Conjuntura do Agronegócio

1. Idade da mulher na aposentadoria rural pode ser discutida, avalia FPA

O presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), sinalizou considerar possível manter idades mínimas diferentes para homens e mulheres na aposentadoria rural. Depende de avaliação do eventual impacto sobre o sistema e de como ficará estabelecida a transição da regra atual para a nova depois da reforma da Previdência.

“Queremos valorar isso. Se ela se aposentar com 57, que valor dá? Com 58, 59 ou 60. E se acertar que, para a transição, vai levar oito ou dez anos? O tempo de transição relativiza qualquer coisa. Pode ser negociado”, disse Moreira, nesta terça-feira (26/2).

Pelas regras atuais, a idade mínima da aposentadoria rural é de 60 anos para homens e 55 para mulheres. O tempo mínimo de contribuição é de 15 anos para empregados e trabalhadores rurais avulsos. Segurados especiais apenas declaram que trabalharam durante 15 anos na atividade rural para ter direito ao benefício.

A proposta para o segmento iguala a idade mínima em 60 anos e aumenta o tempo de contribuição para 20 anos. E todos passam a contribuir. Empregados e trabalhadores avulsos, de acordo com seus ganhos. Grupos familiares terão que arcar com um mínimo de R$ 600 por ano. Se não conseguirem, têm até o meio do ano seguinte para completar o valor.

Ex-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chegou a dizer que achava “ótima” a proposta de 60 anos para homens e mulheres. Para Alceu Moreira, seu sucessor no comando do colegiado, a questão da idade é “muito mais cultural do que de qualquer outra natureza” porque as mulheres vivem mais que os homens.

“As mulheres vivem mais que os homens, mas tem a questão da jornada dupla (da mulher). Esses valores precisam ser relativizados e vamos discutir isso”, pontuou.

Outro ponto importante de interesse do setor na reforma é a possibilidade de se tributar exportações de produtos agropecuários como forma de gerar receita para a Previdência. Assunto que também será objeto discussão, de acordo com o líder da bancada ruralista.

“Não pode exportar tributo, portanto, na parte da exportação, a agroindústria não contribui. Mas tem uma proposta. Queremos saber que impacto causa isso e que posição teremos que tomar”, disse o parlamentar.

Segundo Alceu Moreira, só depois de amplo debate é que a posição da FPA sobre a proposta do governo será definida. A intenção é reunir assessorias e fazer estudos técnicos. Ele também não acredita que o diálogo da bancada do agronegócio com o governo será prejudicado por recentes divergências, como a vista no caso da importação de leite em pó da Europa e Nova Zelândia.

Na visão do parlamentar, a Frente apoia a reforma e deve votar de forma maciça pela aprovação. “Somos a favor da reforma porque o déficit previdenciário nos tira o trilho do trem, a estrada, a hidrovia, a competitividade no mercado. É importante para ter equilíbrio fiscal a capacidade de investimento”, afirmou.

Reunião

Moreira fez as declarações depois de reunião da Frente Parlamentar Agropecuária com o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, em Brasília (DF). Ele tem feito encontros com lideranças partidárias e de bancadas temáticas do Congresso para discutir a proposta apresentada pelo governo.

Em conversa com jornalistas, Marinho disse acreditar que o Congresso fará sua parte no debate da reforma. Pediu apenas que eventuais modificações não deixem de considerar os princípios básicos do projeto, como a contribuição de toda a sociedade para o sistema, cobrança de dívidas e combate às fraudes.

O secretário reiterou que uma das questões relativas à previdência rural é a fragilidade dos cadastros. Segundo ele, há cerca de 9 milhões de aposentados rurais, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atesta a existência de pouco mais de 6 milhões de brasileiros no campo.

“Quem trabalha no campo, dadas as condições físicas e climáticas, precisa de um tratamento diferenciado. Agora, muita gente tem burlado o sistema”, disse.

Para o deputado Alceu Moreira, o problema talvez esteja mais ligado a questões administrativas do que ao sistema em si. Pode ser solucionado, por exemplo, prevendo a necessidade de se buscar outras fontes comprobatórias do tempo de trabalho e de contribuição para a previdência social.

“Tem pouca gente plantando e muita gente se aposentando como agricultor. Quando o governo diz que a unidade familiar tem que contribuir, está dizendo que ninguém pode receber de onde não pagou. Criar algumas regras que dizem o seguinte: nos últimos 15 anos plantou o quê? Criou o quê? Cadê a nota?”, comentou.

Segundo o Ministério da Economia, a área rural é responsável por 58% do déficit no regime geral de previdência social (INSS). Foram R$ 114 bilhões no ano passado, com expectativa de chegar a R$ 116 bilhões neste ano. E 32% dos benefícios são do meio rural.

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Fonte: Globo Rural

2. Frente Parlamentar da Agropecuária diz que é a favor da reforma da Previdência

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), disse nesta terça-feira (26/02), que o grupo que reúne mais de 200 parlamentares é a favor da reforma da Previdência. Os detalhes da proposta, no entanto, ainda serão discutidos entre a Frente e os integrantes do governo.

"O projeto que foi apresentado é um projeto e precisa ser debatido. Não há necessidade de qualquer posição definitiva neste momento", disse Moreira ao chegar para o almoço que tem o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, como convidado.

Entre os pontos que serão debatidos internamente pela frente estão as regras de aposentadoria rural e a proposta para acabar com a desoneração previdenciária sobre as exportações agrícolas. A FPA quer saber exatamente o impacto que essas medidas terão na economia esperada pelo governo com a reforma e também no setor do agronegócio.

Para Moreira, é preciso saber se medidas no âmbito administrativo podem render uma economia maior, como o combate à fraude na aposentadoria rural. "Temos pouca gente plantando e muita gente aposentando como produtor e isso é uma medida administrativa", afirmou.

O presidente da FPA evitou cravar qual será a posição da bancada em relação à idade mínima de aposentadoria para trabalhadores rurais. A proposta do governo é exigir 60 anos de homens e mulheres, mas há dentro da bancada quem defenda uma diferenciação para as produtoras. Moreira avaliou que uma saída poderia ser um tempo de transição maior para as idades. "Tempo de transição relativiza qualquer coisa e pode ser negociado", disse.

Apesar da posição favorável da frente, o presidente disse não poder ainda precisar qualquer placar de votos dentro da bancada a favor da reforma. A proposta do governo precisa do apoio de 308 deputados e 49 senadores em dois turnos de votação em cada Casa. "Posso dizer que a FPA votará com maioria pela aprovação da reforma", disse.

Moreira destacou ainda que a reforma da previdência é um projeto de Estado e não de governo e ressaltou que há um bom canal de diálogo da FPA com os articuladores do governo Jair Bolsonaro para debater os pontos que precisem ser ajustados na proposta. "Encontramos o interlocutor do governo quando quisermos, não há falta de diálogo", disse.

Ele negou que qualquer atrito inicial entre a bancada do agronegócio e o Ministério da Economia (como no episódio das tarifas do leite em pó) vá abalar esse diálogo para conseguir os votos pela previdência. No entanto, ele deu um recado: "Se o Ministério da Economia fosse capaz de resolver as questões sozinho, não precisaria de parlamentares", comentou.

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Fonte: Estadão Conteúdo/Globo Rural

3. Trump pode cortar mais gastos do USDA

O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, indicou que o presidente norte-americano, Donald Trump, pode continuar impondo cortes de gastos sobre o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A tendência é de que Trump exija "uma das maiores reduções de gastos da história" no próximo orçamento do ano fiscal de 2020.

Perdue disse aos repórteres que encorajou a administração a apresentar um pacote "dentro do âmbito da negociação", considerando que o Congresso rejeitou os orçamentos anteriores de Trump. Na semana passada, Perdue disse que a China se comprometeu a comprar 10 milhões de toneladas de soja dos EUA durante uma reunião com Trump.

O diretor do Orçamento da Casa Branca, Russ Vought, disse que o pacote orçamentário de 2020 atenderá à meta de Trump de cortar os gastos federais em 5% por meio de uma das maiores reduções de gastos da história, nos chamados gastos discricionários. Os gastos militares vão subir, disse Vought em uma entrevista para a RealClear Politics.

"Haverá um orçamento conservador", afirmou Perdue quando perguntado sobre os comentários de Vought. "Fizemos o nosso melhor para defender os agricultores", comenta. As propostas para o USDA serão superiores a 5%, sendo que, um ano atrás, Trump propôs um corte de 33% no seguro agrícola subsidiado pelo governo federal, juntamente com a reversão do financiamento para pesquisa agrícola e desenvolvimento econômico rural.

Para finalizar, ele disse que o governo está estudando novos programas de subsídios envolvendo a produção de alimentos. Programas estes que devem demandar de um menor orçamento.

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Fonte: Agrolink

Insumos

4. Glifosato não causa danos graves à saúde, diz Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu ontem que o glifosato, agrotóxico mais utilizado no Brasil e em vários países, não causa danos graves à saúde humana como câncer, mutações genéticas, malformação fetal e não é tóxico para a reprodução.

Segundo a agência reguladora, a conclusão é semelhante às obtidas em outros países que recentemente fizeram revisão do uso do glifosato no campo, como os Estados Unidos e o Canadá, além da União Europeia.

Para chegar a essas conclusões, a Anvisa levou 11 anos para finalizar seus estudos científicos de reavaliação toxicológica do glifosato. No ano passado, uma liminar da Justiça Federal em Brasília chegou a determinar a suspensão da venda do glifosato até que a Anvisa finalizasse essa reavaliação, mas antes de a decisão entrar em vigor a Advocacia-Geral da União (AGU) derrubou a liminar a pedido do Ministério da Agricultura.

Ontem, em reunião colegiada, diretores da Anvisa aprovaram o relatório com as conclusões favoráveis ao agrotóxico. E propuseram uma minuta de resolução, que ficará 90 dias sob consulta pública. Apesar de descartar danos sérios à saúde humana, a Anvisa, propôs restrições ao uso do agroquímico por trabalhadores que fazem o manejo do defensivo em diferentes lavouras como soja, milho, algodão, café e cana-de-açúcar.

O relatório final sobre o glifosato foi resultado de 16 pareceres da agência e outros três externos. A Anvisa avaliou a presença do glifosato em 906 amostras de arroz, manga e uva. E também monitorou 22.704 amostras de água, que indicaram que em apenas 0,03% dos casos havia presença de glifosato em nível acima do limite permitido.

"A principal conclusão da reavaliação é que o glifosato apresenta maior risco para os trabalhadores que atuam em lavouras e para as pessoas que vivem próximas a estas áreas. Por isso, as principais medidas propostas estão relacionadas ao manejo do produto durante a sua aplicação e a sua dispersão", informou a Anvisa em comunicado divulgado ontem.

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Fonte: Valor Econômico

5. Mosaic aprova novas regras para mineração no Brasil

As operações de mineração ficarão mais seguras com as mudanças regulatórias determinadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM). É o que afirmou ontem Joc O'Rourke, CEO da americana Mosaic, durante teleconferência com analistas.

"Acreditamos que a mudança é necessária e só tornará a mineração no Brasil mais segura e sustentável para o futuro", disse O'Rourke. Os resultados da Mosaic foram divulgados na segunda-feira, após o encerramento das operações em na bolsa de Nova York.

A americana, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, lucrou US$ 470 milhões em 2018. No ano anterior, a companhia havia registrado prejuízo de UIS$ 107,2 milhões. Os resultados foram impulsionados pela aquisição de ativos da Vale no Brasil.

Na semana passada, a Mosaic paralisou o beneficiamento da barragem de rejeitos em Araxá (MG), enquanto avalia, com reguladores brasileiros, a segurança de barragens e outras estruturas. A decisão foi tomada após o colapso da barragem da Vale em Brumadinho (MG) ter matado pelo menos 171 pessoas no país no mês passado.

"Somos muito próximos à Vale. Muitos dos nossos funcionários já foram funcionários da Vale e a empresa é uma das nossas maiores acionistas", disse o presidente da Mosaic a analistas.

Segundo comunicado da Mosaic, na semana passada uma auditoria na barragem de rejeitos B1/B4 do Complexo Mineroquímico de Araxá, realizada por empresa externa, apontou condição de estabilidade relativa à barragem.

A Mosaic declarou situação de emergência, classificada como nível 1 e, consequentemente, acionou o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM).

"A Mosaic Fertilizantes reforça que a barragem, neste momento, não está recebendo rejeitos da produção de concentrado fosfático e que as outras frentes da operação, como a produção de fertilizantes, seguem normalmente", apontou a Mosaic, em comunicado.

Todas as demais barragens da Mosaic Fertilizantes possuem certificado de estabilidade válido.

O Ministério Público Federal em Registro (SP) recomendou à Mosaic que conclua, em até 30 dias, os planos de emergência referentes a quatro barragens da empresa em Cajati (SP), com a instalação de sirenes para alertar a população caso seja necessário evacuar as áreas próximas. Segundo o MPF, medidas básicas de segurança nunca foram implementadas.

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Fonte: Valor Econômico

6. Câmbio prejudica resultados agrícolas da Basf

A divisão "soluções agrícolas" da alemã Basf gerou receita de € 1,7 bilhão no quarto trimestre de 2018, 26,8% mais que entre outubro e dezembro de 2017. O braço representou 10,8% da receita total da multinacional no período.

Nos três últimos meses de 2018, a divisão apresentou prejuízo antes de juros e imposto de renda (Ebit) operacional de € 46 milhões. No mesmo período de 2017, o Ebit foi positivo em € 194 milhões. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou € 104 milhões, uma queda de 60,9%.

Em todo o ano passado, a área agrícola da múlti alemã gerou receita de € 6,2 bilhões, alta de 8% em relação a 2017. O Ebitda foi de € 985 milhões, queda de 23,2%, e o Ebit somou € 591 milhões, baixa de 41,8%. De acordo com o diretor financeiro da Basf, Hans-Ulrich Engel, a divisão sofreu efeitos cambiais negativos em todas as regiões em 2018.

"Além disso, houve uma contribuição fortemente negativa das empresas adquiridas da Bayer, que só assumimos em agosto. Foi uma desvantagem para nós devido à sazonalidade do negócio de sementes, que gera renda principalmente no primeiro semestre do ano. Além disso, havia custos de integração das atividades adquiridas", disse em teleconferência com analistas.

Neste ano, contudo, os ativos da Bayer devem contribuir positivamente. "Os resultados [da Bayer] de janeiro foram muito melhores do que o que esperávamos, mas, como sabemos, nesse segmento você não pode fazer julgamentos com base em um único mês, nem mesmo em um único trimestre", disse Engel.

Ainda de acordo com o executivo, os preços dos produtos da divisão subiram, em média, 2% em 2018. Mas houve pressão adicional de custos em decorrência de aumento de matérias-primas para a produção de agrotóxicos na China, principal fornecedor mundial de ingredientes ativos para a indústria química.

Para 2019, a Basf planeja investir cerca de € 900 milhões em pesquisa e desenvolvimento na área de soluções agrícolas. O montante representa um aumento de 32,5% ante os € 679 milhões investidos em 2018 - 11% das vendas do segmento no ano passado.

Em comunicado, a companhia alemã divulgou que lançará cerca de 30 produtos agrícolas até 2028. O portfólio expandido tem potencial de vendas de aproximadamente € 6 bilhões, segundo nota da companhia. Os produtos a serem lançados estão divididos em químicos e biológicos de proteção de culturas, sementes e tratamento para sementes, bem como soluções digitais.

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Fonte: Valor Econômico

Proteína Animal

7. PF investiga supostas fraudes em indenizações na tragédia de Mariana

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação Meandros, com objetivo de combater supostas fraudes na emissão de licença de pescador no Espírito Santo.

Segundo a PF, as investigações tiveram início com o recebimento de denúncias de que muitas pessoas do município de Baixo Guandu, no Espírito Santo, não eram pescadoras, mas estavam solicitando registro de pescador profissional para receber da Fundação Renova indenizações por causa dos danos no Rio Doce, com o rompimento da barragem de Mariana, em novembro de 2015.

A fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos, como Ibama e Instituto Chico Mendes.

Estima-se que, apenas em Baixo Guandu e região, cerca de 100 pessoas conseguiram receber indenizações da fundação utilizando protocolos suspeitos de falsidade, o que representa o recebimento de cerca de R$ 7 milhões, contando indenizações e auxílios financeiros.

De acordo com as investigações, as provas colhidas até o momento indicam que os protocolos foram emitidos com data retroativa, isto é, antes do rompimento da barragem, para permitir que pessoas que não eram pescadores pudessem fechar acordos extrajudiciais com a entidade.

As investigações apontam para o envolvimento de funcionário do Escritório Federal de Aquicultura e Pesca no Espírito Santo, lobistas e representantes de colônias de pescadores.

Segundo a PF, além da fraude contra a Fundação Renova, a falsificação dos documentos gera prejuízos ao INSS, já que permite o recebimento de benefícios como o seguro-desemprego no período do defeso, licença-maternidade e aposentadoria a pessoas que não exercem a profissão de pescador.

Notícia na ítnegra

Fonte: Valor Econômico

8. Abate halal de gado bovino avança no país

O degolador aguarda o momento para fazer o abate. Em uma caixa em formato de cilindro, o gado é imobilizado e, em poucos segundos, virado de cabeça para baixo. O protocolo mais moderno para a produção de carne bovina seguindo os preceitos islâmicos - o abate halal - está quase concluído. Resta a sangria, feita quando o degolador rompe a jugular do animal.

Aos poucos, essa rotina está se tornando cada vez mais corriqueira no Brasil, país que lidera as exportações mundiais de carne bovina. De olho no mercado internacional, os principais frigoríficos do país estão investindo nas caixas cilíndricas, chamadas de box rotativo, para adaptar as linhas de abate ao sistema aceito pelo mercado muçulmano. A tendência é que a maior parte da carne produzida nas grandes indústrias siga o método halal.

Embora sem saber, os consumidores brasileiros e europeus já estão comprando a carne de bovinos que foram abatidos de acordo com os preceitos islâmicos. Isso porque nem todos os cortes de carne dos animais abatidos para a produção voltada aos muçulmanos são vendidos nesses mercados. No Egito, por exemplo, há grande demanda pelo dianteiro bovino. Os cortes do traseiro, como a picanha, são vendidos a outros mercados, principalmente o brasileiro.

Na JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, a participação do abate halal já é significativa. Atualmente, cerca de 65% das exportações de carne bovina feitas pela JBS a partir do Brasil são do produto halal, afirmou ao Valor o presidente da Friboi, Renato Costa, durante a Gulfood, a principal feira de alimentos do Oriente Médio, que ocorreu até quinta-feira em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O executivo não tem dúvidas de que essas vendas só vão crescer.

Principal responsável pelo forte avanço das exportações brasileiras de carne bovina em 2018, a China é, contraintuitivamente, o país que impulsiona a produção de carne bovina halal da JBS. De acordo com Costa, cerca de 80% das exportações feitas pela companhia para a China são do produto que é feito segundo os preceitos islâmicos. A JBS lidera as vendas do Brasil aos chineses. A empresa tem seis frigoríficos habilitados para vender ao país. Como um todo, a China foi responsável por 14,3% das exportações de carne do Brasil em 2018.

Mas o mercado chinês não é o único que deverá puxar o abate halal de bovinos nos próximos anos. O presidente da Friboi está otimista com a possível abertura da Indonésia à carne bovina brasileira, depois de anos de negociações entre os governos do dois países e das queixas do Brasil na Organização Mundial de Comércio (OMC). Com mais de 260 milhões de habitantes, o país do Sudeste Asiático tem maioria muçulmana - mais de 80% da população. Para Costa, o mercado indonésio será outra alavanca da produção de carne halal.

No mundo halal, não se pode esquecer, é claro, dos países do Oriente Médio e do Norte da África, que absorvem cerca de 25% das exportações brasileiras. Em 2018, os países dessas regiões gastaram US$ 1,4 bilhão para importar 425,7 mil toneladas, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Egito, Irã e Arábia Saudita lideraram as compras.

Conforme o presidente da Fambras Halal, Mohamed Hussein El Zoghbi, cerca de 100 frigoríficos brasileiros estão certificados para fazer o abate halal. A Fambras, que surgiu da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, é a maior certificadora no segmento.

Em entrevista ao Valor em Dubai, o executivo da Fambras afirmou que a implementação das caixas rotativas, tecnologia obrigatória para o abate kosher (judeu), deverá ajudar a sustentar a produção de carne halal graças aos ganhos de produtividade que oferecem. "Não atrasa o abate. Você mantém a produção de carne dentro do que é esperado".

Segundo o dono de um frigorífico brasileiro que não quis ser identificado, cada caixa rotativa custa R$ 550 mil. Com uma linha dupla desses equipamentos, é possivel manter os abates entre 100 e 120 cabeças de gado por hora. Essa é uma vantagem sobre o sistema anterior, em que o gado se debatia, o que é um problema do ponto de vista do bem estar animal e também da eficiência econômica da indústria. No sistema anterior, 80 cabeças por hora eram abatidas.

Em relação ao abate tradicional de gado no Brasil, a maior diferença para o modelo halal é que os islâmicos geralmente não permitem a insensibilização dos animais. Nos frigoríficos que não fazem o abate halal, o bovino é insensibilizado com um tiro de pistola pneumática. É só depois disso que os animais, sem consciência, passam pelo processo de sangria nos frigoríficos.

O jornalista viajou a convite da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

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Fonte: Valor Econômico

9. Após aquisição da Keystone, Tyson resgata executivos da velha guarda

A gestão da Tyson Foods, maior empresa de carnes dos Estados Unidos em faturamento, passa por transformações. Importantes executivos oriundos da Hillshire Brands, uma empresa de alimentos processados adquirida m 2014, estão deixando a companhia que, no mundo das carnes, só fatura menos que a brasileira JBS. No ano passado, as vendas da Tyson renderam mais de US$ 40 bilhões.

As mudanças em curso na Tyson, deflagradas em setembro do ano passado, marcam uma importante mudança de rota. Até então, esperava-se que os executivos egressos da Hillshire teriam papel de liderança na estratégia da Tyson em busca de um negócio menos dependente de commodities e mais especializado em produtos de marca.

Os alimentos com marca, vale destacar, são a área prioritária atuação da Hillshire e o que justificou a compra da companhia pela Tyson (por US$ 7,7 bilhões), após uma renhida disputa com a rival Pilgrim’s Pride, empresa americana de carne de frango controlada pela brasileira JBS. A Hillshire é dona de marcas reconhecidas nos EUA, como as linguiças Jimmy Dean.

Oriundo da Hillshire, Tom Hayes foi um dos principais nomes da deixar a Tyson. A saída do executivo, que ocupava o cargo de CEO da empresa americana, foi oficializada em setembro, menos de um mês após a aquisição da Keystone, que pertencia à brasileira Marfrig Global Foods, pela Tyson. Para ficar com a Keystone, uma das grandes fornecedoras do McDonald’s, o grupo então comandado por Hayes pagou US$ 2,1 bilhões.

Nos bastidores, há quem diga que as negociações com a Marfrig desgastaram Hayes junto ao conselho de administração da companhia americana. Ao longo das tratativas, Hayes se afastou das conversas, e a Marfrig teve de aceitar um desconto expressivo sobre proposta inicial da Tyson para assumir a Keystone, conforme apurou o Valor.

A compra ocorreu em um momento de inflexão na rentabilidade da indústria americana de carne de frango, principal área de atuação da Keystone. Devido à sobreoferta de carne de frango nos EUA, as margens das principais indústrias avícolas do país desabaram.

Com a saída de Hayes, Noel White foi alçado ao posto de CEO da Tyson. Diferentemente do antecessor, bastante vinculado ao negócio de alimentos processados, White fez sua carreira na indústria frigorífica, com mais de duas décadas no IBP, que era uma das maiores indústrias de carne bovina dos Estados Unidos — a Tyson comprou a IBP em 2001.

À frente da Tyson, White vem promovendo mudanças. No mês passado, a empresa anunciou o retorno de Donnie King — o executivo teve uma longa passagem pela Tyson (1982-2017).

King terá a missão de liderar os negócios internacionais da companhia. A área é crucial para a estratégia de White, que pretende reduzir a dependência dos EUA e ampliar os negócios na Ásia. A compra da Keystone, que possui fábricas na China e no Sudeste Asiático, e dos negócios da BRF na Tailândia fazem parte dessa estratégia.

Aparentemente, as mudanças ainda não terminaram. A mais recente alteração foi conhecida ontem. Egressa da Hillshire e atual responsável pelos negócios de alimentos processados, Sally Grimes comunicou à Tyson a intenção de deixar a empresa. A executiva ficará no cargo até que um substituto seja anunciado pela companhia.

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Fonte: Valor Econômico

Agroenergia

10. Brasil denuncia apoio da Índia ao açúcar na OMC

O Brasil confirmou as expectativas e vai denunciar a Índia nesta quarta-feira na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa de subsídios considerados ilegais oferecido por Nova Déli para apoiar os produtores de açúcar daquele país.

A estimativa do lado brasileiro é que os produtores nacionais deixem de ganhar aproximadamente US$ 1,5 bilhão por ano com a queda das cotações da commodity provocada pelo açúcar subsidiado que a Índia joga no mercado internacional.

Será a primeira disputa na OMC do Brasil contra a Índia, país sócio no Brics, o grupo dos grandes emergentes. A Índia chegou a abrir um contencioso contra o Brasil em 2001 em consequência de um alegado dumping no comércio de sacos de juta.

Além do Brasil, a Austrália também abrirá seu próprio caso contra a Índia. A expectativa é que depois a Guatemala faça o mesmo, ampliando a pressão sobre os indianos. Mais tarde, a OMC reunirá as três denúncias num mesmo painel (comitê de especialistas) para investigar as acusações.

A Índia está sob o holofote não só do Brasil e Austrália. A política de substituição de importações e concessão de subsídios do primeiro-ministro Narenda Modi vem incomodando um número cada vez maior de parceiros.

Nesta semana, durante reunião periódica do Comitê de Agricultura da OMC, a questão do açúcar continuou na pauta. Mas outros temas também foram incluídos. O Japão questionou notícias de que Nova Déli passou a conceder subsídios de 5% para o arroz não-basmati.

Os Estados Unidos, por sua vez, reclamaram que no ano passado a Índia gradualmente aumentou a proteção à indústria nacional contra importações de óleos de soja, de girassol e de canola. Washington se queixou também de um aumento de 7% para 10% nos subsídios indianos concedidos ao farelo de soja.

E a União Europeia decidiu engrossou o coro. Bruxelas cobrou detalhes e explicações sobre o pacote de ajuda de US$ 2,8 bilhões que o governo Modi anunciou para pequenos produtores.

Por outro lado, o Brasil continua esperando uma proposta da China, prometida por Pequim, para eventualmente evitar uma demorada disputa na OMC por causa de salvaguarda imposta sobre a entrada do açúcar brasileiro no mercado chinês.

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Fonte: Valor Econômico

11. Brasileiro busca US$ 800 milhões para projeto de biodiesel no Paraguai

A ECB Group, holding de investimentos do empresário brasileiro Erasmo Battistella, e o governo do Paraguai assinaram hoje um memorando de entendimento para a construção de um complexo de biodiesel que deve totalizar investimentos de US$ 800 milhões.

Em entrevista ao Valor, Battistella afirmou que o fundo para os investimentos ainda está em construção. “Serão recursos próprios, do mercado e de possíveis sócios”, disse ele, sem fornecer detalhes.

O complexo, batizado de Ômega Green, abrigará a primeira planta de combustíveis renováveis de segunda geração do Hemisfério Sul a partir de óleo de soja. A produção terá como principal destino a aviação civil e militar para os mercados dos EUA e Europa.

De acordo com o empresário, a escolha pelo Paraguai levou em consideração a rapidez de aprovação ambiental para novas construções, o custo da energia elétrica e a disponibilidade de soja. O complexo terá capacidade de produção diária de até 16,5 mil barris de biodiesel e querosene renovável, volume suficiente para atendimento de mais de um terço do consumo paraguaio de diesel, afirmou ele.

“O Paraguai produz hoje cerca de 10 milhões de toneladas de soja e destina a metade para o mercado externo”, disse Battistella. O complexo precisará de 2 milhões de toneladas anuais de soja para processar. “Além disso, há a perspectiva de aumento da produção paraguaia da oleaginosa”, acrescentou ele.

Nos próximos dez meses, o trabalho será a busca por investidores para financiar o projeto. Se tiver sucesso, a construção começará em 2020 e deverá durar dois anos, de acordo com o empresário. “Daqui dez meses lançaremos a pedra fundamental e, se tudo der certo, as operações começarão no início de 2022”, afirmou o empresário.

A holding do empresário também tem produção de biodiesel no Brasil. A princípio, as operações nos dois países permanecerão independentes. “São combustíveis diferentes também. No Paraguai, produziremos o ‘greendiesel’. É um combustível mais avançado que quase não emite gases de efeito estufa”, explicou.

Outro ponto que deve ser considerado, ponderou Battistella, é que no Brasil a holding tem como sócia a Petrobras, que não tem interesse nos investimentos no país vizinho. No Brasil, a ECB produz 580 milhões de litros de biodiesel por ano.

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Fonte: Valor Econômico

12. Movimento contribui para a geração de empregos

Com a decisão que uma parcela dos produtores e usinas tem tomado de colocar as plantadoras de escanteio, começam a aparecer casos de aumento de contratações de mão-de-obra para o plantio de cana.

No Grupo Colombo, desde que a direção da empresa decidiu mudar a técnica de plantio, foram contratados 1,4 mil trabalhadores, que estão substituindo cerca de 30 máquinas.

Apesar do aumento dos gastos com a folha de pagamento, a redução de gastos com mudas e com o transporte dessas mudas para as linhas de plantio, principalmente com diesel, cortou o custo de plantio em cerca de 20%, segundo Lucas Lopes, gerente agrícola da companhia.

É difícil dimensionar a quantidade de trabalhadores que estão substituindo as plantadoras. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), após passar sete anos demitindo mais do que admitindo, o segmento sucroalcooleiro contratou para os canaviais 2.308 a mais do que demitiu em São Paulo na soma de 2017 e 2018 - um período de preços pouco remuneradores do açúcar.

O movimento interrompeu uma tendência que era observada desde o início da década. De 2010, quando foram intensificados plantio e colheita mecanizados, até 2016, foram demitidos 27.964 trabalhadores no segmento. Conforme Haroldo Torres, economista do Pecege/Esalq, a mudança do plantio "é a única justificava para o segmento ter um saldo positivo nas contratações nos últimos dois anos".

Mas a substituição não é direta. O Grupo São Martinho, por exemplo, desenvolveu máquinas próprias, licenciadas, que colhem as plantas que crescem nas linhas-mãe e recolhem os toletes (ver Plantio mecanizado de cana recua). Agora, a empresa está prestes a mecanizar a distribuição destes nas linhas paralelas. Atualmente, são necessários dois trabalhadores para esse trabalho em um hectare; antigamente, eram dez.

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Fonte: Valor Econômico

Grãos e Grandes Culturas

13. Olam adquire controle da maior processadora de cacau da Indonésia

A multinacional de agronegócios Olam International, sediada em Cingapura, anunciou que comprou o controle da maior empresa processadora de cacau da Indonésia, a BT Cocoa, por US$ 90 milhões, em um movimento para avançar no mercado asiático, que lidera o crescimento do consumo mundial da amêndoa.

A Olam terá 85% de participação na empresa, enquanto os demais 15% permanecerão com os fundadores da BT Cocoa, o empresário Piter Jasman e sua família.

A fábrica da BT Cocoa tem capacidade para processar 150 mil toneladas de cacau por ano. Como a Olam não comprou a totalidade das ações da empresa indonésia, a múlti incorpora ao seu negócio de cacau uma capacidade de processamento de 120 mil toneladas por ano e de produção de 30 mil toneladas de massa de cacau.

A transação deverá fortalecer a Huysman, marca da Olam de cacau em pó lançada no ano passado na Ásia, e complementar a oferta de cacau premium da marca deZaan.

“Estamos animados com a oportunidade de expandir rapidamente nossa pegada na Ásia e em desenvolver esse negócio com o fundador e a família da BT Cocoa. ”, afirmou Gerard A. Manley, CEO da Olam Cocoa, em nota.

A Olam já tem unidades de processamento de cacau na Indonésia desde 1996 e lidera as exportações da amêndoa do país. A companhia tem uma rede de fornecimento no país com 65 mil produtores e também detém uma das maiores plantadores de cacau da Indonésia.

O aumento da presença da Olam no país é estratégico para atender à perspectiva de demanda crescente da Ásia. Segundo a própria companhia, a demanda asiática por cacau em pó está crescendo 8,2% ao ano. Os produtos industrializados, como biscoitos doces e bolachas, são os que puxam o crescimento da demanda por chocolate na região, onde respondem por 40% dos desenvolvimentos de novos produtos.

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Fonte: Valor Econômico

14. Coopavel deve ampliar seus investimentos

Otimista com o cenário doméstico, a diretoria da Coopavel, cooperativa com sede em Cascavel (PR), prevê que os investimentos do grupo mais que do dobrarão em 2019.

"Neste ano deveremos investir R$ 120 milhões., ante os R$ 44,5 milhões de 2018", afirmou o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Segundo ele, esses investimentos serão direcionados para melhorias na operação de suínos e no recebimento de grãos. A capacidade de armazenagem também será ampliada.

"Vamos aumentar o investimento por acreditamos que a economia está num novo rumo", disse Grolli.

Em 2018, os resultados da Coopavel foram animadores. A cooperativa teve receitas de R$ 2,5 bilhões, 20% mais que em 2017. As sobras - lucro das cooperativas - somaram R$ 40 milhões, patamar estável ante o resultado do ano anterior.

"Foi a área de carne que pressionou as margens no ano passado", disse Grolli. Segundo ele, houve um custo maior no mercado interno com os insumos para ração (milho e farelo de soja) e consumo de carne caiu no país.

O que foi o calcanhar de Aquiles para a área de carnes da cooperativa, foi motivo de comemorações entre os produtores de grãos.

No ciclo 2017/18, a demanda por milho e soja esteve aquecida, em parte pelas quebras de produção na Argentina e também no Brasil (milho) e, em parte, pela guerra comercial entre Estados Unidos e China. A disputa entre os dois gigantes do comércio elevou os prêmios pagos pela soja brasileira nos portos. Em momentos de picos, o prêmio chegou a ficar US$ 2 maior que a cotação do bushel (27,2 quilos) na bolsa de Chicago.

A quebra da Argentina, elevou preços dos grãos tanto no mercado internacional quanto no mercado doméstico. Os preços já estavam em patamar atrativo quando o Brasil também sofreu com perdas em Mato Grosso do Sul e Paraná. Nas áreas da Coopavel, contudo, as perdas foram mínimas.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média do segundo ciclo de milho - a safrinha - em 2017/18 foi de 71,2 sacas de 60 quilos por hectare no Paraná. Entre os associados da Coopavel, no entanto, foram registrados rendimentos entre 80 a 100 sacas por hectare.

A "boa sorte" deve permanecer no ciclo 2018/19. A safra de soja no Paraná deve sofrer com quebras. Estimativas do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado, apontam para perdas de 16% em relação às primeiras estimativas para o ciclo corrente.

"Aqui na Coopavel, a quebra deve ficar entre 12% e 14%", afirmou Grolli. Cerca de 60% dos 400 mil hectares semeados pelos associados da cooperativa foram colhidos.

No ciclo 2017/18, a Coopavel recebeu 402 mil toneladas de soja e deve receber 360 mil toneladas no ciclo 2018/19. A cooperativa também recebeu 184 mil toneladas de milho em 2017/18, além de 182 mil toneladas de trigo. "Ainda é cedo para termos projeção para recebimento de milho e trigo neste ciclo. Ainda há muita safra pela frente", afirmou o presidente da cooperativa.

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Fonte: Valor Econômico

15. Argentina deverá colher safra recorde de trigo

A Argentina deverá colher a maior safra de trigo de sua história neste ciclo 2018/19. Segundo o Boletim Mensal de Estimativas Agrícolas do governo do país, serão 19,46 milhões de toneladas, 1% a mais que o previsto em janeiro e volume 5,2% superior ao de 2017/18.

A área plantada com o cereal está projetada em 6,29 milhões de hectares, 6,1% mais que o estimado em janeiro e 6,1% maior que em 2017/18.A Argentina é a principal fornecedora de trigo ao Brasil, um dos maiores importadores mundiais do cereal.

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Fonte: Valor Econômico

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