Clipping Agribusiness | 29 novembro
- Por: Juliane
- Acessos: 1413
Conjuntura do Agronegócio
1. Brasil consolidou sua força nas exportações agrícolas globais em 2017
Novo levantamento da Organização Mundial do Comércio (OMC) confirma a consolidação da participação do Brasil no mercado mundial de produtos do agronegócio. Segundo o trabalho, em 2017 o país continuou a liderar as exportações de soja, açúcar, carne de frango e tabaco. Itens que não fazem parte do levantamento, como café e suco de laranja, também têm no Brasil o maior exportador mundial.
A liderança brasileira em oleaginosas — grupo que inclui a soja, carro-chefe do agronegócio nacional — foi ampliada no ano passado, quando as tensões comerciais entre os EUA e a China começaram a afetar as trocas entre os dois gigantes. Nesse contexto, a fatia do Brasil aumentou de 32,7%, em 2016, para 40,0% das exportações totais em 2017. Já a participação dos EUA caiu de 37,2% para 29,8%, e a da argentina diminuiu de 6,1% para 4,5%.
Na safra 2017/18 como um todo, como já informou o Valor com base em dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a participação brasileira nos embarques totais de soja em grão aumentou para quase 50%. No farelo de soja, conforme os dados da OMC, o Brasil foi o segundo maior exportador no ano passado, com 17,3% do total, atrás apenas da Argentina, que respondeu por 35,5%.
O domínio brasileiro no mercado mundial de açúcar aumentou em 2017. A participação do país chegou a 53,8%, ante 48,9% em 2016. O país também se manteve como maior exportador de tabaco do planeta, com fatia de 14,1% em 2017, ante 14,4% no ano anterior.
No caso das carnes, mostra a OMC, o Brasil encerrou 2017 como maior exportador de carne de frango do mundo, com fatia de 34%, ante 35,3% em 2016, e na segunda colocação no caso da carne bovina, onde a participação subiu de 16,2% para 17,4% na comparação. A Índia permaneceu em primeiro lugar na carne bovina, com fatia de 18,9%, graças a seu rebanho de búfalos. Na carne suína o Brasil ficou em quarto lugar entre os maiores exportadores, com 9,7% do total, pouco menos que em 2016 (10,9%). O país também foi o oitavo maior exportador de animais vivos em 2017, com 3% do mercado, ante 2,4% em 2016.
As exportações de algodão representam 10,4% do total mundial, ante 10,9% em 2016. O país foi o quatro maior exportador em 2017, quando os EUA consolidaram sua liderança, com 40% do mercado, ante 34% em 2016. O país continuou a ser o 16º maior exportador de frutas e legumes, com apenas 1,9% do mercado mundial, ao passou que no arroz a participação foi de 1,6% em 2017.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Econômico
2. Proliferação de 'caciques' no Ministério da Agricultura
Futura ministra da Agricultura do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) anunciou ontem que, em sua planejada nova estrutura, a Pasta contará com oito secretários, dos quais dois com status de "vice-ministros".
Os dois vice-ministros serão o deputado Marcos Montes (PSD-MG), indicado para assumir o cargo de secretário-executivo do ministério - que ficará sem mandato a partir de 2019 -, e o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Antônio Nabhan Garcia, que assumirá a nova secretaria de Assuntos Fundiários.
Um dos primeiros representantes do setor a manifestar apoio a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência, Nabhan foi cotado para o posto de ministro da Agricultura.
Além das já existentes secretarias Executiva, de Defesa Agropecuária, de Política Agrícola e de Relações Internacionais do Agronegócio, o "novo" ministério também voltará a contar com uma secretaria de Pesca e passará a dispor de uma secretaria de Agricultura Familiar e outra de Tecnologia - além da já citada secretária de Assuntos Fundiários.
"A nova estrutura foi aprovada e já estamos trabalhando. Teremos três ministérios dentro de um", disse Tereza Cristina na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a qual ainda preside, acompanhada de Nabhan.
De acordo com a futura ministra da Agricultura, o cargo de "vice-ministro" também vem sendo estudado pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir os futuros titulares de secretarias de vários ministérios que, na prática, incorporarão estruturas de ministérios prestes a serem extintos.
A futura ministra também voltou a observar ontem que sua Pasta terá que estar preparada para enfrentar possíveis desdobramentos da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que revelou no ano passado um esquema de corrupção envolvendo fiscais federais agropecuários e funcionários de frigoríficos.
Uma das pendências é a lista com cerca de 200 fiscais que teriam recebido "mensalinho" da JBS para trabalhar fora do expediente, de acordo com delação premiada do empresário Wesley Batista, que até hoje ainda não veio à tona - dobrar turnos ou inspecionar frigoríficos em feriados e folgas não é proibido por lei.
"Precisamos conhecer [a lista] para tomar providências, porque o Brasil é grande exportador de carnes e precisa voltar a ter credibilidade para abrirmos mercados novamente", afirmou ela.
Ontem, o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, também defendeu que seja divulgada com urgência a lista dos fiscais. "Já levamos 600 novos veterinários ao ministério, 300 por concurso e 300 por contrato temporário, e esses novos estão trabalhando com fiscais mais velhos. Eles não sabem quem está ao seu lado, o grau de confiança é afetado e estou vendo esse nosso serviço com muitos problemas", disse o ministro após evento na Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
Maggi ainda comentou que acompanha como observador as negociações da BRF em torno de um acordo de leniência com órgãos de controle. Ontem, o CEO da empresa, Pedro Parente, esteve com a futura ministra Tereza, em visita de cortesia, para expor algumas preocupações como restrições comerciais pelo mundo.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Econômico
3. Reforma agrária brasileira dos últimos 30 anos é fracassada, diz Nabhan Garcia
O presidente da União Democrática Ruralista (UDR) e agora indicado para ser vice-ministro de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, afirmou nesta terça-feira (27/11) que "a reforma agrária brasileira feita nos últimos 30 anos, é fracassada". O ruralista avaliou que a política fundiária atual foi feita por governos que usavam o tema "com popularidade e exploraram aspectos ideológicos e políticos".
Para o presidente da UDR, apesar do investimento feito pelo governo com a questão agrária, muitos assentamentos se assemelham a "favelas rurais". "Não estou generalizando, mas isso existe, e existem muitas irregularidades nessas questões fundiárias", completou Nabhan Garcia em entrevista após a reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.
Segundo ele, a prioridade da sua área no Ministério da Agricultura será acabar com conflitos fundiários e isso começará a acontecer quando as invasões de propriedades cessarem. "Não se pode falar em país democrático, em democracia que não respeita o estado democrático de direito. Uma propriedade rural é como a sua casa e imagine chegar lá e está invadida?".
O presidente da UDR classificou como crime a ocupação de terras e disse que quem invadir propriedades rurais será excluído do processo de reforma agrária. "Por outro lado, aquele produtor, proprietário rural que não for produtivo corre o risco de perder a propriedade de ter expropriada. Nesse governo a lei será para todos", explicou. "Quem promover anarquia, vandalismo, desestabilização, ou usar pessoas, famílias, como massa de manobra para impor reforma agrária, pode ter certeza que não vai conseguir", concluiu.
Notícia na íntegra
Fonte: Estadão/Globo Rural
Insumos
4. Sem remanejamento, recursos do Moderfrota acabam em março de 2019
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Marchesan, pediu à equipe do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro o remanejamento de recursos financeiros para a suplementação do programa Moderfrota de financiamento de máquinas agrícolas. Ele esteve reunido na segunda-feira (26/11) com o economista Paulo Guedes, indicado para comandar o Ministério da Economia, e nesta quarta-feira (28/11) se encontrou com a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), que comandará a Agricultura. A demanda foi encaminhada ao atual presidente, Michel Temer, em reunião no Palácio do Planalto.
Marchesan contou que entregou a todos um ofício com dados do desembolso do programa e que os recursos disponíveis não chegarão até 31 de março de 2019, três meses antes do fim do ciclo agrícola 2018/2019, em 30 de junho. "Estamos vendo que o saldo que está sobrando, por volta de R$ 4 bilhões, não chega até o final de março. Não vai ter dinheiro para o financiamento nas principais feiras de máquinas do país, que começam justamente a partir desse mês", disse o presidente da Abimaq ao sair do encontro com Tereza Cristina no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília (DF), sede do governo de transição.
A falta de recursos para o Moderfrota foi antecipada pela Coluna do Broadcast Agro no último dia 9 de novembro. Dados do setor atualizados pela Abimaq apontam que a linha, fomentada pelo BNDES e com juros de 7,5% a 9,5% ao ano, já consumiu R$ 5 bilhões dos R$ 8,9 bilhões destinados para atual safra, de acordo com Marchesan. "Além de menos recursos, houve um crescimento de 58% no desembolso", disse. "Estão todos informados e espero que haja o remanejamento de verbas de outros programas suplementar", concluiu.
Notícia na íntegra
Fonte: Estadão/Globo Rural
5. Conab mostra resultado preliminar do estudo de perdas no transporte de grãos
Os índices de perdas no transporte de grãos no Brasil estão abaixo da tolerância de 0,25% utilizada atualmente pelas transportadoras, chegando a 0,1% no caso do milho. O dado pode ser observado nos resultados preliminares do estudo de Perdas no Transporte Rodoviário de Grãos coordenado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e desenvolvido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O resultado está entre os temas debatidos no Seminário Internacional sobre Perdas na Armazenagem e Transporte de Grãos, realizado nesta quarta e quinta-feira (28 e 29) pela Companhia, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Este é o primeiro estudo realizado no país que mensura a perda de grãos no momento do transporte. “O parâmetro é fundamental para identificar os desafios a serem vencidos para que se possa diminuir ainda mais esse índice e chegar aos menores patamares possíveis de perda”, reforça o superintendente de Armazenagem da Conab, Stelito dos Reis.
No evento, o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Fernando José de Pádua Costa Fonseca, também falará sobre os principais corredores de transporte no Brasil e o transbordo entre modais, especialmente a ação da Companhia nas operações de remoção. De acordo com levantamento realizado pela Superintendência de Logística Operacional da Companhia, as operações da estatal nas remoções de milho estão próximas ao nível registrado pelo estudo.
A pesquisa também observa as remoções de trigo e do arroz em casca. No primeiro caso, o indicador aponta para uma perda de cerca de 0,17%. A situação é ainda melhor para o segundo produto, com índice de aproximadamente 0,13%. Essas métricas apontam uma perda, por tonelada transportada, de 1,2 kg/t para o milho, 1,7 kg/t para o trigo e 1,29 kg/t para o arroz em casca. Com isso, a estimativa de valor dessas perdas chegam a R$ 0,51/t, R$ 1,40/t e R$ 1,13/t respectivamente.
Perda em armazenagem – Além do transporte, também serão apresentados os resultados preliminares dos estudos de perda no armazenamento do trigo e arroz. Atualmente, é admitida a perda de 0,3% do grão ao mês, enquanto depositados. No entanto, os resultados parciais indicam que a partir do uso de tecnologias é possível chegar a índices menores do praticado atualmente.
Notícia na íntegra
Fonte: Conab/Notícias Agrícolas
6. CMN determina que custo efetivo total seja divulgado no crédito rural
Uma resolução aprovada nesta terça-feira (27/11) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou que as instituições financeiras passem a divulgar, aos clientes, o Custo Efetivo Total nas operações de crédito rural (CETCR). A medida valerá para o próximo Plano Safra, que será iniciado em julho de 2019, informou o Banco Central por meio de nota.
"O objetivo é permitir que o produtor tenha mais facilidade para planejar suas operações e para avaliar a sua viabilidade econômica, além de poder escolher linhas de crédito que melhor se adequem às suas necessidades", disse o BC.
Atualmente, o Custo Efetivo Total (CET) já é disponibilizado pelas instituições financeiras aos clientes, no caso das demais operações de crédito. Agora, com a resolução do CMN, este custo passa a ser informado também no caso das operações de crédito rural. "Essa mudança decorre também do aumento de competição entre as instituições financeiras na concessão de operações de crédito rural, que passaram a oferecer taxas abaixo do teto fixado pelo CMN para recursos controlados (até 2017, as taxas eram específicas e não havia discricionariedade na sua fixação)", pontuou o BC na nota.
"Entrarão no Custo Efetivo Total do Crédito Rural todos os custos para o tomador. Vale para pessoas físicas e jurídicas", disse o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, João André Pereira, durante entrevista coletiva para explicar a resolução.
Segundo ele, ainda não há definição se o BC, assim como ocorre no caso das demais operações de crédito, disponibilizará em seu site informações, por instituição, sobre o custo efetivo no caso do crédito rural, permitindo a comparação entre as condições oferecidas. "Como hoje as instituições ofertam crédito abaixo do teto, existe uma concorrência (entre elas). Pode ser que a divulgação do CET tenha um efeito benéfico para o segmento rural", acrescentou Pereira.
Notícia na íntegra
Fonte: Estadão/Globo Rural
Proteína animal
7. Sigilo fiscal da Marfrig é quebrado em investigação da PF em MS
A brasileira Marfrig Global Foods, segunda maior empresa de carne bovina do mundo, teve o sigilo fiscal em Mato Grosso do Sul quebrado no âmbito da Operação Computadores de Lama, deflagrada ontem pela Polícia Federal, pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Receita Federal. A Marfrig não é alvo da investigação e não sofreu outras medidas, tais como operações de busca e apreensão.
Com foco na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB), a Computadores de Lama é um desdobramento da Operação Lama Asfáltica, que apura irregularidades em benefícios fiscais em Mato Grosso do Sul.
Na primeira fase da Lama Asfáltica, a JBS foi um dos alvos. Em delação premiada, o ex-presidente da JBS, Wesley Batista, admitiu ter pago propina em Mato Grosso do Sul para obter benefícios fiscais.
Procurada pelo Valor, a Marfrig informou que sua situação é “totalmente regular” perante à Secretaria da Fazenda de Mato Grosso do Sul “O afastamento do sigilo fiscal ocorre somente perante à Secretaria de Estado da Fazenda do Mato Grosso do Sul e refere-se exclusivamente às informações fiscais do período entre 01/01/2010 e 31/12/2014”, informou a companhia.
De acordo com a Marfrig, “todos os débitos que possuía com o estado do Mato Grosso do Sul foram objeto de parcelamento”.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Econômico
8. Reabertura dos EUA à carne bovina continua indefinida
A reabertura do mercado americano à carne bovina in natura brasileira segue indefinida. A expectativa de que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, conversaria ontem sobre o assunto com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, foi frustrada, de acordo com três fontes a par do assunto.
O ministro brasileiro aguardou a ligação, que não ocorreu, durante a tarde. Conforme uma fonte, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) alegou que o secretário Perdue estava ausente, e sugeriu que Blairo conversasse, por telefone, com um subordinado do americano. O ministro brasileiro teria se negado, disse a fonte. A avaliação é que apenas uma conversa entre congêneres - como é o caso de Blairo e Perdue - poderia destravar a reabertura do mercado, fechado desde junho de 2017.
Segundo outra fonte, a versão nos EUA para o desencontro entre os ministros é que o USDA ainda não terminou de avaliar os documentos enviados pelo Ministério da Agricultura do Brasil. Essa avaliação é essencial para a decisão dos americanos. No entanto, técnicos do Ministério da Agricultura avaliam que a questão deixou de ser técnica e passou a ser política.
Ao Valor, técnicos do Ministério da Agricultura disseram que dificilmente os EUA anunciarão algo positivo neste ano. Ontem, quando Blairo aguardava o telefonema, havia certo otimismo, especialmente porque os EUA anunciaram segund-afeira a abertura de seu mercado de carne bovina para a Argentina.
"A abertura deve ficar para o início de 2019", disse um empresário, destacando que o alinhamento do presidente eleito, Jair Bolsonaro, com o presidente americano, Donald Trump, pode ajudar.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Econômico
9. Carne Fraca: Justiça condena 11 pessoas em nova sentença
A Justiça Federal condenou, ontem, 11 pessoas em uma nova sentença da Operação Carne Fraca – que apura irregularidades no âmbito da Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O processo apurou o pagamento de propina, entre 2014 e março de 2017, por empresários do ramo de produtos de origem animal para servidores do Mapa que atuavam na Unidade Técnica Regional de Agricultura (Ultra) de Londrina, no norte do Paraná, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o MPF, os empresários pagavam propina aos servidores públicos para evitar fiscalizações ou então para que irregularidades nas indústrias fossem ignoradas.
Os réus foram condenados por crimes como organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação – que é quando o funcionário público deixa de praticar o seu dever –, advocacia administrativa –que é atuar em prol de interesses privados – e concussão – que é a extorsão praticada por servidores públicos.
Atualmente, nenhum dos condenados está preso. Cabe recurso da sentença.
A sentença é do juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba. Entre os condenados com a maior pena, de 32 anos, está Juarez José de Santana, chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura de Londrina, apontado como chefe do esquema de corrupção pelo MPF.
Veja abaixo quem são os condenados:
Daniel Gonçalves Filho, delator e ex-superintendente do ministério da agricultura no Paraná: condenado a 7 meses e 15 dias de detenção, pelo crime de prevaricação;
Juarez José Santana, chefe da da Unidade Técnica Regional de Agricultura (Ultra), do Mapa em Londrina: condenado a 32 anos, sendo 31 aos e 10 meses de reclusão e 2 meses de detenção, pelos crimes de corrupção passiva, advocacia administrativa e organização criminosa;
Gércio Luiz Bonesi, ex-auditor agropecuário do Mapa: condenado a 5 anos de reclusão por concussão;
Sidiomar de Sampos, ex-agente administrativo do Mapa: condenado a 10 anos, sendo 10 anos e 8 meses de reclusão e dois meses de detenção, pelos crimes de corrupção passiva, advocacia administrativa e organização criminosa;
João Roberto Welter, sócio administrador de uma empresa de alimentos de Londrina: condenado a 9 anos e 6 meses de reclusão, pelo crime de corrupção ativa;
Luiz Alberto Patzer, agente de inspeção do Mapa: condenado a 17 anos e 8 meses de reclusão, pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa;
Luiz Carlos Zanon Junior, ex-auditor fiscal da Ultra de Londrina: condenado a 11 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão pelo crime de corrupção passiva;
Marcos Cesar Artacho, proprietário de empresa de Arapongas: condenado a 6 anos e 8 meses de reclusão, pelo crime de corrupção passiva;
Roberto Brasiliano da Silva, ex-assessor parlamentar do ex-deputado pecuarista José Janene, não teve cargo no Mapa, mas era colaborador de Juarez José De Santana, chefe Ultra de Londrina, condenado a 17 anos e 6 meses de reclusão, pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa;
Roberto Pelle, gerente comercial de frigorífico de Apucarana, condenado a 4 anos e 8 meses de reclusão, pelo crime de corrupção ativa;
Vicente Cláudio Damião Lara, sócio de empresa de medicamentos de Arapongas, condenado a 3 anos e 4 meses de reclusão, pelo crime de corrupção ativa.
Segundo o juiz, entre as irregularidades cometidas pelo grupo, o agente Luiz Carlos Zanon Junior omitiu problemas sérios de higiene e estrutura em um dos frigoríficos inspecionados, à época da operação.
Conforme o relatório de uma das auditorias, anexado à condenação, no local, “todas as câmaras frias do estabelecimento tinham o piso quebrado e faltando pedaços, paredes com o reboco descascado, tetos mofados e sujos, trilhos enferrujados e grelhas das portas quebradas, bem como apresentavam condensação com gotejamento direto nas carcaças”.
No mesmo local, segundo o relatório, as facas não eram trocadas, as serras de peito e carcaça eram esterilizadas apenas parcialmente e a água de abastecimento da empresa tinha grande quantidade de coliformes, muito acima do permitido.
Luiz Zanon solicitou pagamentos indevidos a empresa, em fevereiro de 2016, conforme o juiz. Ainda conforme o documento, em um dos laticínios fechados pela operação, "dos 23 itens avaliados pelos fiscais, 18 estavam fora dos padrões mínimos exigidos pelo Mapa.
Na sentença, o juiz determinou a reparação de danos causados pelas infrações praticadas pelos réus.
Os maiores valores foram determinados a Juarez – o equivalente a 4.085 salários mínimos, vigentes à época do último fato delitivo, com juros e correção monetária – e a Daniel Gonçalves Filho, delator e ex-superintendente do Mapa no Paraná – que deve ressarcir 1.218 salários mínimos à época dos fatos, também corrigidos.
O que dizem os citados
O advogado de Daniel Gonçalves Filho disse que só vai se manifestar no processo.
A defesa de Juarez José Santana e de Sidiomar de Sampos afirmou que considera absurda a condenação dos auditores, "contrariando totalmente o conteúdo probatório da instrução processual". O advogado disse ainda que vai recorrer.
A defesa de Gércio Luiz Bonesi informou que vai se manifestar após tomar conhecimento do teor completo da decisão.
A advogada de Roberto Pelle disse que só vai se manifestar no processo.
O advogado de João Roberto Welter disse que vai analisar os fundamentos da decisão e recorrer. Segundo a defesa, o processo tem que ser pautado em provas e não em presunção, como é o caso do cliente.
O G1 ainda tenta contato com as defesas de Luiz Alberto Patzer, Luiz Carlos Zanon Junior, Marcos Cesar Artacho, Roberto Brasiliano da Silva, Vicente Cláudio Damião Lara e do Mapa.
Notícia na íntegra
Fonte: G1/Valor Econômico
Agroenergia
10. Biosev contratou Rabobank para vender mais usinas, diz agência
A Biosev, companhia sucroalcooleira controlada pela Louis Dreyfus Company (LDC), contratou o Rabobank para vender mais usinas no Brasil, segundo informações da agência Reuters, citando uma fonte não identificadas.
Segundo essa fonte, quaisquer ativos poderiam ser vendidos, inclusive a Usina Vale do Rosário, em Morro Agudo (SP), a maior usina da companhia, com 6,5 milhões de toneladas de cana de capacidade de moagem por safra.
Ainda segundo a agência, outra fonte disse que um banco teria sido contratado para vender especificamente a Usina Santa Elisa, localizada em Sertãozinho (SP). A unidade tem capacidade para processar 6,1 milhões de toneladas de cana por safra.
A companhia vendeu nos últimos dois meses as duas usinas que tinha no Nordeste — a Usina Giasa e a Estivas —, levantando até o momento R$ 273,6 milhões.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Econômico
11. São Paulo tem recorde de suficiência energética; cana corresponde a 36% da matriz estadual
A produção de energia no Estado de São Paulo vem gradativamente subindo, o que reduz a dependência do maior parque fabril da América Latina de insumos geradores de energia de outras regiões do País.
Segundo o Balanço Energético do Estado de São Paulo 2018, referente ao ano passado e publicado pela Secretaria de Energia e Mineração, a dependência de insumos externos caiu para 40,7% em 2017, ante 41,4% no ano anterior. Em 2011, a dependência foi de 50,9%.
Ainda de acordo com o documento, a participação das energias renováveis na oferta total de energia foi de 59,5%. “No último ano, houve um acréscimo devido, principalmente ao aumento da quantidade de cana-de-açúcar processada no estado de São Paulo”, aponta.
Conforme o balanço, a participação dos derivados de cana – incluindo etanol – na oferta destinada ao estado representou 36,1%, enquanto fontes hidráulicas somaram 17,2%. Outras energias renováveis ocuparam 6,2%, totalizando 59,5%.
Energia limpa
São Paulo consumiu 27% de toda a energia utilizada no Brasil no ano passado. Mas a participação do estado no consumo nacional de derivados de petróleo foi menor que esse índice, ficando em 21,6%.
Nos últimos 10 anos, São Paulo registrou uma queda significativa no uso de energias mais poluentes. O carvão teve a maior redução, de 99%. Já o óleo combustível apresentou uma queda de 60% no período.
Notícia na íntegra
Fonte: Agência Estado/NovaCana
12. Aumento da produção de etanol de milho deve baratear combustíveis, concluem senadores
A Comissão de Agricultura (CRA), do Senado, debateu nesta terça-feira (27) o aumento dos investimentos na produção de etanol de milho na região Centro-Oeste. Debatedores e senadores destacaram o potencial da produção para gerar renda e abastecer o país, contribuindo para a redução do preço médio dos combustíveis.
O representante do Ministério das Minas e Energia (MME), Marlon Leal, alertou que o mercado de etanol proveniente da cana está estagnado nos últimos anos, o que torna "muito bem-vindos" os recentes investimentos no etanol de milho. Ele apresentou estudos da pasta que demonstram que o crescimento do setor de etanol acaba trazendo para baixo o preço dos combustíveis em geral, por ser um produto mais barato. Os dados do MME se baseiam em levantamentos feitos no estado de São Paulo.
“Desde 2006 o etanol é mais barato. Esse é um dado já consolidado. Portanto, quanto mais se oferta e se usa dele, maior é seu impacto na cesta de combustíveis. Só em 2018, o consumidor paulista economizou R$ 1,7 bilhão em combustíveis, comparado com o que gastaria caso não se ofertasse etanol. Desde 2006, a economia já chega a R$ 28 bilhões”, detalhou Leal.
O representante do MME também confirmou que o governo conta com o incremento da produção de etanol de milho para diminuir a dependência da gasolina importada, que corresponde a 10% do consumo nacional. Por isso o programa RenovaBio, política nacional para o setor de biocombustíveis, continuará sendo uma prioridade.
“Se não fosse o RenovaBio, 30% do nosso consumo seria de gasolina importada. E não priorizamos nenhum biocombustível: quem tiver mais competitividade vai encontrar seu espaço”, afirmou Leal.
Centro-Oeste na vanguarda
A reunião foi conduzida pelo senador Cidinho Santos (PR-MT), que fez questão de ressaltar a rapidez com que os investimentos no etanol de milho na região Centro-Oeste vêm aumentando.
“A produção tem chamado a atenção pela velocidade da expansão e pelos volumes envolvidos nos investimentos”, declara e completa: “Avalia-se que a médio prazo a operação da planta gerará anualmente cerca de R$ 2 bilhões. Eu mesmo acredito muito nas oportunidades que o segmento oferece, gerando empregos e renda para milhares de famílias. Não só o Centro-Oeste, acredito que a região Norte também será beneficiada. Produziremos o etanol mais barato e ainda vamos exportar”.
Notícia na íntegra
Fonte: Agência Estado/NovaCana
Grãos e grandes culturas
13. Irã é alento em ano de queda dos exportações brasileiras de milho
Enquanto as exportações brasileiras de soja aumentam, em larga medida graças às disputas comerciais entre Estados Unidos e China, os embarques de milho do país diminuem em meio à retração da oferta doméstica e ao crescimento dos embarques americanos. E a tendência poderá se aprofundar nas próximas semanas.
Segundo dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), os contratos fechados pelos exportadores do país já somaram, até 15 de novembro, 24,3 milhões de toneladas para entrega ao longo desta safra 2018/19, que está em fase de colheita no Hemisfério Norte. O volume é 16% superior ao do mesmo período de 2017.
Já os embarques brasileiros de milho seguem lentas. De janeiro a outubro, foram 16,5 milhões de toneladas, quase 30% menos que de nos primeiros dez meses do ano passado. É fato que o excedente exportável do país caiu por causa da quebra da safra — a colheira recuou mais de 17% no ciclo 2017/18, para 80,8 milhões de toneladas no total, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) —, mas a logística também não colaborou.
Isso porque a nova tabela de fretes mínimos rodoviários elevou custos de transporte e ceifou a competitividade dos embarques em momentos de demanda domésticas aquecida por causa da oferta doméstica mais curta.
“O frete impactou os preços de milho do Centro-Oeste consideravelmente”, disse Victor Ikeda, analista do Rabobank. Estudo do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-Log/USP) mostrou que, no mínimo, o custo total para o transporte de milho vai crescer R$ 7,3 bilhões no Brasil em 2018.
Nesse cenário, o alento dos exportadores brasileiros de milho são países com os quais o presidente do EUA, Donald Trump, está em conflito. A China, infelizmente para o Brasil, não é uma grande importadora do cereal como é de soja. Mas o Irã é, tanto que se firmou como o principal importador de milho brasileiro neste ano.
De janeiro a agosto, as exportações de milho brasileiro para o Irã cresceram 40% e representaram 32,7% do total. Em igual intervalo de 2017, a participação foi de 17%.
Mas esse movimento pode ter fôlego curto. Em entrevista ao jornal “Financial Times”, Mani Jamshidi, especialista na indústria de alimentos baseado em Teerã, afirmou que o Irã estava estocando grãos como soja e milho para a produção de alimentos básicos com o objetivo de “evitar a falta de produtos estratégicos” por causa das barreiras erguidas pelos EUA — no começo de novembro, entraram em vigor novas sanções de Washington contra o país.
“Quando a questão é guerra comercial, o problema é sempre o cenário de incertezas que se cria”, ressaltou André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult em evento realizado semana passada em São Paulo.
Mas, apesar da forte demanda do Irã, as exportações brasileiras de milho deverão totalizar entre 18 milhões e 19 milhões de toneladas neste ano, bem abaixo das 32 milhões estimadas pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) no início deste ano.
Analistas realçam, ainda, que além da oferta exportável menor, a extensão da janela de exportação de soja, provocada pelas disputas entre Washington e Pequim, também atrapalhou os embarques de milho, já que ampliou a “concorrência” nos portos do país.
Júlio Nogueira, gerente de meio ambiente e sustentabilidade da Klabin, falou sobre o Programa de Resíduos Sólidos implantado, em 2013, pela empresa em sete municípios do Paraná - Imabú, Ortigueira, Reserva, Tamarana, Telêmaco Borba. Tibaji e Ventania - para auxiliá-los a atender a PNRS. “Foi feito um diagnóstico inicial para cada município para definir as necessidades de cada um em relação à gestão dos resíduos sólidos, como equipamentos, caminhões, barracões e construção de aterros". O objetivo, segundo ele, é a expansão do Programa para atingir mais municípios.
Para 2019, as perspectivas para o mercado de milho no Brasil são problemáticas, sobretudo porque a oferta do cereal deverá ser ampla. Se a demanda internacional pelo cereal do país se enfraquecer graças ao avanço americano, ao país restará apostar na demanda interna, ainda abalada pela crise das indústrias de carne de frango.
Depois da Operação Trapaça, em março, a União Europeia vetou a entrada em seu mercado de produtos de 20 frigoríficos brasileiros. A medida provocou uma redução da produção de aves, o que prejudica a demanda por ração animal.
“O plantio acelerado de soja neste ano vai propiciar que praticamente 100% da área de safrinha de milho seja semeada dentro do período ideal. O produtor vai plantar milho”, disse Victor Ikeda, analista do Rabobank.
“Quase toda a área destinada ao milho safrinha de fato será plantada na janela ideal. Isso vai levar os produtores a plantar mais com a expectativa de que a produtividade resolva o problema de custos maiores”, disse Pessôa, da Agroconsult.
Como a produção total de milho no Brasil poderá superar 100 milhões de toneladas em 2018/19, Pessôa acredita que as exportações precisam chegar a 35 milhões de toneladas para que haja “equilíbrio de mercado e rentabilidade” na safra 2018/19. A Conab estima que as exportações totalizarão 31 milhões de toneladas.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Eocnômico
14. Bunge indica Robert Coviello para liderar revisão estratégica
A americana Bunge, uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, indicou hoje Robert Coviello para o cargo de vice-presidente executivo a partir de janeiro de 2019. O executivo vai liderar a revisão do planejamento estratégico da companhia,
Coviello, que atualmente é diretor da Bunge para o Sudeste Asiático e China, vai se reportar ao CEO da companhia, Soren Schroder. O executivo está na Bunge desde 2003.
Em comunicado, a Bunge informou que Coviello atuará em conjunto com o comitê executivo. Esse colegiado foi criado em outubro após um acordo feito com o fundo D.E. Shaw e a firma de investimentos Continental Grain, acionistas que vinha pressionando por mudanças na estratégia. No mercado, há quem diga que a revisão estratégica culminará na venda da Bunge. A rival ADM seria uma das candidatas para a aquisição.
“Nossa indústria possui incontáveis oportunidades de crescimento, diferenciação e disrupção. A indicação de Robert para essa função vai ajudar nos nossos esforços para explorar os pontos fortes e aproveitar ainda mais as oportunidades”, disse Schroder.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Econômico
15. Para além das fronteiras do Trópico de Capricórnio
Criada em 2015 para atuar na exportação de cafés de alta qualidade produzidos no cinturão cafeeiro da região do Trópico de Capricórnio, a Capricornio Coffees está expandindo suas fronteiras.
Há aproximadamente um ano, a empresa dos sócios José Antônio Rezende, Luiz Roberto Saldanha Rodrigues e Edgard Bressani está trabalhando também com café arábica produzido em Garça, em Marília, no Circuito das Águas Paulista, na Alta Mogiana - regiões do Estado de São Paulo - e no chamado Norte Novo do Paraná.
Inicialmente, a empresa atuava na Sorocabana, em São Paulo, e no Norte Pioneiro do Paraná, regiões onde estão 69 cidades que produzem café. Agora, com negócios para além das fronteiras do cinturão do Trópico de Capricórnio, a exportadora atua nem uma área com cerca de 100 cidades com cultivo do grão, segundo Bressani, que chegou à empresa em 2016.
A Capricornio exporta cafés produzidos em fazendas de um de seus sócios, de parceiros das regiões onde está presente e também de terceiros. Eram 11 fornecedores fixos antes da expansão, número que cresceu para 20 desde então. Entre eles está a Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária Norte Pioneiro (Coanop), de São Jerônimo da Serra.
Bressani gosta de lembrar que a empresa não é apenas uma exportadora de cafés. Além disso, dá assistência agronômica e orientação aos produtores parceiros sobre boas práticas agrícolas e técnicas de pós-colheita, dentro de um projeto chamado Quatro Estações. Provadores da Capricornio também fazem um trabalho de controle de qualidade do café a ser comercializado.
Os Estados de São Paulo e do Paraná produzem cerca de 6 milhões de sacas de café arábica por ano, e Bressani estima que 700 mil a 800 mil sacas sejam de cafés de qualidade. A Capricornio abocanha um pedaço ainda pequeno desse volume de cafés especiais produzidos nos dois Estados. Mas o número é crescente.
Segundo Bressani, em 2016, a empresa comercializou 30 mil sacas, no ano seguinte foram 45 mil e em 2018 devem ser 60 mil sacas, sendo cerca de 50 mil para exportação. A meta para o ano que vem é ampliar os volumes em 20%.
Ter mais volumes de grãos de qualidade disponíveis para negociar foi que o levou a Capricornio a expandir sua área de atuação. E uma das razões para a estratégia de avançar no Paraná chama a atenção. O Estado já foi um dos maiores produtores de café do Brasil, mas teve sua produção quase dizimada em meados dos anos 1970 por causa de geadas. As mudanças climáticas, no entanto, tendem a ampliar a importância do Estado na produção de café, afirma Bressani.
A razão é que essas mudanças significam clima mais ameno, chuvas mais bem distribuídas e menor risco de geadas, explica. Além disso, a intenção também é "promover o terroir" local, num resgate dos cafés dessa região.
Todos os fornecedores da Capricornio precisam atender a alguns requisitos, como ter boas práticas agrícolas, produção sustentável do ponto de vista socioambiental, qualidade e ter certificação - ou estar em processo de - de entidades como a BSCA (Brazil Specialty Coffee Association), Rainforest Alliance e UTZ Certified. Afora isso, os cafés, que têm como destino países como Austrália, Itália, EUA, Eslováquia, Japão, Coreia e China, devem ter pontuação acima de 80, conforme os critérios do protocolo de avaliação da Associação Americana de Cafés Especiais.
São esses diferenciais que garantem aos cafés de qualidade prêmios em relação ao grão convencional. Hoje, segundo Bressani, o preço de cafés de qualidade varia de R$ 800 a R$ 2 mil por saca. Ontem, o indicador Cepea/Esalq para o café arábica ficou em XX.
Notícia na íntegra
Fonte: Valor Eocnômico