Conjuntura do Agronegócio

1. Vendas da indústria de alimentos crescem 1,3% no 1º semestre, diz Abia

As vendas das indústrias de alimentos cresceram 1,3% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo intervalo de 2018, aponta a pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

O indicador apresenta uma pequena aceleração no desempenho do setor. No acumulado de 12 meses até junho, as vendas das indústrias de alimentos haviam crescido 1,1%.

Entre as diferentes categorias de alimentos, as vendas de conservas vegetais, frutas e sucos (extrato de tomate, milho, goiabada e sucos de laranja) cresceram 5,4% no primeiro semestre.

As vendas de bebidas, como águas e refrigerantes, avançaram 1,6%; carnes e proteína animal tiveram incremento de 0,6%; óleos e gorduras (óleos vegetais, azeite, margarina e farelo de soja) aumentaram 0,5%.

Em nota, o presidente executivo da Abia, João Dornellas, disse que o desempenho da indústria de alimentos foi alinhado à dinâmica econômica do país. “Com a aprovação das reformas estruturantes, a tendência é que todos os setores da economia cresçam de uma forma mais sustentável e mais rápida”, afirmou em comunicado.

Na avaliação do executivo, a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados contribuiu para o otimismo em relação a uma recuperação econômica do país.

Para Dornellas, no curto prazo, o crescimento econômico dependerá da efetividade das medidas propostas pelo Ministério da Economia, como a gradual liberação de parte do saldo do FGTS e a ampliação do uso dos empréstimos compulsórios pelos bancos, e de medidas complementares para reduzir as taxas de juros às empresas e consumidores, em linha com as quedas observadas na taxa básica de juros (Selic).

Outro fator importante é a safra recorde de grãos, que poderá atingir 234,5 milhões de toneladas, alta de 6% em relação à safra anterior, sendo o milho o grande destaque, com quase 100 milhões de toneladas e 23% de alta na produção, contribuindo para a garantia da oferta de matérias-primas para a indústria de alimentos.

Balança comercial

As exportações de alimentos industrializados totalizaram US$ 15,9 bilhões no primeiro semestre de 2019, uma queda de 4,6% em comparação ao mesmo intervalo de 2018.

De acordo com a Abia, apesar da queda no semestre, as exportações do setor apresentaram recuperação a partir de abril.

A associação estima que as exportações devem fechar o ano com desempenho similar ao de 2018, quando somaram US$ 35 bilhões.

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Fonte: Valor Econômico

2. Indústria aguarda conclusão rápida de acordo Mercosul-EFTA

A indústria brasileira aguarda para talvez ainda esta semana a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

A barganha final poderá ocorrer em Buenos Aires em negociação que começou na segunda-feira. Os suíços querem uma proteção mais forte para patente de remédios, enquanto o Mercosul cobra maior volume em cotas para certos produtos agrícolas.

Para os países do Efta, o entendimento é importante para ter o mesmo nível de preferências que serão obtidas pelas empresas dos países da UE, o que dá uma evidente vantagem competitiva. Os países do EFTA são pequenos, mas muito ricos e importam cerca de US$ 400 bilhões por ano, muito mais que os países do Mercosul.

Se confirmado o acordo político, será mais um avanço na nova orientação da política comercial brasileira, no rastro do que foi acertado entre o Mercosul e a União Europeia (UE) em junho. “O acordo com o EFTA será mais um passo importante na direção da maior inserção internacional da economia e da indústria brasileira”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi.

No entanto, outras dificuldades virão depois, quando o acordo terá de passar pelos parlamentos nacionais, incluindo na Noruega, país com o qual o presidente Jair Bolsonaro resolveu deflagrar uma briga envolvendo a área ambiental.

Na Suíça, representantes do Partido Verde e agricultores já começaram a utilizar discursos de Bolsonaro sobre a área ambiental para se opor ao entendimento comercial.

A CNI aponta ganhos concretos num acordo Mercosul-EFTA. Exemplifica que o Brasil enfrenta tarifa para mais de 60% dos produtos que têm oportunidades de serem exportados para a Suíça, por exemplo. Esses produtos vão de alumínio, autopeças até bens agrícolas como carnes e grãos.

O fluxo comercial entre o Mercosul e o EFTA está no menor nível da última década. Caiu de US$ 7,7 bilhões em 2014 para US$ 4,6 bilhões no ano passado. O acordo pode reverter isso, na expectativa da CNI.

A Suíça é a grande origem de importações no EFTA (78%). A Suíça e Noruega representam cerca de 45% cada nas exportações do Brasil ao EFTA. O fluxo comercial está concentrado em produtos industriais: 94% das importações e 86% das exportações.

O Mercosul importa sobretudo produtos químicos e medicamentos. E exporta semimanufaturados, desde alumínio e ouro.

Pelos cálculos da CNI, o Brasil tem oportunidades em 541 grupos de produtos para exportação ao EFTA. Os países do EFTA são o segundo maior parceiro do Brasil em serviços, atrás apenas dos EUA. Arrendamentos e serviços de transporte marítimo são os principais setores.

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Fonte: Valor Econômico

3. Governo tem ciência da importância ambiental do Brasil, diz Salles

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse, nesta terça-feira (20/08), que devastar a Amazônia não faz parte da agenda ambiental e que o governo tem plena ciência do quanto o Brasil é exemplo nessa área. Salles disse ainda que o país não se retirou do Acordo de Paris, mas que espera o envio dos recursos prometidos pelos países ricos aos países em desenvolvimento.

Ele participou da abertura da Fenasucro, feira do setor sucroenergético, em Sertãozinho (SP). Em discurso, lembrou que o Brasil tem 66% de sua vegetação nativa preservada e que o Código Florestal, cuja versão mais recente foi aprovada em 2012, é a legislação ambiental mais restritiva do mundo.

“Temos plena convicção da importância de nossa agenda ambiental porque somo ambientalmente um exemplo para o mundo e precisamos continuar a ser percebidos como tal tanto no mercado interno quanto no externo”, disse ele.

O ministro afirmou que, na Amazônia, há uma população de cerca de 20 milhões de pessoas vive na região mais rica do Brasil em termos de recursos naturais, mas possuem os piores índices de desenvolvimento. E que é preciso haver o que chamou de “compromisso com a realidade” não apenas em relação a este bioma, como a todos os outros no país.

“Certamente não é devastar a Amazônia. Essa não é, ao contrário do que querem fazer crer alguns, a política do governo. Muito pelo contrário. Nossa proposta é trazer racionalidade”, disse o ministro.

Salles voltou a fazer críticas a organizações não-governamentais e ao que chamou de “pseudo acadêmicos” que, segundo ele, vivem às custas de dinheiro público e estrangeiro para criar barreiras ao desenvolvimento e ao agro. Ponderou, no entanto, que há boas ongs no país e que, do homem público, é exigido distinguir quem faz um bom e um mau trabalho.

O ministro disse ainda que os problemas ambientais no Brasil não estão no campo, mas nas cidades, e que existe “um sensacionalismo irresponsável” a respeito de questões ambientais no país, que não contribui para a defesa de questões importantes.

“São as cidades que despejam esgoto in natura nos rios, que vivem o caos do lixo, falta de coleta e tratamento adequado, problema que recai muito sobre os prefeitos, que têm uma enorme obrigação e pouco recurso para cuidar de uma questão tão importante”, disse Salles, ao discursar.

Acordo de Paris

Falando para representantes do setor sucroenergético, o ministro do Meio Ambiente citou o programa Renovabio como algo positivo em direção à sustentabilidade no setor. Ele defendeu a existência de mecanismos como os chamados Cbios, que atestam a eficiência ambiental da produção de biocombustíveis, e ferramentas como o pagamento por serviços ambientais e ecossistêmicos.

Ressaltando a permanência do Brasil no Acordo do Clima, firmado em Paris, do qual o governo ameaçou se retirar, Salles disse que ainda espera pelos recursos da ordem de US$ 100 bilhões prometidos aos países em desenvolvimento.

“Continuamos aguardando os US$ 100 bilhões anuais. Estamos aguardando o reconhecimento do grande trabalho feito pelo Brasil, em que pese problemas pontuais em vários lugares. Ninguém está dizendo que somos perfeitos e que não há o que tem que ser melhorado e aperfeiçoado sempre”, disse ele.

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Fonte: Revista Globo Rural

Insumos

4. Bayer vende sua divisão de saúde animal para Elanco por US$ 7,6 bi

A Bayer anunciou ontem a venda da sua divisão de saúde animal para a americana Elanco, por US$ 7,6 bilhões. O negócio faz parte do plano da gigante alemã de alienar ativos enquanto enfrenta um número crescente de ações na Justiça dos Estados Unidos contra o herbicida Roundup, "herdadas" depois que a companhia adquiriu a Monsanto. Com a aquisição, a Elanco passa a ser a segunda maior empresa global do segmento, atrás da também americana Zoetis.

O acordo firmado prevê pagamento de US$ 5,3 bilhões em dinheiro. A Bayer também receberá uma participação equivalente a US$ 2,3 bilhões na Elanco, mas a multinacional alemã já informou que pretende se desfazer dessa fatia. A expectativa das empresas é que transação seja concluída no ano que vem. O valor da operação representa um múltiplo de 18,8 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) em 12 meses da divisão de saúde animal da Bayer.

Em dezembro do ano passado, a companhia já havia divulgado que pretendia deixar de atuar no segmento de saúde animal, que era a menor de suas quatro unidades de negócios. No segundo trimestre deste ano, a divisão Bayer Animal Health gerou US$ 410 milhões em vendas e registrou Ebitda de US$ 97 milhões.

A venda é parte de um plano mais amplo da Bayer, que tem por objetivo eliminar operações que estão desviando recursos e tempo de gerenciamento de suas principais divisões, sobretudo as de medicamentos e agricultura. Mas a transação também ajudará a empresa alemã a reduzir sua dívida, que registrou forte aumento no último ano com a aquisição da americana Monsanto e chegou a € 35,7 bilhões.

A Elanco Saúde Animal, braço da Eli Lilly, abriu capital no ano passado e divulgou que a aquisição vai complementar seu portfólio de produtos para animais de estimação e de criação. Com os negócios de saúde animal da Bayer, a divisão de animais de companhia da Elanco passará a representar quase metade do negócio total. Segundo a empresa, a combinação criará acesso a novos segmentos do mercado de parasitários, com tratamentos e colares tópicos, e permitirá uma ampliação da presença tanto no e-commerce como no varejo.

A Elanco informou que espera que a compra melhore sua margem por ação, projetada para crescer para até dois dígitos no segundo ano de operação. "A aquisição também revela a capacidade da Elanco de atingir 60% de margem bruta ajustada e 31% de margem Ebitda ajustada mais rapidamente do que em uma base stand-alone", afirmou a companhia, em comunicado.

A Elanco, informou, finalmente, que a aquisição deverá aumentar seu fluxo de caixa operacional em aproximadamente US$ 1 bilhão por ano até o terceiro ano após a conclusão da transação. O potencial de sinergias está calculado entre US$ 275 milhões a US$ 300 milhões.

Com forte presença no mercado brasileiro, um dos mais importantes do mundo, Elanco e Bayer Animal Health faturaram, juntas, US$ 4,8 bilhões em 2018 - as vendas da primeira alcançaram US$ 3,1 bilhões e as da segunda, US$ 1,7 bilhão. Separadas, ficaram atrás de Zoetis (US$ 5,8 bilhões), Boehringer Ingelheim Animal Health (US$ 4,5 bilhões) e Merk Animal Health (US$ 4,2 bilhões). Com a aquisição, portanto, a Elanco poderá assumir a segunda posição no ranking global do segmento.

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Fonte: Valor Econômico

5. Caros, projetos podem significar a sobrevivência de uma propriedade

Projetos de construção de barragens exigem investimentos elevados, mas se justificam porque, em boa parte dos casos, podem significar a sobrevivência de uma atividade agropecuária. É o que diz o professor Luís César Dias Drumond, especialista em irrigação da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, que explica que os custos com barramento são muito variáveis e dependem da necessidade de escavação do terreno e de terraplanagem. Além disso, afirma, é preciso considerar os gastos com o sistema de irrigação. Os mais simples, de aspersão fixa automatizada, custam em torno de R$ 9 mil por hectare. Já os pivôs ficam na faixa de R$ 10 mil por hectare, enquanto um sistema de gotejamento enterrado para pasto pode chegar a custar R$ 20 mil por hectare.

Drummond explica, ainda, que, na esfera federal, qualquer intervenção em cursos d'água demanda autorização da Agência Nacional de Águas (ANA). "Eles levam em consideração basicamente dois critérios: o grau de intervenção, que pode ser mensurado por imagens via satélite, e o risco à jusante, isto é, o impacto na área que vai além da barragem caso ela estoure". Ainda que seja feita para acumular água da chuva, a construção de uma barragem não pode impedir a vazão normal da água para os rios. O volume de água que pode ser utilizado depende do índice pluviométrico de cada região e da sua bacia.

José Patrício da Silveira Neto, produtor no município de Pirapora (MG), conta que foi a possibilidade de acumular água da chuva que salvou seu negócio, tocado em uma propriedade de 89 hectares no semiárido do norte mineiro. Sua barragem foi construída dentro de um córrego efêmero, que desaparecia da paisagem no período seco e cujas margens são largas e altas, o que evitou a necessidade de inundação de áreas vizinhas, comum em projetos dessa natureza. "A barragem dá vazão para que a gente irrigue 42 hectares de capim e custou R$ 20 mil".

Segundo ele, em Pirapora começa a chover em outubro e somente em dezembro é que a água passa pelo ladrão. "É preciso três meses para poder encher a barragem, de tão pouco que chove". Antes da barragem, sua propriedade não abrigava sequer 30 vacas, mas agora passou a alimentar até 400 cabeças de gado.

Rodrigo Fockink, dono da consultoria Águia, de Sorriso (MT), afirma que 95% da água usada em projetos como o de Silveira Neto, volta para o ciclo hidrológico por meio da própria irrigação ou das chuvas. Em Mato Grosso, porém, está cada dia mais difícil construir novos barramentos. "Se você for pedir licença no órgão ambiental vão te dizer que não há roteiro, ou seja, regras, para a construção de barramentos no Estado, e isso está parado desde 2015".

Fockink afirmou que o assunto estava sendo discutido em audiência pública em Cuiabá (MT) no exato dia em que a barragem de Mariana estourou, e embora os projetos tenham características diferentes, "afastaram de vez o interesse pelo tema". "Hoje, em Mato Grosso, só tem barragem quem construiu antes de 2008, marco colocado pelo Código Florestal".

Procurada pela reportagem, a Secretaria do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) informou, em nota, que "para a construção de novas barragens é preciso que haja outorga de obra hidráulica, classificação quanto à segurança e, principalmente, licenciamento ambiental". A esse respeito, no entanto, a secretaria disse que "um projeto de lei está sendo elaborado", e que, de fato, somente há regras vigentes para barragens de mineração e hidrelétricas. Quanto à outorga de obra hidráulica, a Sema afirmou estar com os documentos referentes a esse exigência prontos para serem inseridos no seu site.

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Fonte: Valor Econômico

6. Valor 1000: Meio ambiente pode ser lucrativo, diz Grupo Basequímica

O grupo Basequímica aposta na retomada do país, principalmente do agronegócios, afirmou Antonio Manoel Alecrim, diretor da companhia. "Em 2020, temos previsão de investimento contando com retomada do crescimento, principalmente do agronegócio. Mesmo com a crise global, estou botando fé", disse, destacando que, até agora, o mercado teve recordes em exportações de carne e de milho.

Em relação às medidas que podem ser adotadas pelo governo para estimular o crescimento, o executivo destaca a importância de estimular o consumo e a produção. "Acho que as medidas podem ser mais diretas e objetivas no mercado e não ficar só no macroeconômico. É preciso fomentar o consumo e a produção", disse.

Além disso, ele destacou que "o meio ambiente pode ser lucrativo em vez de ser um custo" para o país.

Questionado sobre o impacto das polêmicas do governo Bolsonaro, ele avalia que não há prejuízo do ponto de vista econômico, mas, sim, político - para o próprio presidente.

"Sempre gera desconforto declarações feitas de forma inadequada. Mas a área técnica está tomando conta e cuidando das medidas cabíveis. Talvez elas possam prejudicar em termos políticos, para ele mesmo, mas, na economia, não."

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Importação brasileira de produtos lácteos recuou 9,3% em julho

As importações brasileiras de produtos lácteos caíram 9,3% em julho ante junho, para 10,1 mil toneladas, o menor volume mensal desde março de 2018. Conforme o Boletim do Leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) assinado pela analista Juliana Santos, a queda foi influenciada pela redução das compras de leite em pó, que representam aproximadamente 55% do total de produtos lácteos adquirido pelo país no exterior.

As importações de leite em pó recuaram 13,8% na comparação, para 5,5 mil toneladas em julho. O Uruguai, um dos principais fornecedores do Brasil, reduziu em quase 50% o volume de leite em pó negociado com o país em relação a junho.

Conforme o boletim, as exportações brasileiras de produtos lácteos somaram 1,8 mil toneladas em julho, aumento de 19% frente ao resultado de junho. Em volume, foram exportadas em julho 553 toneladas de leite condensado e 581 toneladas de creme de leite.

O saldo da balança comercial diminuiu 5,6% de junho para julho, e o déficit ficou em US$ 31 milhões - as importações somaram US$ 35 milhões e as exportações, US$ 4 milhões . Em volume, o déficit ficou em 8 mil toneladas, recuo de 13,8% na mesma base de comparação.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Índice de preços internacionais de lácteos GDT recua 0,2% em leilão

O índice de preços internacionais de lácteos GDT recuou no leilão realizado nesta terça-feira, 20, na GlobalDairyTrade, plataforma de negociação criada pela Fonterra, da Nova Zelândia. O indicador, que cobre uma série de produtos e vencimentos, caiu 0,2% ante o leilão anterior, realizado em 6 de agosto. O preço médio ficou em US$ 3,255 por tonelada.

Já o preço médio de leite em pó integral ficou em US$ 3,100 por tonelada, alta de 2,1% em relação ao leilão anterior.O índice GDT é considerado uma referência no mercado de produtos lácteos.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Revista Globo Rural

9. Pesca pode ser beneficiada com política de preços mínimos

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira, 20, o Projeto de Lei de 2.104 de 2019 que estende aos produtos de manejo extrativista de origem animal, como a pesca, benefícios econômicos concedidos aos de origem vegetal.

O projeto, de autoria da ex-deputada Conceição Sampaio, amplia o universo de produtos abrangidos pela Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), que contribui para garantir renda mínima aos produtores e permitir que continuem suas atividades de forma sustentável.

Pelo texto, o governo também passará a subsidiar, em operações de crédito e na aquisição de produtos para estoque, por exemplo, a produção de peixes como o pirarucu. A proposta segue para análise do plenário, com pedido de urgência.

Atualmente, apenas produtos agropecuários ou de origem vegetal extrativa, como açaí, babaçu, borracha e pequi, contam com os benefícios governamentais. Pelo projeto, a PGPM-Bio passa a favorecer também silvicultores, aquicultores, pescadores, povos indígenas e integrantes de comunidades remanescentes de quilombos e de comunidades tradicionais.

Pirarucu

Segundo a autora da proposta, ao limitar as subvenções somente aos extratores de produtos vegetais, a Lei 8.427, de 1992, excluiu inúmeros produtores que poderiam usufruir das políticas de preços mínimos e reduzir os riscos da produção rural. “Caso emblemático dessa injustiça é o do pirarucu, peixe típico da região do Amazonas, que possui grande importância para os pescadores da região”, afirmou Conceição Sampaio.

Há alguns anos, o pirarucu, que entrou na lista de peixes em risco de extinção, por causa da exploração desenfreada, foi alvo de diversas políticas públicas que proporcionaram seu manejo e produção sustentáveis. Mas por não ser um produto extrativo de origem vegetal, seus produtores não podem receber subsídios.

“É fundamental que a legislação federal possibilite a continuidade das atividades extrativistas vegetais, mas também proporcione às atividades extrativistas animais dos agricultores familiares a mesma atenção e proteção. Sobretudo para garantia sustentável do setor de pesca, beneficiando alguns dos grupos sociais mais vulneráveis da economia rural brasileira, sobretudo para o Amazonas, bem como para todos os estados da Região Norte do país”, disse o relator na CAE, senador Eduardo Braga (MDB-AM),

Para evitar que a subvenção econômica estimule o manejo predatório da fauna silvestre, há um dispositivo no projeto determinando que os produtos deverão ser provenientes de manejo sustentável, previamente autorizado por órgão ambiental.

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) comemorou a aprovação do projeto e disse considerar que a medida pode ajudar a transformar o Brasil em um grande exportador de pescado.

“Hoje somos importadores de peixe. Incluir a piscicultura na política de preços mínimos vai fazer do Brasil um gigante na produção de peixes”, avaliou Kátia Abreu.

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Fonte: Agência Senado/Canal Rural

Agroenergia

10. Reunião discutirá se CBio será commodity ambiental ou ativo financeiro

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério do de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, disse hoje em Sertãozinho, no interior paulista, que haverá uma reunião na quinta-feira em Brasília para discutir se os Créditos de Descarbonização (CBIO) que serão comercializados no âmbito do RenovaBio serão uma commodity ambiental ou um ativo financeiro. De uma forma ou de outra, será um produto comercializado em bolsa, acrescentou.

Ele participou de uma apresentação na Fenasucro & Agrocana, feira de tecnologias e bens industriais para o setor sucroalcooleiro.

Segundo Félix, a reunião contará com representantes da B3, do Banco Central, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Ministério da Economia e do MME.

Ainda em seu discurso, o secretário fez uma referência indireta ao movimento de jovens iniciado nos países nórdicos que protestam contra a crise climática.

“Aquela garota ou garoto que está em algum lugar do mundo, talvez na Escandinávia, que queira fazer alguma coisa boa para o planeta, pode simplesmente, pela internet, comprar um CBio e retirar 1 tonelada de carbono do planeta”, disse.

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Fonte: Valor Econômico

11. Etanol poderá alcançar novo recorde no 'mix' de produção das usinas

A safra sucroalcooleira 2019/20 do Centro-Sul começou com uma grande incógnita: o quanto as usinas dariam de preferência à produção de açúcar e de etanol, já que não se sabia quando as cotações do adoçante reagiriam à redução da produção brasileira. Passados mais de quatro meses do início da moagem de cana, o preço do açúcar ainda não reagiu, e uma parcela maior do mercado está mais convencida que a produção de etanol deverá manter ou ganhar mais espaço no mix de produção, podendo inclusive superar o recorde da safra passada.

"Aquela previsão que todos tínhamos de fazer mais açúcar provavelmente não vai mais acontecer. Vamos ter menos açúcar que na safra passada", avaliou Julio Borges, diretor da JOB Economia.

Em relatório divulgado ontem, o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil estimou que 64% da matéria-prima processada em todo o país será destinada ao etanol em 2019, ante 64,1% em 2018.

Na safra encerrada em março, as usinas do Centro-Sul destinaram 64,8% do caldo da cana ao etanol. A última temporada em que o mix foi quase tão alcooleiro foi a 2009/10, quando a fatia foi de 60,3%. No último ciclo, a preferência pelo etanol foi determinada pela fraqueza do mercado de açúcar, cujos preços mal pagavam o custo de produção, e pelo início de aquecimento do mercado de etanol.

Neste ciclo, a demanda pelo etanol continuou crescendo de forma surpreendente, segundo um executivo de uma grande companhia do setor, ocupando o espaço que a gasolina tem deixado por estar muito cara aos consumidores. Com o consumo em disparada, os estoques físicos de etanol (anidro e hidratado) registrados pelo Ministério da Agricultura estão quase 30% menores. Somavam 5,8 bilhões de litros em 1º de agosto, frente a 8,2 bilhões um ano antes.

A combinação de uma demanda aquecida e com os baixos estoques está puxando os preços do etanol em pleno pico de safra, aumentando a distância entre a remuneração que o produto gera à usina em relação ao que o açúcar oferece.

Na semana de 12 a 16 de agosto, o indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado que sai das usinas de São Paulo subiu pela oitava semana consecutiva e ficou em R$ 1,7452 o litro - patamar 25,5% superior ao indicador do mesmo período da safra passada e acima, até, do valor médio registrado pelo indicador nos três primeiros meses deste ano (R$ 1,6963 o litro), em plena entressafra do Centro-Sul.

As usinas, porém, ainda estão cautelosas quanto à estratégia que ditará o ritmo das vendas até o fim da temporada. Após apresentarem seus resultados do primeiro trimestre, a maioria das empresas com ações listadas concordou que a demanda está elevada e que o Centro-Sul deve ter uma safra mais alcooleira. Porém, há um receio de que, como na temporada passada, uma aposta forte em carregar muito etanol para a entressafra pressione os preços numa época em que isso não costuma acontecer.

Maior produtora de etanol do país, a Raízen Energia direcionou 51% da cana processada no primeiro trimestre para o etanol, 1 ponto percentual a menos do que um ano atrás. A companhia reduziu as vendas no primeiro trimestre para carregar o produto em estoques para "quando a rentabilidade for maximizada", disse Phillipe Casale, gerente de relações com investidores da Cosan, sócia da Shell na Raízen.

Ele não indicou quando as vendas devem ser concentradas. Mas, para evitar sustos, a empresa tem atuado com futuros de gasolina, o que lhe garantiu no trimestre o maior preço médio de etanol das três empresas com ações listadas no Brasil, de R$ 1.916 o metro cúbico.

O Grupo São Martinho também teve um perfil mais açucareiro no primeiro trimestre, fruto de injunções climáticas e do cumprimento de contratos de açúcar. Seu mix de produção tem sido decidido dia a dia, mas as vendas deverão ser menos concentradas na entressafra do que em 2018/19, embora a oferta total de etanol deva ser impulsionada pela maior moagem de cana. Em teleconferência com analistas, Felipe Vicchiato, diretor financeiro da empresa, disse acreditar que os preços do etanol devem convergir para os 70% de paridade com a gasolina na entressafra.

Por sua vez, a Biosev elevou sua aposta no etanol já desde o primeiro trimestre, elevando a parcela da cana voltada ao biocombustível para 66,3%, ante 64,9% no mesmo trimestre do último ciclo. Ao Valor, Juan Blanchard, CEO da companhia, disse que a expectativa é que a produção do Centro-Sul seja mais alcooleira que na safra passada e que a tendência para os preços é de maior estabilidade, com menor potencial de alta na entressafra.

Listada na bolsa de Nova York, a Adecoagro também maximizou sua produção de etanol, destino de 75% da matéria-prima processada entre abril e junho, ante 73% no mesmo período de 2018. Porém, a empresa indicou que deve ter uma estratégia menos agressiva de carregamento de estoques, "considerando o cenário construtivo de preços de etanol para frente".

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Fonte: Valor Econômico

12. Bioflex registrou prejuízo de R$ 5,7 milhões em 2018

A Bioflex, usina de etanol de segunda geração (que utiliza biomassa como matéria-prima) controlada pela GranBio e localizada em São Miguel dos Campos (AL), voltou a registrar prejuízo no ano passado, embora menor que o de 2017.

De acordo com balanço divulgado hoje no Diário Oficial de São Paulo, a usina de etanol celulósico teve prejuízo de R$ 5,669 milhões em 2018, ante prejuízo de R$ 53,032 milhões no ano anterior. A receita líquida da empresa alcançou R$ 24,254, mesmo patamar de 2017

Constituída em 2011, a usina acumulou até 2018 prejuízo de R$ 129,293 milhões. Ante mais um ano de perdas, a Granbio realizou um aporte direto na Bioflex de R$ 100,207 milhões no ano passado e fez, ainda, um adiantamento para futuro aumento de capital na usina de R$ 74,793 milhões.

Diferentemente do observado nos últimos anos, a Bioflex registrou resultado operacional positivo no ano passado. O resultado antes de despesas e receitas financeiras ficou em R$ 30,895 milhões, ante resultado negativo de R$ 54,093 milhões nessa mesma linha do balanço de 2017.

As despesas financeiras, porém, tiveram forte crescimento no ano passado e somaram R$ 37,391 milhões, ante R$ 237 mil contabilizados em 2017, levando o resultado líquido para o campo negativo.

A dívida líquida da Bioflex era de R$ 463,145 milhões no fim de 2018, 2,6% acima do montante registrado um ano antes.

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Fonte: Valor Econômico

Grãos e Grandes Culturas

13. Valor 1000:Medidas antipáticas são necessárias para crescer, diz Coamo

O diretor presidente da Coamo, José Aroldo Galassini, defendeu a necessidade de o governo tomar medidas antipáticas, como cortes de despesas, e fazer as reformas tributária, da Previdência e política para que o país saia da situação econômica em que se encontra. “Se o governo não tomar essas medidas não vejo melhorias”, afirmou. A cooperativa faturou R$ 14,8 bilhões em 2018.

“Achei boa a mudança para um governo mais conservador, a redução da corrupção já ajuda muito, mas as medidas são difíceis e precisam ser tomadas. Esperamos que o pessoal bote os pés no chão e comece a trabalhar realmente.”

Segundo ele, ainda que a reforma da Previdência esteja bem encaminhada, ainda não é suficiente para estimular novos investimentos, uma vez que ainda há incertezas sobre o texto final. “O país precisa tomar medidas antipáticas para sair da situação em que está. A reforma da previdência poderá corrigir essas questões e colocar o país nos eixos.”

Galassini avalia que a guerra comercial entre China e Estados Unidos deve continuar a beneficiar o agronegócio brasileiro, ainda que o diretor espere um desfecho próximo para o embate entre Washington e Pequim.

“Não acredito que essa briga vai continuar muito, eles vão negociar, e quando isso acontecer haverá um equilíbrio (na demanda chinesa pela soja americana e brasileira) e o benefício que nós temos hoje poderá diminuir”. No entanto, a oleaginosa brasileira ainda deve se manter atrativa para os chineses. “Enquanto o acordo não acontecer e mesmo nos meses posteriores a ele, haverá um interesse pelo produto brasileiro por uma questão de garantia.”

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Fonte: Valor Econômico

14. Nestlé lança novo formato de apoio a produtores de cacau

A Nestlé, em parceria com a empresa Barry Callebaut, lançou este ano um novo formato de suporte técnico e verificação voltado a produtores de cacau, denominado Padrão NCP. O padrão, que faz parte de seu programa global Nestlé Cocoa Plan, prevê apoio técnico e auditoria externa.

No Brasil, a iniciativa hoje atende 107 produtores na Bahia e no Espírito Santo – sendo 98 propriedades rurais só em território baiano. O objetivo, segundo a companhia, é incentivar boas práticas na produção da matéria-prima por meio de quesitos como aumento da qualidade, sustentabilidade do plantio, adequação à normas técnicas e trabalhistas, entre outros.

Para se adequarem ao Padrão NCP, os participantes recebem visitas anuais de técnicos agrícolas, que verificam o atendimento dos critérios e fornecem orientações sobre como eles podem adaptar a esses quesitos e estimular boas práticas produtivas. Os participantes também passam por verificações em grupo realizada por auditoria externa.

Também fazem parte do programa da Nestlé outras iniciativas, como a realização de eventos técnicos e de capacitação nas regiões onde a empresa atua com o Cocoa Plan. Entre outubro e novembro, a companhia realizará três encontros no formato “Dia de Campo” na Bahia e um no Espirito Santo, voltados para técnicos, produtores e estudantes, com foco em manejo nutricional, poda e sustentabilidade na produção de cacau.

Desde 2017, em parceria com a empresa RR Agroflorestal e algumas fazendas, a Nestlé mantém, ainda, nove áreas demonstrativas onde realiza testes e experimentos para aprimorar a utilização de fertilizantes com o objetivo de aumentar a produtividade em lavouras de cacau.

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Fonte: Valor Econômico

15. Mais cacau no Pará

Os impactos do clima para a produção de café no Brasil já estão sendo sentidos pela maior cooperativa do país, a mineira Cooxupé, com sede em Guaxupé. Por causa das intempéries, o grupo estima um menor recebimento do produto este ano do que projetou inicialmente.

"Até o momento, colhemos 95% da nossa área produtiva e recebemos dos cooperados e de terceiros 4,1 milhões de sacas de café arábica, o que mostra que não iremos bater a nossa meta de 5,7 milhões de sacas até o final de setembro", disse o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo ao Valor. Segundo ele, o volume total entregue à cooperativa deve ficar 8,8% abaixo disso e somar de 5 milhões de sacas a 5,2 milhões de sacas.

A expectativa de recebimento dos associados foi estimada em até 4 milhões de sacas de 60 quilos, enquanto a de terceiros tem teto de 1,2 milhão de sacas.

Segundo ele, embora não seja possível precisar ainda os impactos na safra do ano que vem, é seguro afirmar que "a colheita em 2020 será no máximo igual à de 2018". Em 2018, ano de bienalidade positiva para a cultura, o recebimento de café dos cooperados da Cooxupé e de terceiros alcançou 6,451 milhões de sacas.

Os números foram divulgados ontem durante o I Fórum Técnico Café e Clima, organizado pela cooperativa para discutir com especialistas o impacto dos fatores climáticos para o desempenho que se observa agora. "O contato com os pesquisadores nos trouxe tranquilidade para divulgar uma prévia do que podemos esperar para o ano que vem", afirmou Rodrigues de Melo.

No caso deste ano, estão sendo colhidos também os frutos de uma série de problemas climáticos para as lavouras, segundo ele. Desde dezembro de 2018, o clima apresentou variações que geraram reflexos nos cafezais. Foram chuvas irregulares, altas temperaturas, geadas e floradas também irregulares. Além disso, a exposição das lavouras a uma grande amplitude térmica - com temperaturas mínimas de 14°C e máximas de 36°C - foi apontada como um fator que comprometeu o metabolismo dos cafeeiros.

Conforme Rodrigues de Melo, na reta final da colheita da Cooxupé deverá aumentar o recebimento de grãos de menor tamanho. "São aqueles que não tiveram maturação perfeita e caíram no chão, e que os produtores vão tentar 'levantar' até o final da colheita", disse. Segundo ele, enquanto há sol, há colheita de café, mas quando ele se despede a perda é certa, o que os trabalhos terminarem.

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Fonte: Valor Econômico

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