Cedoc News Indústria Automotiva | 07 e 08 de maio
- Por: Juliane
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08 de Maio de 2019 (08:30)
Publicação: A Notícia - Geral
Importação na indústria automobilística cresce 4.339% em Joinville
As importações da indústria automobilística tiveram acréscimo de 4.339% no primeiro trimestre de 2019 em Joinville, no comparativo com o mesmo período no ano passado. De janeiro a março a importação no ramo de automóveis alcançou a cifra de US$ 116,83 milhões. O valor é amplamente superior ao registrado nos mesmos meses de 2018, quando atingiu US$ 2,63 milhões.
A alta do segmento - que envolve principalmente os automóveis projetados para o transporte de pessoas - também alterou a posição dos mercados importadores de Joinville. Há um ano, o setor tinha 0,52% de participação no total de importações joinvilenses e, hoje, lidera o ranking municipal com 18%. Esse crescimento deixou para segundo plano as importações de cobre refinado (7,7% de participação) e de aquecedores elétricos (6,2%), costumeiros líderes de importação.
Para o presidente da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), João Martinelli, é difícil dizer as razões que fazem com que o crescimento das importações de automóveis seja tão significativa. Ele destaca que o setor representa 3,6% de todas as importações catarinenses, o que se caracteriza em um movimento padrão. No entanto, lembra que tanto os manufaturados quanto os carros são itens de importação que não se revertem na geração de empregos e isso preocupa.
O que chama a atenção é que são bens de consumo, então esse é o tipo de importação que não é investimento e não gera empregos na indústria, justamente porque são importados que geralmente vem prontos sinaliza.
Martinelli acredita que essa tendência deve seguir até pelo menos o final do ano, sem grandes alterações, e a balança comercial - atualmente US$ 397 milhões no negativo - tende a permanecer em déficit em Joinville.
Mercado aquecido
O resultado também evidencia o panorama do setor automotivo brasileiro, que vem em crescente e no ano passado teve balanço positivo de 13,74% no País. Segundo avaliação de Feres Assaad Nabhan, presidente do Núcleo de Concessionárias de Veículos da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), a tendência é de manutenção de crescimento no setor neste ano, em especial no segmento de SUVs. Ainda segundo avaliação dele, o mercado de importação automobilística se fortalece muito em decorrência de ações comerciais e incentivos.
Acredito que o trabalho feito junto com a Acij, os nucleados de concessionárias e as ações comerciais que a gente fez, está proporcionando para o mercado um produto importado mais em conta e, consequentemente mais competitivo. E essas ações comerciais, como o juro zero, torna esses produtos de custo médio mais elevado, e que geram um faturamento maior, num produto mais atraente avalia.
Essas ações comerciais movimentaram e animaram o mercado, então hoje há bastante carro importado, por exemplo, com preços especiais e taxas de juros muito em conta, alguns até maiores que os nacionais opina.
Joinville demonstra força comercial
Neste ano, até março, Joinville somou 213 importadores entre pessoas físicas ou jurídicas, conforme dados do Ministério da Economia e o Observatório Fiesc. Juntos, eles importaram US$ 640,49 milhões, quantia 27,15% superior ao acumulado entre janeiro e março de 2018. O montante coloca a cidade catarinense como a 10ª maior força importadora do País.
Em contrapartida, no ramo das exportações a cidade ocupa a 44ª posição nacional no ranking e pouco se altera com relação a mercado. São os principais itens de exportação joinvilenses as partes de motor (36%), as bombas de ar (23%) e os acessórios para veículos (7,5%). O município mantém ainda 132 exportadores, que encaminharam ao mercado externo US$ 243,08 milhões no trimestre (queda de 13,21%).
Os números colocam Joinville, respectivamente, na 2ª e na 3ª posição como maior importador e exportador do Estado. A participação do município chega a 15,8% dos cerca de US$ 4,07 bilhões importados por Santa Catarina neste ano, ante 8,1% no saldo de exportações, hoje de US$ 1,92 bilhão. A maior economia catarinense mantém como principais compradores de seus produtos os Estados Unidos (32%) e o México (11%), enquanto entre os fornecedores se destacam a China (35%) e a Argentina (20%).
08 de Maio de 2019
Publicação: Estadão Economia e Negócios
Veículos automotores tiveram influência negativa sobre indústria de SP, diz IBGE
Com isso, o nível de produção da indústria paulista está mais distante do pico do que na média nacional - a produção industrial nacional está em patamar 17,6% abaixo do pico, registrado em maio de 2011.
Segundo Bernardo Almeida, analista da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, a indústria automobilística exerceu o maior peso de baixa sobre a produção paulista.
Além de fatores gerais, como a demanda fraca e as perdas de exportação para a Argentina, que enfrenta crise econômica, a indústria automobilística paulista foi atrapalhada por greves, chuvas que prejudicaram o armazenamento e uma antecipação da produção para fevereiro, como estratégia industrial para driblar o carnaval.
Como São Paulo responde por 34% da indústria nacional, teve o segundo maior impacto negativo na queda da produção na média nacional, atrás apenas do Pará. A indústria paraense tombou 11,3% em março ante fevereiro, mas ali os motivos foram pontuais. Segundo Almeida, uma parada de produção numa planta de mineração, que atingiu a indústria extrativa - sozinho, esse segmento industrial responde por 86% da indústria paraense.
Questionado se a parada de produção na planta do Pará teria relação com o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro, Almeida respondeu: "A parada é consequente da própria planta industrial."
08 de Maio de 2019
Publicação: Jornal Correio Braziliense
Cidades europeias proíbem carros
» Jaqueline Mendes
São Paulo — No século 20, nenhum bem foi mais cobiçado pela sociedade de consumo do que o automóvel. No século 21, o que se observa é o caminho oposto: os carros estão se tornando cada vez mais indesejáveis. O fenômeno tem ganhado força, especialmente na Europa, e pode provocar sérios danos à indústria automobilística.
Nos últimos dias, grandes cidades europeias anunciaram restrições à circulação de automóveis. Em Amsterdã, na Holanda, os carros movidos a gasolina e a diesel serão proibidos a partir de 2030, segundo determinação do Conselho Municipal. O projeto tem dois objetivos principais: diminuir drasticamente a emissão de poluentes e tornar a cidade mais amigável para pedestres e ciclistas. “A poluição costuma ser uma assassina silenciosa e é um dos maiores riscos à saúde em Amsterdã", disse a conselheira de trânsito da cidade, Sharon Dijksma.
Segundo o governo local, a ideia é substituir todos os motores a gasolina e diesel por alternativas livres de emissões, como carros elétricos e a hidrogênio. A medida começará a ser implementada em 2020, com a proibição imediata de carros a diesel produzidos antes de 2005. Aos poucos, até chegar a 2030, eles estarão 100% vetados.
O movimento é crescente na Europa. No ano passado, Madri, na Espanha, anunciou que, nos próximos meses, vai banir o acesso à cidade de veículos a diesel e a gasolina fabricados antes de 2000. Em Roma, na Itália, as restrições começarão a partir de 2024, quando os carros a diesel ficarão proibidos de circular pelo centro da cidade.
Yoga e música
Até o Reino Unido, que tem resistido ao movimento, parece ter cedido aos novos tempos. No último fim de semana, o governo de Edimburgo, capital da Escócia, fechou as ruas do centro para a circulação de automóveis. No lugar de carros, os espaços foram ocupados por praticantes de yoga, músicos e crianças, para citar apenas alguns exemplos. “Estamos totalmente comprometidos em criar uma cidade acessível, sustentável e amiga das pessoas", disse Lesley Macinnes, conselheira da cidade.
O combate aos carros começa a provocar estragos na indústria automotiva. Em 2018, as vendas mundiais de automóveis de passageiros e comerciais leves caíram pela primeira vez desde 2009, de acordo com dados da Jato Dynamics, consultoria especializada no setor. No ano passado, foram emplacados 81,8 milhões de veículos, 0,6% a menos do que no ano anterior.
O resultado negativo foi puxado por declínios das vendas na Europa, nos Estados Unidos e na China, os principais mercados do mundo. Com mais restrições à circulação de automóveis, os prognósticos para os próximos anos são pessimistas. “O carro está deixando de ser o sonho de consumo das novas gerações", diz o consultor Eduardo Tancinsky. “O mundo entrou na era da sustentabilidade e do compartilhamento de produtos e serviços. Isso provocará uma grande revolução no setor automotivo".
Enquanto os veículos a diesel e a gasolina perdem espaço, os híbridos e elétricos - comprovadamente menos poluentes - avançam na preferência dos consumidores. O ano de 2018 marcou um recorde para os automóveis movidos a bateria. Segundo a Jato Dynamics, foram vendidos 1,2 milhão de carros elétricos, o que representa uma alta de 74% na comparação com o ano anterior.
Para 2019, a expectativa do setor é chegar a 3 milhões de unidades elétricas negociadas, quase o triplo do desempenho de 2018. Os avanços tecnológicos associados à redução dos custos de produção e à preocupação ambiental reforçam que esse será um caminho sem volta.
Segundo um relatório publicado no início do ano pela consultoria Deloitte, os custos de fabricação de um veículo elétrico a bateria serão os mesmos de um carro movido a gasolina a partir de 2022. Quando isso acontecer, haverá poucos motivos para a indústria continuar investindo em modelos tradicionais.
Não à toa, as montadoras têm anunciado uma enxurrada de lançamentos. Em março, a Volkswagen divulgou o lançamento de 70 modelos elétricos nos próximos 10 anos, acima da projeção anterior de 50 modelos. A Audi prevê que, até 2025, um terço de seus lançamentos serão movidos a bateria.
08 de Maio de 2019
Publicação: D. Comércio BH - Notícias
Negociação de veículos novos sobe 32,72% em Minas Gerais de janeiro a abril
As vendas de veículos novos em Minas Gerais cresceram 32,72% nos primeiros quatro meses deste ano, na comparação com o mesmo intervalo do exercício passado, de acordo com dados regionalizados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No acumulado de janeiro a abril de 2019, os emplacamentos no Estado atingiram 211.262 unidades contra 159.180 veículos em igual período de 2018.
Somente no mês passado, as vendas em Minas somaram 62.372 unidades. O volume é 5,1% superior ao verificado no mês anterior, quando totalizou 59.348 veículos. Já em relação ao mesmo período do ano passado (49.477 unidades) houve alta de 26%.
Quando considerado apenas o segmento de automóveis e comerciais leves, as vendas do Estado subiram 37,21% entre janeiro e abril, ante igual intervalo do ano anterior, segundo a Fenabrave. Os emplacamentos passaram de 124.432 nos quatro meses do exercício passado para 170.738 unidades neste ano.
Em abril, foram comercializados 51.426 automóveis e comerciais leves em Minas Gerais. O número representa elevação de 3,26% na comparação com março, quando foram registradas 49.802 unidades. Em relação ao mesmo mês do exercício anterior (40.408 unidades), houve avanço de 27,27%, conforme as informações da entidade.
As vendas de caminhões e ônibus também cresceram em todos os tipos de comparação. Entre janeiro e o mês passado, foram vendidas 4.856 unidades contra 2.765 nos primeiros quatro meses de 2018. Isso representa alta de 75,62% no período.
Já quando considerado somente o último mês, as vendas desse segmento somaram 1.347 unidades em Minas Gerais. Em relação ao mês imediatamente anterior (1.137 veículos), houve alta de 18,47%, e na comparação com o mesmo intervalo de 2018, crescimento de 86,82%.
Capital - Já em Belo Horizonte, o total de emplacamentos no acumulado de janeiro a abril de 2019 chegou a 140.621, número 51,75% superior ao observado no mesmo período do ano passado: 92.667.
Quando considerados apenas os resultados de abril (43.074), houve estabilidade sobre o mês anterior (43.049) e aumento de 37,41% em relação ao quarto mês do exercício passado (31.346).
Setor teme concorrência com mexicanos
São Paulo - Os carros mexicanos podem passar a competir com a produção brasileira, segundo avaliação da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Desde março, passou a vigorar o livre comércio para veículos automotivos leves, sem cobranças de taxas, entre o Brasil e o México.
“Eles têm uma vantagem competitiva relevante. Com o livre comércio, eles podem ter uma vantagem em relação à produção local", disse ontem, em São Paulo, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, após apresentação do balanço do setor.
Um estudo encomendado pela Anfavea à consultoria PwC mostrou que um carro mexicano pode ser vendido no Brasil com um valor menor do que um produzido aqui. Segundo relatório da consultoria, os veículos fabricados no México custam quase 18% menos do que os feitos no Brasil.
Assim, mesmo com os custos de importação, pode ser mais barato um carro mexicano do que um veículo nacional semelhante. Entre os gastos que criam a diferença dos custos de produção estão as despesas com material e os custos burocráticos e tributários.
“O objetivo desse estudo foi tirar uma foto do setor automobilístico neste momento. (Além de) mostrar onde estão os problemas e usar esse estudo para ajudar o governo a encontrar mecanismos para resolver a questão do custo Brasil", explicou o presidente da Anfavea. (ABr)
08 de Maio de 2019
Publicação: DCI - Notícias
Exportação ameaça o avanço das montadoras
O mercado vê com pessimismo a queda das exportações das montadoras instaladas no Brasil e avalia que metas de produção podem ser prejudicadas neste ano, uma vez que as vendas internas crescem de forma lenta.
08 de Maio de 2019
Publicação: Tendências - Indicadores Econômicos
Automotivo: Vendas internas devem sustentar aumento da produção
De acordo com os dados da Anfavea, a produção total de veículos, que engloba automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, alcançou 267,5 mil unidades em abril. O volume representou crescimento de 0,5% em termos anuais. Na margem dessazonalizada, houve aumento de 17,1%, após queda de 21,0% em março. O resultado positivo no mês decorreu, sobretudo, do crescimento consistente das vendas internas, que continuam a compensar a redução das exportações. Para 2019, nossa projeção ainda contempla um crescimento de 3,9% para a produção total.
Em abril, as vendas internas cresceram 6,7% na comparação anual e 0,9% na margem dessazonalizada, acumulando quatro meses consecutivos de expansão na margem. Além de aumento das vendas, os efeitos defasados dos custos industriais da produção automotiva favorecem a ampliação dos estoques de veículos nas montadoras, fator que contribuiu com a alta da produção em abril. No mês, segundo a Anfavea, houve acúmulo de 306,2 mil unidades de estoques.
Por outro lado, as exportações totais caíram 52,3% na variação anual e 8,0% na margem dessazonalizada, ainda prejudicadas pela crise econômica na Argentina.
Analisando os segmentos automotivos, o quarto mês do ano mostrou crescimento na margem dessazonalizada de forma disseminada, com aumento de 16,9% para veículos leves, de 14,3% para caminhões e de 71,5% para ônibus. Na variação anual, somente veículos leves e caminhões cresceram, com melhor desempenho para veículos pesados ( 0,6% e 3,5%, respectivamente).
A expectativa de crescimento adicional da produção ao longo dos próximos meses permanece associada à maior reação das vendas internas, enquanto as exportações devem continuar sentindo os efeitos adversos da recessão na Argentina.
Para o cenário interno, a despeito das incertezas de curto prazo, a expectativa continua favorável para a demanda por veículos, à medida que o avanço esperado da agenda de reformas contribua com a maior reação do mercado de trabalho e do volume de crédito, favorecendo a melhora moderada da confiança dos consumidores. Além disso, os patamares ainda reduzidos da taxa de juros dos financiamentos auxiliam no processo de crescimento das vendas. (Isabela Tavares e Rayne Santos)
08 de Maio de 2019
Publicação: DCI - Notícias
Vendas de usados têm queda de 1,2% em abril, relata Fenauto
As vendas de veículos usados em abril recuaram 1,2% na comparação anual, para 1,17 milhão de unidades, informou ontem a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).
Já as vendas sobre março mostraram avanço de 13,3%, destacou a Fenauto. Essa variação, segundo análise da entidade, se deve ao fato de o Carnaval ter ocorrido em março. O resultado por dia útil também foi expressivo, chegando a um avanço de 7,9%.
No acumulado de 2019, houve alta de 0,8%, para 4,4 milhões de veículos, acrescentou a Fenauto em nota.
Para o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, o segmento continua torcendo para que as propostas de reaquecimento da economia, apresentadas pela nova equipe econômica, sejam aprovadas e implementadas com rapidez para que o mercado possa retomar um ritmo melhor na geração de negócios. Mas com certeza, ainda estaremos muito atentos ao nível de confiança do consumidor para uma avaliação mais precisa do comportamento do segmento, disse em nota. / Agências
08 de Maio de 2019
Publicação: Agência Estado Conjuntura e Finanças
Toyota registra queda de 24,5% no lucro anual, mas prevê recuperação
Tóquio, 08/05/2019 - A Toyota anunciou hoje que teve lucro líquido de 1,88 trilhão de ienes (US$ 17,1 bilhões) no ano fiscal encerrado em março. O resultado é 24,5% menor que o ganho de 2,49 trilhões de ienes apurado no ano fiscal anterior, que foi impulsionado por ganhos fiscais extraordinários ligados à reforma tributária dos Estados Unidos.
Segundo a montadora japonesa, sua receita somou 30,23 trilhões de ienes no último ano fiscal, ficando ligeiramente acima dos 29,38 trilhões de ienes do ano anterior. As vendas totalizaram 10,6 milhões de veículos.
Para o atual ano fiscal, que vai até março de 2020, a Toyota prevê aumento do lucro líquido, para 2,25 trilhões de ienes (US$ 20,4 bilhões) e das vendas, para 10,74 milhões de unidades. Fonte: Dow Jones Newswires.
07 de Maio de 2019 (13:32)
Publicação: Agência IN - Caderno Setorial
IND. AUTOMOTIVA: Dados mostram competitividade entre Brasil e México
SAO PAULO, 7 de maio de 2019 - A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou estudo comparativo da competitividade dos mercados automotivos do Brasil e México produzido pela consultoria PwC Brasil. A pesquisa concluiu que um veículo produzido no mercado mexicano é mais competitivo que um produto nacional. Produzir um carro no México custa 18 pontos porcentuais a menos que no Brasil, sendo as principais diferenças em materiais e logística. Aplicando-se os impostos de cada país, a diferença final de custo pode chegar a 44%, dependendo do tipo de veículo.
'Os resultados apresentados neste levantamento nos indicam a necessidade extrema de atacarmos pontos que reduzam o Custo Brasil e melhorem a nossa competitividade. Medidas que estimulem o comércio exterior, melhorem a logística de distribuição e reduzam a carga tributária são urgentes para conferir uma nova dinâmica para os negócios brasileiros em diversos segmentos da economia, não somente o automotivo', afirma Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, destacando ainda que o mais emergencial é aprovar as reformas previdenciária e tributária.
Os dois países possuem aspectos socioeconômicos bastante similares, mas têm perfis comerciais distintos. O México possui um grau de abertura muito maior do que o Brasil. Prova disso é a quantidade de acordos comerciais fechados por cada país: México possui 12 tratados de livre comércio com 46 países e mais 32 acordos bilaterais. Enquanto isso, o Brasil possui 6 tratados de livre comércio com 11 países e 21 acordos bi e multilaterais.
Segundo o estudo, o México possui uma clara vocação comercial direcionada para as exportações. No setor automotivo, 88% da manufatura é focada para o comércio exterior, enquanto que o Brasil possui 22% da produção de veículos voltada para as exportações.
Isso se reflete em termos de movimentação comercial: em 2017 o México movimentou US$ 143 bilhões e o Brasil US$ 26 bilhões. Outro grande destaque no mercado mexicano é o volume de ocupação da capacidade produtiva do país, sendo de 88% ainda em 2017. Já no caso brasileiro, a taxa foi de 60% devido principalmente ao período de baixa do mercado interno, que impactou a produção.
De acordo com a análise da PwC Brasil, nosso país tem um ambiente de negócios caracterizado por alta burocracia, limitações logísticas e altos custos operacionais. O efeito tributário entre os dois países também é um fator que impacta na competitividade do mercado brasileiro. O Brasil possui de 37% a 44% de impostos incidentes no veículo dependendo do tamanho do motor. Já no México, há 16% de impostos sobre o veículo.
O estudo conclui que em um cenário de importação para o Brasil, o veículo mexicano continua mais competitivo que um veículo nacional, tendo 12 pontos porcentuais a menos que o produto brasileiro. No cenário de exportação, o veículo produzido no México seria 24 pontos porcentuais mais competitivo que um veículo brasileiro.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, vê o balanço das vendas nestes quatro primeiros meses do ano com otimismo:
'Estamos crescendo mês após mês no acumulado do ano, o que nos mostra que o mercado automotivo brasileiro está se recuperando dos anos de baixa. Nossas exportações ainda permanecem em queda devido à situação vivida pelo nosso principal parceiro comercial, a Argentina, o que impacta também a produção das nossas fábricas. Fecharemos este ano com uma elevação importante no mercado interno. Os segmentos de caminhões, ônibus e máquinas têm apresentado uma retomada ainda mais expressiva, o que sinaliza o potencial de crescimento dos setores agrícolas e produtivos'.
07 de Maio de 2019 (11:27)
Publicação: Agência IN - Caderno Setorial
IND AUTOMOTIVA: Produção de veículos cresce 0,5% em abril
SÃO PAULO, 7 de maio de 2019 - A produção de veículos em abril praticamente repetiu os resultados do mesmo mês de 2018, com a fabricação de 267,5 mil unidades. Segundo o balanço divulgado hoje (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o número representa uma elevação de 0,5% em comparação a abril de 2018. Nos primeiros quatro meses do ano foram produzidos 965,4 mil veículos, uma retração de 0,1% em relação aos 965,9 mil fabricados de janeiro a abril do ano passado.
As vendas tiveram alta de 6,7% em abril na comparação com o mesmo mês de 2018, com a comercialização de 231,9 mil veículos. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os emplacamentos de novas unidades totalizaram 839,5 mil, uma alta de 10,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações registram queda de 45% no acumulado de janeiro a abril, com a comercialização de 139,5 mil unidades no mercado externo. No mesmo período do ano passado as vendas para o exterior totalizaram 253,4 mil veículos. Em abril a retração ficou em 52,3% em comparação com o mesmo mês do ano passado, com a exportação de 34,9 mil veículos.
O nível de emprego teve retração de 1,2%, com 130,15 mil pessoas trabalhando no setor em abril. As informações são da Agência Brasil.
07 de Maio de 2019 (07:59)
Publicação: Agência IN - Tempo Real
AUTOPEÇAS: Déficit na balança de autopeças cai 42,4% no trimestre
SÃO PAULO, 7 de maio de 2019 - A balança comercial de autopeças encerrou o primeiro trimestre com déficit de US$ 922,8 milhões, valor 42,4% mais baixo que o anotado no mesmo período do ano passado. O resultado decorre de uma forte queda de 21,8% nas importações no período (US$ 2,7 bilhões), motivada pela lenta recuperação da atividade interna e pela volatilidade e nível da taxa de câmbio, além da maior localização de componentes e suspensão da emissão de certificados de origem pelo governo mexicano, dentro do Acordo de Complementação Econômica. As informações são do Sindipeças, sindicato que reúne fabricantes do setor.
Dos 20 países que mais vendem autopeças para o Brasil, 16 registraram queda ante o primeiro trimestre de 2018. As entregas da Alemanha, segundo maior fornecedor, caíram 21,5%. Países como Estados Unidos, México, Coreia do Sul, Itália, França e Suécia anotaram quedas superiores a 30% cada um. A China, maior fornecedora ao Brasil, recuou apenas 3,2%. O motivo para a queda menor seria o fluxo de peças para produção de automóveis Caoa Chery.
As exportações no trimestre somaram US$ 1,8 bilhão e recuaram 4,4% no período em razão da retração do mercado argentino. As vendas ao país vizinho caíram 41,3% no trimestre ao somar US$ 344,6 milhões.
Como consequência, os Estados Unidos se consolidam como maior destino, para onde o Brasil enviou US$ 392,8 milhões em autopeças. O total é 13,4% maior que o anotado em igual período do ano passado e corresponde a mais de 20% de todos os componentes enviados pelo Brasil ao exterior.
Também chamam a atenção os embarques para o México, terceiro maior destino, com US$ 228,6 milhões embarcados e crescimento de 29,4%. O Brasil também aproveita o momento para ampliar exportações de componentes para países próximos como Chile (US$ 82,7 milhões e alta de 50,4%) e Colômbia (US$ 60,4 milhões e crescimento de 42,8%).
Xx de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Indústria de implementos registra alta de 45% das vendas
De janeiro a abril, fabricantes emplacam 35,5 mil unidades, o maior volume para o período desde 2015
REDAÇÃO AB
A indústria de implementos rodoviários registrou crescimento de 45% das vendas no quadrimestre encerrado em abril, com o emplacamento de mais de 35,5 mil unidades. Os dados divulgados na quarta-feira, 8, pela Anfir, associação dos fabricantes, apontam que este volume é o maior para o período desde 2015, consolidando a recuperação do transporte de carga.
O presidente da entidade, Norbeto Fabris, comemora o desempenho do setor e lembra que o volume ainda está abaixo do nível do mercado no período pré-crise.
“O resultado deste ano é um bom alento para um setor que amargou três anos de crise, mas é importante termos os pés no chão porque ainda estamos em pleno ambiente de recuperação. Sem um crescimento forte e saudável da economia, não teremos a recuperação de todas as perdas do período de crise”, afirma o presidente da Anfir.
O executivo analisa que os dois segmentos da indústria de implementos – pesados e leves – ainda estão em desequilíbrio considerando seu desempenho histórico. “A relação entre os dois segmentos oscila tradicionalmente entre 1,5 a 2 produtos leves para cada implemento rodoviário pesado vendido”, explica.
No acumulado de janeiro a abril, os emplacamentos de pesados (reboques e semirreboques) somaram 19,5 mil unidades, enquanto os leves (carrocerias sobre chassis) totalizaram pouco mais de 16 mil.
“Os volumes estão muito próximos o que mostra claramente que parte da economia ainda não está reagindo”, atesta o presidente.
08 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Raio-X: conheça os fornecedores do Citroën C4 Cactus
Levantamento exclusivo feito por AB e IHS Markit mostra quem produz 36 itens do modelo
REDAÇÃO AB
Fabricado em Porto Real (RJ) e lançado em agosto de 2018, o C4 Cactus tem a responsabilidade de fazer com que a Citroën dobre suas vendas no Brasil. Como um papel tão importante no mercado local, o modelo é o tema do Raio-X, levantamento exclusivo feito por Automotive Business em parceria com a IHS Markit para destacar quem são os principais parceiros das fabricantes de veículos na produção dos carros.
Na edição do C4 Cactus, o Raio-X indica quem são os fornecedores de 36 componentes e sistemas do modelo. O documento foi produzido a partir do cruzamento da base de dados global da IHS Markit e pesquisa com a base de leitores de Automotive Business.
07 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Venda de veículos na Argentina cai quase 60%
Produção e exportações do país vizinho também recuam no primeiro quadrimestre
REDAÇÃO AB
A recessão argentina fez a venda interna de veículos cair 57,8% no primeiro quadrimestre. Foram 122,6 mil unidades, ante 290,5 mil no mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados pela Adefa, associação que reúne os fabricantes instalados por lá.
A produção local no acumulado até abril foi de 107 mil unidades, resultando em queda de 13,6% pela comparação interanual. Os negócios com o Brasil e outros mercados regionais impediram uma queda mais acentuada nas montadoras locais. A Adefa teme agora o aumento promovido pelo governo argentino de 0,5% para 2,5% da taxa sobre importações.
"Analisamos com grande preocupação o alcance dessa alta nos custos de produção e venda de veículos, levando em conta a situação pela qual o setor já está passando”, diz o presidente da Adefa, Luis Fernando Gamboa.
As exportações argentinas também caíram, a despeito da recuperação do mercado brasileiro. Entre janeiro e abril o país vizinho exportou 68,4 mil unidades, volume 11,4% mais baixo que nos mesmos quatro meses do ano passado.
07 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Venda de máquinas agrícolas perde força em abril
Fim dos recursos de financiamento do Moderfrota puxou resultado para baixo
PEDRO KUTNEY, AB
O mercado de máquinas agrícolas perdeu significativa velocidade em abril, com 3,7 mil unidades vendidas, que resultou em queda de 17,5% sobre março e retração de 25% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, o desempenho do primeiro trimestre, que apontava crescimento de 23,5%, caiu para 6,4% na soma dos primeiros quatro meses de 2019, com 12,4 mil máquinas comercializadas no atacado. Os números foram divulgados na terça-feira, 7, pela associação dos fabricantes, a Anfavea.
“O fim [dos recursos] do Moderfrota [em março] afetou as vendas em abril, mesmo com a injeção extra de R$ 500 milhões anunciados já no fim do mês passado”, explica Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea.
O último Plano Safra – incluindo a linha Moderfrota de financiamento do BNDES para compra de maquinário agrícola – envolveu recursos de R$ 8,6 bilhões ao agronegócio, que foram esgotados antes do início do próximo programa, marcado para ser anunciado em 12 de junho. Os bancos privados também têm entrado com maior apetite para financiar o setor, mas com taxas e prazos menos atraentes.
“Existe esforço dos bancos para emprestar mais no segmento, mas não é suficiente para cobrir os programas públicos. O produtor é muito refratário a taxas variáveis, pois isso acrescenta mais uma incerteza às muitas que ele já tem”, avalia Ana Helena de Andrade, diretora da AGCO e vice-presidente da Anfavea.
Apesar da falta de recursos público para o financiamento de máquinas no segundo trimestre, o setor avalia que o segundo semestre será reaquecido suficiente para alcançar a projeção da Anfavea para 2019 inteiro, que é de expansão sobre 2018 de 10,9% nas vendas internas, equivalente a 53 mil unidades comercializadas. “Existe alto potencial de mecanização do campo no Brasil, as máquinas em uso têm idade avançada, por isso a tendência é de crescimento”, destaca Ana Helena Andrade.
EXPORTAÇÃO E PRODUÇÃO EM BAIXA
As exportações de máquinas fecharam o primeiro quadrimestre do ano em baixa de 2,7% sobre o mesmo período de 2018, com 3,9 mil unidades embarcadas. A pequena retração, mesmo com a forte recessão na Argentina, explica-se pela dependência bem menor do país vizinho para as vendas externas do setor, que exporta mais a outros países, principalmente Estados Unidos.
Em valores, as vendas externas dos fabricantes de máquinas no Brasil somaram US$ 993,5 milhões nos primeiros quatro meses de 2019, em queda de 15,6% ante 2018 – tombo porcentual bem menor do que a retração de 48,4% no faturamento em dólares dos exportadores de veículos.
Com a perda de força do mercado doméstico e exportações apontando para baixo, a produção nacional de máquinas de janeiro a abril somou 15,3 mil unidades, em retração de 9,9% na comparação com igualo intervalo do ano passado.
07 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Custo de produção no México é 18% menor do que no Brasil
Anfavea apresenta estudo comparativo para propor ao governo medidas de combate à falta de competitividade
SUELI REIS, AB
Produzir um carro no México custa 18% mais barato do que fazer o mesmo modelo no Brasil. É com essa conclusão que a Anfavea, associação nacional das fabricantes de veículos, apresenta um estudo de comparação de custo de produção entre os dois países a partir de um levantamento feito pela PwC e encomendado pela própria entidade a fim de identificar os principais gargalos que abalam a competitividade brasileira.
Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, que conduziu a apresentação durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira, 7, em São Paulo, o material já foi apresentado ao Ministério da Economia. Segundo o executivo, o objetivo é comparar os custos de produção de cada país e com isso traçar metas junto ao governo para que possam melhorar a competitividade brasileira, elevando as exportações e a participação de produtos nacionais no mercado global.
O índice considera apenas o custo de produção, ainda sem margem ou tributos. Uma das principais queixas da Anfavea é justamente o efeito tributário brasileiro sobre os custos de produção. Enquanto o México possui apenas um tipo de imposto, o IVA - Imposto sobre Valor Agregado na faixa de 16% - no Brasil, a indústria conhece muito bem as siglas ICMS, PIS/Cofins e IPI, cada um com uma alíquota diferente ao longo da cadeia e algumas com variação para cada tipo de motorização.
Segundo o levantamento, o custo de um veículo no Brasil pode ficar entre 37 p.p. e 44 pontos porcentuais acima do custo de um veículo similar feito no México quando considerados os impostos. O custo Brasil de produção é cerca de 18 p.p. maior que o do México materiais e na logística encarecem o produto brasileiro, segundo o estudo.
“México e Brasil são países com aspectos socioeconômicos bastante similares, mas com perfis comerciais distintos”, reforça o presidente da Anfavea.
Moraes assinala que a ideia de propor sugestões ao governo a partir do documento diz respeito a assuntos não contemplados pelo Rota 2030. “Queremos atacar as dimensões relacionadas a carga tributária, não imediatamente, porque o País não permite neste momento, mas queremos tratar a longo prazo. Acordos bilaterais e logística também temos que resolver para ter alguma chance de competir com o México e diminuir esse gap”, disse.
DOIS PAÍSES, DUAS REALIDADES
Feito a partir de dados fornecidos por cinco montadoras, o estudo abrange diferentes aspectos da indústria automotiva brasileira e mexicana e suas respectivas particularidades. Para a Anfavea, a relevância de analisar um mercado como o do México é dada a partir de sua importância para as exportações brasileiras: é o segundo maior destino de veículos feitos aqui, perdendo apenas para a Argentina. Já na mão contrária, o Brasil é sexto maior destino de veículos feitos no México, que exporta mais para os Estados Unidos, Índia, Japão, Alemanha e Tailândia, considerando os dados utilizados no estudo, que são de 2017.
No México, as exportações são baseadas em produtos manufaturados de maior valor agregado e têm um papel fundamental na economia local: o país possui doze tratados de livre comércio com 46 países, além de 32 acordos bilaterais. O Brasil computa tratados de livre comércio com 11 países e 21 países envolvidos em acordos bi e multilaterais. Para o México, a indústria automotiva figura como o principal tipo de produto enviado para outros mercados: automóveis, autopeças e caminhões ocupam respectivamente o primeiro, segundo e terceiro lugar no ranking de itens mais exportados, somando 22,8% do total exportado em 2017.
Por sua vez, a maior parte das exportações do Brasil são concentradas em commodities, como soja, minério de ferro e petróleo, que responderam por 27,1% das exportações em 2017. Os automóveis só aparecem na 11ª posição deste ranking, com 1,8% de participação do volume total exportado pelo País.
Historicamente, a indústria mexicana se caracteriza por alta ocupação e elevadas exportações. Os dados apontam que a produção mexicana chegou a 3,9 milhões de veículos no último ano, com ocupação na faixa dos 88%. No Brasil, o volume foi de 2,7 milhões de unidades e ocupação de 60%.
O aumento consistente da produção da indústria mexicana é consequência do desempenho positivo da economia americana (+2,2% a.a. do PIB nos últimos 5 anos) e também a melhora da economia doméstica. O aumento de poder de compra tanto do americano como do mexicano permitiu o aumento das vendas de automóveis nestes mercados. Um destaque – e desafio para o Brasil - é o crescimento das importações e da participação de veículos usados dos EUA no mercado mexicano, competindo diretamente com veículos produzidos do Brasil.
07 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Exportação de veículos acumula queda de 45%
Argentina derruba comércio externo e impede perspectiva de mudança em curto prazo
MÁRIO CURCIO, AB
A exportação de veículos em abril somou 34,9 mil unidades, volume 10,5% menor que o de março. O acumulado de janeiro a abril teve 139,5 mil embarques, resultando em queda de 45% em relação ao mesmo período do ano passado. O motivo é a recessão no mercado argentino, que representava entre 70% e 75% das vendas externas do Brasil e atualmente tem fatia abaixo de 60%. Em valores, as exportações de veículos brasileiros caíram 41,5% ao somar US$ 3,3 bilhões. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“Não há perspectiva de melhora para a Argentina neste ano, com inflação de 55% (ao ano) e taxas de juros de 70%”, afirma o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. O executivo recorda que a eleição presidencial é mais um motivo de incerteza em 2019 em relação ao país vizinho, que impediu o crescimento da produção brasileira de veículos.
As montadoras continuam buscando novos mercados como forma de atenuar a retração argentina. “Aumentamos as exportações para a Colômbia e entraremos em países da África com veículos leves”, afirma Fabrício Biondo, primeiro vice-presidente da Anfavea.
FORTE QUEDA EM LEVES E PESADOS
Entre janeiro e abril o Brasil exportou 133,2 mil automóveis e comerciais leves, 44,5% a menos que em iguais meses de 2018. E os embarques de caminhões, 3,6 mil, resultaram em queda de 64% em relação ao primeiro quadrimestre de 2018. As exportações de ônibus caíram também, mas em 18,3% porque os fabricantes brasileiros têm tradição em exportar para outras nações além da Argentina, como Colômbia e Chile.
A exportação de máquinas agrícolas e rodoviárias de janeiro a abril somou 3,9 mil unidades. Registrou pequena queda de 2,7% porque o Brasil também tem enviado seus equipamentos para outros mercados que não o argentino. Os embarques de tratores de esteiras cresceram 42,2% e os de retroescavadeiras, 9%. O que puxou as exportações para baixo foram os tratores de rodas (-17,8%).
07 de maio de 2019
Publicação: Automotivebusiness
Anfavea sustenta crescimento das vendas de veículos para o ano
Fabricantes mantêm projeção de alta, mas admitem revisão dos números após junho
SUELI REIS, AB
O aumento de 10% dos emplacamentos de veículos no acumulado de janeiro a abril, para quase 840 mil unidades, anima a Anfavea em manter sua projeção de crescimento das vendas de veículos para o ano. Em sua previsão divulgada no início do ano, a associação das fabricantes aponta que os emplacamentos de 2019 devem atingir 2,86 milhões de unidades, considerando leves e pesados, o que representaria crescimento de 11,4% sobre o resultado do ano anterior, que foi de 2,56 milhões.
Deste total, a projeção aponta que 2,75 milhões serão de veículos leves, um aumento e 11,3%, enquanto os pesados, cujo volume total inclui caminhões e ônibus, aponta para o emplacamento de 105 mil unidades, o que seria uma alta de 15,3%, segundo as previsões.
No entanto, a entidade admite que vai esperar o fim de junho para reavaliar a tendência do mercado e com isso revisar seus números. Embora não haja qualquer sinalização sobre o viés da revisão, o presidente da Anfavea mantém o otimismo, ainda que o cenário macroeconômico e político acene para dias mais nebulosos.
Segundo o executivo, não há grandes indícios de que as vendas de veículos possam ser prejudicadas nos próximos meses. Ao contrário, se mostra confiante e expressa que a reforma da previdência – que ele concorda ser tratada como prioridade pelo governo – deverá elevar a confiança no País e atrair, inclusive, mais investimentos.
O executivo lembra ainda que indicadores econômicos, como a baixa inadimplência do setor, têm ajudado no aumento da concessão e aprovação de crédito para o consumidor.
“Estamos crescendo mês após mês no acumulado do ano, o que nos mostra que o mercado automotivo brasileiro está se recuperando dos anos de baixa. Fecharemos este ano com uma elevação importante no mercado interno”, afirma o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
No entanto, alguns fatores pendem para o lado negativo da balança, como a alta do desemprego no País, cujo índice subiu para 12,7% da população ativa, que considera os dados do primeiro trimestre. Isso significa que 13,4 milhões de pessoas estão sem trabalho atualmente no Brasil. Divulgado há uma semana pelo IBGE, o índice mostra um aumento de 1,1 ponto porcentual com relação ao número registrado no fim de 2018, quando a fatia de desempregados era de 11,6%. Isso reforça a perda de dinamismo da economia e reflete a lenta recuperação no início do ano.
Além destes, outras 28,3 milhões de pessoas – recorde da série histórica - se encaixam no grupo denominado subutilizados, que são os trabalhadores subocupados, com menos de 40 horas trabalhadas por semana, ou que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos. Também inclui o grupo de desalentados, que são as pessoas que desistiram de procurar emprego. Neste último caso, o número chegou a quase 5 milhões de pessoas, 3,9% a mais do que no último trimestre de 2018.
Outro fator importante é a expectativa cada vez menor para o crescimento do PIB: pela décima semana consecutiva, economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram as projeções para a atividade econômica, que passou de 2,30% para 1,49% em 2019. Essa redução, considerada bastante expressiva, reflete a desconfiança com relação ao governo federal, que tem demonstrado conflitos internos e dificuldades para conseguir articular a base para aprovar a reforma da previdência que está no Congresso.