35%, alertam pesquisadoras do Instituto Agronômico (IAC) e do Instituto Biológico (IB), ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Segundo as pesquisadoras Angelica Prela Pantano, do IAC, e Flávia Rodrigues Alves Patrício, do IB, a doença está amplamente distribuída em todas as regiões produtoras de café no País.
"Nos levantamentos realizados na safra de 2018/19, causam preocupação as elevadas incidências de ferrugem já em janeiro nas regiões de Campinas, Franca e Caconde. Foi observada a doença, nas áreas sem tratamento, em 44,4% das plantas da cultivar catuaí, em Campinas, em 32% da cultivar mundo novo, em Franca, em de 33% e 53% nas cultivares catuaí e mundo novo, respectivamente, em Caconde," diz a nota divulgada pelo IAC.
"Este ano a doença está muito agressiva em virtude do clima, com altas temperaturas e chuvas desuniformes. Foi muita chuva em novembro e pouca em dezembro, quando esquentou muito", afirma Angélica. Essas condições favorecem a disseminação da ferrugem.
Os volumes das chuvas de janeiro foram menores que os esperados em algumas regiões de São Paulo, mas as temperaturas médias mínimas foram maiores do que a média histórica, algo favorável para a doença.
As pesquisadoras dizem que o calor de janeiro pode ter ajudado a conter o progresso da doença, mas alertam que ela pode ressurgir com o clima mais favorável. A orientação é que produtores reduzam o intervalo entre as aplicações de fungicidas se as condições ficarem favoráveis novamente à ferrugem. "Fazemos essa recomendação especialmente considerando que os uredosporos da ferrugem são bastante resistentes a condições climáticas adversas e que as folhas contendo lesões de ferrugem podem permanecer no campo", diz Flávia.
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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural
14. Embrapa lança duas novas cultivares de uva adaptadas ao Sul do país
A Embrapa Uva e Vinho lançou duas novas cultivares de uva adaptadas ao clima temperado do Sul do país: a BRS Melodia, uva rosada de mesa sem sementes, e a BRS Bibiana, para elaboração de vinho branco, com alto grau de açúcar, resistente a doenças e alta produtividade (potencial de 25 toneladas por hectare). Segundo a Embrapa, quando comparadas a outras variedades com a mesa finalidade, ambas demandam menor quantidade de insumos para o controle de doenças.
A BRS Melodia é uma cultivar de uva híbrida, com boa tolerância a doenças da videira, como o míldio e o oídio. Com coloração rosada intensa, a cultivar foi criada especialmente para consumo in natura, com sabor de tutti-frutti. Quanto à textura, é uma uva crocante e de casca fina. Segundo os pesquisadores da Embrapa, a BRS Melodia se adaptou muito bem à Serra Gaúcha sob cobertura plástica, região onde esse tipo de cultivo tem crescido.
A cultivar de uva branca, BRS Bibiana, é geneticamente resistente às podridões dos cachos, pois eles não são compactos, o que demanda menos tratamentos fitossanitários. O nível de açúcar na maturação é elevado (em torno de 21° Brix) com acidez entre 100 e 120 mEq/litro, características com potencial de elaboração de vinhos que remetem àqueles obtidos a partir de uvas europeias. A nova cultivar se adapta melhor ao clima subtropical úmido da região da Serra Gaúcha.
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Fonte: Revista Globo Rural
15. Colheita de soja atinge 36% da área plantada no Brasil em 2018/19, diz AgRural
A colheita da safra 2018/19 de soja atingiu 36% da área cultivada no Brasil até quinta-feira (14/2), disse a consultoria AgRural, em levantamento semanal. Os trabalhos avançaram 10 pontos porcentuais ante a semana anterior e continuam adiantados ante os 17% observados em igual período do ano passado e os 19% da média de cinco anos.
"Embora a colheita da safra 2018/19 continue com ampla vantagem sobre o ano passado e a média histórica, ela perdeu um pouco de ritmo em algumas áreas devido às chuvas registradas em boa parte do país na semana passada," disse a AgRural, que lembrou que as chuvas foram benéficas em áreas que estão enchendo grãos, como o Rio Grande do Sul e os Estados do Matopiba (acrônimo formado com as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
O Estado em que a colheita está mais avançada é Mato Grosso, com 71% da área. Em seguida, aparecem Goiás (52%) e Paraná (38%). "Os únicos Estados que ainda não aparecem na tabela de colheita, por conta de seu calendário mais tardio, são Rio Grande do Sul e Piauí," diz a consultoria.A AgRural projeta a produção brasileira de soja em 112,5 milhões de toneladas na safra 2018/19. Em março, haverá uma nova revisão da estimativa de produção, que já foi cortada em 4,4 milhões de toneladas no início de fevereiro.
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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural