Clipping Agribusiness | 20 de agosto
- Por: Juliane
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Conjuntura do Agronegócio
1. FGV: IGP-M aponta deflação de 0,68% na 2ª prévia de agosto
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,68% na segunda prévia de agosto, depois de apontar inflação de 0,53% no mesmo período do mês anterior.
Com peso de 60% no indicador geral, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que reflete a variação de valores no atacado, passou de uma alta de 0,62% na segunda prévia de julho para uma queda de 1,11% no mesmo período de agosto. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais caíram 0,67%, após alta de 0,11% em julho. A maior contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,58% para -4,04%.
O índice referente aos Bens Intermediários caiu 0,97%, queda maior do que a de 0,63% observada na segunda leitura de julho. O destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,27% para -1,07%.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas foi de 2,60% em julho para -1,76% em agosto. Contribuíram para o movimento do grupo os seguintes itens: minério de ferro (11,34% para -4,25%), milho em grão (3,62% para -2,62%) e suínos (7,84% para -8,44%). Em sentido oposto, destacam-se os itens aves (-2,14% para 3,33%), leite in natura (-5,41% para -1,49%) e laranja (-7,59% para 0,92%).
Com peso de 30% no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,21% na segunda leitura de agosto, após alta de 0,10% no mesmo período do mês anterior. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Habitação (0,42% para 0,78%).
Nessa classe de despesa, cabe mencionar o item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,56% para 3,85%
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (-0,63% para -0,12%), Comunicação (0,02% para 0,15%) e Vestuário (-0,28% para -0,22%). Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (-2,32% para -0,92%), tarifa de telefone residencial (0,00% para 0,73%) e calçados (-0,54% para 0,06%).
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,20% para -0,25%), Alimentação (0,17% para 0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,36% para 0,34%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,13%).
Nessas classes de despesa, os maiores recuos foram observados nas taxas de passagem aérea (11,40% para -11,16%), hortaliças e legumes (2,01% para -5,32%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,70% para 0,25%) e alimentos para animais domésticos (1,27% para -0,24%).
Com os 10% restantes do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,15% na segunda medição de agosto, menor do que a alta de 0,93% no mesmo período de julho. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (-0,19% para 0,20%), Serviços (0,14% para 0,27%) e Mão de Obra (1,83% para 0,10%).
Foram comparados os preços coletados no período de 21 de julho a 10 de agosto com os do período de 21 de junho a 20 de julho.
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Fonte: Valor Econômico
2. Balança tem superávit de US$ 701 milhões na terceira semana de agosto
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 701 milhões na terceira semana de agosto, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, nesta segunda-feira (19). O valor resulta de exportações de US$ 3,988 bilhões e importações de US$ 3,288 bilhões. Em agosto, o saldo positivo da balança soma US$ 1,222 bilhão e, no ano, US$ 29,697 bilhões.
A média diária das exportações até a terceira semana de agosto caiu 11,2%, se comparada com o mesmo mês de 2018, para US$ 797,7 milhões. As vendas de manufaturados (-24,9%) e básicos (-4,8%) puxaram o desempenho ruim. No primeiro grupo, os destaques foram as retrações em embarques de tubos flexíveis de ferro e aço, centrifugadores e aparelhos para filtrar ou depurar, laminados planos de ferro/aço, automóveis de passageiros e veículos de carga. Entre os básicos, a queda foi liderada por minério de cobre, soja em grãos, farelo de soja, petróleo em bruto, carnes bovina e de frango.
Em contrapartida, a venda de semimanufaturados subiu 20,6% para US$ 110,8 milhões, por conta de semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, alumínio em bruto, açúcar de cana em bruto e ferro fundido bruto.
A média diária de importações, nas três primeiras semanas de agosto, de US$ 730,7 milhões, caiu 10,5% sobre agosto do ano passado. Nesse comparativo, reduziram-se os gastos, principalmente, com cobre e suas obras (-49,8%), combustíveis e lubrificantes (-35,5%), veículos automóveis e partes (-28,9%), adubos e fertilizantes (-16,7%) e cereais e produtos da indústria da moagem (-14,1%).
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Fonte: Valor Ecoonômico
3. Segurança alimentar melhorará na próxima década
É provável que as previsões de maiores rendas e preços mais baixos se traduzam em melhores perspectivas de segurança alimentar para 76 países de baixa e média renda entre hoje e 2029, segundo um novo relatório do Economic Research Service (ERS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em seu relatório, ”International Food Security Assessment, 2019-2029,” o ERS projetou que a parcela da população com insegurança alimentar cairia para 9,2% em 2029, de 19,3% em 2019, e o número de pessoas com insegurança alimentar cairia 45%, para 399 milhões de 782 milhões.
O ERS também disse que a lacuna alimentar, que é a quantidade de alimentos necessária para permitir que todas as pessoas com insegurança alimentar atinjam a meta calórica de 2.100 calorias por pessoa por dia, deverá cair para 21,9 milhões de toneladas de 33,5 milhões de toneladas. As descobertas do ERS são baseadas nos resultados do seu modelo de Avaliação Internacional de Segurança Alimentar, que a agência descreve como "um quadro orientado pela demanda que inclui informações sobre preços domésticos e capacidade de resposta do consumidor a mudanças nos preços e rendimentos".
O relatório avaliou indicadores de segurança alimentar para 76 países de baixa e média renda agrupados em quatro regiões: África Subsaariana (39 países), Norte da África (4), América Latina e Caribe (11) e Ásia (22). O ERS disse que mais de 50% das populações foram estimadas como insegurança alimentar em 2019 em 14 dos 76 países examinados. O Haiti foi considerado o país com mais insegurança alimentar no hemisfério ocidental, com 47% de sua população declarada como tendo insegurança alimentar, informou a ERS.
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Fonte: Agrolink
Insumos
4. Justiça anula acordos e condenações judiciais por terceirização ilegal
Empresas têm conseguido na Justiça anular condenações e acordos firmados com o Ministério Público do Trabalho (MPT) que tratam de terceirização. As decisões têm como fundamento o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou lícita essa forma de contratação e as leis de terceirização (nº 13.429, de 2017) e da reforma trabalhista (nº 13.467, de 2017).
Antes das novas leis e da decisão do STF, as empresas eram frequentemente condenadas na Justiça do Trabalho, em valores milionários. Os juízes aplicavam aos casos a Súmula nº 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que proibia a terceirização da atividade-fim — a parte essencial do negócio.
Recentemente, porém, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas -15ª Região decidiu anular acordo judicial firmado com o MPT e a Usina Santa Isabel e Santa Luiza Agropecuária, situadas em Novo Horizonte, no interior de São Paulo (processo nº 0010488-92.2018.5.15. 0049). O acordo foi fechado depois de a empresa ser condenada a pagar R$ 1,3 milhão por terceirização considerada ilícita. As empresas assumiram o compromisso de não terceirizar a colheita de cana, bem como não reduzir o intervalo de refeição dos seus empregados para menos de uma hora.
O advogado da usina e da agropecuária, Renato Serafim, do Ilario Serafim Advogados, afirma que mesmo com o advento da reforma trabalhista, as empresas permaneciam impedidas de terceirizar suas atividades- fins ou de reduzir o intervalo de refeição, por conta do acordo firmado na ação civil pública com o MPT.
Enquanto suas concorrentes, submetidas às leis atuais podiam investir na terceirização, acrescenta, “a empresa [usina] estava engessada, perdendo competitividade no mercado”. Com o fim do acordo, segundo o advogado, poderá terceirizar a colheita mecanizada, que exige equipamentos de alta tecnologia. “Agora, a empresa poderá expandir sua atividade principal de cultivo de cana de açúcar e gerar novas oportunidades de negócios e empregos na região.”
Em tese, segundo o advogado, todas as empresas que firmaram acordos com o MPT estão obrigadas a cumprir os termos previstos no texto, ainda que a legislação atual permita a terceirização ampla. Antes de tentar a revisão do acordo na Justiça, o advogado afirma que entrou em contato com o procurador do caso em Araraquara, que se negou a rever o acordo.
Em Minas Gerais, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já deu pelo menos quatro decisões para rever condenações praticamente definitivas, pouco antes da fase de pagamento (execução). Nesses casos, as companhias têm usado um instrumento processual previsto nos parágrafos 12 e 14 do artigo 525 do novo Código de Processo Civil (CPC), de 2015, chamado de exceção de pré-executividade, que possibilita a anulação de título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional.
Como na época em que o Supremo julgou o tema da terceirização (RE 958.252 e ADPF 324), em agosto de 2018, ainda não havia sido emitida a certidão de trânsito em julgado (quando não cabe mais recurso) , os advogados decidiram entrar com pedidos para anular as condenações, o que tem sido confirmado pelo tribunal.
Em um dos casos, uma instituição financeira, ligada a uma rede de supermercados, conseguiu se livrar do pagamento de R$ 175 mil a uma trabalhadora. O processo foi movido por uma ex-funcionária que oferecia o cartão de crédito do banco para os clientes da rede de supermercados. Ela alegou que era ilicitamente terceirizada e na verdade trabalhava para a instituição financeira como correspondente bancária.
Em primeira e segunda instâncias, a terceirização foi considerada ilícita. Foi reconhecido o vínculo de emprego com o banco e determinado o pagamento de horas extras pelo fato de a jornada de bancário ser menor, de cinco horas. Ela cumpria oito horas. A decisão foi mantida no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Contudo, como o julgamento do Supremo ocorreu no dia 30 de agosto de 2018 e a certidão de transito em julgado (quando não cabe mais recurso) no caso só foi emitida no dia 22 de fevereiro deste ano, a 7ª Turma do TRT foi unânime ao entender pela anulação da condenação, mantendo o entendimento proferido pelo juiz Jésser Gonçalves Pacheco, da 5ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte (agravo de petição nº 0010226-84.2016.5.03.0005)
Na decisão, a relatora, desembargadora Cristiana Maria Valadares Fenelon, destaca que a jurisprudência no TRT mineiro tem caminhado neste sentido. Ela cita mais três decisões recentes que reverteram condenações.
Segundo os advogados que assessoram a instituição financeira no processo, Caio Madureira e Rodrigo Macedo, do Tortoro, Madureira e Ragazzi Advogados, “a decisão é de extrema importância” porque é de um tribunal que historicamente entendia pela ilicitude da terceirização. “Por isso, comemoramos a decisão”, diz Madureira.Procurado pelo Valor, o advogado da ex-funcionária, Wagner Santos Capanema, informou que ainda está analisando a decisão para avaliar se vai recorrer.
Na opinião do procurador Paulo Joarês, coordenador nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho do MPT, nas ações em que a sentença não transitou em julgado há aplicação imediata do entendimento do STF. Mas, acrescenta, é prudente que a Justiça do Trabalho aguarde a finalização do julgamento. “Até esse momento sequer ocorreu a publicação do acórdão”, diz. Isso porque, em muitos casos, segundo Joarês, será necessário fazer a distinção entre o precedente do STF e as situações dos processos.
Sobre a revisão de acordos, o procurador afirma que é preciso avaliar com cuidado cada caso. “Em muitos deles poderá ser adequado substituir as obrigações previstas, para ajustá-los ao teor da nova lei”. Ele destaca que “é preciso observar tanto os limites da decisão do STF, que discutiu apenas possibilidade de terceirizar qualquer atividade, como prestação de serviços entre empresas, mas não legitimou fornecimento de mão de obra, bem como os requisitos da Lei nº 6019/74, que exige uma efetiva transferência de atividades de uma empresa para a outra, a qual deve ter autonomia operacional, capacidade econômica e dirigir o trabalho de seus empregados com exclusividade”.
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Fonte: Valor Econômico
5. Indenizações ligadas ao programa de seguro rural somam quase R$ 1 bi
O Ministério da Agricultura informou que as indenizações no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), cujos prêmios são subsidiados pelo governo, somaram R$ 925 milhões no ano passado.
Segundo a Pasta, os principais eventos que prejudicaram as lavouras dos produtores foram a seca, que demandou o pagamento de cerca de R$ 660 milhões, e a ocorrência de granizo, que exigiu indenizações de R$ 201 milhões.
“O cálculo dessas indenizações abrange as contratações de apólices do PSR, equivalentes a 45% de todas as operações de seguro rural contratadas em 2018 nas modalidades passíveis de subvenção”, informou o ministério. Do total de recursos pagos pelas seguradoras, 36% foram para os produtores do Paraná, 21% do Rio Grande do Sul, 11% de Goiás, 11% de Mato Grosso do Sul, 8% de São Paulo e o restante para os produtores dos demais Estados.
Em 2018, lembrou o ministério, o governo federal desembolsou R$ 370 milhões para subvencionar a contratação de 63 mil apólices com um valor total segurado de R$ 12 bilhões. Para 2020, está previsto um orçamento recorde de R$ 1 bilhão para o PSR.
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Fonte: Valor Econômico
6. ANA passa a monitorar barragens em fazendas
A acelerada expansão da irrigação para viabilizar ou otimizar a produção de culturas agrícolas no país na última década acendeu o sinal de alerta na Agência Nacional de Águas (ANA), que passou a mapear pequenas barragens de água - construídas dentro de fazendas - com o intuito de evitar disputas pelo recurso e calibrar melhor as licenças (outorgas) concedidas pelos órgãos ambientais nos Estados.
Com esse mapeamento em mãos, a agência reguladora poderá coibir possíveis irregularidades com o uso da água, como identificar produtores que estejam usando volumes superiores aos previstos em sua outorga. Ou poderá até ampliar a capacidade de água autorizada para armazenamento, explica o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, Sérgio Ayrimoraes.
Iniciado no primeiro semestre com o uso de imagens de satélites e visitas em fazendas que contam com esses reservatórios, o levantamento inédito tem a missão de radiografar, até dezembro, cerca de 200 pequenos barramentos de um universo total de 3.664 inseridos em duas das mais importantes bacias hidrográficas para o setor de agronegócios: a do Paranapanema, entre os Estados de São Paulo e Paraná, e a de São Marcos, que abrange parte de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
Ayrimoraes faz questão de enfatizar que, neste momento, o estudo tem caráter preventivo. E que a agência não chegou a receber denúncias formais de que existem produtores usando mais água do que preveem suas autorizações. Agora, a ideia é ter um diagnóstico e, a partir dele, orientar órgãos estaduais de meio ambiente e comitês regionais de bacias na mediação de conflitos pelo uso da água.
Esse tipo de conflito - tanto envolvendo produtores rurais como outros empreendimentos como hidrelétricas, por exemplo - poderão se tornar mais frequentes com o crescimento da irrigação no país. A área plantada com o uso de pivôs triplicou no Brasil na última década. Passaram a somar 1,5 milhão de hectares e a previsão da ANA é que a o ritmo de expansão alcance mais de 95 mil hectares por ano até 2030.
"Começamos a identificar que estava tendo disputa por água, a partir de algumas queixas. Muitas vezes a gente não capta isso nas nossas estatísticas, mas queremos refinar o balanço hídrico nessas regiões produtoras para garantir segurança hídrica. Algumas vezes isso vai gerar mais disponibilidade de água, algumas vezes menos", diz Airymoraes.
"O crescimento do número de pequenas barragens tem a ver com a irrigação. Será que o setor [de agronegócios] topa crescer enfrentando um risco maior de faltar água? Isso ainda não aconteceu, mas queremos evitar que algum dia venha a acontecer", afirma.
A autorização para a implantação dessas barragens em propriedades rurais normalmente não é competência da ANA - a agência cuida somente da gestão de rios de domínio da União -, mas dos governos estaduais. Mas o possível efeito que esses reservatórios podem causar sobre o curso de grandes rios implica possível falta de água, inclusive para produção agropecuária no futuro, e essa possibilidade entrou no radar da agência federal.
O assessor técnico da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gustavo Goretto, admite que há casos de disputa por água envolvendo demandas para irrigação. É o que ocorre, por exemplo, na região de Cristalina (GO), distante 130 quilômetros de Brasília e onde o cultivo irrigado de grãos e leguminosas tem crescido nos últimos anos.
"Mas é muito difícil ter produtor usando água fora da outorga. Pode até ter, mas se tiver é pontual. A principal questão é a burocracia dos órgãos ambientais. Tem produtor desde 2014 pedindo outorga para levantar barragem que não teve o processo analisado até hoje", afirma. "Durante muito tempo o Poder Público não teve um olhar sobre a construção dessas barragens, e muitas foram feitas sem passar por órgãos ambientais. Mas agora a gente percebe que aumentou a preocupação", acrescenta.
Goretto diz que a burocracia para obtenção da outorga necessária para construção de pequenas barragens é tão grande que é comum produtores entrarem na Justiça exigindo que o órgão ambiental estadual analise seu pedido. Ele afirma que o atual Código Florestal, de 2012, abre margem para interpretar que é proibido construir barragens em fazendas, mas que, no entanto, o empreendimento causa menos impacto que o de uma barragem usada para mineração.
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Fonte: Valor Econômico
Proteína Animal
7. Seara lança linha completa de carne de frango orgânica
A Seara Alimentos, braço da JBS que atua nos segmentos de aves, suínos e alimentos processados, informou que está lançando uma linha completa de carne de frango orgânica.
Segundo a empresa, “os frangos são criados soltos no campo, sem hormônios ou promotores de crescimento - conforme estabelece a legislação brasileira, além de receberem uma alimentação apenas de origem vegetal, orgânica e livre de transgênicos”.
“A Seara, que é especialista em frangos, tem investido incansavelmente em soluções atreladas à inovação e à tecnologia, para entregar aos consumidores produtos alinhados às principais tendências mundiais. Diante disso, essa linha reflete a nossa qualidade e credibilidade em frangos, sendo essencial para um mercado em franco crescimento. Oferecemos um portfólio ainda mais atrativo para os nossos consumidores que estão em busca de produtos diferenciados e um estilo de vida mais saudável”, diz José Cirilo, diretor executivo de Marketing da Seara Alimentos, em nota.
Notícia na ítnegra
Fonte: Valor Econômico
8. Abates brasileiros aumentam no 2º trimestre
Os abates de bovinos, frangos e suínos no Brasil aumentaram no segundo trimestre, quando comparados com o mesmo período do ano anterior, segundo dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados pelo portal CarneTec Brasil. De acordo com este último, esse aumento reflete o crescimento da busca pelo consumo de proteína animal.
Segundo os dados, que foram divulgados na semana passada, “a demanda por proteína animal tem aumentado no mercado internacional, impulsionada por casos de peste suína africana na China e em outras regiões da Ásia e Leste Europeu. As principais processadoras de proteína animal brasileiras reportaram aumentos nas exportações no segundo trimestre, ano a ano, principalmente para a Ásia”, indicou a CarneTec Brasil, por meio de seu site oficial.
“Os abates de frangos aumentaram 3,6%, na comparação anual, para 1,43 bilhão de cabeças de frangos. Já em comparação com o primeiro trimestre, houve queda de 1,5%. O peso das carcaças aumentou 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, para 3,35 milhões de toneladas”, finalizou o portal especializado.
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Fonte: Agrolink
9. Em agosto, frango abatido enfrentou a pior 1ª quinzena dos últimos sete meses
Em 2019, pior que neste mês, só a primeira quinzena de janeiro passado. Ainda assim, por diferença insignificante (10 centavos). Esse foi o comportamento do frango abatido na primeira quinzena de agosto corrente: o pior dos últimos sete meses.
Apostava-se, de início, que o período seria bem melhor que o do mês anterior. Primeiro, porque marcava o fim das férias escolares e, com ela, o retorno não só da merenda, mas também das famílias à rotina (portanto, ao consumo habitual).
E se isso já era considerado suficiente para imprimir normalidade ao mercado, contava-se com um fator a mais para dar forte dinamização à demanda: a comemoração do Dia dos Pais. Tudo isso sem considerar que a primeira quinzena é, normalmente, o momento de mais intensiva comercialização, devido à presença da massa salarial mensal.
Porém, as expectativas começaram a se frustrar já nos primeiros dias de agosto. Porque, sem terem alcançado o pico de meses anteriores, os preços do frango abatido começaram a dar sinais de estabilização por volta dos dias 6-7, situação que não se alterou nem na segunda-feira pós Dia dos Pais (para quando era esperado forte movimento de reposição). Até pelo contrário, o período foi de sucessivas baixas. A ponto de a quinzena ter sido encerrada com os mesmos valores registrados no final de julho.
Em decorrência, a média da primeira quinzena de agosto girou em torno dos R$4,13/kg, valor quase 6% inferior ao alcançado no mesmo período do mês anterior e que se coloca como o de menor remuneração dos últimos sete meses.
É verdade que, em relação à mesma quinzena de agosto de 2018, o preço registrado nos primeiros quinze dias deste mês apresentou incremento de 18%. Notar, porém, que (influenciada ainda pela greve dos caminhoneiros), a primeira quinzena de agosto do ano passado concentrou grande oferta do produto e, por isso, registrou as menores cotações do segundo semestre de 2018.
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Fonte: Notícias Agrícolas/Avisite
Agroenergia
10. Apesar de subir nos postos, etanol segue competitivo
Os preços do etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) estão subindo nos postos da maior parte dos Estados há pelo menos um mês, mas mesmo assim o biocombustível mantém a competitividade em relação à gasolina em cinco grandes Estados consumidores.
Na semana encerrada no dia 17, o hidratado subiu nos postos de 14 Estados e do Distrito Federal e só caiu em dez Estados, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em quatro semanas, o etanol acumulou alta em 14 Estados e registrou queda em outros 11 e no Distrito Federal. Já a gasolina caiu em 17 Estados nessas quatro semanas e só subiu em oito Estados e no DF.
Nesse cenário, a diferença entre os preços do etanol para os do combustível fóssil continua elevada em grandes centros consumidores. Nos postos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Paraná, o biocombustível segue vendido com preços abaixo de 70% dos valores cobrados pela gasolina.
O etanol é considerado economicamente mais vantajoso para a média da frota flex brasileira quando seu preço está abaixo de 70% do valor da gasolina.
A relação mais vantajosa continua sendo observada em Mato Grosso, onde o etanol, em média, ficou em 56,7% da gasolina, em R$ 2,526 o litro. Em São Paulo, maior polo consumidor, a relação ficou em 64,3% na semana passada, com o litro do etanol a R$ 2,624.
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Fonte: Valor Econômico
11. ANP realiza primeiro leilão de biodiesel com mistura de 11%
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou o primeiro leilão de comercialização de biodiesel sob a regra de mistura de 11% do produto no diesel (E11) e que deverá abastecer o mercado entre 1º de setembro e 31 de outubro de 2019.
Foram arrematados 1,139 bilhão de litros de biodiesel, para atendimento tanto das misturas obrigatória como voluntária, o que resultou num valor total negociado de R$ 1,141 bilhão.
Deste volume, 1,138 bilhão de litros foram para mistura obrigatória, sendo 99,78% deste total foi oriundo de produtores detentores do selo Combustível Social. O preço médio de negociação foi de R$ 2,857 o litro (sem considerar a margem da compradora) — um ágio médio de 1,30% quando comparado com a média ponderada dos “Preços Máximos de Referência” regionais.
A apresentação das ofertas foi feita no dia 12, com participação de 38 produtores. Foram arrematados 1,136 bilhão de litros de biodiesel, oriundo exclusivamente de produtores detentores de selo Combustível Social, nos dias 14 e 15
No dia 16, foram arrematados mais 2,55 milhões de litros de biodiesel de produtores detentores ou não de selo Combustível Social.
A mistura de 11% foi destravada após o Ministério de Minas e Energia (MME) publicar relatório técnico prevendo que o biodiesel precisa conter, em sua especificação, a estabilidade à oxidação para ser misturado ao fóssil.
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Fonte: Valor Econômico
12. São Martinho afirma ter “negociações bem avançadas” para exportar etanol para a China
A Usina São Martinho, uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do País, está com apetite pelo mercado chinês. Diante do plano do governo asiático de reduzir a poluição pela metade em dez anos, a companhia enxerga um imenso potencial de negócios entre usinas brasileiras e refinarias chinesas de combustível.
A partir do ano que vem, toda gasolina vendida na China deve ter a mistura de 10% de etanol, o que vai gerar uma demanda imediata de 15 milhões de toneladas do biocombustível. A produção brasileira de etanol na safra 2018/2019 foi de 33,1 milhões de toneladas.
“Com 332 milhões carros em circulação, a China é o destino mais importante e atraente para o etanol brasileiro”, afirmou Marcelo Campos Ometto, presidente do conselho de administração da companhia. “Estamos com negociações bem avançadas para nos tornar protagonistas nesse processo”.
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Fonte: Exame/NovaCana
Grãos e Grandes Culturas
13. China eleva compra de soja em grão da Rússia
As indústrias de esmagamento que atuam da China esperam contar com volumes expressivos de soja russa após a Administração Geral das Alfândegas do país asiático ter aprovado a importação do grão de todas as regiões da Rússia, na semana passada.
Em meio às disputas comerciais de Washington e Pequim, as vendas de trigo e soja da Rússia à China já alcançaram patamares recorde na temporada passada. No primeiro semestre deste ano, os dois países mantiveram conversações para estreitar ainda mais os laços nessa frente.
De acordo com executivos de tradings ouvidos pelo Valor nas últimas semanas, essa cooperação agrícola preencheu uma lacuna aberta pela redução das compras chinesas de produtos agrícolas americanos e atende a interesses geopolíticos das duas potências. Nesse cenário, estatais chinesas de alimentos têm ampliado investimentos em fábricas e infraestrutura na Rússia.
Apesar de crescentes, os volumes vendidos pelos russos aos chineses ainda são pequenos quando comparados aos enviados pelo Brasil e pelos próprios EUA. Segundo a agência Bloomberg, Dmitriy Rylko, diretor-geral do Instituto de Estudos do Mercado Agrícola da Rússia, acredita que as exportações de soja da Rússia à China ficarão entre 1,5 milhão e 2 milhões de toneladas de soja por ano.
Embora seja quase o dobro das vendas do ano passado - quando apenas algumas regiões russas tinham autorização para vender aos chineses -, é um volume muito baixo frente as 30 milhões de toneladas que a China parou de comprar dos EUA com o início da guerra comercial, em junho de 2018.
O grande fornecedor de soja aos chineses continua sendo o Brasil, que vendeu 88 milhões de toneladas no ano passado e deve enviar 72 milhões este ano, de acordo com estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
A Rússia, que já é o maior país exportador de trigo do mundo, planeja investir bilhões de dólares em infraestrutura e logística de grãos com o objetivo de elevar suas exportações do cereal e de outros grãos para pelo menos 55,9 milhões de toneladas até 2035.
Esse objetivo, delineado em um plano estratégico publicado pelo Ministério da Agricultura da Rússia no início deste mês, poderá ser superado e chegar a 63,6 milhões de toneladas em um horizonte de condições mais favoráveis.
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Fonte: Valor Econômico
14. J.Macedo fecha fábrica de massas em Maceió
A J. Macêdo, dona das marcas de farinha Dona Benta e Sol e dos produtos Petybon, entre outros, anunciou o encerramento das atividades de sua fábrica em Maceió (AL).
Em nota, a empresa informou que a decisão foi tomada após a realização de estudos técnicos e financeiros.
O número de postos de trabalho fechados com a decisão não foi informado. Segundo a empresa, a produção de massas de Maceió será distribuída para outras plantas da empresa.
"A companhia vai minimizar o impacto da decisão nos colaboradores oferecendo suporte a eles e suas famílias, em linha com os valores essenciais da empresa e com o respeito pelas pessoas que marcam a trajetória de quase 80 anos J.Macêdo", diz trecho da nota.
"Mesmo tendo a J.Macêdo empenhado reiterados esforços, implementando uma gestão rigorosa, focada na excelência operacional e na otimização de custos, a conclusão foi de que a manutenção da planta não é mais viável economicamente. O fechamento da unidade não vai afetar o atendimento ao mercado e a empresa garantirá a regularidade e a qualidade do fornecimento, durante e após o processo de transferência das operações", diz a nota.
A J.Macedo tem três moinhos de trigo (Fortaleza, Salvador, e Londrina), três outras fábricas de massas (Pouso Alegre, Salvador e São José dos Campos), duas fábricas de mistura para bolo (Salvador e São Paulo) e uma fábrica de biscoitos (Simões Filho). A fábrica de São Paulo também produz sobremesas.
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Fonte: Valor Econômico
15. Mais cacau no Pará
A produção de cacau temporão no Pará poderá ultrapassar o recorde de 2018 e passar de 700 mil sacas este ano, informou Thomas Hartmann, dono da TH Consultoria, de Salvador, em nota. A colheita da safra temporã vai terminar no fim de setembro. Desde o início do ciclo 2019/20, em maio, até o dia 11, as indústrias de cacau instaladas no país já receberam 532,2 mil sacas de 60 quilos de cacau paraense, segundo a consultoria. Entre 5 e 11 de agosto, foram entregues 41,7 mil sacas de cacau do Pará, um aumento inesperado para esta época que superou as entregas da Bahia no período, que ficaram em 30,7 mil sacas.
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Fonte: Valor Econômico