Conjuntura do Agronegócio

1. “Agricultura e Economia precisam andar alinhados em agenda comercial”

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu nesta quarta-feira que sua Pasta e a da Economia estejam alinhadas em questões ligadas à abertura comercial envolvendo o setor de agronegócios.

O Valor mostrou nesta semana que a bancada ruralista, que era liderada por Tereza até o ano passado e é seu principal grupo político de apoio, começou a contestar a agenda liberal proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que inclui medidas de livre comércio.

Ontem, Tereza esteve com o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcos Troyjo, e tratou de temas como medidas compensatórias ao fim das tarifas antidumping ao leite em pó importado da União Europeia e da Nova Zelândia. A secretaria de Troyjo foi responsável pela revogação da proteção, que vigorou por 18 anos.

“As reuniões serão muito frequentes, porque os dois ministérios têm que andar muito alinhados para que a gente trabalhe numa agenda de abertura sabendo quais os prós e contra das ações”, afirmou Tereza após seminário sobre autocontrole promovido pelo Ministério da Agricultura no Tribunal de Contas da União (TCU).

Tereza Cristina informou que, no caso do leite em pó, o problema está superado. O governo brasileiro já fez uma consulta à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre seu direito de retaliar a União Europeia, conquistado recentemente por causa de salvaguardas aplicadas pelo bloco europeu ao aço brasileiro. A ideia é que o Brasil possa incluir, numa lista com outros produtos importados da UE, o aumento de tarifa de importação do leite em pó de 28% para 42,8%.

A ministra afirmou que o Ministério da Economia está monitorando o ritmo de liberação de guias de importação do leite europeu. E, a depender dos volumes importados, poderá aplicar a tarifa maior. “As coisas estão evoluindo muito bem. Estamos aguardando uma resposta da UE e se não responderem, da OMC.”

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Fonte: Valor Econômico

2. Ministra quer enviar PL do autocontrole ao Congresso até abril

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pretende enviar ao Congresso o projeto de lei que vai regulamentar o autocontrole para agroindústrias ainda durante os 100 primeiros dias de governo. O tema é uma das principais bandeiras de Tereza.

Segundo a ministra, a Pasta trabalha com um “boneco” da minuta do PL a ser encaminhado ao Legislativo, mas a ideia é, antes de enviá-lo, debater o texto com auditores fiscais e empresas do setor.

Práticas de autocontrole já são previstas para frigoríficos, fábricas de pescado, mel e ovos, mas a ministra pretende ampliar seu escopo para indústrias de fertilizantes, rações e bebidas, entre outras.

"O autocontrole não é novidade, já acontece em vários segmentos. O que precisamos é modernizar e caminhar para frente. O Brasil tem um potencial enorme de produção e o ministério a cada dia terá menos perna para isso", afirmou hoje a ministra após seminário sobre autocontrole promovido pelo Ministério da Agricultura no Tribunal de Contas da União (TCU).

Com o autocontrole, a ideia é dar mais responsabilidade às empresas nos processos de produção e qualidade dos produtos, dispensando fiscalização frequente ou permanente em algumas etapas sempre que possível. O ministério tem sido muito criticado por países importadores nos últimos anos pela carência de fiscais para auditar a fabricação de alimentos.

“Vocês comprariam de uma marca que não fosse idônea e que estivesse todo dia no jornal com problema? Quem é responsável por esse padrão de segurança é o dono da marca. Quantas marcas já desapareceram? Então vamos fazer adaptação das regras. Algumas coisas precisam de lei, outras de normas”, afirmou Tereza a jornalistas.

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Fonte: Valor Econômico

3. PL do autocontrole é vago, mas eleva valor de multas

O Ministério da Agricultura pretende elevar de R$ 15 mil para até R$ 2 milhões o valor máximo das multas cobradas de agroindústrias que desrespeitarem regras previstas no projeto de lei do autocontrole de processos produtivos das empresas do setor, que a ministra Tereza Cristina quer enviar para votação no Congresso até abril.

Considerada vaga por especialistas, a minuta do projeto de lei que o ministério prepara para regulamentar e ampliar o escopo do autocontrole no país, obtida pelo Valor, prevê que programas possam ser implantados e monitorados pelas próprias companhias ou por "entidades de terceira parte" contratadas por ela e credenciadas pelo ministério.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) teme que essa medida abra espaço para a "terceirização" da fiscalização e inspeção de carnes e outros alimentos. O secretário de Defesa Agropecuária do ministério, José Guilherme Leal, garante, porém que a Pasta não dispensará a fiscalização nos estabelecimentos e auditará as "entidades" credenciadas.

Com o autocontrole ganhando "força de lei", a ideia é dar mais responsabilidade às empresas nos processos de produção e qualidade dos produtos, dispensando fiscalização frequente ou permanente em algumas etapas sempre que possível. O ministério tem sido muito criticado por países importadores nos últimos anos pela carência de fiscais para auditar a fabricação de alimentos.

Ainda que queira enviar o PL ao Congresso durante os 100 primeiros dias de governo, a ministra Tereza Cristina quer, antes, debater o texto com auditores fiscais e empresas do setor.

"O autocontrole já acontece em vários segmentos. O que precisamos é modernizar e caminhar para frente. O Brasil tem um potencial enorme de produção e o ministério a cada dia terá menos perna para isso", afirmou Tereza ontem, após seminário sobre o assunto promovido pelo ministério no Tribunal de Contas da União (TCU).

"Vocês comprariam de uma marca que não fosse idônea e que estivesse todo dia no jornal com problema? Quem é responsável por esse padrão de segurança é o dono da marca. Quantas marcas já desapareceram? Então vamos fazer adaptação das regras. Algumas coisas precisam de lei, outras de normas", afirmou a jornalistas.

A minuta do PL, no entanto, traz apenas comandos gerais sobre autocontrole, e adianta que as regulamentações para cada cadeia industrial virão posteriormente em forma de portarias ou instruções normativas. O texto já recebe críticas de fiscais, para os quais uma nova lei sobre o assunto é "desnecessária".

Enquanto as sanções às empresas que cometerem irregularidades - como fechamento de fábricas ou multas - já são previstas no arsenal de normas regulatórias de fiscalização agropecuária no país, questões como recall, por exemplo, que está no PL, constam do Código de Defesa do Consumidor. O Brasil adota práticas de autocontrole em algumas etapas das produção desde a década de 1970. Tais práticas são mais aplicadas por frigoríficos, fábricas de pescado, mel e ovos.

Tereza Cristina, porém, pretende ampliar o escopo do autocontrole para indústrias fertilizantes, rações e bebidas. E continua a garantir que a medida não incluirá as etapas anterior e posterior ao abate de animais, que continuarão a exigir inspeção permanente, pelo risco de perda de mercados internacionais.

"Privatização de inspeção não pode existir, porque não há sistema de exportação sem chancela oficial. O autocontrole é necessário para uma nova fase de negócios e competitividade", disse Antônio Camardelli, presidente da Abiec, que representa frigoríficos exportadores.

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Fonte: Valor Econômico

Insumos

4. Ministério da Agricultura anuncia crédito adicional para investimentos

O Ministério da Agricultura anunciou há pouco que remanejará verbas deste Plano Safra 2018/19 de modo a oferecer mais R$ 791 milhões para operações de investimentos dos produtores. A medida foi autorizada pelo BNDES.

O Moderfrota, linha destinada à aquisição de máquinas agrícolas cuja demanda se mostra particularmente aquecida, receberá a maior parte da suplementação — R$ 470 milhões, dos quais R$ 390 milhões com juros de 7,5% ao ano e R$ 80 milhões com taxa de 9,5%.

O Programa ABC, destinado a incentivar uma agricultura de baixo carbono no país, receberá mais R$ 95 milhões; o PCA, voltado à construção e ampliação de armazéns, terá R$ 76 milhões a mais; o Prodecoop, que beneficia cooperativas, contará com outros R$ 43 milhões; e Moderagro, Pronamp Investimento, Moderinfra e Inovagro dividirão o valor restante.

Segundo o ministério, os juros dessas linhas variam de 5,25% a 7%, com prazo de carência médio de três anos.

“A medida concede fôlego adicional ao crédito de investimento, principalmente para o Moderfrota, cuja expectativa de contratações é alta, por ocasião das próximas feiras agropecuárias, que intensificam a venda de máquinas e implementos agrícolas”, diz Wilson Vaz, diretor do Departamento de Financiamento e Informação da Secretaria de Política Agrícola do ministério, em comunicado.

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Fonte: Valor Econômico

5. Argentina Satus Ager compra brasileira Tecnoseeds

A argentina Satus Ager, que presta serviços para a produção, condicionamento e exportação de sementes em diversos países do mundo, informou que acaba de fechar a compra da brasileira Tecnoseeds, do mesmo segmento que conta com cinco unidades nas Américas. O valor do negócio não foi revelado.

A aquisição marca a estreia da Satus no Brasil. A empresa foi fundada em 1996 e é controlada pela empresa de private equity Victoria Capital Partners (VCP), administrada por profissionais do ramo de vários países latino-americanos.

“Após a fusão entre as duas empresas, nos tornaremos um dos maiores provedores de serviços do mundo, e essa nova dimensão nos permitirá continuar apoiando nossos clientes na liberação de novos produtos e tecnologias, além de cumprir suas próprias estratégias de crescimento”, diz Martin Jarmoluk, CEO da Satus Ager, em comunicado.

“Com operações na Argentina, Chile, Uruguai e México, essa aquisição e expansão da Satus Ager no Brasil confirma a estratégia da VCP de investir em empresas líderes, com histórico comprovado e potencial de crescimento em outros países da região, incluindo o Brasil, o quarto maior mercado de sementes no mundo”, afirma Alexandre Dias, sócio da Victoria Capital Partners em São Paulo, no mesmo comunicado

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Fonte: Valor Econômico

6. Vendas líquidas da Corteva deverão crescer até 2% em 2019

A Corteva, divisão agrícola da americana DowDuPont, projetou que suas vendas globais deverão crescer entre 1% e 2% em 2019. Em 2018, foram US$ 14,3 bilhões. Em nota, a companhia informou que qualquer crescimento acima do mercado será dificultado por uma pressão cambial esperada da ordem de US$ 350 milhões, principalmente nas vendas em euro e em real.

A empresa também divulgou projeções para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) operacional. A perspectiva é que o o Ebitda alcance US$ 2,8 bilhões, 4% mais que em 2018. Caso sejam excluídos os efeitos cambiais, o crescimento estimado é de 7%. A projeção considera US$ 100 milhões de crescimento e US$ 300 milhões de sinergias de custos após a fusão entre Dow e DuPont. Esse ganhos devem ser pressionados em US$ 200 milhões por aumento de custos, investimentos e outros ventos contrários.

A projeção de receita da empresa para 2019 assume vendas entre estáveis e com avanço de até 1% maiores no caso de sementes e um aumento de 2% a 3% nas vendas de defensivos agrícolas, excluindo o impacto cambial. Também pressupõe a estabilização dos preços das commodities, à medida que os estoques de produtos agrícolas começam a cair, abrindo caminho para um crescimento no mercado geral a partir de 2020.

A empresa também supõe uma mudança na área plantada dos Estados Unidos de soja para trigo, milho e algodão. A Corteva espera que essa mudança, que deverá ser marcada por um aumento da área plantada de milho em detrimento da soja, seja neutra em termos de margens.

A multinacional ainda espera gastos de capital de aproximadamente US$ 650 milhões neste ano. A Corteva também estima uma taxa de impostos operacional para o ano inteiro na faixa de 19% a 21%.

No médio prazo, a DowDuPont estima que a Corteva vá apresentar crescimento de vendas entre 3% e 5% ao ano, com crescimento orgânico entre 1% e 2% acima do mercado em sementes e entre 1,5% e 2,5% acima do mercado em proteção de cultivos. Essas expectativas excluem potenciais impactos cambiais. No médio prazo, o Ebitda operacional da Corteva se beneficiará do crescimento de vendas, incluindo entrega de sinergia de custos e expansão de margem.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. Exportação registra bom desempenho e preço interno sobe

Os preços da carne de frango in natura têm apresentado altas expressivas no correr deste mês quando comparados aos observados no final de janeiro. O impulso às cotações vem do ritmo aquecido dos embarques brasileiros da proteína e da menor oferta doméstica – vale lembrar que o mercado esteve desfavorável ao setor em boa parte de 2018, o que levou avicultores a diminuírem a produção.

No acumulado de fevereiro (até o dia 20), o frango inteiro congelado, negociado no atacado da Grande São Paulo, se valorizou expressivos 5,1%, com o preço médio a R$ 4,34/kg na quarta-feira, 20. Para o produto resfriado, a alta foi ainda mais intensa, de 8,2%, no mesmo comparativo, com negócios a R$ 4,42/kg no dia 20.

Dentre os cortes acompanhados pelo Cepea no mercado paulista, o peito de frango resfriado foi o que teve maior impulso nos preços, de 8,5% no acumulado parcial de fevereiro, com valor médio de R$ 5,67/kg na quarta-feira. No mesmo comparativo, os preços de outros produtos resfriados também se elevaram: o coração se valorizou 3%, o filé, 1,8%, e a coxa/ antecoxa, 1,6%.

Mercado externo – Segundo dados da Secex, nos primeiros 11 dias úteis deste mês, a quantidade média diária de carne de frango exportada pelo Brasil foi de 16,84 mil toneladas, volume 42,1% superior ao registrado em janeiro, quando estava em 11,85 mil t/dia. Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês (20 dias úteis), o volume total exportado pelo País pode atingir 336,81 mil t, avanço de 29% frente à quantidade embarcada nos 22 dias úteis de janeiro.

Ainda considerando-se os dados parciais da Secex, entre janeiro e fevereiro, o preço da carne vendida pelo Brasil ao front externo subiu 1,8%, passando de US$ 1.563,14/t para US$ 1.590,51/ t. Desse modo, nos 11 dias úteis de fevereiro, as exportações diárias registraram arrecadamento médio de US$ 26,78 milhões. Se essas condições forem mantidas até o final do mês, a receita pode totalizar US$ 535,7 milhões, alta de 31,5% em relação a janeiro, quando o montante foi de US$ 407,48 milhões.

Insumos – Entre 13 e 20 de fevereiro, as cotações do farelo de soja negociado nas regiões de Chapecó (SC) e de Campinas (SP) recuaram 3% e 1,6%, respectivamente, passando para R$ 1.194,67/tonelada e R$ 1.205,65/t na quartafeira. Já quanto ao milho, no mesmo comparativo, houve valorização de 1% no produto comercializado na praça paulista e retração de 0,5% na catarinense, com a saca de 60 quilos do cereal a R$ 40,50 em Campinas e a R$ 37,28 em Chapecó, também no dia 20.

Notícia na ítnegra

Fonte: Cepea/Esalq/Agrolink

8. BOI/CEPEA: pecuária brasileira tem produtividade recordeS&P Global rebaixa nota da BRF de ‘BB’ para ‘BB-’

A produtividade da pecuária nacional (quilogramas por animal) atingiu patamar histórico em 2018, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) neste mês. Vale lembrar que o número de animais abatidos no ano passado também cresceu, sendo o maior desde 2014.

Segundo pesquisadores do Cepea, esses números mostram a evolução da pecuária nacional, que vem respondendo a investimentos realizados nos últimos anos, especialmente após a forte seca enfrentada pelo Centro-Sul brasileiro entre 2013 e 2014, que resultou em redução do rebanho e da produtividade nacional.

Em 2018, a produtividade média do rebanho brasileiro (considerando-se boi, vaca, novilho e novilha) foi de 249,35 kg/animal, a mais alta da série, 0,2% maior que a de 2017, 4,86% acima da de 2014 e 5,07% superior à de 2013. Em termos de produtividade, no quarto trimestre de 2018, registrou-se a segunda maior marca da história, de 253,39 kg/animal, atrás apenas (em 0,39%) da observada no terceiro trimestre do mesmo ano.

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Fonte: Cepea/Esalq/Agrolink

9. Mercado de leite cresceu 0,5% em volume e 4% em valor no Brasil, diz Mintel

O mercado de leite no Brasil em 2018 cresceu 0,5% em volume, para 7,408 bilhões de litros, e 4% em valor, para R$ 22,419 bilhões, ante o ano anterior. A estimativa é da Mintel, empresa de pesquisas de mercado.

Segundo a Mintel, o mercado sofreu com a greve dos caminhoneiros por causa do aumento de preços nos produtos, que ficou em falta nos supermercados. Além disso, parte da coleta do alimento não foi feita durante a greve e uma parcela do leite que foi coletado estragou nos caminhões parados. Mais: a dieta dos animais durante a paralisação piorou.

A empresa diz, ainda, que o mercado de leite de origem animal "parece já ter alcançado o seu potencial" no Brasil, e que a previsão de crescimento do setor para o futuro é modesta.

Opções à base de vegetais são parte do motivo para a expectativa negativa. A Mintel cita também que a lenta retomada da economia brasileira contribuirá para o fraco crescimento do setor: "De acordo com a previsão da Mintel, em 2023 o valor do mercado deverá chegar a R$ 27,097 bilhões e o volume deverá atingir 7,984 bilhões de litros", diz um resumo do estudo, que destaca que não deve haver picos de crescimento do volume e o valor deve apenas acompanhar a inflação.

Uma possibilidade de crescimento do leite animal é a produção sem lactose. A pesquisa aponta que 10% dos brasileiros consumiram leite de vaca sem lactose nos três meses antes da pesquisa, mas apenas 5% afirmou ser intolerante à lactose.

A Mintel revela que parte desse consumo sem lactose vem de pessoas que têm intolerância à lactose na família e não querem comprar dois produtos diferentes. Marcas também poderiam, segundo a Mintel, produzir embalagens menores de leite para que cada um possa consumir o tipo de leite que preferir.

Preocupação com hormônios e método de produção

A pesquisa da Mintel mostra que 14% dos consumidores brasileiros acham que o leite de vaca tem muitos hormônios. Além disso, 15% dos entrevistados pela pesquisa afirmam ter mudado a marca de leite por motivos ligados à segurança do método de produção.

A Mintel afirma que a imagem da indústria de leite foi prejudicada pelo "elevado número de casos de adulteração ocorridos nos últimos anos" e pela cobertura da mídia desses casos.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

Agroenergia

10. Raízen vê nova safra de cana "um pouco melhor"; aponta maior consumo de combustíveis

O volume da nova safra de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil será um pouco maior que o registrado na temporada atual, em que usinas voltaram a sofrer os efeitos do tempo adverso e do envelhecimento dos canaviais, disse nesta quinta-feira o presidente da Raízen, maior produtora global de açúcar e etanol de cana.

“A safra deve ser um pouco melhor este ano porque o clima esteve um pouquinho melhor neste começo do ano, mas não será acima de 600 milhões de toneladas”, disse Luís Henrique Guimarães a jornalistas, após participar de seminário no Rio de Janeiro.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontou em dezembro que a próxima safra do centro-sul do Brasil (2019/20) teria um volume semelhante ao da atual, que será encerrada em março de 2019 com uma moagem de cerca de 570 milhões de toneladas.

O presidente da Raízen destacou que o consumo de etanol em 2019 vai depender das cotações do petróleo, da gasolina e do açúcar, que compete com o etanol pela mesma matéria-prima.

Guimarães ressaltou, contudo, que deverá haver uma expansão dos combustíveis do ciclo Otto (gasolina e etanol) este ano, em meio a uma esperada melhora na economia. A Raízen também figura como uma das mais distribuidora de combustíveis do país.

Em 2018, de acordo com dados da agência reguladora ANP, o mercado de combustíveis – incluindo diesel e outros – ficou estagnado, com o consumo de gasolina caindo 13 por cento e o de etanol hidratado, mais competitivo, registrando um salto de 42 por cento.

“O ciclo Otto deve crescer (este ano). A gente vem de dois anos muitos ruins do consumo total de gasolina mais etanol, apesar do etanol ter crescido muito”, disse.

O presidente da Raízen demonstrou mais otimismo em relação às perspectivas para a economia brasileira, o que deve trazer reflexos positivos sobre a demanda por combustíveis.

“A gente entra no ano bem mais animado que no ano passado, com uma recuperação da economia, PIB crescendo, melhoria de renda do consumidor. O que determina o mercado é renda e crescimento”, disse ele, ressaltando que o otimismo também tem relação com a perspectiva de reforma da Previdência, além da regulamentação do programa RenovaBio.

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Fonte: Reuters/Novacana

11. Altas na gasolina e economia impulsionam perspectivas para etanol perto de safra

Os crescentes preços da gasolina no Brasil e a melhora do panorama econômico em 2019 estão impulsionando a perspectiva para a venda de etanol, e usinas podem mais uma vez se inclinar em direção ao biocombustível e para longe do açúcar, conforme a nova safra de cana se aproxima.

O etanol permanece mais atrativo no momento e as usinas provavelmente irão favorecer fortemente a produção do biocombustível, com a colheita de cana de 2019/20 da região centro-sul se iniciando em abril, de acordo com analistas e uma importante empresa do setor.

As usinas brasileiras usaram no ano passado apenas 35 por cento da cana para a produção de açúcar, mínima recorde.

O restante foi consumido pela produção de etanol, conforme as vendas do etanol hidratado, que compete com a gasolina nas bombas, avançaram 42 por cento, com as usinas buscando, ainda, escapar do baixo preço global do açúcar.

Uma repetição da situação em 2019, mesmo se não tão extrema como no último ano, pode dar mais força para uma mudança no mercado global do açúcar, de um excedente para um déficit.

A Petrobras aumentou os preços da gasolina nas refinarias diversas vezes nos últimos dias, como consequência dos valores mais altos do petróleo. Nesta semana, a gasolina atingiu seu maior valor desde novembro.

Esse movimento abre caminho para que os preços do etanol também aumentem, melhorando as margens de lucro das usinas.

Luís Henrique Guimarães, CEO da Raízen, maior produtora mundial de açúcar e líder da produção de etanol no Brasil, declarou nesta quinta-feira que a demanda por combustível no país deve crescer em 2019, pela primeira vez em três anos.

"Vemos uma recuperação da economia com o PIB crescendo, melhoria de renda do consumidor. A demanda por combustível deve crescer”, ele disse, acrescentando que a empresa está otimista para o etanol em 2019.

Plinio Nastari, presidente da consultoria de açúcar e etanol Datagro, vê os retornos atuais das vendas de açúcar bruto ainda em torno de 1 dólar por libra-peso, abaixo do equivalente em preços do etanol.

“O açúcar teria de subir para um prêmio acima do etanol para levar as usinas a produzirem mais”, declarou.

A corretora e consultoria INTL FCStone estima que os preços atuais do etanol em São Paulo, maior mercado de combustíveis do Brasil, estejam equivalentes a um hipotético preço de 14,39 dólares por libra-peso do açúcar, considerando os contratos futuros de Nova York.

João Botelho, analista de açúcar da FCStone, acredita que as usinas poderiam mudar levemente o mix em direção ao açúcar, devido à expectativa de um déficit no suprimento global do adoçante, mas ainda assim produziriam mais etanol do que açúcar quando o processamento de cana começar em abril.

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Fonte: Reuters/Nova Cana

12. Leilão da Usina Guaxuma é suspenso a pedido de João Lyra

O desembargador Klever Rêgo Loureiro, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), determinou a suspensão do leilão da Usina Guaxuma, iniciado na última quarta (20). A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta quinta-feira (21).

A usina faz parte da Massa Falida da Laginha Agro Industrial, do Grupo João Lyra. A suspensão do leilão atendeu a pedido feito pelo próprio João Lyra, que explicou haver interesse no arrendamento da Guaxuma por parte da Usina Coruripe Açúcar e Álcool, Usina Caeté e Cooperativa de Colonização Agropecuária e Industrial Pindorama Ltda. O industrial sustentou que essas empresas planejam cultivar cana e otimizar as áreas produtivas da usina, contribuindo para a criação de empregos e gerando riquezas para a região. Afirmou ainda que o arrendamento da Guaxuma seria a melhor opção para os credores da Massa Falida, tendo em vista a maximização dos ativos que ela geraria.

O desembargador Klever Loureiro deferiu o pedido de suspensão do leilão, a fim de que seja analisada a referida proposta de arrendamento.

“No caso ora em análise, claramente restaram comprovados, objetivamente, os requisitos 'fumus boni iuris' e o 'periculum in mora' a justificar o deferimento da medida ora pretendida, sobretudo quanto ao segundo requisito, eis que a demora na prestação jurisdicional poderá ocasionar grave dano ao impetrante, permitindo-se a alienação, medida extremada, quando seria possível o arrendamento, medida menos onerosa à massa falida”.

Leilão

O leilão dos imóveis rurais e do parque industrial da Usina Guaxuma teve início na tarde dessa quarta (20). Os imóveis e os equipamentos foram avaliados em R$ 667,2 milhões e em R$ 151,93 milhões, respectivamente.

Na primeira praça, que iria até 28 de fevereiro, os interessados precisariam dar lance mínimo de 49% do valor avaliado dos bens. Caso não houvesse comprador, seria aberta a segunda praça, com lance mínimo de 45% até o dia 12 de março.

A maior parte dos imóveis está localizada em Coruripe, mas há terras também em Campo Alegre, Teotônio Vilela e Junqueiro. Os terrenos somam 17 mil hectares.

Entre os equipamentos que iriam a leilão estavam balança rodoviária, ponte rolante, caldeira de alta pressão, distribuidor de bagaço, secador de açúcar, destilaria, gerador de energia e compressor de ar.

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Fonte: TJAL/NovaCana

Grãos e Grandes Culturas

13. Apesar do prejuízo do 4º tri, Bunge lucrou mais em 2018

A americana Bunge, uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, registrou prejuízo líquido de US$ 65 milhões no quarto trimestre de 2018, 8,3% maior que no mesmo período de 2017. Apesar desse resultado, a multinacional fechou o ano com lucro de US$ 267 milhões, 66,9% superior ao do exercício anterior.

A receita líquida dos três últimos meses de 2018 foi de US$ 11,543 bilhões, levemente abaixo da registrada no quarto trimestre de 2017 (US$ 11,605 bilhões). Com isso, a receita líquida da Bunge alcançou US$ 45,743 bilhões no ano passado, mesmo patamar de 2017.

"Embora 2018 tenha sido substancialmente melhor que 2017, não estamos satisfeitos com esses resultados e sabemos que a Bunge tem ativos e pessoas para gerar um melhor desempenho no futuro. Nos últimos meses, a empresa tomou várias medidas significativas e positivas para se reposicionar rumo a um crescimento sustentável, incluindo o anúncio de uma transição de liderança e o aprimoramento de sua equipe, renovando nossa diretoria e estabelecendo um comitê de revisão estratégica", afirmou, em nota, a presidente do conselho de administração da Bunge, Kathleen Hyle.

Ainda de acordo com a executiva, esse comitê está aprofundando uma revisão completa de todos os negócios da Bunge. "Ao mesmo tempo, estamos comprometidos em lidar com ativos de baixo desempenho como parte de nosso esforço para aumentar valor para os acionistas".

As vendas líquidas da divisão de agribusiness da companhia somaram US$ 8,114 bilhões de outubro a dezembro de 2018, avanço de 2,7% ante o mesmo período de 2017. Em todo o ano passado, o segmento agrícola gerou vendas de US$ 32,206 bilhões, alta de 1,5%. Já o lucro antes dos juros e tributos (Ebit) ficou em US$ 70 milhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 27,3%, e em US$ 737 milhões em 2018 como um todo, um crescimento de 69%.

No último trimestre do ano, a divisão de agribusiness gerou Ebit de US$ 33 milhões, alta de 26,9%, e em todo o ano o Ebit acumulado do segmento ficou em US$ 645 milhões, 2,5 vezes maior que em 2017.

Em nota, a Bunge apontou que a divisão de agribusiness foi negativamente impactada pela redução no valor da soja brasileira no último trimestre do ano passado, já que fatores relacionados ao comércio e à demanda da China fizeram com que os preços convergissem para o nível de cotações das novas safras dos EUA.

Segundo a Bunge, a perda associada a essa queda de preços foi de cerca de US$ 125 milhões e impactou os resultados no comércio e distribuição de sementes oleaginosas e na originação de grãos. Segundo a companhia, o segmento de agribusiness gerou prejuízo líquido de US$ 58 milhões em 2018, ante perda de US$ 61 milhões no ano anterior.

Em nota, a Bunge apontou que, na área de oleaginosas, as margens estruturais de esmagamento de soja foram maiores no quarto trimestre nos Estados Unidos, na Europa, no Brasil e na Ásia, devido às condições de mercado mais favoráveis.

Os volumes totais de esmagamento de soja foram semelhantes aos registrados em 2017. Os resultados no processamento de sementes de "softs commodities" foram maiores, uma vez que as margens estruturais maiores na Europa mais do que compensaram as menores margens no Canadá.

Nos grãos, os resultados da originação caíram devido a margens e volumes estruturais menores, que foram impactados pela queda na demanda de soja da China. Os resultados no comércio e distribuição foram semelhantes aos de 2017.

Durante teleconferência com analistas, os executivos da empresa reforçaram que avaliam vender ou montar uma jointventure, que podem negociar ativos. "Tudo está sobre a mesa agora", disse Greg Heckman, CEO interino da múlti. Os ativos de açúcar estão à venda no Brasil. No ano passado, a Bunge tentou fazer a oferta pública inicial de ações (IPO), mas adiou o processo.

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Fonte: Valor Econômico

14. Camil emite debêntures com vistas a pagar açúcar

O Conselho de Administração da Camil Alimentos, grande empresa comercializadora de arroz e feijão, entre outros produtos, no Brasil e em países vizinhos, aprovou a realização da oitava emissão de debêntures simples da empresa, não conversíveis em ações, no valor de até R$ 720 milhões.

Serão duas séries vinculadas à emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA). Os bancos que vão intermediar a operação são BB Banco de Investimento S.A., Itaú BBA S.A., Bradesco BBI S.A. e BTG Pactual S.A.

Em comunicado divulgado ontem, a Camil informou que o valor unitário das debêntures será de R$ 1 mil e não haverá correção monetária ou qualquer outra.

A primeira série de debêntures pagará até 98% da taxa DI, com amortização integral e prazo de vencimento fixado em 1.554 dias contados da data de emissão.

As debêntures da segunda série terão juros remuneratórios de até 101% da taxa DI, com amortização integral e prazo de vencimento estabelecido em 2.283 dias contados da data de emissão.

A Camil usará os recursos exclusivamente para cumprir os pagamentos pela compra de açúcar assumidos pela companhia.

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Fonte: Valor Econômico

15. Cooxupé avança de olho no clima e em qualidade

O maior volume de chuvas registrado em fevereiro no cinturão cafeeiro mineiro amenizou a preocupação dos produtores com o desenvolvimento da safra 2019/20 do grão, que será colhida a partir de maio no país. As altas temperaturas, contudo, ainda podem trazer prejuízos aos produtores.

"Faltou chuva em janeiro, mas nosso solo estava bem composto de água, então ainda havia água armazenada para esperar a chuva chegar em fevereiro. Já as temperaturas ficaram entre 2 e 3 graus acima da média, e isso é muito danoso para o café", afirmou ontem a jornalistas José Eduardo Santos Júnior, superintendente de desenvolvimento do cooperado da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a maior exportadora de café do Brasil.

Ele explicou que as temperaturas elevadas podem inibir o desenvolvimento dos grãos, fazendo com que eles fiquem mais leves e diminuindo o rendimento da produção. "Mas não sabemos ainda se vai ter algum problema".

A preocupação se dá em um momento em que os preços do café estão em baixa em razão da oferta elevada no mercado mundial. Ainda que a safra 2019/20 seja de bienalidade negativa para a espécie arábica no Brasil, a perspectiva é de produção elevada.

A Cooxupé mantém a expectativa de negociar 5,8 milhões de sacas de café arábica em 2019, uma queda de 9,3% em relação ao recorde do ano passado (6,4 milhões de sacas), quando a bienalidade da safra foi positiva.

Considerando apenas seus cooperados, a Cooxupé deverá receber 4,5 milhões de sacas, um alta de 4,6% em relação à previsão de janeiro (4,3 milhões). No ano passado os cooperados entregaram 5,1 milhões de sacas de arábica, ou 5% da produção mundial.

A cooperativa também se mostra particularmente animada com o mercado de cafés especiais. A SMC Specialty Coffees, empresa que controla nessa frente, projeta ampliar em 32,5% suas exportações em 2019, para 110 mil sacas de 60 quilos, em razão da expectativa de demanda aquecida no mercado asiático. As vendas totais da companhia tendem a somar, assim, 120 mil sacas, 9% mais que no ano passado.

"Esse crescimento vai depender de como será a demanda, mas pode ser que seja até maior", disse Osvaldo Bachião Filho, diretor da SMC. Os principais mercados da empresa são os países asiáticos, especialmente o Japão, além de EUA e Europa.

Segundo ele, o avanço das vendas também deverá ser impulsionado pelo aumento do interesse do consumidor brasileiro pelos cafés especiais. "Estamos começando um programa em parceria com as cafeterias brasileiras porque no país há um movimento forte por cafés especiais e precisamos participar disso".

Para estimular o aumento da entrega de produtos de qualidade por seus cooperados, a Cooxupé vai premiar os 50 melhores lotes com R$ 2 mil, e com um valor de R$ 25 mil para o grão que obtiver a melhor colocação. "Vamos abrir a disputa somente para cooperados que entreguem 75% do total produzido para a cooperativa", afirma Bachião Filho.

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Fonte: Valor Econômico

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